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    Interaction of paraoxonase-192 polymorphism with low HDL-cholesterol in coronary artery disease risk.

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    A doença coronária (DC) é a principal causa de mortalidade nos países desenvolvidos. O aumento da peroxidação lipídica está associado com a progressão acelerada da arteriosclerose. A Paraoxonase (PON1) é uma enzima antioxidante, que protege contra a peroxidação lipídica e a DC. A actividade da PON1 está sob controlo genético e a sua base molecular consiste num polimorfismo do gene da PON1 que apresenta duas isoformas comuns: a forma nativa, Q (192 Gln) com elevada capacidade de protecção das LDL da peroxidação lipídica in vitro, e a isoforma mutada R (192 Arg) com baixa capacidade de protecção. Objectivo: O objectivo deste trabalho foi investigar a interacção entre o alelo R do gene da PON 1 e os níveis plasmáticos baixos de colesterol HDL, no risco do aparecimento da DC. Métodos: Participaram no estudo 818 indivíduos, 298 doentes coronários com idade média 55.0±10.3 anos, 78.9% do sexo masculino, e 520 controlos, com uma idade média de 53.3±11, 7 anos, 72, 5% do sexo masculino, tendo casos e controlos sido emparelhados por idade e sexo. Foi considerado um valor <de 40 mg/dl (0,90 mmol/L), nos homens e <de 50 mg/dl (1,11 mmol/L), nas mulheres como um nível baixo de Colesterol HDL. As comparações genotípicas, entre casos e controlos, foram efectuadas pelo teste do Chi-quadrado. A significância estatística foi aceite para valores de p <0,05. Para determinar o risco relativo de DC, em relação ao genótipo RR e aos níveis baixos de colesterol HDL, foi usada uma análise univariada e foram utilizadas as tabelas epidemiológicas 4x2 e medidas de sinergismo (modelo aditivo - SI e multiplicativo - SIM) para determinar a interacção entre o genótipo RR e os níveis baixos de colesterol HDL. Foi finalmente calculado o excesso de risco relativo (RERI) e proporção atribuída à interacção (AP). Resultados: A PON 1 192 RR está associada à DC [OR=1,61; p=0,043] para toda a população. A associação de níveis baixos de HDL com o genótipo 192 RR mostrou um aumento do risco de DC (OR=17,38; p <0,0001) comparada aos níveis normais de HDL associados ao mesmo genótipo (OR=1,39; p=0,348) e aos níveis baixos de HDL sem o genótipo RR (OR=7,79; p <0,0001). Índices de Sinergismo: SI= 2,3; SIM = 1.6; RERI=9,2; AP=0,53. Conclusão: Estes dados sugerem a existência de um efeito sinérgico entre o genótipo 192 RR da PON1 e os valores baixos de colesterol HDL, na emergência de DC, pois este genótipo aumentou o risco de DC, em especial, na população com níveis plasmáticos baixos de colesterol HDL. A proporção de DC que pode ser atribuída a esta interacção (AP) foi de 0,53 significando que 53% da DC que surgiu nestes indivíduos, foi explicada por esta interacção.INTRODUCTION: Coronary artery disease (CAD) is the main cause of mortality in developed countries. Increased lipid peroxidation is associated with accelerated progression of atherosclerosis. Paraoxonase (PON1) is an antioxidant enzyme bound to high-density lipoprotein (HDL), which protects against lipid peroxidation and coronary artery disease. PON1 activity is under genetic control and its molecular basis is a polymorphism in the PON1 gene that shows two common isoforms: the wild Q form (192 Gln) with high ability to protect LDL from lipid peroxidation in vitro, and the mutated R (Arg) form with lower ability. AIM: To explore the interaction of the R allele of the paraoxonase gene and low HDL-cholesterol concentrations in CAD risk. METHODS: The study population consisted of 818 individuals, 298 coronary patients, aged 55.0 +/- 10.3 years, 78.9% male, and 520 age and gender matched healthy controls, aged 53.3 +/- 11.7 years, 72.5% male. Low HDL-cholesterol was defined as < 0.90 mmol/l in men and < 1.11 mmol/l in women. Comparisons of genotypes between cases and controls were performed by a chi-square test. Statistical significance was accepted at p < 0.05. Odds ratios and 95% confidence intervals for the RR genotypes and HDL-deficient subjects were computed using univariate analysis (2 x 2 tables). To determine the interaction between the RR paraoxonase genotype and HDL-deficient subjects, we used 4 x 2 epidemiologic tables and synergy measures: the additive model (Rothman's synergy index, SI) and multiplicative model (Khoury's synergy index, SIM). The relative excess risk due to interaction (RERI) and the attributable proportion (AP) due to interaction (Rothman) were calculated. RESULTS: The PON1 RR192 polymorphism was associated with coronary heart disease (OR = 1.61; p = 0.043) in the whole population. HDL-deficient subjects with the RR192 genotype showed increased risk for CAD (OR = 17.38; p < 0.0001) compared to those with normal HDL and RR192 (OR = 1.39; p = 0.348) and HDL-deficient subjects not carrying the RR genotype (OR = 7.79; p < 0.0001). Synergy measures were SI = 2.3, SIM = 1.6; RERI = 9.2. CONCLUSION: These data suggest the existence of a synergistic effect of the PON1 RR192 genotype (with lower antioxidant ability) and HDL-deficient subjects in risk for development of CAD. The AP due to this interaction was 0.53, meaning that 53% of CAD was explained by this interaction.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Gene-gene interaction affects coronary artery disease risk.

