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    Representação social da violĂȘncia

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    Tema e referencial teĂłrico: Ao longo da histĂłria da humanidade, diversos acontecimentos foram alterando paulatinamente o entendimento da violĂȘncia entre humanos. Atualmente e, do ponto de vista concetual, prevalece a perspetiva afirmada no 1Âș artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos que afirma que “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. SĂŁo dotadas de razĂŁo e consciĂȘncia e devem agir em relação umas Ă s outras com espĂ­rito de fraternidade”, a qual exclui qualquer tipo de violĂȘncia (Lopes, Gemito e Pinheiro, 2012, p. 17). No combate Ă  violĂȘncia domĂ©stica, o papel dos serviços de saĂșde Ă© essencial pois, os profissionais de saĂșde contactam com as pessoas ao longo do ciclo vital, pelo que devem questionar todos os aspetos que dizem respeito Ă  saĂșde e bem-estar destas. A conjugação das competĂȘncias de profissionais de diferentes ĂĄreas, em equipas multidisciplinares, consubstancia-se num enorme potencial de intervenção. Objetivo: Compreender a representação social da violĂȘncia domĂ©stica Metodologia: Estudo de natureza qualitativa e quantitativa. Amostra intencional composta por 55 pessoas, com 18 ou mais anos de idade, residentes no distrito de Évora. O instrumento de recolha de dados Ă© composto por 4 partes: caraterização sĂłcio biogrĂĄfica; Evocação sobre ViolĂȘncia DomĂ©stica; “Entrevista”, compreende um guiĂŁo de entrevista narrativa; exposição do entrevistado a violĂȘncia domĂ©stica ao longo da vida e no Ășltimo ano. Recorreu-se ao Software SPSSÂź Statistic e ao Software EvocÂź. Foram salvaguardados todos os aspetos Ă©ticos relativos a estudos com seres humanos. Resultados: A maioria dos inquiridos (74,5%) Ă© do sexo feminino, mĂ©dia de idades de 47 anos, nĂ­vel de escolaridade elevado, maioritariamente casados/uniĂŁo de facto (69,1%). Vivem essencialmente em agregados familiares de 3 elementos e trabalham, na sua maioria, por conta de outrem (67,3%). A maioria considera pertencer Ă  classe mĂ©dia. A anĂĄlise Ă s evocaçÔes do estĂ­mulo violĂȘncia domĂ©stica com recurso ao software EvocÂź, identificou 6 elementos do nĂșcleo central: maus tratos, agressĂŁo, agressĂŁo fĂ­sica, nĂŁo devia existir, desrespeito e medo e 7 elementos na 2ÂȘ periferia: tristeza, falta de relação, vĂ­tima, divĂłrcio, ĂĄlcool, agressĂŁo sexual e dor. Sobre a violĂȘncia em geral referiram que nĂŁo Ă© relatada por medo, identificaram algumas causas e consequĂȘncias e consideraram ser algo intolerĂĄvel e preocupante, um grave problema social. AtravĂ©s de entrevista narrativa, apelo a vivĂȘncias diretas ou indiretas, os 31 entrevistados caraterizaram a violĂȘncia e identificaram os papĂ©is de familiares, amigos, profissionais de saĂșde e forças de segurança face Ă  violĂȘncia. Quando confrontados com uma notĂ­cia de jornal sobre uma situação de violĂȘncia classificaram o ato como intolerĂĄvel, identificaram a atitude da vĂ­tima, atributos do agressor e as consequĂȘncias. Sobre a exposição a violĂȘncia domĂ©stica ao longo da vida e no Ășltimo ano, 14 pessoas, entre as quais 2 homens e 2 idosas, foram vĂ­timas ao longo da vida e 2 ainda o foram no Ășltimo ano. ConclusĂ”es: De uma forma geral consideram a violĂȘncia como algo injustificĂĄvel, intolerĂĄvel e criminoso, associada frequentemente ao ĂĄlcool e Ă  necessidade de exercer poder sobre a vĂ­tima, um grave problema social, muitas vezes nĂŁo relatada por medo ou questĂ”es culturais. Resultam daĂ­ consequĂȘncias graves, depressĂŁo, suicĂ­dio, danos fĂ­sicos e psicolĂłgicos e medo. A violĂȘncia, atualmente, converteu-se num problema de saĂșde pĂșblica quer pelo facto em si e a sua dimensĂŁo, quer pelas repercussĂ”es que tem sobre a saĂșde das vĂ­timas aos mais diversos nĂ­veis. Bibliografia: Lopes, M.; Gemito, L. & Pinheiro, F. (coord.). (2012). ViolĂȘncia DomĂ©stica – Manual de Recursos para a Rede de Intervenção Integrada do Distrito de Évora. Évora: Universidade de Évora. V Plano Nacional contra a ViolĂȘncia DomĂ©stica – Resolução do Conselho de Ministros n.Âș 102/2013 31 de Dezembro 2013, http://dre.pt/pdf1sdip/2010/12/24300/0576305773.pdf RelatĂłrio Anual de Segurança Interna 2013. www.portugal.gov.pt/pt/documentos-oficiais/20140401-rasi-2013.asp

