Motivations of landowners to create Federal Private Natural Heritage Reserves in the state of Santa Catarina, Brazil

Since the 1990s, the amount of private protected areas has increased worldwide, contributing to nature conservation and protecting biodiversity, landscapes and, in some cases, even cultural values associated with the use of natural resources. The motivations for landowners to convert their land into protected areas are still poorly studied, despite the importance of the conclusions of these studies to help in the development of public policies that promote the creation of new Private Natural Heritage Reserves (RPPN in Portuguese). In this study, we present the results of a research centered on the motivations of landowners in the state of Santa Catarina, south of Brazil, to create federal Private Natural Heritage Reserves (PNHRs) in their lands. Based on the official data of Chico Mendes Institute for Biodiversity – ICMBio – we identify 67 federal PNHRs. However, after the verification process, we concluded that only 65 of them were legally established. We visited 63 PNHRs and interviewed the owners or managers of all the legal reserves about their motivations to create the protected areas. The results indicated 16 reasons divided into six categories of motivations: conservationist, conservationist/economic, economic, psychosocial, protection of land ownership and imposition. Responses were more frequent for the conservationist (41) and psychosocial (18) motivations, meaning that the landowners decided to create the PNHRs to contribute to the conservation of the land and for their personal satisfaction in doing so. The protection of the lands against roads, small hydropower plants or people invasion were pointed by 15 respondents. The conservationist/economic, economic and impositions motivations were pointed, respectively, by 11, 6 and 4 PNHR owners. In the end, we discussed some legal and ethical issues related to the creation of PNHRs for purposes other than biodiversity conservation.Desde a década de 90, a quantidade de áreas privadas protegidas tem aumentado no mundo todo, contribuindo para a conservação da natureza e protegendo a biodiversidade, as paisagens e, em alguns casos, até mesmo valores culturais associados ao uso de recursos naturais. As motivações que levam os proprietários a converterem suas terras em áreas protegidas ainda são pouco estudadas, a despeito de quanto isso pode ajudar no desenvolvimento de políticas públicas que promovam a criação de novas RPPNs. Neste estudo, apresentamos os resultados de uma pesquisa centrada nas motivações dos proprietários para criar as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) federais em suas terras no estado de Santa Catarina. Iniciando o trabalho a partir de dados oficiais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), consideramos a totalidade do universo amostral do estado, ou seja, 67 RPPNs federais. A verificação realizada mostrou, porém, que apenas 65 delas estavam legalmente estabelecidas. A maioria destas RPPNs (63) foi visitada, e os proprietários ou gestores de todas as 65 reservas legalmente constituídas foram entrevistados sobre as motivações que tiveram para criá-las. Os resultados apontaram 16 razões principais divididas em seis grupos de motivações: conservacionistas, conservacionistas/econômicas, econômicas, psicossociais, defensivas da propriedade e impostas. As respostas foram mais frequentes para motivações conservacionistas (41) e psicossociais (18), o que significa que os proprietários decidiram criar as RPPNs para contribuir com a conservação do patrimônio natural e também pela satisfação pessoal. A defesa da propriedade foi apontada por 15 proprietários como sendo a motivação para criar as reservas. Trata-se de uma defesa contra estradas, Pequenas Centrais Hidrelétricas ou invasão da área. As motivações conservacionistas/econômicas, econômicas e impostas foram apontadas, respectivamente, por 11, 6 e 4 proprietários de RPPNs. Ao final, alguns aspectos legais e éticos relacionados à criação de RPPNs para outros fins que não a conservação da biodiversidade são discutidos

Influência entre o microbioma gastrointestinal e o Câncer Hepático: uma revisão integrativa