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    Introdução: Existem vários estudos que comparam doentes coronários e controlos, no sentido de determinar quais os polimorfismos que apresentam risco acrescido de doença das artérias coronárias (DC). Os seus resultados têm sido muitas vezes contraditórios, mas apresentam uma limitação suplementar: avaliam os polimorfismos um a um, quando na natureza os polimorfismos não existem isolados. Põe-se a questão se serão mais importantes associações de polimorfismos mutados no mesmo gene ou em genes diferentes. Objectivo: Com o presente trabalho pretendemos avaliar o risco da associação de polimorfismos em termos de aparecimento de DC no mesmo gene ou em genes diferentes. Metodologia: Estudámos em 298 doentes coronários e 298 controlos sãos o risco associado aos polimorfismos (genótipos considerados de risco), DD da Enzima de Converaão da Angiotensina (ECA) I/D; GG da ECA 8, MM do Angiotensinogénio (AGT) 174; TT do AGT 235; TT da Metiltetrahidrofolato Reductase (MTHFR) 677; AA da MTHFR 1298;RR da Paraoxonase1 (PON1) 192 e MM da PON1 55. Posteriormente avaliámos o risco ligado às associações no mesmo gene (DD da ECA + GG da ECA 8; MM do AGT174 + TT do AGT 235; TT da MTHFR 677 + AA da MTHFR 1298). Finalmente, nos polimorfismos que isoladamente apresentavam significância, avaliámos o risco das associações de polimorfismos a níveis funcionais diferentes (ECA + AGT; ECA + MTHFR; ECA + PON1. Finalmente através de um modelo de regressão logística fomos determinar quais as variáveis que se relacionavam de forma significativa e independente com a DC. Resultados: Os polimorfismos isolados como: ECA DD [P<0.0001], ECA 8 GG [P=0,023], e MTHFR 1298 AA [P=0,049]), apresentaram uma frequência mais elevada nos casos, associando-se de forma significativa ao grupo com DC. A associação de polimorfismos no mesmo gene não teve efeito sinergístico ou aditivo e não aumentou o risco de DC. A associação polimórfica em genes diferentes aumentou o risco de DC quando comparada com o risco do polimorfismo isolado. No caso da associação da ECA DD ou ECA 8 GG com a PON1 192 RR, o risco quadruplicou (OR passou de 1,8 para 4,2). Após regressão logística o hábito tabágico, a história familiar, o fibrinogénio, diabetes, a associação ECA DD ou ECA 8 GG com a MTHFR 1298 AA e a interacção ECA DD ou ECA 8 GG com a PON1 192 RR permaneceram na equação, mostrando ser factores de risco independente para DC. Conclusões: A associação de polimorfismos mutados no mesmo gene nunca aumentou o risco do polimorfismo isolado. A associação com interacção de polimorfismos mutados em genes diferentes, pertencentes a sistemas fisiopatológicos e enzimáticos diferentes, esteve sempre associada a maior risco do que cada polimorfismo por si. Este trabalho levanta, pela primeira vez, a possibilidade de tentativa de compreensão do risco genético coronário em conjunto e não de cada polimorfismo por si.INTRODUCTION: Various studies have compared coronary artery disease (CAD) patients with controls in order to determine which polymorphisms are associated with a higher risk of disease. The results have often been contradictory. Moreover, these studies evaluated polymorphisms in isolation and not in association, which is the way they occur in nature. OBJECTIVE: Our purpose was to evaluate the risk of CAD in patients with associated polymorphisms in the same gene or in differen genes. METHODS: We evaluated the risk associated with ACE DD, ACE 8 CC, ACT 174MM, AGT 235TT, MTHFR 677TT, MTHFR 1298AA, PON1 192RR and PON1 55MM in 298 CAD patients and 298 healthy individuals. We then evaluated the risk of associated polymorphisms in the same gene (ACE DD + ACE 8GG; AGT 174MM + AGT 235TT; MTHFR 677TT + MTHFR 1298AA). Finally, for the isolated polymorphisms which were significant, we evaluated the risk of polymorphism associations at different functional levels (ACE + AGT; ACE + MTHFR; ACE + PON1). Multiple logistic regression was used to identify independent risk factors for CAD. RESULTS: Isolated polymorphisms including ACE DD(p < 0.0001), ACE 8 gg (p=0.023), and MTHFR 1298AA (p = 0.049) presented with a significantly higher frequency in the CAD group. An association of polymorphisms in the same gene did