JAZZ NO BRASIL OU JAZZ BRASILEIRO? UM BALANÇO HISTÓRICO SOBRE O JAZZ DURANTE O LONGO MODERNISMO (1920 -1980)

Between the 1920s and 1980s, jazz began and consolidated its presence in Brazilian musical culture. Despite the intense disputes and contradictions in this trajectory, it is possible to identify a common thread: the presence of a multifaceted nationalism that imposed, to a greater or lesser degree, barriers to the reception of jazz in Brazil. Thus, the purpose of this article is to verify what would be the main permanences and ruptures of this process, which coincides with the period of long modernism (1920 - 1980) described by Napolitano (2014). The purpose is not to cite the totality of jazz experiences in Brazil, which would be impossible. In this article, we aim to make a historical and bibliographical balance about the presence of jazz in Brazilian popular music and reflect on the possible indications of the coadjuvant place of instrumental music in much of the memory and historiography.Entre as décadas de 1920 e 1980, o jazz iniciou e consolidou sua presença na cultura musical brasileira. Apesar das intensas disputas e contradições nessa trajetória, é possível identificar um fio condutor: a presença de um nacionalismo multifacetado que impôs, em maior ou menor grau, barreiras à recepção do jazz no Brasil. Assim, o intuito deste artigo é verificar quais seriam as principais permanências e rupturas desse processo, que coincide com o período do longo modernismo (1920 - 1980) descrito por Napolitano (2014). A proposta não é citar a totalidade das experiências jazzísticas em solo nacional, tarefa que seria impossível. Neste artigo, objetiva-se realizar um balanço histórico e bibliográfico sobre a presença do jazz na música popular brasileira e refletir sobre os possíveis indícios do lugar coadjuvante da música instrumental em grande parte da memória e da historiografia

Além das cenas do crime: o fantasma de Tenório Jr. em meio às dissonâncias e disputas na historiografia do jazz brasileiro (1964-1976)

We analyze the aesthetic-ideological disputes that were forged from the formation of a new place for instrumental music, between the 1960s and 70s – context of profound changes in the parameters of production and music consumption. We used the trajectory of pianist Tenório Jr. as the guiding thread of the analysis. Quite evoked, the argument that correlates the tragedy of the musician to the market position of Brazilian instrumental music has had significant acceptance, reproducing in the bibliography on the subject. Because of this, we revisit the history of this historical character (complex plot involving memory, music and dictatorship) and examine the extent to which the facts ratify or refute the thesis that the “devaluation” of the instrumental is related and consummated in the face of what happened to it. With the intersection of sources and historiographical discussion, we show in the work evidence that there are limits to the use of the musician’s life as a symbol of the supposed “death” of the instrumental.Inspirados no paradigma indiciário (GINZBURG, 2007) e no método biográfico (BOURDIEU, 2001), analisamos os usos e abusos da história do pianista Tenório Jr. no interior da memória e da historiografia sobre o jazz brasileiro dos anos 1960-1970. Morto em 1976 em plena ditadura argentina, a figura do músico foi acionada como símbolo da condição do jazz nacional naquele período. Cotejamos, assim, a vida e os discursos sobre Tenório, destacando, por fim, os desmembramentos históricos do instrumental brasileiro. Chegamos ao entendimento de que a trajetória do músico foi apropriada para fundamentar leituras distintas sobre a relação entre canção e música instrumental, gerando posições estético-ideológicas conflitantes. Fundamentados em dados empíricos, problematizamos essas narrativas e percebemos que as nuances da memória trágica de Tenório dão indícios, mas não determinam os rumos que o jazz e a música instrumental brasileira tomaram nos anos 70. Assim, concluímos que apesar dos traumas sofridos, esses estilos não “morreram” nos porões da indústria fonográfica. Antes, resistiram e se reinventaram

Editorial História e Cultura, v.5, n.2, 2016

Texto do editorial da Revista Discente História e Cultura, v.5, n.2, 2016

Editorial História e Cultura , v.5, n.1, 2016

Texto do editorial da Revista Discente História e Cultura , v.5, n.1, 2016

Núcleos de Ensino da Unesp: artigos 2013: volume 2: metodologias de ensino e a apropriação de conhecimento pelos alunos

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP

Núcleos de Ensino da Unesp: artigos 2013: volume 2: metodologias de ensino e a apropriação de conhecimento pelos alunos

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP