541 research outputs found

    Cefaleia pós-punção dural – uma revisão de literatura / Post-dural puncture headache – a literature review

    Get PDF
    A cefaleia pós-punção dural (CPPD) é a complicação mais frequente da punção da dura-máter, seja para fins diagnósticos, terapêuticos ou para a administração de anestésicos durante cirurgias. O presente trabalho realizou uma revisão de literatura buscando atualizações acerca da fisiopatologia, diagnóstico, fatores de risco e tratamento da CPPD. O MEDLINE (via PubMed) foi utilizado como base de dados com os seguintes descritores: “post-dural puncture headache”, “incidence”, “risk-factors” e ”therapy”. Foram considerados apenas artigos em inglês e publicados nos últimos 10 anos, e também foi consultada bibliografia complementar. A CPPD resulta da recuperação tardia da dura-máter após sua punção intencional ou não intencional (durante anestesia epidural). A perda liquórica pelo orifício dural aberto leva à hipotensão intracraniana, consequente vasodilatação e tração de estruturas nervosas, estabelecendo o quadro doloroso típico que piora em posição ortostática e melhora ao repouso. O diagnóstico de CPPD é clínico, e o quadro típico da dor é a principal evidência. Fatores de risco como pertencer ao sexo feminino, ser adulto jovem, gestante, história prévia de CPPD, maior calibre da agulha e/ou bisel cortante são descritos. A conduta terapêutica varia de acordo com a gravidade da dor, podendo ser conservadora ou ser realizado o tamponamento sanguíneo peridural. Somente o “blood patch” tem evidências científicas suficientes para ser recomendado como rotina terapêutica invasiva, ainda que não seja isento de complicações. O bloqueio do gânglio esfenopalatino é proposta como uma intervenção analgésica alternativa. Visto que os recursos terapêuticos são limitados, ensaios clínicos controlados e maiores são necessários para que formas robustas de tratamento para CPPD sejam possibilitadas.

    Hemicoreia-hemibalismo secundário a estado hiperglicêmico não cetótico: relato de caso

    Get PDF
    O objetivo do presente relato é conhecer e aprofundar os estudos sobre hemicoreia-hemibalismo (HCHB) secundária ao estado hiperglicêmico não cetótico ou hiperglicemia não cetótica (HNC) como diagnóstico diferencial no serviço de urgência e emergência, mostrando as alterações em exames de imagem encefálico e prognóstico clínico. A HCHB secundária ao HNC é uma síndrome incomum, que geralmente ocorre em pacientes com diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) em tratamento inadequado e/ou irregular. Há acometimento dos núcleos da base, principalmente o núcleo estriado (composto pelo putâmen e cabeça do núcleo caudado), mas pode acometer em menor frequência o globo pálido, tálamo e mesencéfalo, sendo identificado alterações nessas topografias em exames de imagem - tomografia computadorizada e ressonância magnética - tendendo ao desaparecimento após controle glicêmico, contudo os achados radiológicos ainda podem persistir após a melhora clínica

    Antropometria das órbitas e da incisura/forame supraorbital em crânios secos provenientes da Região Centro-Oeste do Brasil / Anthropometry of orbits and supraorbital notch/foramen in dry skulls from the midwest Region of Brazil

