19 research outputs found

    Seismostratigraphic model of the Sines contourite drift (SW portuguese margin) - depositional evolution, structural control and paleoceanographic implications

    Get PDF
    Tese de mestrado, Geologia (Estratigrafia, Sedimentalogia e Paleontologia) Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2017The Sines Contourite Drift, located in the Southwest Portuguese margin, is a distal drift of the Contourite Depositional System of the Gulf of Cadiz, built by the influence of the Mediterranean Outflow Water (MOW). This drift is located between 1000 and 2000 m water depth on the Alentejo margin continental slope. The Sines Drift is bounded by four major morphologic features: the 1.4 km high Pereira de Sousa Fault escarpment to the west, the upper continental slope to the east and the Setúbal and São Vicente canyons to the north and south, respectively. This work presents a seismic stratigraphic analysis and proposes an evolutionary model for the Sines Drift, as well as the identification of its main driving mechanisms and constraints. In pursuing such objectives, the following dataset was used: i) new and unpublished seismic reflection profiles acquired during the MOWER/CONDRIBER cruise in September-October 2014; ii) pre-existent multichannel seismic profiles BIGSETS, STEAM and GSI; iii) SWIM multibeam bathymetry; iv) lithostratigraphic and chronological data from Site U1391 of IODP (Integrated Ocean Drilling Program) Expedition 339 carried out in 2011-2012. Three evolutionary phases are identified for the Sines Drift development: 1) a sheeted-contourite-drift phase (<5.3-3.2 Ma) built since the Late Miocene by an initially weak flowing MOW; 2) a mounded-contourite-drift phase (3.2-0.7 Ma) from Late Pliocene to Early Quaternary times characterized by a mounded drift in the south and sheeted in the north, with a succession of sinuous N-S paleomoats in the east built as a result of a MOW enhancement; and 3) a plastered-contourite-drift phase from Mid-Pleistocene (0.7 Ma) till the present-day, characterized by the present depositional (sandy-muddy drifts) and erosional (moats) contourite features associated with two major events of MOW intensification. The growth of the Sines Drift was constrained by seafloor paleomorphologies that resulted from the rifting processes of the Southwest Portuguese margin, inherited from the Mesozoic rifting phases. The paleomorphologies provided accommodation space for drift growth and conditioned its overall architecture. The N-S horsts and grabens built during the Mesozoic rifting confined drift deposition and did not allow its lateral migration. The formation of the Sines Drift has also been influenced by climatic fluctuations and sea-level changes especially during the Quaternary. The succession of sinuous paleomoats beneath the present-day moat suggests a persistent and northward flowing MOW with several phases of enhancement. It was also perceived that the São Vicente and Setúbal canyons took most of the downslope sediment supply, as well as the occurrence of mass-movement processes in the west associated with the steep gradient of the Pereira de Sousa escarpment. All these results suggest the Sines Drift had a complex evolution controlled by several factors at different scales.Contornitos são corpos sedimentares depositados ou retrabalhados por correntes de fundo que circulam paralelamente aos contornos batimétricos da margem. A formação dos contornitos é afetada, a longo e curto prazo, por fatores externos e/ou internos que podem modificar o padrão de circulação das correntes. Os depósitos contorníticos podem atingir dimensões consideráveis com vários quilómetros de largura e comprimento, os quais conservam informação paleoclimática e paleoceanográfica. Os contornitos também desempenham um papel importante no estudo dos riscos naturais submarinos, associados à ocorrência de deslizamentos, e na indústria de exploração petrolífera, como potenciais reservatórios e selantes. Um extenso Sistema Deposicional Contornítico (CDS, Contourite Depositional System) formou-se no Golfo de Cádis, desde o fim do Miocénico Superior (5.33 Ma), pela ação da Água de Saída Mediterrânica (MOW, Mediterranean Outflow Water). Este CDS abrange vários depósitos contorníticos e outras formas sedimentares, deposicionais e erosivas, ao longo da margem continental Sul e Sudoeste Ibérica. O Contornito de Sines, localizado na margem Sudoeste Portuguesa, é um contornito distal do CDS do Golfo de Cádis. Este corpo situa-se entre 1000 e 2000 m de profundidade na Bacia do Alentejo, com aproximadamente 70 km de comprimento, 40 km de largura, 1 km de espessura, morfologia assimétrica e configuração agradante com inclinação para oeste. O Contornito de Sines está limitado por quatro morfoestruturas: a escarpa da Falha Pereira de Sousa com 1.4 km de altura a oeste, a plataforma continental a este e os canhões de Setúbal e São Vicente a norte e sul, respetivamente. Este trabalho apresenta uma análise sismostratigráfica e propõe um modelo evolutivo para o Contornito de Sines, além da identificação dos principais mecanismos e constrangimentos que controlaram a sua evolução. Para atingir estes objetivos, recorreu-se ao seguinte conjunto de dados: i) linhas de reflexão sísmica multicanal não publicadas, adquiridas durante a campanha MOWER/CONDRIBER em setembro-outubro de 2014; ii) linhas de reflexão sísmica multicanal, pré-existentes, dos projetos BIGSETS, STEAM e GSI; iii) batimetria multifeixe SWIM e iv) dados litostratigráficos e cronológicos da sondagem U1391 da Expedição 339 do IODP (Integrated Ocean Drilling Program), realizada em 2011-2012. A metodologia utilizada durante este trabalho consistiu em interpretação de estratigrafia sísmica, análise batimétrica, calibração e correlação cronostratigráfica dos horizontes e unidades sísmicas com a sondagem U1391 e representação gráfica das propriedades litológicas e físicas da sondagem referida. A interpretação sismostratigráfica dos dados apresentados permitiu identificar seis unidades sísmicas (U1 a U6), com idades compreendidas entre o Miocénico Superior e o Presente. Estas unidades foram depositadas sobre uma superfície basal erosiva (B) e estão separadas por cinco horizontes sísmicos (H2 a H6), que marcam