18 research outputs found

    MÁSCARA: Um estudo visual sobre a expressão facial por trás da máscara de saúde

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    Com esta tese de mestrado, pretende-se investigar como o design pode contribuir para contrariar o estigma social que existe em relação às pessoas que têm de recorrer ao uso de máscaras para proteção do seu sistema imunológico, que por este motivo se sentem discriminadas e alvo de olhares de apreensão. Muitas pessoas receiam que a pessoa que utiliza uma máscara seja portadora de uma doença infectocontagiosa quando, na verdade, na grande maioria das vezes ela o faz para sua autoproteção. Tal acontece devido a desconhecimento e a um conjunto de crenças que foi sendo absorvido pela sociedade ao longo dos tempos. Estas crenças podem ser combatidas com o recurso às várias vertentes do design, nomeadamente o da comunicação. No âmbito da tese foi desenvolvido um estudo visual sobre as expressões faciais, que culminou num livro com 180 fotografias que pretende provocar reflexão sobre a forma como interpretamos as expressões faciais que se escondem por trás das máscaras de saúde

    Estudo de caso do revisor oficial de contas nos distritos de Santarém e Leiria

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    O setor de auditoria, atravessa atualmente, a nível global, uma fase de reajustamento, através de regulamentação mais exigente, harmonização de procedimentos e naturais mecanismos de mercados. Ao longo desta dissertação é realizada uma caracterização do setor e respetivos profissionais numa perspetiva temporal, a qual permite constatar a existência de movimentos cíclicos de crises e posteriores ajustamentos através de diversos mecanismos que conduzem a diferentes contextos adequados à realidade. No caso Português - aqui analisado em maior detalhe - o reajustamento do mercado a nível de oferta de serviços, honorários, dimensão, concentração e - a um nível mais individual - os fatores que influenciam as decisões de carreira dos profissionais de Auditoria. Pretende-se assim, neste trabalho, identificar os fatores potenciadores para a seleção da profissão e padrões de comportamento individuais dos profissionais do setor. Para a recolha de dados foram realizadas entrevistas, a quatro ROC com diferentes anos de experiência profissional. Os resultados obtidos demonstram que os fatores influenciadores para a seleção da profissão variam conforme a antiguidade na profissão e que os ROC com maior antiguidade na profissão têm maiores dificuldades de adaptação à atual conjuntura no setor de Auditoria

    Projeto de requalificação do complexo desportivo de Monsanto

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    Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura, com a especialização em Arquitetura apresentada na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa para obtenção do grau de Mestre.Actualmente, o Grupo Desportivo de Direito carece de infraestruturas desportivas que garantam a sua subsistência e a sua competitividade, que a nível nacional, quer europeu. Então, é pertinente que um projecto de arquitectura, estudado a todos os níveis, paisagístico, construtivo e económico seja proposto. Este documento vem oferecer soluções na forma de arquitectura. O projecto baseia-se na construção de um centro de treinos, inserido num ambiente altamente natural que irá assegurar a utilização e consequente manutenção do espaço, como irá também fazer com que o lote seja valorizado. A par deste centro de treinos, é proposto um volume que servirá como ginásio e balneários, de apoio aos novos campos de padel. Esta estrutura foi desenhada com o intuito de se integrar na paisagem e oferecer novos espaços de convívio e espaços de estar, com vistas desimpedidas quer para os campos de padel, quer para os actuais campos de rugby. A madeira é um material natural que, sendo aproveitado da melhor maneira, pode resolver problemas de uma forma rápida, eficaz e que acrescenta humanidade e escala ao projecto. Traz-nos envelhecimento, que ao contrário da maior parte dos outros materiais utilizados em construção, acrescenta beleza porque, no fundo, é o retorno do material ao seu ambiente.ABSTRACT: Nowadays, the rugby club Grupo Desportivo de Direito has a lack of infrastructure that could assure it’s existence and provide facilities to actually improve at a sports level, either nationally or European. Then, i tis wise to provide a project, carefully studied (site, construction and financial), wich is the why for this document: trough architecture, develop a solution. The project is based on the construction of a training center, in a natural environment wich will guarantee that it will be utilized and consequently taken care of. It will too make sure the site is valued. At the same time, the proposal includes a volume wich will work as a gymnasium and changing rooms, as a support for the 3 padel fields. This structure was designed to merge into the landscape, having in mind its surroundings and also to create new outdoor spaces and viewports, to the rugby and paddle fields. Wood is a metrial that, being aware of its possibilities, can solve many problems, in a quick and effiecient manner, and will increase the building “humanity” and scale. It allows us to read the object and makes us, somehow, interact with it. It brings humanity because it ages, as people, and brings, consequently, beauty.N/