    Get PDF
    A órbita é uma abertura na parte anterior do crânio, envolvendo sete ossos em suas paredes: frontal, zigomático, maxilar, palatino, lacrimal, esfenóide e etmóide; fissuras orbitais superior e inferior e o canal óptico. O estudo busca compartilhar com o âmbito anatômico e com a clínica médica, um conjunto de dados e análises acerca da órbita e estruturas. Uma vez que somente a prevenção e o conhecimento das áreas de risco podem assegurar bons resultados e baixos índices de complicações, almeja-se corroborar com a edificação de futuras pesquisas que envolvam tal temática, que poderão proporcionar benefícios ao corpo social acometido por afecções orbitárias. O objetivo do presente estudo foi analisar os aspectos antropométricos de órbitas em crânios secos da região Centro-Oeste do Brasil, bem como analisar a incidência da incisura/forame supraorbital e mensurar a sua posição a partir da estimativa mediolateral em crânios secos. Ademais, se há uma relação da sua existência e da sua posição entre os sexos. Foram utilizados 108 crânios do acervo do Laboratório de Anatomia da UFMS CPTL, divididos em sexos masculino e feminino. Com o auxílio de um paquímetro foram avaliados a morfometria de 92 órbitas no sentido médio-lateral (ML): do ektokonchion (ponto localizado na borda externa da órbita) até a sutura maxilofrontal, e dorsoventral (DV): medida perpendicularmente aos pontos utilizados para avaliação da largura. Além disso, analisou-se a incidência da incisura/forame supraorbital, e foram avaliados a distância médio-nasal (MN): do ponto médio da incisura/forame até a linha mediana do crânio (acima do osso nasal) e médio-lateral (MLa): do ponto médio até o processo zigomático do osso frontal. Os resultados foram descritos em médias, feminino: órbita direita ML 37,53 mm, DV: 34,9 mm; esquerda ML: 37,73 mm, DV: 34,48 mm; masculino: órbita direita ML: 38,63 mm, DV: 35,58 mm; esquerda ML: 38,85 mm, DV: 35,13 mm. Na análise comparativa entre as médias dos grupos (teste t), notamos diferença significativa na distância ML direita (p = 0,006) e esquerda (p = 0,009), distância DV apresentou diferença na órbita esquerda (p = 0,004), direita (p = 0,400). Os resultados de prevalência em 92 crânios demonstram que em órbitas femininas direita: 31 possuem incisuras e 9 forames; esquerdas: 33 incisuras e 7 forames; em órbitas masculinas direitas: 40 incisuras e 11 forames; órbitas esquerdas: 39 incisuras e 12 forames. Um crânio masculino possui forame e incisura em ambas as órbitas. Os valores referentes a mensuração foram tabulados e analisados estatisticamente, onde encontramos diferença estatística principalmente ao que corresponde a sua posição na órbita esquerda quando comparados entre os grupos. Assim, foi possível identificar divergência entre as dimensões encontradas nas órbitas e entre os grupos. Os estudos estatísticos evidenciaram medidas mais expressivas nas estruturas orbitárias esquerdas, em todos os pontos analisados. A avaliação estrutural da órbita e suas regiões anexas é de extrema relevância para o cirurgião, clínico, oftalmologista, radiologista e anatomistas

    Investigação clínica-epidemiológica da astrocitopatia por proteína glial fibrilar ácida autoimune: uma revisão narrativa / Clinical-epidemiological investigation of autoimmune glial fibrillar acid protein astrocytopathy: a narrative review

    Get PDF
    Introdução: A astrocitopatia por proteína glial fibrilar ácida (GFAP) autoimune foi recentemente descrita e resulta em quadro clínico de meningoencefalomielite que afeta meninges, cérebro, medula espinal e nervo óptico. Tal quadro inflamatório ocorre devido à produção de autoanticorpos para a GFAP (anti-GFAP) e recrutamento local de infiltrato inflamatório, os quais podem ser utilizados como biomarcadores específicos.Objetivos: O trabalho visa estreitar relação entre profissionais da saúde e esta doença emergente ainda pouco relatada no Brasil, descrevendo às análises clínicas e laboratoriais, terapêuticas e à gravidade desta patologia e suas comorbidades potencialmente associadas.Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa. Selecionou-se como estratégia de busca na U.S. National Library of Medicine (PubMed - NCBI) os descritores “neuroimunomodulação”, “astrócitos” e “proteína glial fibrilar ácida”, presentes nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), além do nome da doença em inglês (“Autoimmune Glial Fibrillary Acidic Protein Astrocytopathy”).Resultados: Encontrou-se 66 artigos sendo selecionados 23 que se enquadravam no escopo do trabalho.  A astrocitopatia por GFAP é uma condição rara, porém subdiagnosticada. Os principais achados clínicos são cefaleia subaguda, sintomas mielopáticos, edema do disco óptico, tremor, ataxia, rigidez do pescoço, instabilidade autonômica, confusão e comprometimento cognitivo progressivo. O diagnóstico é confirmado pela detecção de anticorpos anti-GFAP (IgG) no líquido cefalorraquidiano (LCR), estando estes diretamente relacionados a astrocitopatia e ao dano astrocítico. O tratamento no estágio agudo inclui corticosteroides endovenosos em altas doses, imunoglobulina intravenosa (IVIG) e plasmaférese. A longo prazo são utilizados esteroides orais e imunossupressores.Conclusão: Apesar da patogênese da doença ainda não ser completamente conhecida, observamos afecção principalmente em meninges, cérebro, medula espinal e nervo óptico, estando os auto-anticorpos (Anti-GFAP) diretamente relacionados ao dano aos astrócitos podendo ser utilizados como principal biomarcador da doença, mas ela permanece em um quadro de subdiagnóstico na maioria das vezes

    Estudo antropométrico dos Forames Palatinos em crânios secos do Mato Grosso do Sul