descontinuidades na sucessão sísmica. As unidades sísmicas apresentam fácies transparente a maior profundidade, com configuração em cunha, que transita para uma fácies estratificada de elevada amplitude e configuração lobular a menor profundidade. A análise litostratigráfica da sondagem U1391 permitiu a calibração cronostratigráfica das unidades sísmicas interpretadas, bem como a caracterização da sua litologia. As unidades U2 (onde a sondagem U1391 atingiu a sua máxima profundidade) e U3, situadas entre os 671.5 e 566.1 m de profundidade, têm idades compreendidas entre o Pliocénico Superior e o Quaternário Inferior (3.2-2.5 Ma). Estas unidades são constituídas por vasa carbonatada, de composição dolomítica (~0.87 m) aos 632 m de profundidade e um debrito (~0.35 m) aos 604 m de profundidade. Às unidades U4 e U5, recuperadas entre 566.1 e 196.1 m de profundidade, foram atribuídas idades entre o Pleistocénico Inferior a Médio (2.5-0.7 Ma) e são constituídas por contornitos finos intercalados por sucessões de vasa carbonatada. A unidade sedimentar mais recente, U6, depositou-se desde o Pleistocénico Médio (0.7 Ma) até ao Presente. A unidade U6 é composta por alternância de depósitos contorníticos finos e grosseiros recuperados entre 196.1 m de profundidade e o fundo oceânico. Estes depósitos apresentam sucessões com bigradação, gradação normal e inversa (separadas por contactos gradacionais, bioturbados e, mais raramente, descontinuidades). Esta unidade contém seis intervalos contorníticos arenosos, areias finas a grosseiras, a 2, 50, 83, 96, 115 e 150 m de profundidade. Foram identificadas três fases na evolução deposicional do Contornito de Sines: 1) uma primeira fase de contornito com configuração em camada (sheeted drift) (<5.3-3.2 Ma), construída desde o final do Miocénico Superior, por uma corrente MOW de fraca intensidade; 2) uma fase de contornito monticular (mounded drift) (3.2-0.7 Ma), desde o Pliocénico Superior ao Quaternário Inferior, caracterizada por uma morfologia monticular a sul e agradante a norte, com uma sucessão de paleo-fossas sinuosas ao longo da margem continental a este, que atestam a ocorrência de uma intensificação moderada a elevada da MOW e 3) uma fase final de contornito agradante (plastered drift), desde o Pleistocénico Médio (0.7 Ma) até ao Presente, caracterizada pelas atuais formas deposicionais (contornitos argilosos a arenosos) e erosivas (fossas), associadas a dois eventos de intensificação da MOW. A formação do Contornito de Sines terá tido início no Miocénico Superior, possivelmente após o final da Crise de Salinidade do Messiniano, que afetou a região Mediterrânica entre 5.33 e 5.96 Ma, a qual teve repercussões drásticas para a circulação oceânica entre o Mediterrâneo e o Atlântico. Após a Crise de Salinidade do Messiniano e o restabelecimento da circulação através do Estreito de Gibraltar, a MOW possuía fraca intensidade. A sucessão de paleo-fossas subjacentes à fossa atual sugere uma corrente semipermanente e persistente ao longo da margem Sudoeste Portuguesa, em direção a norte, com vários eventos de intensificação. A edificação do Contornito de Sines foi constrangida pelas paleo-morfologias do fundo do mar que resultaram dos processos de rifting, herdados das fases de rifting Mesozóicas na margem Sudoeste Portuguesa. Estas paleo-morfologias forneceram espaço de acomodação para o crescimento do contornito e condicionaram a sua arquitetura deposicional. Os horsts e grabens, com orientação aproximada N-S, resultantes do rifting Mesozóico, confinaram a formação do contornito impedindo a sua migração lateral. A edificação do Contornito de Sines foi também influenciada por variações climáticas e eustáticas, especialmente durante a sua última fase de desenvolvimento. Durante o Quaternário, os eventos de intensificação da MOW correlacionam-se com dois eventos climáticos do Pleistocénico, registados na região Mediterrânica e nos depósitos contorníticos do Golfo de Cádis: o Middle Pleistocene Revolution (0.7-0.78 Ma) e o Late Quaternary Discontinuity (0.4 Ma). Os sedimentos que constituem o Contornito de Sines são maioritariamente sucessões contorníticas de composição carbonatada, com uma maior componente biogénica na primeira fase de desenvolvimento (sheeted drift), e uma maior componente siliciclástica (contornitos arenosos), na última fase de desenvolvimento (plastered drift). A componente biogénica na primeira fase provavelmente indica a ocorrência de fenómenos de afloramento costeiro e deposição hemipelágica ao longo da margem Oeste Portuguesa, enquanto que a maior contribuição siliciclástica na última fase está associada a eventos de intensificação da MOW. O Contornito de Sines evoluiu de um sistema deposicional inicialmente carbonatado para siliciclástico na última fase de desenvolvimento, testemunhando variações de intensidade da MOW. Os sedimentos carreados para a margem do Alentejo são maioritariamente fornecidos por deposição hemipelágica, fenómenos de afloramento costeiro e resultante de erosão da margem continental pela circulação da MOW. O Contornito de Sines não é significativamente afetado por processos gravíticos, sendo registado apenas uma ocorrência no Pliocénico (debrito de ~0.35 m). A baixa incidência de processos gravíticos resulta, provavelmente, da morfologia da margem e da existência dos canhões de Setúbal e São Vicente, que canalizam grande parte do material deslocado. No entanto, existem depósitos de movimento de massa que afetam o sector ocidental do Contornito de Sines, que estão associados ao elevado declive da escarpa da Falha Pereira de Sousa. A formação destes depósitos poderá estar associada a vários fatores intrínsecos e extrínsecos à área em estudo. No que se refere aos fatores intrínsecos, destaca-se a potencial geração de planos de descolamento nas interfaces entre sedimentos contorníticos arenosos e vasosos caso se encontrem sobre pressão, com excesso de fluídos e/ou intercalados por sedimentos menos porosos. No que respeita aos fatores extrínsecos, a atividade sísmica registada na margem Sudoeste Ibérica poderá espoletar a ocorrência de deslizamentos submarinos no Contornito de Sines. Os resultados obtidos sugerem que o Contornito de Sines teve uma evolução complexa, controlada por vários fatores, a diferentes escalas