not have an additive or synergistic effect, nor did it increase the risk of CAD. Polymorphic associations in different genes increased the risk of CAD, compared with the isolated polymorphisms. The association of ACE DD or ACE 8 GG with PON1 192RR increased the risk of CA fourfold (1.8 to 4.2). After logistic regression analysis, current smoking, family history, fibrinogen, diabetes, and the ACE DD or ACE 8 GG + MTHFR 1298AA and ACE DD or ACE 8 GG + PON1 192RR associations remained in the, model and proved to be independent predictors of CAD. CONCLUSIONS: The association of polymorphisms in the same gene did not increase the risk of the isolated polymorphism. The association of polymorphisms in genes belonging to different enzyme systems was always linked to increased risk compared to the isolated polymorphisms. This study may contribute to a better understanding of overall genetic risk for CAD rather than that associated with each polymorphism in isolation.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Pulse wave velocity and coronary risk stratification.

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    Introdução: A compliance arterial ou distensibilidade é uma determinante fundamental nas doenças cardiovasculares, apresentando grande interesse a sua medição não invasiva. A velocidade da onda de pulso (VOP) é usada, actualmente, como um índice de distensibilidade arterial. Objectivos: Avaliar se a VOP constitui um factor de risco, independente, para doença das artérias coronárias (DAC). Investigar se a determinação da mesma pode constituir uma ferramenta útil, na estratificação do risco cardiovascular, tanto nos indivíduos assintomáticos, como nos doentes com DAC População e Métodos: 811 indivíduos, 301 consecutivos com DAC, confirmada por coronário-angiografia, média de idade 53,7±10,0 anos e 510 assintomáticos, seleccionados das listas eleitorais, média de idade 46,1±10,0 anos. Os indivíduos assíntomáticos formavam o grupo A e eram subdivididos em A1 (grupo sem HTA, dislipidémia e ou diabetes) e A2 (grupo com HTA, dislipidémia, e ou diabetes). Os doentes coronários constituiam o grupo B, também sub dividido em B1 sem HTA, dislipidémia e ou diabetes e B2 com HTA, dislipidemia e ou diabetes. Os dados foram expressos em média ± desvio padrão (DP). O teste t de Student foi usado para comparar as variáveis contínuas e o c2 para comparar as variáveis categóricas. A força da correlação independente entre as variáveis contínuas foi avaliada segundo Pearson. Finalmente, foi efectuado um modelo de regressão logística (step by step) para avaliar quais as variáveis que se relacionavam de forma significativa e independente com a DAC. A análise estatística foi efectuada através do software SPSS for Windows, sendo o valor de p <0,05 considerado significativo. Resultados: Comparando os dois grupos, A1 e A2, no primeiro, a média da VOP foi significantemente mais baixa em relação ao A2. Comparando o grupo B1 e B2, também no grupo B1 a média da VOP é mais baixa. No grupo A1 a VOP correlacionou-se, segundo Pearson, com a idade, pressão arterial sistólica (PAS), diastólica e média, IMC, glicémia, colesterol total, LDL, relação CT/HDL, ApoB, triglicerídeos, ingestão de álcool, relação cintura/anca (C/A), e proteína C reactiva(as). A correlação foi inversa com o colesterol HDL. No grupo A2 a correlação da VOP foi positiva com a idade, PAS, PAM, PAD, glicémia, CT/ HDL e pressão do pulso (PP). No grupo B1 a correlação foi positiva e significante com a idade, PAS, PAM, PAD e PP. Foi inversa com a fracção de ejecção do VE. No grupo B2, foi positiva e significante com a idade, PAS, PAM, relação C/A, PP e homocisteína. Conclusão: A VOP foi sempre, quer nos indivíduos assintomáticos quer nos doentes coronários, mais elevada nos grupos com maior número de factores de risco. Esta constatação sugere influência cumulativa dos factores de risco, no processo de rigidez arterial. Correlacionou-se de forma positiva e significativa, com alguns dos factores de risco clássicos e alguns dos novos marcadores bioquímicos de risco. Após análise de regressão logística, manteve-se na equação de forma significativa, mostrando ser um factor de risco independente para DAC. Assim, a avaliação da distensibilidade