    A violĂȘncia domĂ©stica na perspetiva de mulheres que a viveram

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    Introdução: Sendo a violĂȘncia domĂ©stica um processo altamente complexo e intimista, uma das melhores formas de a compreender, Ă© dar voz aqueles que a vivem, de modo a que seja possĂ­vel objetivar as experiĂȘncias subjetivas. Objetivo: Compreender o sofrimento das mulheres vĂ­timas de violĂȘncia. MĂ©todo e TĂ©cnicas: Foi considerada uma amostra intencional com critĂ©rio reputacional de 21 mulheres que estavam em casa abrigo ou na comunidade. Os dados foram recolhidos por entrevistas feitas com audiogravação, mediante autorização das participantes. A anĂĄlise foi feita com recurso a um programa informĂĄtico de anĂĄlise lexical – ALCESTE. Resultados: Da anĂĄlise da primeira amostra emergiram 5 classes. A associação dos vocĂĄbulos deu o sentido de cada classe que nomeĂĄmos como classe 1 Eventos precipitantes com 31%; classe 2 ExperiĂȘncia do abuso com 17%; classe 3 Dois pĂ©s no presente e olhar no futuro com 23%; classe 4 O presente e a aprendizagem com a experiĂȘncia de abuso com 20%; classe 5 ViolĂȘncia em geral com 9%. Da anĂĄlise da amostra na comunidade emergiram 4 classes e que nomeĂĄmos como classe 1 ViolĂȘncia em geral com 40%; classe 2 Eventos precipitantes com 40%; classe 3 ExperiĂȘncia de abuso com 12%; classe 4 Apoios no processo com 8%. ConclusĂ”es: As mulheres que estĂŁo em casa abrigo tĂȘm ainda muito presente a experiĂȘncia da violĂȘncia vivida e todo o seu contexto, estĂŁo muito centradas nas suas vivĂȘncias e o futuro apresenta-se como algo distante e pouco claro. As mulheres na comunidade tĂȘm uma visĂŁo mais abrangente do fenĂłmeno da violĂȘncia como um todo, conseguem descentrar-se das suas experiĂȘncias pessoais e reconhecem a importĂąncia dos apoios no processo de construção do futur