    Prevalence and clinical features of adverse food reactions in Portuguese adolescents

    Get PDF
    Background & aims: The objective of the present study was to determine, for the first time, the prevalence and clinical features of food allergy in Portuguese adolescents. Methods: Cross-sectional study performed in various secondary schools in central Portugal. Randomly selected adolescents replied to a validated food allergy questionnaire. Those who reported an adverse food reaction were seen at participating hospitals, where clinical history was taken, skin prick (SPT) and prick-prick skin (SPPT) tests were performed, and food allergen-specific IgE levels (sIgE) were determined. An open oral challenge was performed in selected cases. Cases of positive clinical history of immediate (up to 2 h after ingestion) reaction in association with positive food sIgE levels and/or SPT were classified as IgE-associated probable food allergy and as confirmed IgE-mediated food allergy if food challenges were positive. Cases of positive clinical history of delayed (more than 2 h after ingestion) and negative food sIgE levels independently of positive SPT or SPPT results, were classified as non-IgE associated probable food allergy. Results: The prevalence of probable food allergy in Portuguese adolescents was 1.41% (95% CI: 0.90–2.03%), with fresh fruits, shellfish, nuts, and peanut as the most frequently implicated foods. IgE-mediated probable food allergy occurred in 1.23% (95% CI: 0.67–1.72%) of cases, with fresh fruits, shellfish, and nuts mainly involved. Cutaneous symptoms were most frequently reported. Conclusions: The prevalence of probable food allergies in Portuguese adolescents is low, is mostly related to fresh fruits, shellfish, nuts, and peanut, and most frequently involves cutaneous symptoms.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Leishmania infantum Virulence Factor A2 Protein: Linear B-Cell Epitope Mapping and Identification of Three Main Linear B-Cell Epitopes in Vaccinated and Naturally Infected Dogs