    revista de Ciências da Arte

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    Organizando-se agora no formato de número duplo, de modo a comportar dois números por ano, a revista digital Convocarte – Revista de Ciências da Arte mantém o mesmo propósito de promover o debate e edição de questões artísticas no espaço universitário, mantendo as coordenadas dominantes: convocar um número de especialistas em torno de um tema do mundo das artes, integrar trabalhos relevantes desenvolvidos nas fases curriculares e de projecto em mestrados e doutoramentos, sobretudo da FBAUL, e publicar trabalhos desenvolvidos em linhas de investigação do CIEBA. Assim, embora de funcionamento afecto à área científica de Ciências da Arte e do Património a Convocarte está aberta a outras especialidades interessadas em contribuir para a reflexão sobre as artes em geral, incorporando ensaios de predomínio teórico enraizado nos mais predominantes modos de discurso sobre arte, tais como História da arte, Crítica de Arte, Estética, Teorias da Arte ou Curadoria. (...) O nº2 organizou-se em torno de uma homenagem a uma figura importante das teorias da arte em Portugal, estratégia que Convocarte procurará manter nos próximos números. A intenção será deixar estudos sistematizados, entre o depoimento ou o ensaio, a memória e a reflexão, que estudem figuras marcantes da cultura portuguesa. (...) Neste número essa pasta foi dedicada a Rui Mário Gonçalves. Os textos são o resultado de uma sessão especial alargada a 2 de Maio no âmbito dos 2ºs Encontros com Críticos de Arte, com organização e coordenação de Fernando Rosa Dias, Cristina Tavares e Viviane Soares Silva, e decorridos ao longo das segundas do mês de Maio de 2016 na FBAUL (http://convocarte.belasartes.ulisboa.pt/index.php/2016/04/29/2o-encontros-com-criticos-de-arte/#more-325). A partir destes trabalhos reuniu-se um conjunto de estudos em torno de Rui Mário Gonçalves, com depoimentos e estudos sobre as mais diferentes facetas desta importante figura da cultura portuguesa: crítico de arte, historiador de arte, curador artístico, pedagogo e professor, político e activista, etc. A Convocarte orgulha-se de publicar os textos dessas comunicações, acrescentado de outros estudos, agradecendo a todos os colaboradores deste evento, que consideramos uma pasta que adianta contributos dando continuidade a estudos no catálogo de homenagem e no âmbito de apresentação da colecção do crítico de arte na SNBA, realizada pouco antes na SNBA.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Testing a global standard for quantifying species recovery and assessing conservation impact

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    Recognizing the imperative to evaluate species recovery and conservation impact, in 2012 the International Union for Conservation of Nature (IUCN) called for development of a “Green List of Species” (now the IUCN Green Status of Species). A draft Green Status framework for assessing species’ progress toward recovery, published in 2018, proposed 2 separate but interlinked components: a standardized method (i.e., measurement against benchmarks of species’ viability, functionality, and preimpact distribution) to determine current species recovery status (herein species recovery score) and application of that method to estimate past and potential future impacts of conservation based on 4 metrics (conservation legacy, conservation dependence, conservation gain, and recovery potential). We tested the framework with 181 species representing diverse taxa, life histories, biomes, and IUCN Red List categories (extinction risk). Based on the observed distribution of species’ recovery scores, we propose the following species recovery categories: fully recovered, slightly depleted, moderately depleted, largely depleted, critically depleted, extinct in the wild, and indeterminate. Fifty-nine percent of tested species were considered largely or critically depleted. Although there was a negative relationship between extinction risk and species recovery score, variation was considerable. Some species in lower risk categories were assessed as farther from recovery than those at higher risk. This emphasizes that species recovery is conceptually different from extinction risk and reinforces the utility of the IUCN Green Status of Species to more fully understand species conservation status. Although extinction risk did not predict conservation legacy, conservation dependence, or conservation gain, it was positively correlated with recovery potential. Only 1.7% of tested species were categorized as zero across all 4 of these conservation impact metrics, indicating that conservation has, or will, play a role in improving or maintaining species status for the vast majority of these species. Based on our results, we devised an updated assessment framework that introduces the option of using a dynamic baseline to assess future impacts of conservation over the short term to avoid misleading results which were generated in a small number of cases, and redefines short term as 10 years to better align with conservation planning. These changes are reflected in the IUCN Green Status of Species Standard

