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    Evolução de lagos marginais ao gelo em resposta à retração de geleiras nas Ilhas Nelson e Rei George, Antártica Maritima

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    Esta dissertação objetiva caracterizar os lagos marginais ao gelo e investigar a sua variação em resposta à retração de geleiras nas ilhas Rei George (IRG) e Nelson (IN), Antártica Marítima, desde 1988. Os dados de sensores orbitais possibilitaram a realização de um inventário dos lagos glaciais nas áreas livres de gelo da IRG e IN e a geração de um Sistema de Informações Geográficas. A variação de área e número dos lagos e da perda de área das geleiras associadas foi estimada com dados de imagem de satélite Landsat, Digital Globe, Planet Scope, Spot, WorldView-2, e Sentinel-2. Para a análise geomorfométrica foram utilizados MDE Tandem-X e REMA. Foram analisados também dados observacionais e por Reanálise da temperatura média superficial do ar anual dos meses de inverno. Os lagos foram classificados por técnicas de agrupamento e estatística multivariada. Há 200 lagos, cobrindo um total de 2,34 km² de área, nas áreas livres de gelo das IN e IRG e se distribuem principalmente nos setores costeiros com baixas declividades (0-20%) e elevações (0-40m). Um banco de dados em um Sistema de Informações Geográficas do inventário dos lagos, para 1988/1989, 2000/2003 e 2018, é apresentado. Ocorreu um aumento de 455% na área total de lagos (de 0,18 km² para 1,02 km²) desde 1988/1989. O maior percentual de aumento na área total dos lagos, 190% na IN e 308% na IRG, ocorreu no período 1988-2000/2003. No período seguinte (2000- 2018), houve uma desaceleração no aumento dos lagos (56% na IN e 46% na IRG) e na perda de área das geleiras. Um contínuo processo de perda de área ocorreu nas geleiras que alimentam os lagos desde 1988. Nas recentes décadas, algumas geleiras passaram de término marinho para em terra (e.g. Wanda, Znosco e Windy) e formaram lagos. Os lagos que apresentaram maiores variações percentuais de área foram os marginais ao gelo, ou seja, os alimentados por aporte de água de degelo glacial, destacando-se as áreas livres de gelo associadas à retração das geleiras Wanda, Viéville, Znosco e Anna Sul (636%, 214%, 173% e 110%, respectivamente). As menores variações percentuais (83%, 71%, 68%, 43% e 20%) ocorrem em lagos nas áreas livres de gelo associadas à retração das geleiras Baranowski, Polar Club (Península Potter), da calota de gelo da ilha Nelson, da geleira Fourcade (Península Barton) e das áreas livres de gelo na península Fildes, respectivamente. O aquecimento atmosférico, retenção da água de degelo glacial e a coalescência de lagos pequenos e costeiros influenciam a evolução dos lagos marginais ao gelo em escala decadal. As áreas com maiores mudanças devem ser monitoradas para verificar os impactos destas alterações na paisagem e na biota local, além de entender como o ambiente está respondendo às mudanças climáticas recentes na região.This dissertation aims to characterize the ice-marginal lakes and investigate their variation in response to glacier shrinkage in King George (KGI) and Nelson Islands (NI), Maritime Antarctic, since 1988. Spaceborne remote sensing data were applied in a glacial lake inventory and a GIS elaboration. Lake and glacial fluctuations are estimated using Landsat, Digital Globe, Planet Scope, Spot, WorldView-2, e Sentinel2. DEM Tandem-X and REMA were used for geomorphometrical analysis. In addition, annual mean surface air temperature data by station observations and the ERAInterim reanalysis data were analyzed. Lake were grouped by multivariate statistics techniques. There are 200 glacial lakes covering an area of 2.34 km² in NI and KGI, there lakes are primarily located in lower (0-40 m) elevation and slopes (0-20%) sectors of the forelands. A glacial lake inventory is presented in this study for 1988/1989, 2000/2003 and 2018. The area of glacial lakes has expanded 455%. The increase in lake areas were 190% in IN and 308% in IRG for 1988-2000/2003 period. There is a deceleration in lake expansion and glacier shrinkage in both islands (56% for NI and 46% for KGI) in the following period. A continuous glacier area loss was reported since 1988. The Wanda, Znosco and Windy glaciers showed the marine to land-terminating changes in last decades. Wanda, Viéville, Znosco and Anna Sul icemarginal lakes have higher expansion (636%, 214%, 173% and 110%, respectively) if compared with lakes of the ice-free land areas exposed by Baranowski Glacier, Polar Club Glacier (Potter Peninsula), NI Ice Cap, Fourcade Glacier (Barton Peninsula) shrinkages, and in Fildes Peninsula ice-free areas (83%, 71%, 68%, 43% and 20% respectively). The atmospheric warming, the increase of the meltwater glacier discharge, and the coalescence of small and shallow lakes to play important roles in ice-marginal lakes evolution at decadal-scale variations. The areas with the higher changes should be monitored to verify the impacts of these changes on the landscape and on the local biota and to understanding how the environment is responding to recent climate changes