INTRODUÇÃO: O câncer hepático é uma neoplasia que acomete as células do tecido do fígado. Trata-se de uma patologia recorrente no contexto mundial sendo a quinta maior causa de óbitos entre os homens e a sétima entre as mulheres. Estudos apontam que a relação entre o fígado e a microbiota gastrointestinal pode influenciar o surgimento de certas patologias e que a busca pelo seu entendimento contribui para o surgimento de novos tratamentos. OBJETIVO: Compreender a relação existente entre a microbiota gastrointestinal e o câncer hepático. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Foi realizado levantamento bibliográfico por pesquisa pareada em múltiplas bases de dados como PUBMED, SciELO e LILACS. Como descritores foram utilizados “Liver Neoplasms”, “Gastrointestinal Microbiome” e “Microbiota” associado com o operador booleano AND, identificando-se quarenta e seis artigos científicos. Os critérios de inclusão utilizados foram artigos publicados entre 2018 e 2023, completos e gratuitos, nos idiomas português e inglês. Conforme critérios de exclusão foram selecionados artigos que não atendessem aos objetivos do estudo, como duplicidade de estudos nas bases de dados, relatos de experiência, artigos de revisão e ensaios clínicos. RESULTADOS: Doze publicações foram selecionadas em relação ao conteúdo e relevância ao objetivo da revisão. Verificou-se através dos estudos, evidências que apontam clara relação entre a microbiota gastrointestinal, o risco de desenvolvimento e progressão de cânceres gastrointestinais, dentre eles o câncer hepático, pois, embora a microbiota intestinal resida e influencie principalmente o intestino, ela também regula a função hepática por meio do eixo do sistema porta para o fígado. Como exemplo dos componentes microbianos atuantes nesta relação, estão os ácidos biliares secundários, os quais podem induzir danos ao DNA e contribuir para a remodelação dos microambientes tumorais. Além disso, os ácidos biliares e a microbiota intestinal influenciam-se mutuamente, pois os ácidos são biotransformados por enzimas derivadas da microbiota intestinal, e esses, por sua vez, também podem modular a composição microbiana. A interrupção da comunicação desse eixo pode contribuir para a carcinogênese hepatocelular. CONCLUSÃO: Conclui-se que há evidências de relação entre microbiota gastrointestinal com diversas neoplasias, incluindo o câncer hepático. Porém, o mecanismo de ação de relação não está totalmente esclarecido. Futuros estudos sobre o assunto pode indicar formas de diagnóstico, prevenção e tratamento de cânceres e doenças gastrointestinais

Comparison of Handaxes from Bose Basin (China) and the Western Acheulean Indicates Convergence of Form, Not Cognitive Differences

Alleged differences between Palaeolithic assemblages from eastern Asia and the west have been the focus of controversial discussion for over half a century, most famously in terms of the so-called ‘Movius Line’. Recent discussion has centered on issues of comparability between handaxes from eastern Asian and ‘Acheulean’ examples from western portions of the Old World. Here, we present a multivariate morphometric analysis in order to more fully document how Mid-Pleistocene (i.e. ∼803 Kyr) handaxes from Bose Basin, China compare to examples from the west, as well as with additional (Mode 1) cores from across the Old World. Results show that handaxes from both the western Old World and Bose are significantly different from the Mode 1 cores, suggesting a gross comparability with regard to functionally-related form. Results also demonstrate overlap between the ranges of shape variation in Acheulean handaxes and those from Bose, demonstrating that neither raw material nor cognitive factors were an absolute impediment to Bose hominins in making comparable handaxe forms to their hominin kin west of the Movius Line. However, the shapes of western handaxes are different from the Bose examples to a statistically significant degree. Moreover, the handaxe assemblages from the western Old World are all more similar to each other than any individual assemblage is to the Bose handaxes. Variation in handaxe form is also comparatively high for the Bose material, consistent with suggestions that they represent an emergent, convergent instance of handaxe technology authored by Pleistocene hominins with cognitive capacities directly comparable to those of ‘Acheulean’ hominins

Looking at handaxes from another angle: Assessing the ergonomic and functional importance of edge form in Acheulean bifaces