    Clonal chromosomal mosaicism and loss of chromosome Y in elderly men increase vulnerability for SARS-CoV-2

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    The pandemic caused by severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2, COVID-19) had an estimated overall case fatality ratio of 1.38% (pre-vaccination), being 53% higher in males and increasing exponentially with age. Among 9578 individuals diagnosed with COVID-19 in the SCOURGE study, we found 133 cases (1.42%) with detectable clonal mosaicism for chromosome alterations (mCA) and 226 males (5.08%) with acquired loss of chromosome Y (LOY). Individuals with clonal mosaic events (mCA and/or LOY) showed a 54% increase in the risk of COVID-19 lethality. LOY is associated with transcriptomic biomarkers of immune dysfunction, pro-coagulation activity and cardiovascular risk. Interferon-induced genes involved in the initial immune response to SARS-CoV-2 are also down-regulated in LOY. Thus, mCA and LOY underlie at least part of the sex-biased severity and mortality of COVID-19 in aging patients. Given its potential therapeutic and prognostic relevance, evaluation of clonal mosaicism should be implemented as biomarker of COVID-19 severity in elderly people. Among 9578 individuals diagnosed with COVID-19 in the SCOURGE study, individuals with clonal mosaic events (clonal mosaicism for chromosome alterations and/or loss of chromosome Y) showed an increased risk of COVID-19 lethality

    The complete genome sequence of Chromobacterium violaceum reveals remarkable and exploitable bacterial adaptability

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    Chromobacterium violaceum is one of millions of species of free-living microorganisms that populate the soil and water in the extant areas of tropical biodiversity around the world. Its complete genome sequence reveals (i) extensive alternative pathways for energy generation, (ii) ≈500 ORFs for transport-related proteins, (iii) complex and extensive systems for stress adaptation and motility, and (iv) wide-spread utilization of quorum sensing for control of inducible systems, all of which underpin the versatility and adaptability of the organism. The genome also contains extensive but incomplete arrays of ORFs coding for proteins associated with mammalian pathogenicity, possibly involved in the occasional but often fatal cases of human C. violaceum infection. There is, in addition, a series of previously unknown but important enzymes and secondary metabolites including paraquat-inducible proteins, drug and heavy-metal-resistance proteins, multiple chitinases, and proteins for the detoxification of xenobiotics that may have biotechnological applications

    Testing a global standard for quantifying species recovery and assessing conservation impact.

