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    Perfil epidemiológico do infarto agudo do miocárdio em goiás entre 2007 e 2017 – delineamento por município, faixa etária, sexo e perfil de risco.

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    RESUMO: Segundo o Sistema Único de Saúde (SUS), as doenças do aparelhocirculatório são historicamente a primeira causa de morte no Brasil, somando 358.882apenas em 2017, censo mais recente do SUS. As taxas de mortalidade brasileira paraesse grupo estão entre as mais altas do mundo e, portanto, é clara a importância deuma melhor visualização da doença no estado goiano. Descrever o perfilepidemiológico do infarto agudo do miocárdio (IAM) em Goiás e correlacionar o índicede mortalidade a variáveis de relevância. Estudo retrospectivo descritivoobservacional de perfil epidemiológico da década de 2007 a 2017, entre maiores de 20anos. Foram coletadas taxas de óbito e morbidade do Sistema de informações deSaúde (DATASUS), com apoio dos últimos censos pelo Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE) e outros dados de vigilância do Ministério da Saúde. Entre os anosde 2007 e 2017, em Goiás, ocorreram 102.708 óbitos por doenças cardiovasculares,sendo o IAM o maior responsável, com 24.196 mortes em uma média de crescimentode 61%. No período, a taxa de mortalidade média para homens foi 71% maior em relaçãoàs mulheres, descrevendo um aumento periódico 25% maior. O maior número de baixasestá entre 60 e 79 anos, o que é esperado, uma vez que se trata de uma doença crônicodegenerativa diretamente relacionada ao acúmulo de exposições lesivas. Por outrolado, entre os 246 municípios de Goiás, maiores índices de óbito por IAM por cidadãoestão em municípios menores como Iporá e Goiatuba, com cerca de 30.000 habitantes,enquanto cidades maiores como Goiânia e Anápolis estão entre as 20 menorescontagens. Isso pode apontar para a insuficiência e heterogeneidade do serviço desaúde pública no suporte e acessibilidade assistencial em Goiás, considerando ocontrastante padrão de distribuição territorial do estado. Já a nível de estilo de vida efatores evitáveis, considerando a representatividade da capital goiana nos hábitosdiários em geral, cerca de 64% da população adulta se encontra acima da linha dosobrepeso, sendo 52% destes, homens. Alerta-se ainda para os mais de 50% degoianienses que relataram sedentarismo, até 22% de hipertensos constatados porinstrumento em Goiás em 2018, e mais de 10% de tabagistas no Centro-Oeste. Éevidente que o aumento das ocorrências na década vai além da válida consideração demelhorias nas informações sobre mortalidade, mas também denuncia o grave reforçoda atuação de fatores de risco associados. Os dados indicam a necessidade de açõesurgentes na prevenção e controle do IAM. Considerando as necessidades específicasda região, deve-se direcionar maior atenção à homogeneização da cobertura deassistência cardiovascular nos municípios menores, e promover mudanças no estilo de vida goiano, especialmente sobre a população masculina, que registrou uma maiorexposição aos fatores e comportamentos de risco

    Síndrome de Takotsubo potencialmente desencadeada pelo SARS-CoV-2: uma revisão de literatura