Edge angle is widely considered to be a morphological attribute that influences the functional performance of lithic technologies. However, the comparative performance capabilities of handaxes that vary in terms of edge angles has never been investigated under experimental conditions. Similarly, detailed accounts of Acheulean handaxe angle variation from archaeological examples have not been reported in the literature. Consequently, it has not previously been possible to assess the extent to which Palaeolithic individuals adhered to specific edge angle ranges during handaxe production or whether resultant artifactual properties may have been in response to varying rates of utility. Here, using a substantial experimental program (n = 500 handaxes), we investigate the impact that edge angle variation has on the cutting efficiency of handaxes at a “whole tool” and “edge-point localized” level. We then examine edge angles in a temporally and geographically wide range of handaxes (n = 643) and assess the extent to which hominins were likely altering tool production choices in response to functional pressures. Our experimental results demonstrate that, up to a certain value, higher edge angles in handaxes can actually increase functional performance. Furthermore, results indicate that edges in the proximal portion of handaxes have the greatest influence over efficiency rates. Combined with examination of archaeological specimens, these results suggest that hominins actively pursued the production of more obtuse edges in the proximal (butt) portion of handaxes in order to increase ergonomic features that facilitated greater efficiency during use. Edge angle values in the proximal portion of the archaeological handaxes were, however, consistently found to be below an efficiency threshold identified at ?70 degrees, above which, an edge’s ability to effectively be applied to cutting tasks decreases markedly. This further suggests that the proximal edges of handaxes, at least occasionally, were required as a functional working edge

Influence of handaxe size and shape on cutting efficiency: a large-scale experiment and morphometric analysis

Handaxes represent one of the most temporally enduring and geographically widespread of Palaeolithic artifacts and thus comprised a key technological strategy of many hominin populations. Archaeologically observable variation in the size (i.e., mass) and shape properties of handaxes has been frequently noted. It is logical to ask whether some of this variability may have had functional implications. Here, we report the results of a large-scale (n = 500 handaxes) experiment designed to examine the influence of variation in handaxe size and shape on cutting efficiency rates during a laboratory task. We used a comprehensive dataset of morphometric (size-adjusted) shape variables and statistical methods (including multivariate methods) to address this issue. Our first set of analyses focused on handaxe mass/size variability. This analysis demonstrated that, at a broad-scale level of variation, handaxe mass may have been free to vary independently of functional (cutting) efficiency. Our analysis also, however, identified that there will be a task-specific threshold in terms of functional effectiveness at the lower end of handaxe mass variation. This implies that hominins may have targeted design forms to meet minimal (task-specific) thresholds, and may also have managed handaxe reduction and discard in respect to such factors. Our second set of analyses focused on handaxe shape variability. This analysis also indicated that considerable variation in handaxe shape may occur independently of any strong effect on cutting efficiency. We discuss how these results have several implications for considerations of handaxe variation in the archaeological record. At a general level, our results demonstrate that variability within and between handaxe assemblages in terms of their size and shape properties will not necessarily have had immediate or strong impact on their effectiveness when used for cutting, and that such variability may have been related to factors other than functional issues

Phylotranscriptomic insights into the diversification of endothermic Thunnus tunas

Birds, mammals, and certain fishes, including tunas, opahs and lamnid sharks, are endothermic, conserving internally generated, metabolic heat to maintain body or tissue temperatures above that of the environment. Bluefin tunas are commercially important fishes worldwide, and some populations are threatened. They are renowned for their endothermy, maintaining elevated temperatures of the oxidative locomotor muscle, viscera, brain and eyes, and occupying cold, productive high-latitude waters. Less cold-tolerant tunas, such as yellowfin tuna, by contrast, remain in warm-temperate to tropical waters year-round, reproducing more rapidly than most temperate bluefin tuna populations, providing resiliency in the face of large-scale industrial fisheries. Despite the importance of these traits to not only fisheries but also habitat utilization and responses to climate change, little is known of the genetic processes underlying the diversification of tunas. In collecting and analyzing sequence data across 29,556 genes, we found that parallel selection on standing genetic variation is associated with the evolution of endothermy in bluefin tunas. This includes two shared substitutions in genes encoding glycerol-3 phosphate dehydrogenase, an enzyme that contributes to thermogenesis in bumblebees and mammals, as well as four genes involved in the Krebs cycle, oxidative phosphorylation, β-oxidation, and superoxide removal. Using phylogenetic techniques, we further illustrate that the eight Thunnus species are genetically distinct, but found evidence of mitochondrial genome introgression across two species. Phylogeny-based metrics highlight conservation needs for some of these species