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    Recognizing the imperative to evaluate species recovery and conservation impact, in 2012 the International Union for Conservation of Nature (IUCN) called for development of a "Green List of Species" (now the IUCN Green Status of Species). A draft Green Status framework for assessing species' progress toward recovery, published in 2018, proposed 2 separate but interlinked components: a standardized method (i.e., measurement against benchmarks of species' viability, functionality, and preimpact distribution) to determine current species recovery status (herein species recovery score) and application of that method to estimate past and potential future impacts of conservation based on 4 metrics (conservation legacy, conservation dependence, conservation gain, and recovery potential). We tested the framework with 181 species representing diverse taxa, life histories, biomes, and IUCN Red List categories (extinction risk). Based on the observed distribution of species' recovery scores, we propose the following species recovery categories: fully recovered, slightly depleted, moderately depleted, largely depleted, critically depleted, extinct in the wild, and indeterminate. Fifty-nine percent of tested species were considered largely or critically depleted. Although there was a negative relationship between extinction risk and species recovery score, variation was considerable. Some species in lower risk categories were assessed as farther from recovery than those at higher risk. This emphasizes that species recovery is conceptually different from extinction risk and reinforces the utility of the IUCN Green Status of Species to more fully understand species conservation status. Although extinction risk did not predict conservation legacy, conservation dependence, or conservation gain, it was positively correlated with recovery potential. Only 1.7% of tested species were categorized as zero across all 4 of these conservation impact metrics, indicating that conservation has, or will, play a role in improving or maintaining species status for the vast majority of these species. Based on our results, we devised an updated assessment framework that introduces the option of using a dynamic baseline to assess future impacts of conservation over the short term to avoid misleading results which were generated in a small number of cases, and redefines short term as 10 years to better align with conservation planning. These changes are reflected in the IUCN Green Status of Species Standard