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    A atual pandemia desencadeada pela infecção do COVID-19 desperta interesse nas áreas de cardiologia e emergência pelo acometimento cada vez mais frequente do miocárdio, desencadeando patologias como: infarto agudo do miocárdio tipo 2, miocardite aguda, trombose coronariana e síndrome de takotsubo (STT). A STT é caracterizada pela disfunção transitória do ventrículo esquerdo e dor torácica, sendo uma das manifestações menos incidentes de lesão miocárdica causadas pelo SARS-CoV-2, porém com um prognóstico negativo. O mecanismo de estresse gerado pela pandemia e pela infecção do COVID-19 tem sido relacionado à cardiomiopatia de Takotsubo e ganha importância diagnóstica pelas altas taxas de mortalidade relacionadas à lesão miocárdica. O objetivo do trabalho é fazer uma revisão literária com análise integrativa sobre a síndrome de Takotsubo potencialmente desencadeada pelo COVID-19. Foi elaborada uma revisão de literatura integrativa e sistemática da Síndrome de Takotsubo relacionada com a COVID-19. A pesquisa bibliográfica foi realizada no PubMed e MEDLINE com os descritores MeSH “Takotsubo Syndrome” AND “SARS-CoV-2” dos anos de 2015 a 2020. Foram excluídos artigos de doenças cardíacas que mimetizam a síndrome de Takotsubo, materiais duplicados, referentes à outras síndromes cardiovasculares e indisponíveis para o acesso. A cardiomiopatia de Takotsubo é uma síndrome cardíaca que apresenta dor torácica, disfunção transitória do ventrículo esquerdo, alteração eletrocardiográfica e liberação de marcadores de necrose miocárdica. A STT pode ser desencadeada por fatores variáveis, sendo assim, a COVID-19 se associa a essa síndrome quando as infecções respiratórias e o estresse emocional da doença e da atual pandemia são descritos como gatilhos para o desenvolvimento da cardiomiopatia. A fisiopatologia integra a descarga adrenérgia da febre e do estresse, a liberação acentuada de citocinas da inflamação, a disfunção endotelial com lesão microvascular causada pelo vírus SARS-CoV-2 e a ação tóxica que proteína spike ligada à enzima conversora de angiotensina 2 promove sobre os miócitos. A associação é fortemente evidente em pacientes positivos para COVID-19 com dor retroesternal, eletrocardiograma com supra do segmento ST, elevação de troponina T e imagem com expansão acinética apical com hipocinesia do ventrículo esquerdo. O tratamento deve ser imediato e baseado no suporte hemodinâmico por se tratar de uma disfunção transitória. A correlação da lesão miocárdica de Takotsubo e infecção por SARS-CoV-2 apresenta prognóstico negativo, maior taxa de mortalidade e é um diagnóstico a ser considerado principalmente nos pacientes de terapia intensiva. Sendo assim, o diagnóstico precoce é de grande valia para a introdução do manejo terapêutico adequado e melhora da evolução dos pacientes

    Síndrome de Wolff-Parkinson-White

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    A Síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) é uma cardiopatia incomumincluída nas síndromes de pré-excitação. A sua anomalia cardíaca congênita consistena presença de um feixe anormal (feixe de Kent) que descaia o sistema de conduçãonormal. A prevalência na população geral é de 0,1 a 0,3% e a incidência de 2:1 emhomens em comparação às mulheres. Cerca de 80% dos casos são detectados empacientes com menos de 50 anos de idade. Esclarecer os nuances da fisiopatologia daSíndrome de Wolff-Parkinson White. Revisão integrativa da literatura realizada a partirde artigos da língua inglesa e portuguesa pesquisados nas bases de dados PubMed eSciELO, a partir dos descritores “Wolff-Parkinson-White Syndrome” e “cardiology”. ASíndrome de Wolf-Parkinson-White (WPW) ocorre pela despolarização precoce domiocárdio ventricular, em consequência da existência de uma ou mais vias acessórias(VAs). Essas vias erráticas são conhecidamente predispostas por mutações somáticasem mosaico, exposição ambiental ou apenas eventos aleatórios durante odesenvolvimento embriológico do coração no momento da diferenciação do tecidofibroso que separaria os átrios do ventrículo. Como resultado, tem-se a falha na fusãodos tecidos juncionais AV e geraria conexões persistentes nas margens do nóatrioventricular. Há ainda hipóteses sobre a associação de mutações de padrãoautossômico dominante do gene PRKAG2 à síndrome, associado a cardiopatias - masessa causa genética também é relativamente desconhecida. A fibrilação atrial préexcitada com rápida resposta ventricular levando à fibrilação ventricular é omecanismo arritmogênico de morte súbita cardíaca de pacientes com WPW. Odiagnóstico é comumente feito pelo eletrocardiograma, que é marcado por trêsparâmetros: intervalo PR curto, intervalo QRS prolongado e presença de onda delta nocomplexo QRS, sob a expressão de feixes anômalos supraventriculares. A WPWpredispõe os pacientes a surtos recorrentes de taquicardia supraventricularparoxística e fibrilação atrial. A síncope também é uma ocorrência comum, além depossível morte cardíaca súbita. Muitos pacientes podem ser assintomáticos por toda avida e ter como a primeira manifestação sintomática a morte súbita cardíaca, o quejustifica a necessidade de estratificação de risco, independente dos sintomas.Considerando a prevalência de padrões assintomáticos, juntamente com o alto riscode morte súbita cardíaca, síncope e arritmias, têm-se buscado melhores técnicas deestratificação de risco para pacientes com cerca predisposição para a síndrome. Oeletrocardiograma e teste de esforço são os meios fundamentais para auxiliar norastreamento de uma possível via acessória letal