    Get PDF
    Introdução: Os forames palatinos são acidentes ósseos localizados no crânio, especificamente no palato ósseo, por onde passam estruturas vasculonervosas fundamentais na realização de cirurgias craniofaciais, especialmente na área da Odontologia e da Otorrinolaringologia. O estudo a respeito dos forames palatinos também é relevante para ampliar o estudo forense com base na observação de critérios que identifiquem o dimorfismo sexual. Objetivo: Realizar uma análise topográfica e morfológica dos forames palatinos maiores e menores e sua relação com outros acidentes ósseos, além de verificar a existência de diferenças significativas dos forames palatinos entre os sexos. Método: Foram selecionados 108 crânios secos humanos, de ambos os sexos, presentes no acervo do Laboratório de Anatomia da UFMS campus de Três Lagoas. O estudo foi realizado por meio da mensuração dos forames palatinos com o auxílio de dois paquímetros, determinação das distâncias entre o forame palatino maior direito e esquerdo e outros acidentes ósseos (forame incisivo, espinha posterior nasal, sutura interpalatina) e descrição do padrão encontrado. Resultado: Foram analisados 93 crânios, sendo 53 masculinos e 40 femininos. O FPM esteve bilateral em 100% dos crânios. Foi observado o predomínio do formato oval no FPM em crânios masculinos e do formato oval e redondo em crânios femininos. Não houve diferenças significativas entre as mensurações dos forames femininos e masculinos. Conclusão: As médias das mensurações obtidas são concordantes com diversos outros estudos encontrados na literatura, proporcionando, assim, maior conhecimento topográfico para cirurgiões craniofaciais

    Mensuração do forame jugular em crânios secos provenientes da região centro-oeste do Brasil / Measurement of the jugular foramen in dry skulls from the Midwest region of Brazil

    Get PDF
    O forame jugular (FJ) é considerado uma grande abertura irregular localizada na parte posterior da sutura occipitomastóidea entre o processo jugular do osso occipital e a fossa jugular; por ele passa uma série de estruturas importantes: a veia jugular interna, os nervos cranianos glossofaríngeo, vago, acessório e eventualmente o seio petroso inferior, o que evidencia a importância clínica de se entender a anatomia desse forame bem como as relações e possíveis complicações de suas estruturas. Dessa forma, nosso objetivo foi realizar a análise morfológica e morfométrica do FJ em crânios humanos, comparando os diâmetros anteroposterior (AP) e médio-lateral (ML) entre os sexos. Foram selecionados de forma aleatória 104 crânios humanos do acervo do Laboratório de anatomia da Universidade Federal de Mato Groso do Sul - Três Lagoas, sendo divididos em 52 crânios masculinos e 52 crânios femininos. A mensuração foi realizada utilizando-se um paquímetro analógico 6” da marca zaas precision. Avaliou-se a morfometria do FJ no sentido AP e ML. Foi usado o software GraphPad Prism, versão 6.01, inicialmente aplicando conceitos de estatística descritiva e posteriormente o teste t de Studant para averiguar se existem diferenças entre os FJ no mesmo crânio ou quando comparamos os gêneros. Foi pesquisada a presença de septação óssea completa e incompleta. Nossos resultados mostram que o diâmetro médio de todos os FJ, em ambos os sexos, no eixo AP foi de 9,30 mm no lado direito e 8,45 mm no esquerdo e no eixo ML foi 13,73 mm do lado direito e 13,72 mm do esquerdo; evidenciando uma tendência do FJ ser maior no diâmetro AP direito. Nenhum destes dados foi estatisticamente significante, exceto quando comparada a lateralidade do diâmetro AP dentro do grupo de crânios femininos, em que se obteve maior medida do lado direito 9,33 mm P ?0,05. Notamos um aspecto oval do FJ ao longo do eixo médio-lateral. O FJ é uma estrutura importante para o estudo da base do crânio devido a sua diversificada anatomia relações entre suas estruturas neurovasculares e seu variado aspecto e tamanho, logo compreender e estudar tal estrutura atrai a atenção de muitos neurocirurgiões e especialistas da área

    Contribuição ao estudo antropométrico do forame infraorbital em crânios humanos: Contribution to the anthropometric study of the infraorbital foramen in human skull