    The Fear of Eating: An Analysis of Contemporary Restrictive Eating Behavior

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    Dissertação de Mestrado em Alimentação: Fontes, Cultura e Sociedade apresentada à Faculdade de LetrasCivilizations, their peoples and cultures are modeled by eating habits: food preferences, what is acceptable to eat or not, food availability supplied through natural resources and market, social interaction, nutrition knowledge, trends, the art of gastronomy. For each one of us, members of a culture, food is also a way of expressing individuality, beliefs, values and ideologies. Individual expectations and the pressure they put on food models stimulates and reveals trends that will possibly be affirmed in society.In a contemporary developed world, the appeal to a certain lifestyle is effective, and the so-called healthier alternatives have become a key-expression and have transformed the way people eat. Growing information and alertness on healthy lifestyles, apparently with an immediate impact in each person’s enrichment, success and well-being, leads us to become our own nutritionists, sovereigns and controllers of our choices.Are we on the way to actually become healthier people, or simply letting ourselves fall into insubstantial appeals, ideologies and trends, which might unbalance the relationship between human beings and food as part of their culture?,Aren’t we rejecting identity, cultural and community aspects connected with a certain historically consolidated way of eating? Does this “revolution” in the way of eating, which privileges the sanitary dimension to the detriment of food tradition, effectively bring gains towards a long and healthier life based on a very good planned nutrition?In order to answer these questions, we sought, first of all, to describe and characterize the framing presented in the previous paragraphs. To do so, we dedicated ourselves to the observation of stores, some particular cases of displaying food products, identification of slogans in publications and an adequate reading of the bibliography on this very recent topic.We have also carried out a survey of data among potential food consumers according to the new standards of value focused on health. The obtained results made it possible to observe the phenomenon and characterize its impact according to the following data: gender, place of residence, level of education, income. It was possible to conclude that the female population shows higher levels of availability for the consumption of products explicitly presented as “healthier”; The place of residence did not prove to be significant in the choices for “healthier” products; whereas the educational level and income of each individual and/or household clearly influence the adherence to these new food products.We could also see that there is a growing choice for processed or labeled food products according to their nutritional characteristics; that these are valued and emphasized by food industry and trade that follow the demand or stimulate it through good advertising campaigns: stores have increased their range of lactose-free and gluten-free foods, creating specific ranges aimed at this type of demand.Although there are those who actually need it for medical and health reasons, today the consumption and availability of these foods far exceeds medical indications: searching for the healthiest products and the ones which promise longevity, more beauty, and more balance have become a generalized behavior, both from individuals and families hat have increased their consumption of modified products or of those with a more detailed labeling which describes them as health promoters.According to these patterns of consumption, we believe that food continues to be a mirror and a projection of consumers; current expectations and anxieties. Today, “eating well” has become to be identified with “eating healthy”, and this medicalized pattern of food is, to a large extent, adopted by food industry and trade, enticing consumers. At the same time, having in mind a diversified diet close to the natural state one realizes these “corrected” foods are themselves subject to modifications of dubious balance in order to create beautiful healthy young human beings.As civilizações, os seus povos e culturas são também modelados pela alimentação que praticam: gostos alimentares, definição cultural do que serve para comer ou não, oferta disponível a partir do que é proporcionado pelos recursos naturais e pelo comércio, formas de sociabilidade, saber teórico acerca da nutrição, modas, tendências, arte gastronómica. Mas a alimentação também constitui, para cada um de nós, membros de um modelo cultural, um modo de exprimir a individualidade, as crenças, valores e ideologias. Esta pressão das expectativas individuais sobre os modelos alimentares estimula e revela tendências que se afirmarão no coletivo social. No mundo desenvolvido contemporâneo, está bem vincado o apelo para os estilos de vida, com ênfase na transformação dos modos de comer para alternativas ditas mais saudáveis. A crescente informação e alerta acerca dos estilos de vida saudáveis, mais eficazes para a valorização pessoal, sucesso e bem-estar, levam a que cada um de nós se torne nutricionista de si próprio, soberano e controlador do que são as suas escolhas. Será que estamos a caminho de pessoas efetivamente mais saudáveis, ou estamos a deixar-nos conduzir por apelos não substanciais, ideologias e tendências, que, de si, desequilibram a relação do ser humano com o sistema alimentar enquanto parte da sua cultura; a dimensão identitária, cultural e comunitária de uma determinada forma de comer historicamente consolidada? Será que esta “revolução” no modo de comer, que privilegia a dimensão sanitária em detrimento da tradição alimentar traz, efetivamente, ganhos do ponto de vista dos objetivos a atingir, isto é a manutenção de uma vida longa em padrões saudáveis através de uma nutrição muito planeada?Para respondermos a estas questões, procurámos, em primeiro lugar, descrever e caraterizar a realidade que apresentamos nos parágrafos anteriores. Para isso, dedicámo-nos à observação de superfícies comerciais; casos particulares de exposição de produtos alimentares; identificação de slogans em publicações; leitura de bibliografia adequada a esta temática tão recente.Seguidamente, procedemos a um levantamento de dados entre os potenciais consumidores desta oferta alimentar de acordo com os novos padrões de valor centrados na saúde. Os resultados obtidos permitiram observar o fenómeno e caraterizar o seu impacto de acordo com fatores específicos: género; o local de residência; nível de educação; caraterização económica. Foi possível aferir que o género feminino apresenta níveis mais elevados de disponibilidade para o consumo de produtos explicitamente apresentados como “mais saudáveis”; o local de residência não se revelou significativo nas escolhas por produtos “mais saudáveis”; mas o nível educativo e a caraterização económica de cada indivíduo e/ou agregado familiar influenciam a adesão a estes novos produtos alimentares. Pudemos verificar que há uma crescente apetência por produtos alimentares transformados ou rotulados de acordo com as suas caraterísticas nutritivas; que estas são valorizadas e sublinhadas por uma indústria e um comércio alimentares que acompanham a procura ou a estimulam através de boas campanhas publicitárias: os supermercados aumentaram a sua gama nos alimentos sem lactose e sem glúten, criando gamas específicas direcionadas para este tipo de procura. Se há os que efetivamente necessitam por razões médicas e de saúde, hoje o consumo e a disponibilidade destes alimentos supera em muito a indicação médica: ir em busca do mais saudável, do que promete mais longevidade, mais beleza, mais equilíbrio; são comportamentos generalizados, primeiro de indivíduos, depois de famílias que ajustam o seu consumo aos produtos modificados ou apenas com rotulagem mais detalhada, que os descreve pelas suas qualidades enquanto promotores de saúde .Face a estes padrões de consumo, consideramos que a alimentação continua a ser um espelho e uma projeção das expectativas e das ansiedades atuais dos consumidores. Hoje, o “comer bem” começa a identificar-se com “comer saudável”, sendo que este padrão medicalizado do alimento está, em grande parte, cativado pela indústria e comércio alimentares, instigando a adesão dos consumidores. Paralelamente, estes alimentos “corrigidos” de modo a potenciarem os seres humanos enquanto saudáveis, jovens e belos são, eles próprios sujeitos a modificações de equilíbrio duvidoso, quando se tem em mente uma alimentação diversificada e próxima do estado natural
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