    Get PDF
    In Brazil, canine visceral leishmaniasis (CVL) is caused by Leishmania infantum, presenting a broad spectrum of clinical manifestations. Dogs are the main parasite reservoir in urban areas and canine cases precede human infection. Currently, A2 protein based Leish-Tec® vaccine is the only vaccine commercially available against CVL in Brazil. Considering that the main screening and confirmatory tests of canine infection are serological, it is possible that the antibody response elicited after vaccination interfere with diagnosis, leading to the inability to distinguish between vaccinated and infected animals. In order to identify the specific B-cell response induced after vaccination, A2 protein sequence was screened for main linear B-cell epitopes using in silico prediction (Bepipred) and immunological confirmation by ELISA. Three amino acid sequences were described as potential B-cell epitopes (SV11-SAEPHKAAVDV, PP16-PQSVGPLSVGPQSVGP, and VQ34-VGPLSVGPQSVGPLSVGPLSVGPQAVGPLSVGPQ). Specific IgG ELISAs were performed in sera of 12 immunized dogs living in non-endemic areas, followed for up to 1 year after immunization. The results were compared with those obtained in a group of 10 symptomatic and 10 asymptomatic CVL dogs. All predicted epitopes were confirmed as linear B-cell epitopes broadly recognized by sera from studied dogs. Total IgG ELISAs demonstrated distinct patterns of response between peptides in the immunized and CVL groups. VQ34 peptide was recognized by the majority of sera from vaccinated and symptomatic dogs, and increases after vaccination. PP16 induced low levels of specific IgG that increased 1 year after immunization. Interestingly, a low frequency of reactivity was found against SV11 in naturally infected dogs (symptomatic and asymptomatic), while 83.3% of vaccinated dogs presented positive responses 1 year after immunization. The two animals in the vaccinated group that did not respond to SV11 1 year after immunization presented positive serology both 30 days and 6 months after immunization. In summary, we identified three main linear B-cell epitopes in A2 based vaccine. Moreover, the humoral response against SV11 presented marked differences between infected and Leish-Tec vaccinated dogs, and should be further investigated, in large trials, to confirm its potential as a serological marker able to distinguish between infected and vaccinated dogs

    Global burden of 369 diseases and injuries in 204 countries and territories, 1990–2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019

    Get PDF
    Background: In an era of shifting global agendas and expanded emphasis on non-communicable diseases and injuries along with communicable diseases, sound evidence on trends by cause at the national level is essential. The Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study (GBD) provides a systematic scientific assessment of published, publicly available, and contributed data on incidence, prevalence, and mortality for a mutually exclusive and collectively exhaustive list of diseases and injuries. Methods: GBD estimates incidence, prevalence, mortality, years of life lost (YLLs), years lived with disability (YLDs), and disability-adjusted life-years (DALYs) due to 369 diseases and injuries, for two sexes, and for 204 countries and territories. Input data were extracted from censuses, household surveys, civil registration and vital statistics, disease registries, health service use, air pollution monitors, satellite imaging, disease notifications, and other sources. Cause-specific death rates and cause fractions were calculated using the Cause of Death Ensemble model and spatiotemporal Gaussian process regression. Cause-specific deaths were adjusted to match the total all-cause deaths calculated as part of the GBD population, fertility, and mortality estimates. Deaths were multiplied by standard life expectancy at each age to calculate YLLs. A Bayesian meta-regression modelling tool, DisMod-MR 2.1, was used to ensure consistency between incidence, prevalence, remission, excess mortality, and cause-specific mortality for most causes. Prevalence estimates were multiplied by disability weights for mutually exclusive sequelae of diseases and injuries to calculate YLDs. We considered results in the context of the Socio-demographic Index (SDI), a composite indicator of income per capita, years of schooling, and fertility rate in females younger than 25 years. Uncertainty intervals (UIs) were generated for every metric using the 25th and 975th ordered 1000 draw values of the posterior distribution. Findings: Global health has steadily improved over the past 30 years as measured by age-standardised DALY rates. After taking into account population growth and ageing, the absolute number of DALYs has remained stable. Since 2010, the pace of decline in global age-standardised DALY rates has accelerated in age groups younger than 50 years compared with the 1990–2010 time period, with the greatest annualised rate of decline occurring in the 0–9-year age group. Six infectious diseases were among the top ten causes of DALYs in children younger than 10 years in 2019: lower respiratory infections (ranked second), diarrhoeal diseases (third), malaria (fifth), meningitis (sixth), whooping cough (ninth), and sexually transmitted infections (which, in this age group, is fully accounted for by congenital syphilis; ranked tenth). In adolescents aged 10–24 years, three injury causes were among the top causes of DALYs: road injuries (ranked first), self-harm (third), and interpersonal violence (fifth). Five of the causes that were in the top ten for ages 10–24 years were also in the top ten in the 25–49-year age group: road injuries (ranked first), HIV/AIDS (second), low back pain (fourth), headache disorders (fifth), and depressive disorders (sixth). In 2019, ischaemic heart disease and stroke were the top-ranked causes of DALYs in both the 50–74-year and 75-years-and-older age groups. Since 1990, there has been a marked shift towards a greater proportion of burden due to YLDs from non-communicable diseases and injuries. In 2019, there were 11 countries where non-communicable disease and injury YLDs constituted more than half of all disease burden. Decreases in age-standardised DALY rates have accelerated over the past decade in countries at the lower end of the SDI range, while improvements have started to stagnate or even reverse in countries with higher SDI. Interpretation: As disability becomes an increasingly large component of disease burden and a larger component of health expenditure, greater research and developm nt investment is needed to identify new, more effective intervention strategies. With a rapidly ageing global population, the demands on health services to deal with disabling outcomes, which increase with age, will require policy makers to anticipate these changes. The mix of universal and more geographically specific influences on health reinforces the need for regular reporting on population health in detail and by underlying cause to help decision makers to identify success stories of disease control to emulate, as well as opportunities to improve. Funding: Bill & Melinda Gates Foundation. © 2020 The Author(s). Published by Elsevier Ltd. This is an Open Access article under the CC BY 4.0 licens