    Recent changes (1988-2018) in ice-marginal environments of the King George and Nelson Island ice-free land areas, Maritime Antarctica

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    O objetivo deste trabalho é comparar as variações dos lagos e geleiras apresentadas por diferentes setores de áreas livres de gelo nas ilhas Rei George (IRG) e Nelson (IN) no período 1988-2018. Os lagos foram agrupados por técnicas de agrupamento e estatística multivariada. A evolução de área dos lagos e geleiras foram estimadas por segmentação e Índice de Diferença Normalizada da Água (NDWI) em imagens Landsat e Sentinel e outros dados de sensores remotos orbitais. Os lagos que apresentaram maiores variações de área foram os alimentados por aporte de água de degelo glacial destacando-se as áreas livres de gelo associadas à retração das geleiras Wanda, Viéville, Znosco e Anna Sul (636%, 214%, 173% e 110%, respectivamente). As menores variações (83%, 71%, 68%, 43% e 20%) ocorrem em lagos nas áreas livres de gelo associadas à retração das geleiras Baranowski, Polar Club, da calota de gelo da ilha Nelson, da geleira Fourcade e das áreas livres de gelo na península Fildes, respectivamente. Originaram-se 37 novos lagos no período 1988-2018. O aquecimento atmosférico, a retenção da água de degelo glacial e a coalescência de lagos pequenos influenciam nas mudanças ocorridas nos lagos marginais ao gelo em escala decadal.This study aims to compare the glacial lake variation in 1988-2018 period by ice-free land sector in King George Island (KGI) and Nelson Island (NI). Lake sectors were grouped by multivariate statistics techniques. Areal lake and glacier evolution are estimated by Landsat and Sentinel images segmentation and NDWI (was obtained 68-77% of the accuracy) and using others spaceborne remote sensing data. Wanda, Viéville, Znosco e Anna Sul ice-marginal lakes have increased by 636%, 214%, 173% and 110%, respectively. The lower variation (83%, 71%, 68%, 43% and 20%) were showed in lakes of the ice-free land areas exposed by shrinkage in Baranowski Glacier, Polar Club Glacier, NI ice cap, Fourcade Glacier and in Fildes Peninsula, respectively. Were detected the formation of 37 new glacial lakes in the 1988-2018 period. The climate warming, meltwater retention due glacier discharge and coalescence of small and shallow lakes too play important roles in ice-marginal lakes evolution at decadal-scale variations

