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    Literatura e Palco

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    Há várias décadas lidamos com Literatura e Dramaturgia, e por isto quisemos em nossa pós-graduação nos aprofundar nelas, através de um caminho que as re-unisse, pois o teatro teve por berço a poesia, na Grécia clássica. Foi através deste viés que desembocamos no estudo dos gêneros, um dos pilares da Teoria Literária, e que tem interessante contribuição a dar ao tema deste nosso VIII Simpósio da Semana da Ciência da Literatura -- a Teoria Literária e suas Fronteiras. A princípio pode parecer estranho termos escolhido a Taxinomia para falar de contemporaneidade, uma vez que esta área é considerada por muitos teóricos como anacrônica, só utilizada, hoje em dia, como mero exercício de retórica, sem qualquer “serventia” que “justifique” seu estudo. Nada mais ilusório. Quem se aprofunda no épico percebe de imediato que além dele lidar com a possibilidade das fronteiras intercomunicantes -- entre a literatura e as artes cênicas, no caso do presente trabalho -- ,também se apresenta, na tensão patética, como uma exceptio, um “estado de exceção”, no qual literatura e encenação nascem e apresentam-se juntas, portanto sem delimitações limítrofes no que concerne à sua gênese

    Os entre-lugares da arte e pensamento do Poeta da Crueldade, Glauco Mattoso,
com o Teatro da Crueldade de Antonin Artaud

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    Esse trabalho pretende aproximar Glauco Mattoso de Antonin Artaud, apesar das grandes diferenças que os separam, inclusive pelo tipo de propostas que veiculam, um através da poesia, o outro do teatro. Partimos do pressuposto de que ambos sejam poetas/vates (produtores de algum tipo de vaticínio) e dramaturgos, mesmo se Artaud não tivesse escrito um único verso ou que Mattoso não tenha (ainda) nenhum texto para teatro. No caso do último, lembremos Musset, quando em 1832 criou a alcunha do “teatro de poltrona”, um teatro cujo texto não se destinava à representação, mas à leitura, que já cria um palco imaginário. Contemporaneamente, também Ringaert nos lembra que o potencial de um texto de teatro existe independente da representação e, inclusive, muito antes dela. O palco não a completa, pois ela já existe inteira; o palco imaginário construído pela leitura, “ativa processos mentais que apreendem o texto já a caminho do palco”. A encenação é, pois, possibilidade a mais. Registremos, ainda, que, à época de Musset, o modelo clássico teatral ainda imperava, e textos que não se enquadrassem a esse modo de representação poderiam ter potencial dramático, mas pouca possibilidade de serem encenados; hoje, com a multiplicidade de tendências relacionadas ao espetáculo, há muito maiores e amplas possibilidades desse “teatro de poltrona” ser transcriado/transformado em linguagem cênica

    Advancing Homosexual Citizenship

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