The evolving SARS-CoV-2 epidemic in Africa: Insights from rapidly expanding genomic surveillance

INTRODUCTION Investment in Africa over the past year with regard to severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) sequencing has led to a massive increase in the number of sequences, which, to date, exceeds 100,000 sequences generated to track the pandemic on the continent. These sequences have profoundly affected how public health officials in Africa have navigated the COVID-19 pandemic. RATIONALE We demonstrate how the first 100,000 SARS-CoV-2 sequences from Africa have helped monitor the epidemic on the continent, how genomic surveillance expanded over the course of the pandemic, and how we adapted our sequencing methods to deal with an evolving virus. Finally, we also examine how viral lineages have spread across the continent in a phylogeographic framework to gain insights into the underlying temporal and spatial transmission dynamics for several variants of concern (VOCs). RESULTS Our results indicate that the number of countries in Africa that can sequence the virus within their own borders is growing and that this is coupled with a shorter turnaround time from the time of sampling to sequence submission. Ongoing evolution necessitated the continual updating of primer sets, and, as a result, eight primer sets were designed in tandem with viral evolution and used to ensure effective sequencing of the virus. The pandemic unfolded through multiple waves of infection that were each driven by distinct genetic lineages, with B.1-like ancestral strains associated with the first pandemic wave of infections in 2020. Successive waves on the continent were fueled by different VOCs, with Alpha and Beta cocirculating in distinct spatial patterns during the second wave and Delta and Omicron affecting the whole continent during the third and fourth waves, respectively. Phylogeographic reconstruction points toward distinct differences in viral importation and exportation patterns associated with the Alpha, Beta, Delta, and Omicron variants and subvariants, when considering both Africa versus the rest of the world and viral dissemination within the continent. Our epidemiological and phylogenetic inferences therefore underscore the heterogeneous nature of the pandemic on the continent and highlight key insights and challenges, for instance, recognizing the limitations of low testing proportions. We also highlight the early warning capacity that genomic surveillance in Africa has had for the rest of the world with the detection of new lineages and variants, the most recent being the characterization of various Omicron subvariants. CONCLUSION Sustained investment for diagnostics and genomic surveillance in Africa is needed as the virus continues to evolve. This is important not only to help combat SARS-CoV-2 on the continent but also because it can be used as a platform to help address the many emerging and reemerging infectious disease threats in Africa. In particular, capacity building for local sequencing within countries or within the continent should be prioritized because this is generally associated with shorter turnaround times, providing the most benefit to local public health authorities tasked with pandemic response and mitigation and allowing for the fastest reaction to localized outbreaks. These investments are crucial for pandemic preparedness and response and will serve the health of the continent well into the 21st century