    Recientes cambios en glaciares y sistemas paraglaciares, Antártica Marítima

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    The article investigates changes in paraglacial systems and interconnections with glacial shrinkage on King George Island, Maritime Antarctica. The proglacial environment, as a result of recent deglaciation, was analyzed, and the types of landforms and at different scales were identified. These records are useful for successive evolutionary stages paraglacial system reconstruction. Glaciers and paraglacial systems showed rapid changes and new landscapes were detected on King George Island. Glaciers presented an important change between 2000 and 2018, where its classification has changed from marine-terminating to landterminating glacier (no-marine). There are currently 21 glaciers land-terminating on King George Island (corresponding to 31% of the glaciers) and 11 are present in Admiralty Bay. 25% of these glaciers were marine in 2000. The new paraglacial environments (since 2000) has 1.7 km2 of the total area. Ecology, Wanda, Windy, Anna South and Baranowski Glaciers showed outwash plain, talus slopes and fluvial channels landforms in recent paraglacial system. Geomorphological mapping shows that paraglacial processes which differ between environments marginal to glacier ice are not standardized.O artigo investiga alterações nos sistemas paraglaciais e interconexões com a retração glacial em setores da ilha Rei George, Antártica Marítima. Foi analisado o ambiente proglacial, resultado da deglaciação recente, e identificados os tipos de formas de relevo em suas diferentes escalas. Estes registros são úteis para a reconstrução de estágios sucessivos evolutivos do sistema paraglacial. Os resultados demonstraram que o ambiente marginal às geleiras e sistemas paraglaciais estão evoluindo na ilha Rei George e há novas paisagens. Algumas geleiras apresentaram uma mudança importante entre 2000 e 2019, onde sua classificação mudou de geleira de terminação marinha para geleira de terminação terrestre (não-marinha). Atualmente há 21 geleiras com término em terra na ilha Rei George (correspondendo a 31% das geleiras) e 11 destas estão localizadas na Baía do Almirantado. 25% destas geleiras eram marinhas em 2000. Os novos ambientes paraglaciais (desde 2000) têm 1,7 km2 ao total de área. Os ambientes marginais às geleiras (como as geleiras Ecology, Wanda, Windy, Anna Sul e Baranowski) mostraram formas de gênese não glacial, como planície de lavagem, depositos de tálus, ravinas e canais fluviais no sistema paraglacial recente. O mapeamento geomorfológico evidencia que os processos paraglaciais se diferenciam entre os ambientes marginais ao gelo das geleiras, não são padronizados.El artículo investiga los cambios en los sistemas paraglaciares y las interconexiones con la retracción de los glaciares en la isla Rey Jorge, Antártica Marítima. Se analizó el ambiente proglacial, resultado de la deglaciación reciente, y se identificaron los tipos de formas de relieve en sus diferentes escalas. Estos registros son útiles para la reconstrucción de sucesivas etapas evolutivas en el sistema paraglacial. Los glaciares y los sistemas paraglaciares están evolucionando rápidamente y se están detectando nuevos paisajes en la isla Rey Jorge. Los glaciares mostraron un cambio importante entre 2000 y 2018, donde su clasificación cambió de glaciar de terminación marina a glaciar de terminación terrestre (no marino). Actualmente hay 21 glaciares de terminación terrestres en la isla Rey Jorge (que corresponden al 31% de los glaciares) y 11 están presentes en la Bahía del Almirantazgo. El 25% de estos glaciares eran marinos en 2000. Los nuevos entornos paraglaciares (desde 2000) cubren 1,7 km2 del área total. Los glaciares Ecology, Wanda, Windy, Anna Sul y Baranowski mostraron formas de llanuras de lavado, depósitos de tálus, barrancos y flujos superficiales fluviais en el sistema paraglacial reciente. El mapeo geomorfológico muestra que los procesos paraglaciares que difieren entre ambientes marginales al hielo glaciar no están estandarizados

    Sepse: avaliação da qualidade do atendimento em setor de urgência e emergência: Sepsis: assessment of the quality of emergency and emergency care

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    A Sepse corresponde à presença de uma disfunção orgânica fatal provocada por uma resposta anormal do hospedeiro a um processo infeccioso, que pode progredir para um choque séptico. No decorrer dessa pesquisa, cuja metodologia foi a revisão integrativa de literatura, foram utilizados artigos científicos publicados em periódicos nacionais entre os anos de 2015 e 2022, retirados da base de dados Medline e Lilacs, sendo buscados a partir dos descritores: “Sepse”, “Qualidade do atendimento” e “Urgência e Emergência”. Com o objetivo de analisar a efetividade das ações de cuidados de Enfermagem aplicadas ao sepse adulto, a partir da análise de dados reunidos nesta revisão integrativa, foi possível concluir que a implantação de protocolos para o tratamento resultou em melhorias significativas nos indicadores de qualidade nos cuidados com a sepse, a exemplo da melhoria do fluxo e de atenção aos pacientes e redução da mortalidade nos setores de urgência e emergência

    Evolução de lagos marginais ao gelo em resposta à retração de geleiras nas Ilhas Nelson e Rei George, Antártica Maritima

