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    Consequências do pós-fogo para a decomposição foliar em riachos tropicais

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    Queimadas é um distúrbio natural nas paisagens do Bioma Savana. Este estudo avalia os efeitos do pós-fogo (antes e depois) na decomposição de serapilheira na comunidade de invertebrados e biomassa de fungos em diferentes detritos e malhas (fina e grossa) em riacho em curto prazo temporal. Métodos Folhas senescentes (2 ± 0,1 g de peso seco) foram colocadas em sacos (30 × 30 cm, 10 mm – de malha grossa e 0,5 mm - de malha fina) e submersas no fluxo antes e depois do fogo. Sacos replicados (n = 4) foram recuperados após 20 e 40 dias e lavados em uma peneira para separar os invertebrados (densidade, riqueza e grupo trófico funcional) para ambos os tratamentos (antes e após o fogo). Uma série de discos das folhas foi cortada para determinar a massa seca isenta de cinzas e o material restante foi seco em estufa para determinar o peso seco. Resultados O coeficiente médio de decomposição (k = -0,012 dia-1 antes do fogo) corresponde ao intervalo intermediário observado em outros riachos de Savana, com valores menores no pós-fogo (k = -0,007 dia-1). Isso pode ser explicado pelo fogo diminuir a importância da serapilheira alóctone para metabolismo de fluxo devido a aumentar a produção de autóctones (maior abertura do dossel pela queima do mesmo). O coeficiente de decomposição intermediário de todas as diferentes espécies de folhas pós-incêndio pode indicar que o fogo pode equalizar a qualidade da serapilheira em ecossistemas de lóticos. Por outro lado, raspadores (e não fungos ou fragmentadores) pela função de fragmentação foliar (por consumo de perifíton) diminuíram sua abundância (30-50%) no pós-fogo como a perda de massa foliar. Conclusões Isso pode indicar que o pós-fogo modifica as relações de importância dentro das comunidades decompositoras em riachos tropicais.Wildfire is a natural pulsed disturbance in landscapes of the Savannah Biome. This study evaluates short-term post-fire effects on leaf litter breakdown, the invertebrate community and fungal biomass of litter from three different vegetal species in a tropical stream. Methods Senescent leaves of Inga laurina, Protium spruceanum and Rircheria grandis (2 ± 0.1 g dry mass) were individually placed in litter bags (30 × 30 cm: 10 mm coarse mesh and 0.5 mm fine mesh) and submerged in the study stream before and after fire. Replicate bags (n = 4; individually for each species, sampling time, fire event and mesh size) were then retrieved after 20 and 40 days and washed to separate the invertebrates before fire event and again immediately after fire. Disks were cut from leaves to determine ash-free dry mass, while the remaining material was oven-dried to determine dry mass. Results The pre-fire mean decomposition coefficient (k = -0.012 day-1) was intermediate compared to that reported for other savannah streams, but post-fire it was lower (k = -0.007 day-1), due to decreased allochthonous litter input and increased autochthones production. Intermediate k values for all qualities of litter post-fire may indicate that fire is equalizing litter quality in the stream ecosystem. The abundance of scrapers was found to be more important than fungal biomass or shredder abundance, probably due to their functioning in leaf fragmentation while consuming periphyton growing on leaf litter. Conclusions Theses results indicate that fire can modify the relationships within decomposer communities in tropical stream ecosystems

    Violência obstétrica: o enfermeiro como promotor de uma assistência qualificada: Obstetric violence: the nurse as a promoter of qualified care