Centro de Apoio à Permacultura Urbana no Jardim Botânico de Florianópolis

TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Tecnológico. ArquiteturaO grande e desenfreado crescimento populacional somado aos comportamentos consumistas, aos modos de produção poluentes e a má exploração dos nossos recursos naturais formou um conjunto de comportamentos que conduziu a humanidade a uma grande crise socioambiental. A origem dos alimentos que chegam às nossas mesas está intimamente relacionada a isso. Baseada no lucro e no aumento da produção, a fim de garantir o fornecimento de alimentos durante o ano inteiro e em larga escala, juntamente a produção capitalista do espaço urbano, expulsou quase inteiramente essas práticas do contexto das nossas cidades. Nosso alimento é produzido cada vez mais longe de nossas mesas, e o ser humano, refém da urbanização que construiu ambientes urbanos cada vez mais nocivos aos seus habitantes, se encontra cada vez mais desconectado do ambiente natural. Sendo assim, podemos considerar as práticas remanescentes de agricultura urbana como uma forma de resistência, porque lutam contra a sua expulsão do solo urbanizado. A agricultura urbana está baseada na luta por esse solo, concentrado cada vez mais nos poderes da especulação imobiliária. Diante disso, a importância dos movimentos sociais para a continuidade dessas práticas nesse contexto, apoiados pelos princípios de planejamento da Permacultura e pelo modo de produção da Agroecologia na luta contra o modo de produção capitalista, por uma relação harmônica e sustentável entre a nossa sociedade e o ambiente onde vivemos. Compreendendo que uma maior proximidade entre a produção de alimentos e o consumo dos mesmos pode ser benéfica ambientalmente, socialmente e economicamente, este trabalho tem como principal objetivo estreitar esta relação, e por meio dela promover a reconexão do ser humano urbanizado com a natureza. Através da criação de mecanismos, em diversas escalas, viabiliza e dá suporte a apropriação das pessoas de modo adequado pelas práticas de Permacultura Urbana. O trabalho se inicia por uma pesquisa teórica a respeito da Agricultura, da Permacultura e da Agroecologia, bem como o enfoque dessas práticas dentro do contexto de Florianópolis. Tem sua continuidade a partir do desenvolvimento de um levantamento das principais técnicas e diretrizes possíveis dentro do contexto urbano, e também do desenvolvimento de mobiliários urbanos que viabilizam a Produção, a Comercialização e o Descarte, respectivamente, de produtos da Permacultura Urbana. Por fim, a elaboração de um equipamento comunitário e educativo no Jardim Botânico de Florianópolis voltado à disseminação dos conhecimentos da Permacultura e ao apoio a essas práticas, de modo a coordenar essas ações e promover o fortalecimento de uma rede de pequenas intervenções na cidade de Florianópolis

Higher education as an instrument of social mobility in Angola: case studies of young people in the province of Benguela

Dissertação de mestrado em Ciências da Educação (área de especialização em Sociologia da Educação e Políticas Educativas)A presente dissertação enquadra-se nos eixos estudos sobre o ensino superior e transição para o mercado de trabalho e estudo das políticas públicas de educação e desigualdades sociais. Neste sentido, definiu-se como objetivo geral analisar qual é a influência a formação superior na mobilidade social de jovens na província de Benguela (Angola). Mobilizamos diversas obras as quais nos permitiram identificar paradigmas, teorias e perspetivas fundamentais para a construção da base teórica da investigação. Metodologicamente, selecionamos a abordagem qualitativa, o método intensivo ou estudo de caso (na variante casos múltiplos) e quatro técnicas de pesquisa, com destaque para as entrevistas semidiretivas, aplicadas a quatro gestores (via Zoom devido à COVID-19) e os inquéritos por questionário (formato eletrónico) a 51 estudantes de quatro IES (uma pública e três privadas) de setembro e dezembro de 2021. Assim, após a Introdução, temos o Capítulo I, que debate os papeis do Estado, do mercado e do ensino superior na mobilidade social, para além de analisar o ensino superior em África; O Capítulo II descreve o sistema de educação em Angola, Sistema de ensino e estratificação social no país. O Capítulo III discute a formação superior em Benguela, sua história, mecanismos de acesso e de permanência, discriminação positiva, opções formativas, (des)emprego e currículo. O Capítulo IV apresenta o enquadramento metodológico (paradigma, método e técnicas) e o Capítulo V debruça-se sobre a análise e interpretação dos resultados. Ainda se apresentam as considerações, limitações do estudo e as sugestões para futuras investigações. Em termos gerais, uma vez ouvidos gestores e estudantes, podemos concluir que a formação superior é considerada como um importante instrumento de mobilidade social de jovens na província de Benguela.This dissertation fits into the axes of studies on higher education and transition to the job market and study of public policies on education and social inequalities. In this sense, the general objective was defined to analyze the influence of higher education on the social mobility of young people in the province of Benguela (Angola). We mobilized several works which allowed us to identify fundamental paradigms, theories and perspectives for the construction of the theoretical basis of the investigation. Methodologically, we selected the qualitative approach, the intensive method or case study (in the multiple cases variant) and four research techniques, with emphasis on semi-directive interviews, applied to four managers (via Zoom due to COVID-19) and surveys by questionnaire (electronic format) to 51 students from four HEIs (one public and three private) from September and December 2021. Thus, after the Introduction, we have Chapter I, which discusses the roles of the State, the market and higher education in social mobility, in addition to analyzing higher education in Africa; Chapter II describes the education system in Angola, the education system and social stratification in the country. Chapter III discusses higher education in Benguela, its history, mechanisms of access and permanence, positive discrimination, training options, (un)employment and curriculum. Chapter IV presents the methodological framework (paradigm, method and techniques) and Chapter V focuses on the analysis and interpretation of results. Considerations, limitations of the study and suggestions for future investigations are also presented. In general terms, once managers and students are heard, we can conclude that higher education is considered an important instrument for the social mobility of young people in the province of Benguela