    Representação social da violĂȘncia

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    Tema e referencial teĂłrico: Ao longo da histĂłria da humanidade, diversos acontecimentos foram alterando paulatinamente o entendimento da violĂȘncia entre humanos. Atualmente e, do ponto de vista concetual, prevalece a perspetiva afirmada no 1Âș artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos que afirma que “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. SĂŁo dotadas de razĂŁo e consciĂȘncia e devem agir em relação umas Ă s outras com espĂ­rito de fraternidade”, a qual exclui qualquer tipo de violĂȘncia (Lopes, Gemito e Pinheiro, 2012, p. 17). No combate Ă  violĂȘncia domĂ©stica, o papel dos serviços de saĂșde Ă© essencial pois, os profissionais de saĂșde contactam com as pessoas ao longo do ciclo vital, pelo que devem questionar todos os aspetos que dizem respeito Ă  saĂșde e bem-estar destas. A conjugação das competĂȘncias de profissionais de diferentes ĂĄreas, em equipas multidisciplinares, consubstancia-se num enorme potencial de intervenção. Objetivo: Compreender a representação social da violĂȘncia domĂ©stica Metodologia: Estudo de natureza qualitativa e quantitativa. Amostra intencional composta por 55 pessoas, com 18 ou mais anos de idade, residentes no distrito de Évora. O instrumento de recolha de dados Ă© composto por 4 partes: caraterização sĂłcio biogrĂĄfica; Evocação sobre ViolĂȘncia DomĂ©stica; “Entrevista”, compreende um guiĂŁo de entrevista narrativa; exposição do entrevistado a violĂȘncia domĂ©stica ao longo da vida e no Ășltimo ano. Recorreu-se ao Software SPSSÂź Statistic e ao Software EvocÂź. Foram salvaguardados todos os aspetos Ă©ticos relativos a estudos com seres humanos. Resultados: A maioria dos inquiridos (74,5%) Ă© do sexo feminino, mĂ©dia de idades de 47 anos, nĂ­vel de escolaridade elevado, maioritariamente casados/uniĂŁo de facto (69,1%). Vivem essencialmente em agregados familiares de 3 elementos e trabalham, na sua maioria, por conta de outrem (67,3%). A maioria considera pertencer Ă  classe mĂ©dia. A anĂĄlise Ă s evocaçÔes do estĂ­mulo violĂȘncia domĂ©stica com recurso ao software EvocÂź, identificou 6 elementos do nĂșcleo central: maus tratos, agressĂŁo, agressĂŁo fĂ­sica, nĂŁo devia existir, desrespeito e medo e 7 elementos na 2ÂȘ periferia: tristeza, falta de relação, vĂ­tima, divĂłrcio, ĂĄlcool, agressĂŁo sexual e dor. Sobre a violĂȘncia em geral referiram que nĂŁo Ă© relatada por medo, identificaram algumas causas e consequĂȘncias e consideraram ser algo intolerĂĄvel e preocupante, um grave problema social. AtravĂ©s de entrevista narrativa, apelo a vivĂȘncias diretas ou indiretas, os 31 entrevistados caraterizaram a violĂȘncia e identificaram os papĂ©is de familiares, amigos, profissionais de saĂșde e forças de segurança face Ă  violĂȘncia. Quando confrontados com uma notĂ­cia de jornal sobre uma situação de violĂȘncia classificaram o ato como intolerĂĄvel, identificaram a atitude da vĂ­tima, atributos do agressor e as consequĂȘncias. Sobre a exposição a violĂȘncia domĂ©stica ao longo da vida e no Ășltimo ano, 14 pessoas, entre as quais 2 homens e 2 idosas, foram vĂ­timas ao longo da vida e 2 ainda o foram no Ășltimo ano. ConclusĂ”es: De uma forma geral consideram a violĂȘncia como algo injustificĂĄvel, intolerĂĄvel e criminoso, associada frequentemente ao ĂĄlcool e Ă  necessidade de exercer poder sobre a vĂ­tima, um grave problema social, muitas vezes nĂŁo relatada por medo ou questĂ”es culturais. Resultam daĂ­ consequĂȘncias graves, depressĂŁo, suicĂ­dio, danos fĂ­sicos e psicolĂłgicos e medo. A violĂȘncia, atualmente, converteu-se num problema de saĂșde pĂșblica quer pelo facto em si e a sua dimensĂŁo, quer pelas repercussĂ”es que tem sobre a saĂșde das vĂ­timas aos mais diversos nĂ­veis. Bibliografia: Lopes, M.; Gemito, L. & Pinheiro, F. (coord.). (2012). ViolĂȘncia DomĂ©stica – Manual de Recursos para a Rede de Intervenção Integrada do Distrito de Évora. Évora: Universidade de Évora. V Plano Nacional contra a ViolĂȘncia DomĂ©stica – Resolução do Conselho de Ministros n.Âș 102/2013 31 de Dezembro 2013, http://dre.pt/pdf1sdip/2010/12/24300/0576305773.pdf RelatĂłrio Anual de Segurança Interna 2013. www.portugal.gov.pt/pt/documentos-oficiais/20140401-rasi-2013.asp

    Empowering education professionals with twenty-first century skills through Master’s of Education dissertation/thesis work

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    This paper aims to explore the potential role of Master’s of Education dissertation/thesis work in developing twenty-first century skills. A total of 600 education professionals studying Master’s of Education programmes in five countries – Poland, Portugal, England, Latvia, and Romania – were surveyed. The findings have revealed that participants recognise the usefulness of twenty-first century skills for their (future) professional practice, and perceive dissertation/thesis work as a valuable foundation for developing these skills. This study offers practical implications for designers of Master’s of Education programmes and contributes to our understanding that this assignment is not only a formal requirement for obtaining a degree, but that it also serves as a pathway towards deepening students’ professional learning