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    Introdução: Qualquer ato praticado pelo médico ou equipe assistencial, familiar ou acompanhante que desrespeite e ofenda a gestante, parturiente ou puérpera seja de forma física ou verbal é considerado Violência Obstétrica. Contudo, levando em consideração a história e evolução da assistência ao parto, institucionalizar a parturição foi uma ação necessária à segurança do binômio mãe-filho, todavia, diversas intervenções desnecessárias associadas ao anseio por rapidez possibilitou aumento no número de violência obstétrica. No entanto, o Ministério da Saúde recomenda que a enfermeira obstetra seja incluída na assistência ao parto de baixo risco a fim de reduzir intervenções e ocasionar bem-estar para as mulheres. Objetivo: Analisar a relevância da assistência da enfermagem obstétrica à mulher, à prevenção da violência obstétrica, com base em evidências científicas. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura de abordagem qualitativa, realizada a partir do levantamento da produção cientifica nas bases de dados Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e portais de periódicos BVS ENFERMAGEM, GOOGLE SCHOLAR E CAPES, no período de 2017 a 2022. Para a realização do estudo foram selecionados 10 artigos. Utilizaram-se os seguintes critérios de inclusão: Estudos disponibilizados de forma gratuita, publicados entre os anos de 2017 a 2022, nos idiomas português, inglês e espanhol. Os critérios de exclusão foram: artigos que não correspondem ao objetivo principal do estudo, que se repetem e que possuam os termos “violência doméstica” e/ou “violência sexual”. Os descritores utilizados foram combinados utilizando o operador booleano AND. Resultados e discussão: Os artigos selecionados apontam a uma assistência de enfermagem favorecedora de autonomia à mulher durante todo o trabalho de parto e parto, promotora da redução de intervenções e aumento de partos vaginais espontâneos e amamentação. Discutem também a importância do enfermeiro e do enfermeiro obstetra para a propiciação de vínculo entre mãe e equipe desde o pré-natal assumindo papel de referência na equipe. Conclusão: Diante do exposto conclui-se que a equipe de enfermagem tem papel fundamental na prevenção da violência obstétrica e pode atuar de maneira eficaz para preveni-la, para isso utilizam-se de estabelecimento de comunicação desde o pré-natal e favorecimento de um partejar com o mínimo de intervenções possível

    NEOTROPICAL ALIEN MAMMALS: a data set of occurrence and abundance of alien mammals in the Neotropics

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    Biological invasion is one of the main threats to native biodiversity. For a species to become invasive, it must be voluntarily or involuntarily introduced by humans into a nonnative habitat. Mammals were among first taxa to be introduced worldwide for game, meat, and labor, yet the number of species introduced in the Neotropics remains unknown. In this data set, we make available occurrence and abundance data on mammal species that (1) transposed a geographical barrier and (2) were voluntarily or involuntarily introduced by humans into the Neotropics. Our data set is composed of 73,738 historical and current georeferenced records on alien mammal species of which around 96% correspond to occurrence data on 77 species belonging to eight orders and 26 families. Data cover 26 continental countries in the Neotropics, ranging from Mexico and its frontier regions (southern Florida and coastal-central Florida in the southeast United States) to Argentina, Paraguay, Chile, and Uruguay, and the 13 countries of Caribbean islands. Our data set also includes neotropical species (e.g., Callithrix sp., Myocastor coypus, Nasua nasua) considered alien in particular areas of Neotropics. The most numerous species in terms of records are from Bos sp. (n = 37,782), Sus scrofa (n = 6,730), and Canis familiaris (n = 10,084); 17 species were represented by only one record (e.g., Syncerus caffer, Cervus timorensis, Cervus unicolor, Canis latrans). Primates have the highest number of species in the data set (n = 20 species), partly because of uncertainties regarding taxonomic identification of the genera Callithrix, which includes the species Callithrix aurita, Callithrix flaviceps, Callithrix geoffroyi, Callithrix jacchus, Callithrix kuhlii, Callithrix penicillata, and their hybrids. This unique data set will be a valuable source of information on invasion risk assessments, biodiversity redistribution and conservation-related research. There are no copyright restrictions. Please cite this data paper when using the data in publications. We also request that researchers and teachers inform us on how they are using the data

    Characterisation of microbial attack on archaeological bone

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    As part of an EU funded project to investigate the factors influencing bone preservation in the archaeological record, more than 250 bones from 41 archaeological sites in five countries spanning four climatic regions were studied for diagenetic alteration. Sites were selected to cover a range of environmental conditions and archaeological contexts. Microscopic and physical (mercury intrusion porosimetry) analyses of these bones revealed that the majority (68%) had suffered microbial attack. Furthermore, significant differences were found between animal and human bone in both the state of preservation and the type of microbial attack present. These differences in preservation might result from differences in early taphonomy of the bones. © 2003 Elsevier Science Ltd. All rights reserved
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