Análise de documentos científicos no âmbito das Geociências referentes às províncias de Benguela e Namibe, Angola

Dissertação de Mestrado em Geociências, Ambiente e Ordenamento, apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.A presente dissertação visa contribuir para o conhecimento de documentos científicos, no âmbito das geociências, sobre as províncias de Benguela e do Namibe, através da sistematização de conteúdos acerca destas duas unidades administrativas (no todo ou em partes), produzidas antes ou depois da independência de Angola. O estudo dos documentos sobre estas duas províncias, baseia-se nas semelhanças dos pontos do registo geológico e fóssil, fisiográfico ou climático, assim como das características da dinâmica fluvial e costeira, da gestão dos recursos hídricos, e das condicionantes ambientais, de gestão do património e de ordenamento do território. Para o efeito, procedeu-se a uma recolha não sistemática, em vários locais de consulta, através de um instrumento de trabalho, tendo permitido a criação de uma base de dados. Foram colectadas e analisados 150 referências bibliográficas, com dois períodos temporais evidentes de produção – a década de 1960-1969 e posterior a 2000. As publicações em série (artigos em revistas, jornais ou em actas de congressos com edições sucessivas) são o tipo de documentos mais comuns, ressaltando igualmente o número de teses e dissertações. A larga maioria dos trabalhos utiliza como unidade de lugar os domínios fisiográficos, em que o deserto e o litoral são bons exemplos, assim como se destacam os documentos sobre unidades administrativas, nomeadamente municípios ou lugares. Os domínios científicos mais versados são a Paleontologia e o domínio científico geral – Geologia Geral, Meteorologia, Climatologia, e Geologia Histórica – em especial os associados à Geodinâmica externa, Geomorfologia, Geologia Histórica e Estratigrafia. A análise do conteúdo gráfico faz ressaltar uma escala menor – referente à cartografia geológica, pedológica ou de recursos à escala sub-continental, de Angola ou provincial, assim como à correlação estratigráfica e tectónica no Atlântico sul, a par de modelo paleogeográficos e climáticos sobre a corrente de Benguela, e uma escala maior – sobre as condições de sedimentação, de reconstituição do registo geológico ou fóssil, ou de problemas aplicados das geociências.This thesis aims to contribute to the scientific knowledge of the geosciences, over the provinces of Benguela and Namibe, through the systematization of textual and graphic content about these two administrative units, produced before or after independence of Angola. The documents analysis was based on the similarities of geological and fossil records and physiographic or climate context, as well as the characteristics of river and coastal dynamics, water resources management, and environmental conditions, management heritage and spatial planning. The study is a non-systematic collection, from different fonts, and resulted in the creation of a database. Were collected and analyzed 150 references, with two periods of apparent temporal production - the decade from 1960 to 1969 and later one after 2000. The publications in series (articles in journals or conference proceedings with successive editions) are the most common type of documents, also noting the number of thesis and dissertations. The large majority of documents use the place as a unit of physiographic areas, where the desert and the coastal areas are good examples, as well documents framed on administrative units, including municipalities or places. The most common scientific domains are Palaeontology and the general scientific domain - General Geology, Meteorology, Climatology, and Historical Geology - particularly those associated with External Geodynamics, Geomorphology, Historical Geology and Stratigraphy. The graphic content analysis brings out a smaller scale - referring to the geological mapping, pedological or resources on sub-continental, Angola or provincial scale, as well as the tectonic and stratigraphic correlation in the South Atlantic, and the climatic and paleogeographic model over the Benguela Current System, and a larger scale - on the conditions of sedimentation, reconstitution of geological or fossil records, or problems of applied geosciences