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    Esta dissertação objetiva caracterizar os lagos marginais ao gelo e investigar a sua variação em resposta à retração de geleiras nas ilhas Rei George (IRG) e Nelson (IN), Antártica Marítima, desde 1988. Os dados de sensores orbitais possibilitaram a realização de um inventário dos lagos glaciais nas áreas livres de gelo da IRG e IN e a geração de um Sistema de Informações Geográficas. A variação de área e número dos lagos e da perda de área das geleiras associadas foi estimada com dados de imagem de satélite Landsat, Digital Globe, Planet Scope, Spot, WorldView-2, e Sentinel-2. Para a análise geomorfométrica foram utilizados MDE Tandem-X e REMA. Foram analisados também dados observacionais e por Reanálise da temperatura média superficial do ar anual dos meses de inverno. Os lagos foram classificados por técnicas de agrupamento e estatística multivariada. Há 200 lagos, cobrindo um total de 2,34 km² de área, nas áreas livres de gelo das IN e IRG e se distribuem principalmente nos setores costeiros com baixas declividades (0-20%) e elevações (0-40m). Um banco de dados em um Sistema de Informações Geográficas do inventário dos lagos, para 1988/1989, 2000/2003 e 2018, é apresentado. Ocorreu um aumento de 455% na área total de lagos (de 0,18 km² para 1,02 km²) desde 1988/1989. O maior percentual de aumento na área total dos lagos, 190% na IN e 308% na IRG, ocorreu no período 1988-2000/2003. No período seguinte (2000- 2018), houve uma desaceleração no aumento dos lagos (56% na IN e 46% na IRG) e na perda de área das geleiras. Um contínuo processo de perda de área ocorreu nas geleiras que alimentam os lagos desde 1988. Nas recentes décadas, algumas geleiras passaram de término marinho para em terra (e.g. Wanda, Znosco e Windy) e formaram lagos. Os lagos que apresentaram maiores variações percentuais de área foram os marginais ao gelo, ou seja, os alimentados por aporte de água de degelo glacial, destacando-se as áreas livres de gelo associadas à retração das geleiras Wanda, Viéville, Znosco e Anna Sul (636%, 214%, 173% e 110%, respectivamente). As menores variações percentuais (83%, 71%, 68%, 43% e 20%) ocorrem em lagos nas áreas livres de gelo associadas à retração das geleiras Baranowski, Polar Club (Península Potter), da calota de gelo da ilha Nelson, da geleira Fourcade (Península Barton) e das áreas livres de gelo na península Fildes, respectivamente. O aquecimento atmosférico, retenção da água de degelo glacial e a coalescência de lagos pequenos e costeiros influenciam a evolução dos lagos marginais ao gelo em escala decadal. As áreas com maiores mudanças devem ser monitoradas para verificar os impactos destas alterações na paisagem e na biota local, além de entender como o ambiente está respondendo às mudanças climáticas recentes na região.This dissertation aims to characterize the ice-marginal lakes and investigate their variation in response to glacier shrinkage in King George (KGI) and Nelson Islands (NI), Maritime Antarctic, since 1988. Spaceborne remote sensing data were applied in a glacial lake inventory and a GIS elaboration. Lake and glacial fluctuations are estimated using Landsat, Digital Globe, Planet Scope, Spot, WorldView-2, e Sentinel2. DEM Tandem-X and REMA were used for geomorphometrical analysis. In addition, annual mean surface air temperature data by station observations and the ERAInterim reanalysis data were analyzed. Lake were grouped by multivariate statistics techniques. There are 200 glacial lakes covering an area of 2.34 km² in NI and KGI, there lakes are primarily located in lower (0-40 m) elevation and slopes (0-20%) sectors of the forelands. A glacial lake inventory is presented in this study for 1988/1989, 2000/2003 and 2018. The area of glacial lakes has expanded 455%. The increase in lake areas were 190% in IN and 308% in IRG for 1988-2000/2003 period. There is a deceleration in lake expansion and glacier shrinkage in both islands (56% for NI and 46% for KGI) in the following period. A continuous glacier area loss was reported since 1988. The Wanda, Znosco and Windy glaciers showed the marine to land-terminating changes in last decades. Wanda, Viéville, Znosco and Anna Sul icemarginal lakes have higher expansion (636%, 214%, 173% and 110%, respectively) if compared with lakes of the ice-free land areas exposed by Baranowski Glacier, Polar Club Glacier (Potter Peninsula), NI Ice Cap, Fourcade Glacier (Barton Peninsula) shrinkages, and in Fildes Peninsula ice-free areas (83%, 71%, 68%, 43% and 20% respectively). The atmospheric warming, the increase of the meltwater glacier discharge, and the coalescence of small and shallow lakes to play important roles in ice-marginal lakes evolution at decadal-scale variations. The areas with the higher changes should be monitored to verify the impacts of these changes on the landscape and on the local biota and to understanding how the environment is responding to recent climate changes

    Seminário de Dissertação (2024)

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    Página da disciplina de Seminário de Dissertação (MPPP, UFPE, 2022) Lista de participantes == https://docs.google.com/spreadsheets/d/1mrULe1y04yPxHUBaF50jhaM1OY8QYJ3zva4N4yvm198/edit#gid=

    Characterisation of microbial attack on archaeological bone

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    As part of an EU funded project to investigate the factors influencing bone preservation in the archaeological record, more than 250 bones from 41 archaeological sites in five countries spanning four climatic regions were studied for diagenetic alteration. Sites were selected to cover a range of environmental conditions and archaeological contexts. Microscopic and physical (mercury intrusion porosimetry) analyses of these bones revealed that the majority (68%) had suffered microbial attack. Furthermore, significant differences were found between animal and human bone in both the state of preservation and the type of microbial attack present. These differences in preservation might result from differences in early taphonomy of the bones. © 2003 Elsevier Science Ltd. All rights reserved
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