    Flavonoides e sesquiterpenos de Croton pedicellatus Kunth

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    The chemical investigation of the ethanolic extract from leaves of Croton pedicellatus yielded the bis-nor-sesquiterpenes blumenol A and blumenol A glucoside, along with the flavonoids: tiliroside, 6"-O-p-coumaroyl-ÎČ-galactopyranosyl- kaempferol, 6"-O-p-coumaroyl-ÎČ-glucopyranosyl-3"-methoxy- kaempferol, kaempferol, 3-glucopyranosyl-quercetin and alpinumisoflavone, as well as 4-hydroxy-3,5-dimethoxybenzoic acid. The identification of all isolated compounds was performed by spectrometric methods, including HR-ESI-MS, 1D and 2D NMR experiments, and by comparison with previously-described physical and spectral data

    The contribution of small shrubby patches to the functional diversity of wood-pastures

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    Wood-pastures are grazed systems resulting from a long-term use of natural woodlands by humans. These social-ecological systems, covering vast areas of Europe and other temperate regions, have both high biodiversity and economic values, so many are classified as High Nature Value Farmlands. However, in some regions a loss of spatial heterogeneity threatens this natural value. We investigated the potential contribution of tiny shrubby patches to increase spatial heterogeneity and functional diversity in wood-pasture landscapes. Specifically, we compared functional composition (Community Weighted Means) and functional diversity (Functional Dispersion and Functional Evenness) of assemblages of plants, beetles and lichens in those patches (252-3000 m(2)) and in the wood-pasture matrix. We found that shrubby patches and matrix harbour species assemblages with very distinct functional compositions in all studied taxonomic groups. Evergreen, woody, broad-leafed and fleshy-fruited are better represented in the patches. In beetles, the main differences were a greater prevalence of small-sized and fungivore species in the patches. Shrubby patches also mostly harboured lichens with fruticose- and foliose-broad growth forms, a greater humidity preference, and lower eutrophication tolerance. Moreover, the two indexes used to quantify functional diversity (Functional Dispersion and Functional Evenness) show that, overall, diversity is greater in patches than in the matrix; in patches Functional Dispersion is statistically higher for plants, and Evenness is statistically higher for beetles and lichen. These differences are all consistent with the very distinct ecological conditions in the matrix and patches. The greater overall functional diversity of shrubby patches, and the major differences in functional composition between patches and matrix, observed for all taxa, indicate that these patches greatly enhance the functional diversity of species assemblages in wood-pasture landscapes. Consequently, preserving and promoting tiny shrubby patches is a potentially valuable low-cost management tool to increase biodiversity and improve ecosystem functioning in wood-pasture landscapes.Peer reviewe

    New ceramides from acnistus arborescens

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    Two new ceramides, N-(4-hydroxyphenethyl)octacosamide (1) and rel-(2S,3S,4R,16E)-2-[(2'R)-2'-hydroxynonadecanoylamino]-heneicosadec-16-ene-1,3,4-triol (2) were isolated from the EtOH extract of Acnistus arborescens. The structures were elucidated by spectroscopic (1D and 2D NMR experiments, HR-ESI-MS, LR-MS and IR) methods

    Juxtaposing BTE and ATE – on the role of the European insurance industry in funding civil litigation

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    One of the ways in which legal services are financed, and indeed shaped, is through private insurance arrangement. Two contrasting types of legal expenses insurance contracts (LEI) seem to dominate in Europe: before the event (BTE) and after the event (ATE) legal expenses insurance. Notwithstanding institutional differences between different legal systems, BTE and ATE insurance arrangements may be instrumental if government policy is geared towards strengthening a market-oriented system of financing access to justice for individuals and business. At the same time, emphasizing the role of a private industry as a keeper of the gates to justice raises issues of accountability and transparency, not readily reconcilable with demands of competition. Moreover, multiple actors (clients, lawyers, courts, insurers) are involved, causing behavioural dynamics which are not easily predicted or influenced. Against this background, this paper looks into BTE and ATE arrangements by analysing the particularities of BTE and ATE arrangements currently available in some European jurisdictions and by painting a picture of their respective markets and legal contexts. This allows for some reflection on the performance of BTE and ATE providers as both financiers and keepers. Two issues emerge from the analysis that are worthy of some further reflection. Firstly, there is the problematic long-term sustainability of some ATE products. Secondly, the challenges faced by policymakers that would like to nudge consumers into voluntarily taking out BTE LEI
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