35 research outputs found

    Jacques Rancière e a estética da ação criativa

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    Neste artigo discuto a definição de aisthesis proposta por Jacques Rancière. Os anos de 1996-98 marcaram um ponto de virada quando o interesse de Rancière mudou do político para o estético: primeiro para a literatura e depois para questões mais amplas de teoria estética e artes visuais. Na gênese dos escritos de Rancière, essa expansão da igualdade democrática, do político ao estético, é realizada em La Parole Muette. Todos os seus escritos estéticos posteriores, incluindo Le Destin des Images e La Fable Cinématographique, baseiam-se extensivamente nesses desenvolvimentos. Tanto na política quanto na estética, os escritos de Rancière nos oferecem uma rara e preciosa defesa da ação criativa

    ROUSSEAU E OS LIMITES DA LEI NATURAL

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    The intention here is to articulate the critical elements of Rousseau's doctrine of natural law, as it appears in Hobbes and the natural law tradition.Pretende-se aqui articular os elementos da crítica de Rousseau à doutirna do direito natural, tal como ela aparece em Hobbes e na tradição jusnaturalista

    Hugo Grotius: direito natural e dignidade

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    O artigo apresenta algumas idéias importantes do discurso dos direitos de Hugo Grotius. As definições de direito natural, appetitus socialis e dignidade

    Democracia liberal: crise ou ruptura/declínio?

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    Crisis or rupture/decline? For some researchers, democracy continues to have wide appeal, but the commitment to it is not always very deep. This low level of commitment can create an environment of relative tolerance for actions that distort or break the rules of democracy. It could open the door to restrictions on free speech, excessive use of executive power, or even military intervention in politics. In view of this, is the equilibrium democracy model able to prevent the internal corrosion described by Steven Levitsky and Daniel Ziblatt, or the lack of interest in defending it in times of Amazon, internet and social networks, as David Runciman seems to suggest? In this article, I propose an approach to liberal democracy from the critique of a certain representation and idea of democracy presented by critical thinkers, in particular, the philosopher Jacques Rancière. Theorists who emphasized the importance of disagreement and the often sporadic nature of politics. These theories focus on a strong critique of existing minimalist democratic theories and practices. Rancière turns his critical attention to what he calls “consensual democracy”, the attempt to eliminate all forms of disagreement, and therefore politics, from the social body. The desire for consensual democracy is the desire for a politics that has eliminated disruptive democratic politics, to be replaced by apolitical administration and private domination, a desire perhaps felt in Fukuyama's end-of-history thesis and deeply linked to neoliberal ideology.Crise ou ruptura/declínio? Para alguns pesquisadores, a democracia continua a ter grande apelo, mas o compromisso com ela nem sempre é muito profundo. Esse baixo nível de comprometimento pode criar um ambiente de relativa tolerância para ações que distorcem ou quebram as regras da democracia. Pode abrir a porta para restrições à liberdade de expressão, uso excessivo do poder executivo ou mesmo intervenção militar na política. À vista disso, o modelo de democracia de equilíbrio é capaz de impedir a corrosão interna descrita por Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, ou a falta de interesse em defendê-la em tempos de Amazon, internet e redes sociais, como parece sugerir David Runciman? Neste artigo, proponho uma abordagem da democracia liberal a partir da crítica de certa representação e ideia de democracia apresentada por pensadores críticos, em especial, o filósofo Jacques Rancière. Teóricos que enfatizaram a importância do desacordo e a natureza muitas vezes esporádica da política. Essas teorias se concentram em uma forte crítica das teorias e práticas democráticas minimalistas existentes. Rancière volta sua atenção crítica ao que ele chama de “democracia consensual”, tentativa de eliminar todas as formas de desacordo e, portanto, política, do corpo social. O desejo de democracia consensual é o desejo de uma política que eliminou a política democrática disruptiva, a ser substituída por administração apolítica e dominação privada, um desejo talvez sentido na tese do fim da história de Fukuyama e profundamente ligado à ideologia neoliberal