    Effects of hospital facilities on patient outcomes after cancer surgery: an international, prospective, observational study

    Get PDF
    Background Early death after cancer surgery is higher in low-income and middle-income countries (LMICs) compared with in high-income countries, yet the impact of facility characteristics on early postoperative outcomes is unknown. The aim of this study was to examine the association between hospital infrastructure, resource availability, and processes on early outcomes after cancer surgery worldwide.Methods A multimethods analysis was performed as part of the GlobalSurg 3 study-a multicentre, international, prospective cohort study of patients who had surgery for breast, colorectal, or gastric cancer. The primary outcomes were 30-day mortality and 30-day major complication rates. Potentially beneficial hospital facilities were identified by variable selection to select those associated with 30-day mortality. Adjusted outcomes were determined using generalised estimating equations to account for patient characteristics and country-income group, with population stratification by hospital.Findings Between April 1, 2018, and April 23, 2019, facility-level data were collected for 9685 patients across 238 hospitals in 66 countries (91 hospitals in 20 high-income countries; 57 hospitals in 19 upper-middle-income countries; and 90 hospitals in 27 low-income to lower-middle-income countries). The availability of five hospital facilities was inversely associated with mortality: ultrasound, CT scanner, critical care unit, opioid analgesia, and oncologist. After adjustment for case-mix and country income group, hospitals with three or fewer of these facilities (62 hospitals, 1294 patients) had higher mortality compared with those with four or five (adjusted odds ratio [OR] 3.85 [95% CI 2.58-5.75]; p&lt;0.0001), with excess mortality predominantly explained by a limited capacity to rescue following the development of major complications (63.0% vs 82.7%; OR 0.35 [0.23-0.53]; p&lt;0.0001). Across LMICs, improvements in hospital facilities would prevent one to three deaths for every 100 patients undergoing surgery for cancer.Interpretation Hospitals with higher levels of infrastructure and resources have better outcomes after cancer surgery, independent of country income. Without urgent strengthening of hospital infrastructure and resources, the reductions in cancer-associated mortality associated with improved access will not be realised

    Seismostratigraphic model of the Sines contourite drift (SW portuguese margin) - desositional evolution, structural control and paleoceanographic implications

