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A Profilaxia Pré-exposição (PrEP) Como Novo Tratamento Para Imunização Contra Infecções Pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
RESUMO: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Sabe-se que, atualmente, cerca de 1,7 milhão de novas infecções por HIV são registradas a cada ano no mundo, segundo UNAIDS Brasil. Tendo em vista este cenário preocupante, foi desenvolvido um novo método de prevenção contra infecções pelo HIV, a Profilaxia Pré-exposição (PrEP), um comprimido feito a partir da combinação de dois medicamentos, tenofovir e entricitabina, que protege o organismo humano caso ocorra um possível contato do vírus que desencadeia AIDS. No Brasil, está focada em atingir homens que fazem sexo com outros homens (HSH), profissionais do sexo e mulheres transexuais. Sendo assim, o intuito desta minirevisão foi relacionar o uso da PrEP com seu grupo de risco e associá-lo com fatores que interferem em sua adesão e eficácia. Para sua elaboração foram usadas informações do site do Ministério da Saúde do Brasil e da PrEP Brasil. Somado a isso, utilizou-se os descritores PrEP, HIV para selecionar como base 5 artigos científicos no banco de dados PUBMED, seguindo o critério de inclusão relacionado as datas de publicação, de 2015 a 2019 e à sua maior exatidão científica ao relacionaram HIV, PrEP e a população de risco. Dessa forma, apesar do aumento nos números de outras doenças sexualmente transmissíveis, indicando uma mudança no comportamento sexual dos usuários da PrEP, observa-se que o princípio da não maleficência é aplicado, visto que a PrEP como um novo método de prevenção contra infecções pelo HIV tem mais pontos positivos que negativos à saúde coletiva no âmbito mundial. Concluiu-se que a aceitação do uso da PrEP no grupo de risco, apesar de positiva, ainda é baixa, visto que sua adesão depende da influência de fatores externos, como o não uso de substâncias ilícitas.
 
Experiência de quase morte: revisão sistemática de literatura abordagens e implicações clínicas
O artigo a seguir trata-se de uma revisão sistemática sobre a Experiência de Quase Morte (EQMs) e suas consequências nos pacientes, tanto favoráveis quanto desfavoráveis. As EQMs, fenômeno com raízes arcaicas, geralmente são acompanhadas de elementos psíquicos, físicos e imateriais. Esses eventos são relatados por pacientes que estiveram em estado grave de saúde e entendidos como um acontecimento no qual o doente, ou acidentado, vivencia uma experiência em uma realidade diferente da que está passando no momento, normalmente envolvendo aspectos espirituais e/ou místicos. As Experiências de Quase Morte têm sido cada vez mais relatadas, em consequência dos avanços da ciência e da tecnologia na área da saúde (principalmente o desenvolvimento de manobras de reanimação), contudo, são escassamente investigadas na atualidade. Esses episódios particulares são de extrema relevância para a vida pessoal e social dos indivíduos que por eles passam, visto que podem influenciar no prognóstico, no modo e na qualidade de vida do paciente, apresentando consequências tanto positivas quanto negativas. O objetivo do trabalho é analisar as modificações prognósticas, sendo elas benéficas ou maléficas, desencadeadas em pacientes que vivenciaram as EQMs. O estudo é caracterizado como uma revisão sistemática de literatura de acordo com o protocolo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). A busca será realizada através das bases de dados eletrônicas (Scielo, PubMed e BVS) e artigos selecionados. A seleção dos descritores utilizados no processo de revisão será feita mediante consulta ao DECs (descritores de assunto em ciências da saúde da BIREME). Espera-se que, a partir da análise sistemática de vários resultados prévios, possa-se provar o impacto das EQM no prognóstico dos pacientes que passam por essas experiências.