    Get PDF
    Introdução: O forame infraorbital (FIO) é um acidente ósseo que fica localizado nas maxilas, abaixo da margem infraorbital. Algumas estruturas importantes passam pelo forame, como o nervo infraorbital e vasos sanguíneos. Associado ao forame infraorbital e o nervo infraorbital, está também o forame infraorbital acessório (FIOA). O conhecimento sobre a morfometria desses acidentes tem grande importância em diversas áreas, entre elas a cirúrgica, colaborando para que os procedimentos executados pelos profissionais de saúde sejam bem-sucedidos. Objetivo: análise antropométrica do FIO e do FIOA, em crânios humanos de diferentes gêneros. Método: com um paquímetro analógico foram coletados diâmetros transversais (DT), verticais (DV) e a distância do FIO à margem medial da órbita (FIO-MMO), sutura zigomaticomaxilar (FIO-ZM), eminência canina (FIO-EC) e espinha nasal anterior (FIO-ENA). O FIOA foi analisado presença ou ausência, medições das distâncias entre este forame e outras estruturas - margem infraorbital (FIOA-MIO), sutura frontomaxilar (FIOA-SFM), sutura zigomaticomaxilar (FIOA-ZM), eminência canina (FIOA-EC) e espinha nasal anterior (FIOA-ENA) e a distância do FIOA ao FIO (DFIO-FIO). Resultados: 66 crânios analisados, foi identificado que a forma oval do FIO predomina nas amostras, outras formas foram detectadas. O diâmetro vertical é maior em crânios femininos do lado esquerdo, quando comparado com masculinos. A topografia do FIO e FIOA, em crânios masculinos quando comparado com feminino apresentou diferenças interessantes. Conclusão: Nota-se que as médias das mensurações obtidas na atual pesquisa são concordantes com diversos outros estudos encontrados na literatura

    Avaliação da incidência do forame de Vesálius (forame emissário esfenoidal) em crânios secos provenientes da região centro-oeste do Brasil / Evaluation of the Versálius foramen incidence (Sphenoidal emissary foramen) in dry skulls from Brazil's midwest region

    Get PDF
    O forame emissário esfenoidal, forame de Vesálius (FV), localizado na asa maior do osso esfenoide, transmite veias emissárias conectando o seio cavernoso com o plexo venoso pterigoideo. Também comunicam veias extracranianas e intracranianas tornando-se uma importante rota de drenagem sanguínea em casos de aumento da pressão intracraniana. O objetivo deste estudo foi averiguar a incidência e variações morfológicas do forame de Vesálius em crânios de diferentes gêneros (masculino e feminino), através de crânios secos do Centro-oeste do Brasil. Selecionou-se uma amostra de 108 crânios humanos, 54 crânios masculinos e 54 crânios femininos. Os crânios foram limpos e seccionados no sentido fronto-occipital. Observou-se então na base do crânio o osso esfenoide a incidência do FV. Os forames encontrados foram classificados em redondo, oval e irregular. Encontrou-se a incidência total de 43,5% do FV sendo 38% unilateral e 5,56% bilateral. Na comparação da incidência do FV, de acordo com sexo (masculino e Feminino) no sexo masculino observou a incidência do FV de 37% (22,2% lado direito, 3,7% lado esquerdo e 5,6% bilateral). Já no sexo feminino observou-se a incidência do FV em 50% (18,5% lado direito, 20,4% lado esquerdo e 5,6% bilateral).  Em relação a sua morfologia foram encontrados a incidência do FV de aspecto redondo 55,3% (46,5% direito e 68,4% esquerdo), oval 25,5% (28,6% direito e 21,1% esquerdo) e irregular 19,1% (25% direito e 10,5% esquerdo). Estudos sobre a incidência do FV faz se necessário pela grande variabilidade que se pode encontrar na sua incidência. O conhecimento da anatomia craniana nos diversos países e regiões do Brasil permite um detalhado conhecimento anatômico e assim o avanço no desenvolvimento e na realização de técnicas cirúrgicas mais seguras, principalmente na microneurocirurgia e acessos a fossa média do crânio

    An embedding technique to determine ττ backgrounds in proton-proton collision data

    Get PDF
    An embedding technique is presented to estimate standard model tau tau backgrounds from data with minimal simulation input. In the data, the muons are removed from reconstructed mu mu events and replaced with simulated tau leptons with the same kinematic properties. In this way, a set of hybrid events is obtained that does not rely on simulation except for the decay of the tau leptons. The challenges in describing the underlying event or the production of associated jets in the simulation are avoided. The technique described in this paper was developed for CMS. Its validation and the inherent uncertainties are also discussed. The demonstration of the performance of the technique is based on a sample of proton-proton collisions collected by CMS in 2017 at root s = 13 TeV corresponding to an integrated luminosity of 41.5 fb(-1).Peer reviewe
    corecore