    No full text
    Tese de mestrado, Geologia (Estratigrafia, Sedimentalogia e Paleontologia) Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2017The Sines Contourite Drift, located in the Southwest Portuguese margin, is a distal drift of the Contourite Depositional System of the Gulf of Cadiz, built by the influence of the Mediterranean Outflow Water (MOW). This drift is located between 1000 and 2000 m water depth on the Alentejo margin continental slope. The Sines Drift is bounded by four major morphologic features: the 1.4 km high Pereira de Sousa Fault escarpment to the west, the upper continental slope to the east and the Setúbal and São Vicente canyons to the north and south, respectively. This work presents a seismic stratigraphic analysis and proposes an evolutionary model for the Sines Drift, as well as the identification of its main driving mechanisms and constraints. In pursuing such objectives, the following dataset was used: i) new and unpublished seismic reflection profiles acquired during the MOWER/CONDRIBER cruise in September-October 2014; ii) pre-existent multichannel seismic profiles BIGSETS, STEAM and GSI; iii) SWIM multibeam bathymetry; iv) lithostratigraphic and chronological data from Site U1391 of IODP (Integrated Ocean Drilling Program) Expedition 339 carried out in 2011-2012. Three evolutionary phases are identified for the Sines Drift development: 1) a sheeted-contourite-drift phase (<5.3-3.2 Ma) built since the Late Miocene by an initially weak flowing MOW; 2) a mounded-contourite-drift phase (3.2-0.7 Ma) from Late Pliocene to Early Quaternary times characterized by a mounded drift in the south and sheeted in the north, with a succession of sinuous N-S paleomoats in the east built as a result of a MOW enhancement; and 3) a plastered-contourite-drift phase from Mid-Pleistocene (0.7 Ma) till the present-day, characterized by the present depositional (sandy-muddy drifts) and erosional (moats) contourite features associated with two major events of MOW intensification. The growth of the Sines Drift was constrained by seafloor paleomorphologies that resulted from the rifting processes of the Southwest Portuguese margin, inherited from the Mesozoic rifting phases. The paleomorphologies provided accommodation space for drift growth and conditioned its overall architecture. The N-S horsts and grabens built during the Mesozoic rifting confined drift deposition and did not allow its lateral migration. The formation of the Sines Drift has also been influenced by climatic fluctuations and sea-level changes especially during the Quaternary. The succession of sinuous paleomoats beneath the present-day moat suggests a persistent and northward flowing MOW with several phases of enhancement. It was also perceived that the São Vicente and Setúbal canyons took most of the downslope sediment supply, as well as the occurrence of mass-movement processes in the west associated with the steep gradient of the Pereira de Sousa escarpment. All these results suggest the Sines Drift had a complex evolution controlled by several factors at different scales.Contornitos são corpos sedimentares depositados ou retrabalhados por correntes de fundo que circulam paralelamente aos contornos batimétricos da margem. A formação dos contornitos é afetada, a longo e curto prazo, por fatores externos e/ou internos que podem modificar o padrão de circulação das correntes. Os depósitos contorníticos podem atingir dimensões consideráveis com vários quilómetros de largura e comprimento, os quais conservam informação paleoclimática e paleoceanográfica. Os contornitos também desempenham um papel importante no estudo dos riscos naturais submarinos, associados à ocorrência de deslizamentos, e na indústria de exploração petrolífera, como potenciais reservatórios e selantes. Um extenso Sistema Deposicional Contornítico (CDS, Contourite Depositional System) formou-se no Golfo de Cádis, desde o fim do Miocénico Superior (5.33 Ma), pela ação da Água de Saída Mediterrânica (MOW, Mediterranean Outflow Water). Este CDS abrange vários depósitos contorníticos e outras formas sedimentares, deposicionais e erosivas, ao longo da margem continental Sul e Sudoeste Ibérica. O Contornito de Sines, localizado na margem Sudoeste Portuguesa, é um contornito distal do CDS do Golfo de Cádis. Este corpo situa-se entre 1000 e 2000 m de profundidade na Bacia do Alentejo, com aproximadamente 70 km de comprimento, 40 km de largura, 1 km de espessura, morfologia assimétrica e configuração agradante com inclinação para oeste. O Contornito de Sines está limitado por quatro morfoestruturas: a escarpa da Falha Pereira de Sousa com 1.4 km de altura a oeste, a plataforma continental a este e os canhões de Setúbal e São Vicente a norte e sul, respetivamente. Este trabalho apresenta uma análise sismostratigráfica e propõe um modelo evolutivo para o Contornito de Sines, além da identificação dos principais mecanismos e constrangimentos que controlaram a sua evolução. Para atingir estes objetivos, recorreu-se ao seguinte conjunto de dados: i) linhas de reflexão sísmica multicanal não publicadas, adquiridas durante a campanha MOWER/CONDRIBER em setembro-outubro de 2014; ii) linhas de reflexão sísmica multicanal, pré-existentes, dos projetos BIGSETS, STEAM e GSI; iii) batimetria multifeixe SWIM e iv) dados litostratigráficos e cronológicos da sondagem U1391 da Expedição 339 do IODP (Integrated Ocean Drilling Program), realizada em 2011-2012. A metodologia utilizada durante este trabalho consistiu em interpretação de estratigrafia sísmica, análise batimétrica, calibração e correlação cronostratigráfica dos horizontes e unidades sísmicas com a sondagem U1391 e representação gráfica das propriedades litológicas e físicas da sondagem referida. A interpretação sismostratigráfica dos dados apresentados permitiu identificar seis unidades sísmicas (U1 a U6), com idades compreendidas entre o Miocénico Superior e o Presente. Estas unidades foram depositadas sobre uma superfície basal erosiva (B) e estão separadas por cinco horizontes sísmicos (H2 a H6), que marcam descontinuidades na sucessão sísmica. As unidades sísmicas apresentam fácies transparente a maior