 
Uso da insulina inalatória como alternativa para o tratamento do diabetes mellitus
O diabetes mellitus (DM) é uma doença degenerativa, que se caracteriza por um quadro de hiperglicemia crônica, tendo como principais fisiopatologias a disfunção na produção pancreática de insulina, hormônio responsável pela regulação dos níveis de glicose sanguínea, no caso do DM tipo 1, e a resistência insulínica periférica, no caso da DM tipo 2. Além disso, ainda cursa com diversas alterações na rotina diária e nos hábitos de seus portadores e, com complicações micro e macrovasculares. Frente a isso, a insulinoterapia foi uma estratégia terapêutica e de controle desenvolvida para reduzir, de maneira eficaz, os níveis de hemoglobina glicada, o que por consequência, também reduz os riscos de complicações. Compreender a importância da insulina inalatória como medida alternativa de controle e tratamento para o Diabetes Mellitus. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, construída a partir de 20 artigos, em línguas portuguesa e inglesa, pesquisados nos bancos de dados PUBMED, GOOGLE ACADÊMICO, Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME). Adotando como critérios de inclusão, artigos com Qualis B4 ou acima e publicados entre os anos de 2015 e 2020. Já o critério de exclusão foi a publicação fora do intervalo de tempo estipulado. Devido à grande prevalência do DM tanto do tipo 1 quanto do tipo 2, cada vez mais surge novos estudos sobre vias alternativas para insulinoterapia, sendo que uma delas é a insulina inalada, que é método não invasivo para controlar os níveis de glicose no sangue desses pacientes, em substituição as múltiplas administrações parenterais das insulinas convencionais. Ela é mais bem aceita pelos pacientes e sua eficácia no controle da glicemia é ligeiramente inferior à da insulina subcutânea convencional, apresentando, porém, uma absorção mais rápida e eficaz devido a área de superfície alveolar ser bastante ampla, ademais é mais cara e tem efeito deletério na função pulmonar. Assim, sua principal indicação é para pacientes que não obtém controle glicêmico apenas com os agentes orais, semelhante a indicação da parenteral. Já em relação as contraindicações, função pulmonar insuficiente, fumantes ativos ou pacientes que pararam de fumar há menos de 6 meses não devem fazer uso do medicamento e, na presença de infecções respiratórias, os níveis de glicose no sangue precisam ser monitorados de forma mais rigorosa (devido à possibilidade de alteração da absorção das doses usuais de insulina). Em suma, a relevância dessa patologia pede maior comprometimento científico na busca por opções terapêuticas cada vez mais eficazes, visto isso, o uso das insulinas inalatórias se torna uma alternativa bastante interessante para diversos pacientes que sofrem diariamente com os vários efeitos adversos das aplicações parenterais de insulina, porém ainda precisa de modificações no sentido de reduzir as suas consequências pulmonares
Efeitos da Religião/Espiritualidade no Tratamento de Enfermidades
RESUMO: No âmbito de práticas de saúde, percebe-se uma frequente associação entre as possíveis influências de fatores religiosos e espirituais no tratamento de enfermidades. Nessa perspectiva, essa interação de religião/espiritualidade e tratamento tem sido alvo de diversos estudos, tanto da área da saúde como de ciências sociais, sobretudo nos últimos anos, visto que a tolerância religiosa/cultural se difundiu mais pelo mundo. Com isso, tornou-se conhecido uma expressão chamada: enfrentamento religioso, que significa um conjunto de estratégias, cognitivas e comportamentais, utilizadas com o objetivo de enfrentar situações de estresse. Sendo assim, o objetivo deste artigo é relacionar os efeitos da religião/espiritualidade no tratamento de doenças, tanto nos pacientes quanto da equipe de saúde. Para sua elaboração foram usados os Descritores Ciências da Saúde (DeSC): “Faith Healing”, “Religion and Medicine” e “Religion and Science” e a partir de 23 artigos base encontrados no banco de dados Public Medlines (PUBMED), publicados entre 2017 e 2020, em língua inglesa e portuguesa. Assim, concluiu-se que fatores culturais religiosos, tais como, a própria religião, orações, amuletos e objetivos que representem espiritualidade para o paciente e sua família influenciam positivamente no tratamento de doenças. Os resultados mostraram que a espiritualidade e a religião possuem significativa influência no tratamento das enfermidades, na maioria das vezes de forma positiva, contribuindo, dessa forma, como recurso terapêutico
Efeitos da religião/espiritualidade no tratamento de enfermidades / Effects of religion/spirituality in the treatment of illness
No âmbito de práticas de saúde, percebe-se uma frequente associação entre as possíveis influências de fatores religiosos e espirituais no tratamento de enfermidades. Nessa perspectiva, essa interação de religião/espiritualidade e tratamento tem sido alvo de diversos estudos, tanto da área da saúde como de ciências sociais, sobretudo nos últimos anos, visto que a tolerância religiosa/cultural se difundiu mais pelo mundo. Com isso, tornou-se conhecido uma expressão chamada: enfrentamento religioso, que significa um conjunto de estratégias, cognitivas e comportamentais, utilizadas com o objetivo de enfrentar situações de estresse. Sendo assim, o objetivo deste artigo é relacionar os efeitos da religião/espiritualidade no tratamento de doenças. Para sua elaboração foram usados os Descritores Ciências da Saúde (DeSC): “Faith Healing”, “Religion and Medicine” e “Religion and Science” e a partir de 23 artigos base encontrados no banco de dados Public Medlines (PUBMED), publicados entre 2017 e 2020, em língua inglesa e portuguesa. Assim, concluiu-se que fatores culturais religiosos, tais como, a própria religião, orações, amuletos e objetivos que representem espiritualidade para o paciente e sua família influenciam positivamente no tratamento de doenças. Dessa forma, nos coube associar a influência dessa interação de religião/espiritualidade e tratamento tanto nos pacientes quanto da equipe de saúde, para demonstrar a melhor forma de ambos lidarem com esse facilitador no tratamento de enfermidades.