    O direito natural analítico de John Finnis

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    A intenção do artigo não é tanto retomar as teses de direito natural contidas na obra de Finnis, embora a todo momento elas estejam presentes, mas unicamente apresentar em linhas gerais a escolha metodológica do autor. Qual foi a pretensão metodológica de John Finnis ao escrever e publicar Natural Law and Natural Rights? Talvez o próprio autor nos ofereça a melhor pista ao escrever que a escolha da teoria analítica do direito veio antes da opção do jusnaturalismo. Escolha que o colocou em parte na tradição de seu mestre e orientador Herbert L. A. Hart, a quem reconhece inestimáveis contribuições à conceituação do direito, principalmente pelo poder descritivo da teoria analítica. Desse modo, a exemplo de Hart, Finnis assumiu com afinco o rigor linguístico e as dificuldades intrínsecas da tradição analítica

    A geração como negação da substância simples em Leibniz

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    Resumo: Sendo a negação, a modificação da substância simples da Mônada e, consequentemente, a geração da substância composta, o que se tem é justamente a geração como a negação; negação não só da realidade, da essência, mas também, da substância simples original. A junção de substâncias simples provoca a manutenção da ordem do universo, que acaba sendo modificada pela geração humana. Em linhas gerais, o que se tem é a substituição da criação pela geração. Vale lembrar que a modificação interna da substância simples, vai depender da ação de Deus e da necessidade de adequação da Mônada. Como medida facilitadora para a compreensão do que se quer propor neste artigo, vamos analisar o exemplo do ser humano e da reprodução da espécie.Palavras-chave: Mônada; Geração; Negação

    Aspectos anatomopatológicos das neoplasias malignas renais: Anatomopathological aspects of malignant renal neoplasms

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    As neoplasias renais correspondem ao crescimento exacerbado de células tumorais no interior dos rins, classificadas como benignas ou malignas. Neste estudo será abordado sobre as neoplasias malignas renais, a qual correspondem a maior prevalência e são representadas pelo carcinoma de células renais e o tumor de Wilms, com a finalidade de descrever a respeito dos aspectos anatomopatológicos, disseminando informações para o diagnóstico e manejo precoce. O carcinoma de células renais é mais prevalente no sexo masculino, indivíduos mais velhos, geralmente assintomático, contribuindo para o diagnóstico tardio junto a existência de metástases e terapêutica irresponsiva. Não se trata de uma doença genética, sendo o caráter esporádico o predominante, neste contexto os fatores de risco, sobretudo o tabagismo em seguida de obesidade hemodiálise e doenças genéticas são potenciais desencadeantes da enfermidade. Os exames complementares associado a clínica, junto ao acompanhamento eleva a possibilidade de identificação antes de avanços metastáticos. O tumor de Wilms é típico de crianças, acometendo um ou ambos os rins, normalmente com alguma anomalia genética, sendo os sinais inespecíficos, mas sempre manifestando massa palpável e dor abdominal, a qual os métodos de imagem confirmam o diagnóstico e estimam o prognóstico deste. Neste contexto, elucida-se a transcendência que os aspectos anatomopatológicos das neoplasias malignas renais oferecem para a diagnose precoce, devido a escassez e inespecificidafe das manifestações clínicas. Logo, a junção do perfil de cada neoplasia abordado conduz ao manejo adequado e reduz a incidência de tratamentos agressivos e irresponsivos

    Photography-based taxonomy is inadequate, unnecessary, and potentially harmful for biological sciences

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    The question whether taxonomic descriptions naming new animal species without type specimen(s) deposited in collections should be accepted for publication by scientific journals and allowed by the Code has already been discussed in Zootaxa (Dubois & Nemésio 2007; Donegan 2008, 2009; Nemésio 2009a–b; Dubois 2009; Gentile & Snell 2009; Minelli 2009; Cianferoni & Bartolozzi 2016; Amorim et al. 2016). This question was again raised in a letter supported by 35 signatories published in the journal Nature (Pape et al. 2016) on 15 September 2016. On 25 September 2016, the following rebuttal (strictly limited to 300 words as per the editorial rules of Nature) was submitted to Nature, which on 18 October 2016 refused to publish it. As we think this problem is a very important one for zoological taxonomy, this text is published here exactly as submitted to Nature, followed by the list of the 493 taxonomists and collection-based researchers who signed it in the short time span from 20 September to 6 October 2016
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