profundidade, com configuração em cunha, que transita para uma fácies estratificada de elevada amplitude e configuração lobular a menor profundidade. A análise litostratigráfica da sondagem U1391 permitiu a calibração cronostratigráfica das unidades sísmicas interpretadas, bem como a caracterização da sua litologia. As unidades U2 (onde a sondagem U1391 atingiu a sua máxima profundidade) e U3, situadas entre os 671.5 e 566.1 m de profundidade, têm idades compreendidas entre o Pliocénico Superior e o Quaternário Inferior (3.2-2.5 Ma). Estas unidades são constituídas por vasa carbonatada, de composição dolomítica (~0.87 m) aos 632 m de profundidade e um debrito (~0.35 m) aos 604 m de profundidade. Às unidades U4 e U5, recuperadas entre 566.1 e 196.1 m de profundidade, foram atribuídas idades entre o Pleistocénico Inferior a Médio (2.5-0.7 Ma) e são constituídas por contornitos finos intercalados por sucessões de vasa carbonatada. A unidade sedimentar mais recente, U6, depositou-se desde o Pleistocénico Médio (0.7 Ma) até ao Presente. A unidade U6 é composta por alternância de depósitos contorníticos finos e grosseiros recuperados entre 196.1 m de profundidade e o fundo oceânico. Estes depósitos apresentam sucessões com bigradação, gradação normal e inversa (separadas por contactos gradacionais, bioturbados e, mais raramente, descontinuidades). Esta unidade contém seis intervalos contorníticos arenosos, areias finas a grosseiras, a 2, 50, 83, 96, 115 e 150 m de profundidade. Foram identificadas três fases na evolução deposicional do Contornito de Sines: 1) uma primeira fase de contornito com configuração em camada (sheeted drift) (<5.3-3.2 Ma), construída desde o final do Miocénico Superior, por uma corrente MOW de fraca intensidade; 2) uma fase de contornito monticular (mounded drift) (3.2-0.7 Ma), desde o Pliocénico Superior ao Quaternário Inferior, caracterizada por uma morfologia monticular a sul e agradante a norte, com uma sucessão de paleo-fossas sinuosas ao longo da margem continental a este, que atestam a ocorrência de uma intensificação moderada a elevada da MOW e 3) uma fase final de contornito agradante (plastered drift), desde o Pleistocénico Médio (0.7 Ma) até ao Presente, caracterizada pelas atuais formas deposicionais (contornitos argilosos a arenosos) e erosivas (fossas), associadas a dois eventos de intensificação da MOW. A formação do Contornito de Sines terá tido início no Miocénico Superior, possivelmente após o final da Crise de Salinidade do Messiniano, que afetou a região Mediterrânica entre 5.33 e 5.96 Ma, a qual teve repercussões drásticas para a circulação oceânica entre o Mediterrâneo e o Atlântico. Após a Crise de Salinidade do Messiniano e o restabelecimento da circulação através do Estreito de Gibraltar, a MOW possuía fraca intensidade. A sucessão de paleo-fossas subjacentes à fossa atual sugere uma corrente semipermanente e persistente ao longo da margem Sudoeste Portuguesa, em direção a norte, com vários eventos de intensificação. A edificação do Contornito de Sines foi constrangida pelas paleo-morfologias do fundo do mar que resultaram dos processos de rifting, herdados das fases de rifting Mesozóicas na margem Sudoeste Portuguesa. Estas paleo-morfologias forneceram espaço de acomodação para o crescimento do contornito e condicionaram a sua arquitetura deposicional. Os horsts e grabens, com orientação aproximada N-S, resultantes do rifting Mesozóico, confinaram a formação do contornito impedindo a sua migração lateral. A edificação do Contornito de Sines foi também influenciada por variações climáticas e eustáticas, especialmente durante a sua última fase de desenvolvimento. Durante o Quaternário, os eventos de intensificação da MOW correlacionam-se com dois eventos climáticos do Pleistocénico, registados na região Mediterrânica e nos depósitos contorníticos do Golfo de Cádis: o Middle Pleistocene Revolution (0.7-0.78 Ma) e o Late Quaternary Discontinuity (0.4 Ma). Os sedimentos que constituem o Contornito de Sines são maioritariamente sucessões contorníticas de composição carbonatada, com uma maior componente biogénica na primeira fase de desenvolvimento (sheeted drift), e uma maior componente siliciclástica (contornitos arenosos), na última fase de desenvolvimento (plastered drift). A componente biogénica na primeira fase provavelmente indica a ocorrência de fenómenos de afloramento costeiro e deposição hemipelágica ao longo da margem Oeste Portuguesa, enquanto que a maior contribuição siliciclástica na última fase está associada a eventos de intensificação da MOW. O Contornito de Sines evoluiu de um sistema deposicional inicialmente carbonatado para siliciclástico na última fase de desenvolvimento, testemunhando variações de intensidade da MOW. Os sedimentos carreados para a margem do Alentejo são maioritariamente fornecidos por deposição hemipelágica, fenómenos de afloramento costeiro e resultante de erosão da margem continental pela circulação da MOW. O Contornito de Sines não é significativamente afetado por processos gravíticos, sendo registado apenas uma ocorrência no Pliocénico (debrito de ~0.35 m). A baixa incidência de processos gravíticos resulta, provavelmente, da morfologia da margem e da existência dos canhões de Setúbal e São Vicente, que canalizam grande parte do material deslocado. No entanto, existem depósitos de movimento de massa que afetam o sector ocidental do Contornito de Sines, que estão associados ao elevado declive da escarpa da Falha Pereira de Sousa. A formação destes depósitos poderá estar associada a vários fatores intrínsecos e extrínsecos à área em estudo. No que se refere aos fatores intrínsecos, destaca-se a potencial geração de planos de descolamento nas interfaces entre sedimentos contorníticos arenosos e vasosos caso se encontrem sobre pressão, com excesso de fluídos e/ou intercalados por sedimentos menos porosos. No que respeita aos fatores extrínsecos, a atividade sísmica registada na margem Sudoeste Ibérica poderá espoletar a ocorrência de deslizamentos submarinos no Contornito de Sines. Os resultados obtidos sugerem que o Contornito de Sines teve uma evolução complexa, controlada por vários fatores, a diferentes escalas