arterial, através da medição da VOP, poderá representar um método simples, rápido e não invasivo, capaz de estratificar o risco de DAC, tanto nos indivíduos assintomáticos com nos doentes coronários.BACKGROUND: Arterial compliance or stiffness is an important determinant of cardiovascular disease and there is considerable interest in its noninvasive measurement. Pulse wave velocity (PWV) is widely used as an index of arterial stiffness. AIM: To determine whether PWV is useful for risk stratification in both healthy individuals and coronary patients. METHODS: Control subjects, n=510, aged 46.1 +/- 11 years, with no history of coronary disease, were selected from electoral rolls, and coronary patients, n=301, aged 53.7 +/- 10 years, were selected from hospital patients with a history of coronary artery disease (CAD) confirmed by coronary angiogram (at least 75% obstruction of one of the main coronary vessels). The asymptomatic subjects without CAD formed Group A, and were subdivided into A1 (without hypertension, dyslipidemia and/or diabetes) and A2 (with hypertension, dyslipidemia and/or diabetes). The coronary patients formed Group B, who were also subdivided into B1, without these classic risk factors, and B2 with hypertension, dyslipidemia and/or diabetes. We used the Student's t test to compare continuous variables and the chi-square test to compare categorical data. The strength of correlation between continuous variables was tested by Pearson's linear correlation. Independent variables predictive of CAD were determined by backward logistic regression analysis. The statistical analysis was performed using SPSS for Windows version 11.0 and data were expressed as means +/- SD; a p value of 0.05 was considered significant. RESULTS: Comparing the two groups A1 and A2, mean PWV was significantly lower in group A1. Comparing B1 and B2, mean PWV was also significantly lower in group B1. In group A1, PWV was significantly and positively correlated with age, body mass index, waist-to-hip ratio, alcohol consumption, total/HDL cholesterol ratio, systolic, diastolic and mean blood pressure (BP), blood glucose, apo B, triglycerides, and high-sensitivity C-reactive protein, unlike HDL which was inversely correlated (Pearson's coefficient). In group A2, PWV was significantly and positively correlated with age, alcohol consumption, total/HDL cholesterol ratio, systolic, diastolic and mean BP, blood glucose and pulse pressure (PP), but not HDL, which was inversely correlated with PWV. In group B1, PWV was only significantly and positively correlated with age, systolic, mean, and diastolic BP and PP, and presented a significant inverse correlation with ejection fraction. However, in the high-risk coronary population (group B2), there was a positive correlation with age, waist-to-hip ratio, systolic and mean BP, PP and homocysteine. After stepwise logistic regression, PWV remained in the model and proved to be a significant and independent risk factor for CAD. CONCLUSION: The results of our study show that PWV is higher in high-risk groups and significantly correlated with many classic and new CAD risk markers, suggesting that there is a cumulative influence of risk factors in the development of arterial stiffness. We believe that PWV is a useful index of vascular status and hence cardiovascular risk and that it may be useful for risk stratification in both asymptomatic and coronary patients.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Search for CP violation in D0 and D+ decays

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    A high statistics sample of photoproduced charm particles from the FOCUS (E831) experiment at Fermilab has been used to search for CP violation in the Cabibbo suppressed decay modes D+ to K-K+pi+, D0 to K-K+ and D0 to pi-pi+. We have measured the following CP asymmetry parameters: A_CP(K-K+pi+) = +0.006 +/- 0.011 +/- 0.005, A_CP(K-K+) = -0.001 +/- 0.022 +/- 0.015 and A_CP(pi-pi+) = +0.048 +/- 0.039 +/- 0.025 where the first error is statistical and the second error is systematic. These asymmetries are consistent with zero with smaller errors than previous measurements.Comment: 12 pages, 4 figure
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