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Global burden of 288 causes of death and life expectancy decomposition in 204 countries and territories and 811 subnational locations, 1990–2021: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2021
BACKGROUND Regular, detailed reporting on population health by underlying cause of death is fundamental for public health decision making. Cause-specific estimates of mortality and the subsequent effects on life expectancy worldwide are valuable metrics to gauge progress in reducing mortality rates. These estimates are particularly important following large-scale mortality spikes, such as the COVID-19 pandemic. When systematically analysed, mortality rates and life expectancy allow comparisons of the consequences of causes of death globally and over time, providing a nuanced understanding of the effect of these causes on global populations. METHODS The Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study (GBD) 2021 cause-of-death analysis estimated mortality and years of life lost (YLLs) from 288 causes of death by age-sex-location-year in 204 countries and territories and 811 subnational locations for each year from 1990 until 2021. The analysis used 56 604 data sources, including data from vital registration and verbal autopsy as well as surveys, censuses, surveillance systems, and cancer registries, among others. As with previous GBD rounds, cause-specific death rates for most causes were estimated using the Cause of Death Ensemble model-a modelling tool developed for GBD to assess the out-of-sample predictive validity of different statistical models and covariate permutations and combine those results to produce cause-specific mortality estimates-with alternative strategies adapted to model causes with insufficient data, substantial changes in reporting over the study period, or unusual epidemiology. YLLs were computed as the product of the number of deaths for each cause-age-sex-location-year and the standard life expectancy at each age. As part of the modelling process, uncertainty intervals (UIs) were generated using the 2·5th and 97·5th percentiles from a 1000-draw distribution for each metric. We decomposed life expectancy by cause of death, location, and year to show cause-specific effects on life expectancy from 1990 to 2021. We also used the coefficient of variation and the fraction of population affected by 90% of deaths to highlight concentrations of mortality. Findings are reported in counts and age-standardised rates. Methodological improvements for cause-of-death estimates in GBD 2021 include the expansion of under-5-years age group to include four new age groups, enhanced methods to account for stochastic variation of sparse data, and the inclusion of COVID-19 and other pandemic-related mortality-which includes excess mortality associated with the pandemic, excluding COVID-19, lower respiratory infections, measles, malaria, and pertussis. For this analysis, 199 new country-years of vital registration cause-of-death data, 5 country-years of surveillance data, 21 country-years of verbal autopsy data, and 94 country-years of other data types were added to those used in previous GBD rounds. FINDINGS The leading causes of age-standardised deaths globally were the same in 2019 as they were in 1990; in descending order, these were, ischaemic heart disease, stroke, chronic obstructive pulmonary disease, and lower respiratory infections. In 2021, however, COVID-19 replaced stroke as the second-leading age-standardised cause of death, with 94·0 deaths (95% UI 89·2-100·0) per 100 000 population. The COVID-19 pandemic shifted the rankings of the leading five causes, lowering stroke to the third-leading and chronic obstructive pulmonary disease to the fourth-leading position. In 2021, the highest age-standardised death rates from COVID-19 occurred in sub-Saharan Africa (271·0 deaths [250·1-290·7] per 100 000 population) and Latin America and the Caribbean (195·4 deaths [182·1-211·4] per 100 000 population). The lowest age-standardised death rates from COVID-19 were in the high-income super-region (48·1 deaths [47·4-48·8] per 100 000 population) and southeast Asia, east Asia, and Oceania (23·2 deaths [16·3-37·2] per 100 000 population). Globally, life expectancy steadily improved between 1990 and 2019 for 18 of the 22 investigated causes. Decomposition of global and regional life expectancy showed the positive