    A ação do psicólogo clínico na saúde dos universitários

    No full text
    Relatório de estágio realizado no âmbito do mestrado em Psicologia Clínica, Universidade Lusíada de Lisboa, 2013Exame público realizado em 3 de Outubro de 2013Este relatório de estágio descreve e analisa as atividades desenvolvidas durante o estágio curricular para obtenção do grau de Mestre em Psicologia Clínica pela Universidade Lusíada de Lisboa, tendo decorrido no Centro de Estudos Aventura Social (AS), com foco na população universitária. Foi nesta população que foram levadas a cabo consultas de apoio psicológico, nas instalações do GAP (Gabinete de Apoio Psicopedagógico), inserido no Centro Médico da Universidade Técnica de Lisboa (UTL) e foi para esta população que foi desenvolvido um Programa de Competências Sociais e Integração no Mercado de Trabalho, bem como ações de promoção da saúde mental nas várias Associações de Estudantes (AE’s), com vista à aproximação entre o GAP e os alunos do Ensino Superior. O método clínico aplicado foi o estudo de caso e os resultados foram analisados e interpretados segundo o modelo cognitivocomportamental, tendo-se observado em geral uma melhoria da sintomatologia nos alunos acompanhados, adequando-se o acompanhamento à população. Apesar do Centro de Estudos Aventura Social trabalhar essencialmente com crianças e jovens, foi-nos lançado o desafio de desenvolver também um programa que aproximasse gerações (jovens e seniores) em diferentes Juntas de Freguesia, tendo por base a promoção de competências sociais e tendo sido esse trabalho desenvolvido na Junta de Freguesia da Ajuda e na Junta de Freguesia da Buraca e acabando por ser igualmente incluído neste Projeto de Estágio. Foi possível observar um acréscimo gradual do interesse dos estudantes universitários nos serviços disponibilizados pelo GAP, existindo ainda um grande desconhecimento acerca da existência deste recurso para os alunos. Apesar da procura pelos serviços ter aumentado, as taxas de desistência continuam a ser elevadas, muito possivelmente porque os estudantes procuram uma ajuda situacional, ou seja, em situações de crise e assim que sentem uma melhoria na sua qualidade de vida desistem das consultas. Acerca dos programas de intervenção, foi possível observar um grande interesse em participar por parte das crianças e uma maior resistência por parte da comunidade sénior. Quanto aos resultados dos mesmos, foi possível observar nos três grupos uma satisfação com o programa. Em reuniões posteriores com técnicos, estes transmitiram que apesar das poucas sessões, existiu um impacto positivo no comportamento e desempenho dos participantes, especialmente no grupo de jovens da Junta de Freguesia da Ajuda. Também os estudantes universitários que participaram no Programa SER Universitário apresentaram, no geral, melhorias no que respeita aos relacionamentos interpessoais. Em conclusão, considera-se que os objetivos de estágio foram alcançados, com uma aquisição de competências e conhecimentos essenciais para o desempenho enquanto profissional em psicologia clínica

    Cities in citizens’ hands

    Get PDF
    We propose a new paradigm for public participation in urban planning, a field which presents significant challenges for public understanding and participation. Our approach is based on leveraging the rich diversity of meaning associated with cultural gestures, traditions, folklore, and rituals, and using them in augmented reality systems, in order for citizens’ to explore, understand, and communicate the complex, systemic ideas and concepts associated with urban planning. At an immediate level, this approach holds the potential for enabling increased public awareness of what is at stake in urban planning - both on the part of citizens and on the part of public officials, policy-makers, and decision-makers – and consequently enhancing understanding and improving participation in public life and citizenship. It may also open up a new field of research and development in human-computer interaction, to leverage the richness of meaning and modes of expression which exist in various cultures and societies, rather than ignoring them and imposing dumbed-down or prescribed command methods. Thus, it aims to facilitate new levels of empowerment of users in the use of digital systems and data. The active utilization of cultural meaning in gestures, rituals, and social practices may also support and promote better inclusion and participation of minority groups and migrant communities in contemporary, technology-rich life
    corecore