    Papel da avaliação de fragilidade no pré-operatório de cirurgias vasculares: revisão integrativa da literatura

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    Cirurgias vasculares são cada vez mais realizadas, especialmente por conta do envelhecimento da população global. Sabe-se que a fragilidade está associada a um maior risco de complicações pós-operatórias e aumento do tempo de permanência hospitalar após cirurgia vascular. Além disso, pacientes frágeis frequentemente apresentam múltiplas comorbidades associadas que aumentam o risco de desfechos indesejados. Dessa forma, o presente estudo objetivou investigar a importância da avaliação de fragilidade sobre os resultados pós-operatórios de pacientes candidatos a cirurgias vasculares. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada pela seleção de artigos científicos originais de bibliografias nacionais e internacionais, que abordem as variáveis envolvidas na aplicação da avaliação de fragilidade no pré-operatório de cirurgias vasculares. Atualmente compreende-se que as medidas de fragilidade têm um efeito maior e um valor discriminativo mais alto para prever eventos adversos do que apenas a idade de forma isolada. A utilização de métodos avaliativos da fragilidade no pré-operatório de pacientes eleitos a cirurgias vasculares é fundamental na predição de morbimortalidade e possíveis complicações advindas desses procedimentos. Diversos métodos de avaliação são utilizados para tal finalidade, como o Índice de Fragilidade (FI) e o Índice de Fragilidade Modificado (mFI). O mFI é a ferramenta de avaliação mais difundida em cirurgia vascular, por ser relativamente conveniente e de fácil aplicação, no entanto, a literatura relata uma ampla variedade de abordagens não padronizadas, permitindo a manutenção de índices de morbimortalidade que ainda poderiam ser reduzidos nos serviços vasculares. Assim sendo, a criação de um método específico e padronizado de avaliação de fragilidade nas cirurgias vasculares é de fundamental importância para a segurança da população de pacientes submetidos a esse tipo de procedimento

    Associação da Lipoenxertia no tratamento de cicatrizes de queimadura: um relato de caso / Association of Lipoenxertia in the treatment of burn scars: a case report

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    Queimaduras são grandes responsáveis pelas taxas atuais de morbimortalidade e gastos em assistência no Brasil. Além das afecções estéticas, a cicatrização pós-queimadura pode trazer prejuízos à qualidade de vida do paciente dentro de seu desenvolvimento funcional, social e psicológico. No entanto, apesar de notáveis progressos no manejo da cicatrização de feridas, as opções terapêuticas ainda são um desafio para a classe médica, já que não há uma terapia padrão-ouro que elimine de forma totalmente eficaz o excesso de tecido cicatricial. Nesse contexto, a lipoenxertia surge como uma técnica terapêutica promissora que consiste na injeção de tecido adiposo autólogo para reconquistar um pouco do suporte mecânico e vascular da região subcutânea previamente destruída nas queimaduras graves com o apoio das propriedades regenerativas dos componentes celulares carregados nas amostras. Portanto, o presente trabalho objetiva descrever o caso de uma paciente adulta, vítima de queimaduras, apresentando a evolução dos resultados sob a luz dos mecanismos de ação envolvidos no reparo da cicatriz pela enxertia de gordura autóloga realizada em consonância com a literatura