effect that reductions in deaths from enteric infections, lower respiratory infections, stroke, and neonatal deaths, among others have contributed to improved survival over the study period. However, a net reduction of 1·6 years occurred in global life expectancy between 2019 and 2021, primarily due to increased death rates from COVID-19 and other pandemic-related mortality. Life expectancy was highly variable between super-regions over the study period, with southeast Asia, east Asia, and Oceania gaining 8·3 years (6·7-9·9) overall, while having the smallest reduction in life expectancy due to COVID-19 (0·4 years). The largest reduction in life expectancy due to COVID-19 occurred in Latin America and the Caribbean (3·6 years). Additionally, 53 of the 288 causes of death were highly concentrated in locations with less than 50% of the global population as of 2021, and these causes of death became progressively more concentrated since 1990, when only 44 causes showed this pattern. The concentration phenomenon is discussed heuristically with respect to enteric and lower respiratory infections, malaria, HIV/AIDS, neonatal disorders, tuberculosis, and measles. INTERPRETATION Long-standing gains in life expectancy and reductions in many of the leading causes of death have been disrupted by the COVID-19 pandemic, the adverse effects of which were spread unevenly among populations. Despite the pandemic, there has been continued progress in combatting several notable causes of death, leading to improved global life expectancy over the study period. Each of the seven GBD super-regions showed an overall improvement from 1990 and 2021, obscuring the negative effect in the years of the pandemic. Additionally, our findings regarding regional variation in causes of death driving increases in life expectancy hold clear policy utility. Analyses of shifting mortality trends reveal that several causes, once widespread globally, are now increasingly concentrated geographically. These changes in mortality concentration, alongside further investigation of changing risks, interventions, and relevant policy, present an important opportunity to deepen our understanding of mortality-reduction strategies. Examining patterns in mortality concentration might reveal areas where successful public health interventions have been implemented. Translating these successes to locations where certain causes of death remain entrenched can inform policies that work to improve life expectancy for people everywhere. FUNDING Bill & Melinda Gates Foundation
Bioenergia: desenvolvimento, pesquisa e inovação
Com 27 trabalhos produzidos por pesquisadores do Instituto de Pesquisa em Bioenergia (Bioen), da Unesp, este livro oferece uma ampla visão sobre as áreas que compõem o segmento. Seu principal objetivo é contribuir para melhorar a compreensão dos vários aspectos da bioenergia, em especial no Brasil, que figura entre os países com maior nível de desenvolvimento tecnológico no setor. Os artigos abordam uma série abrangente de questões relacionadas à bioenergia, como a construção genética das plantas de cana-de-açúcar visando ao aumento de produtividade, a disseminação de sementes para estimular a propagação de espécies com potencial energético, etapas de produção de bioenergia, usos do combustível e seus efeitos nos diversos tipos de motores. Agrupados por assunto, os textos estão distribuídos em cinco partes: Biomassa para bioenergia; Produção de biocombustíveis; Utilização de bioenergia; Biorrefinaria, alcoolquímica e oleoquímica e Sustentabilidade dos biocombustíveis
Characterisation of microbial attack on archaeological bone
As part of an EU funded project to investigate the factors influencing bone preservation in the archaeological record, more than 250 bones from 41 archaeological sites in five countries spanning four climatic regions were studied for diagenetic alteration. Sites were selected to cover a range of environmental conditions and archaeological contexts. Microscopic and physical (mercury intrusion porosimetry) analyses of these bones revealed that the majority (68%) had suffered microbial attack. Furthermore, significant differences were found between animal and human bone in both the state of preservation and the type of microbial attack present. These differences in preservation might result from differences in early taphonomy of the bones. © 2003 Elsevier Science Ltd. All rights reserved