    Criptococose pulmonar: Pulmonary cryptococcosis

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    Introdução: A criptococose é uma micose sistêmica causada pela inalação de esporos viáveis do fungo Cryptococcus spp. As principais espécies em humanos são Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, que se associam, respectivamente, às condições de imunodepressão celular e à infecção primária de indivíduos imunocompetentes. O pulmão é o sítio primário mais comum, logo após o sistema nervoso central.  Apresentação do caso: JMF, masculino, 39 anos, apresentava queixa de tosse produtiva associada a desconforto respiratório aos moderados esforços, há cerca de 04 meses. Portador de HIV, sem outras comorbidades. Ao exame físico, sinais vitais estáveis, ausculta pulmonar com diminuição do murmúrio vesicular à direita. Na tomografia computadorizada (TC) de tórax evidenciou-se múltiplas opacidades nodulares difusas e de tamanhos variados, com presença de broncograma aéreo. Paciente foi submetido a biópsia por agulha percutânea e a análise do anatomopatológico constatou Criptococose Pulmonar. Discussão: A Criptococose pulmonar era considerada uma afecção rara, quando a prevalência de imunossuprimidos aumentou consideravelmente no século XX, sobretudo devido a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). As manifestações clínicas são inespecíficas, variam desde infecção autolimitada até a disseminada, com meningoencefalite. O estado imunológico do paciente é o fator de risco e de prognóstico mais importante, influenciando tanto na evolução clínica quanto na abordagem terapêutica. Conclusão: Tendo em vista a similaridade dos sinais e sintomas com outras infecções pulmonares e ao potencial de gravidade da doença, principalmente em portadores de imunodeficiência, é de suma importância o diagnóstico precoce e o uso apropriado dos agentes antifúngicos para a redução da morbimortalidade

    Síndrome de Adie: Adie's Syndrome

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    Introdução: A Síndrome de Adie-Homes é uma doença caracterizada pela presença de pupila tônica associada à diminuição ou ausência dos reflexos tendíneos profundos. É uma doença considerada típica de adultos jovens e apresenta uma etiologia comumente idiopática.A presença de alteração no tamanho das pupilas é uma das queixas mais comuns.  Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, 28 anos, admitida em Hospital Geral de Goiânia, apresentou há 1 mês quadro de cefaleia fronto-orbital a direita, associada a vesículas em mesma região, dolorosas, em queimação, com diagnóstico de herpes zóster. Após 2 semanas, notou que sua acuidade visual à direita para perto estava diminuída associado a fotofobia. Ao avaliar pupilas com lâmpada de fenda, observou-se anisocoria à direita. Ao instilar pilocarpina 0,125% em ambos os olhos, apenas a pupila direita contraiu.. Discussão: Embora a etiologia da doença não esteja totalmente elucidada, acredita-se que possa ocorrer processos imunomediado e infecções por vírus da herpes-zoster, parvovírus B19, Treponema pallidum. Atualmente, o tratamento ainda se baseia no uso de Pilocarpina 0,125% para diminuir o desconforto do paciente, podendo ser usado 2-4 vezes ao junto, em associação ao uso de óculos escuros em ambientes muito iluminados. Conclusão: A síndrome de Adie é rara e encontramos em sua apresentação clínica singularidades que difere de paciente a paciente. Nota-se que a síndrome tem correlação com diversas áreas médicas, o que faz com que seu diagnóstico ocorra através do oftalmologista, podendo ter sua suspeição diagnóstica através de outros especialistas como reumatologistas, infectologistas e até mesmo dermatologistas

    Characterisation of microbial attack on archaeological bone

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    As part of an EU funded project to investigate the factors influencing bone preservation in the archaeological record, more than 250 bones from 41 archaeological sites in five countries spanning four climatic regions were studied for diagenetic alteration. Sites were selected to cover a range of environmental conditions and archaeological contexts. Microscopic and physical (mercury intrusion porosimetry) analyses of these bones revealed that the majority (68%) had suffered microbial attack. Furthermore, significant differences were found between animal and human bone in both the state of preservation and the type of microbial attack present. These differences in preservation might result from differences in early taphonomy of the bones. © 2003 Elsevier Science Ltd. All rights reserved

    Núcleos de Ensino da Unesp: artigos 2011: volume 2: metodologias de ensino e a apropriação de conhecimento pelos alunos

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