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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GERONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO: PROJETOS DE PESQUISA E PRODUÇÃO CIENTÍFICA
Objetivo: apresentar os projetos de pesquisa e a produção científica discente referentes ao último quadriênio. Método: trata-se de uma pesquisa exploratória, com levantamento de dados, que compreendeu o período de 2017 a 2020. Os referidos dados são relativos aos projetos de pesquisa, às dissertações defendidas e à qualificação da produção científica dos discentes/egressos. Resultados: o programa apresenta 24 projetos de pesquisa, liderados por docentes do corpo permanente, sendo que 58,3% estão vinculados a duas ou mais linhas de pesquisa, sendo considerados projetos integradores. Foi possível identificar alta produção técnica e bibliográfica nos projetos de destaque financiados por agências de fomento (máxima 32 produções e mínima 15 produções). Das 45 dissertações defendidas no período (2017-2020), 51% (n= 23) estão vinculadas a projetos integradores. No mesmo período, a produção científica, que representa o corpo docente e discente, é representada pela publicação de 185 artigos em revistas arbitradas, sendo que 71% foram publicados em revistas de alto estrato (A1-A4, Qualis não oficial). Conclusão: os projetos integradores, caracterizados pela representação de mais de uma linha de pesquisa, propiciam pesquisas financiadas e publicações bem qualificadas
MITOS E ESTEREÓTIPOS EM PERIÓDICOS BRASILEIROS DE GERONTOLOGIA: UMA REVISÃO DE ESCOPO
Objetivo: Caracterizar la producción científica gerontológica brasileña en torno a los mitos y estereotipos de la vejez y el envejecimiento. Método: revisión de alcance en revistas nacionales de gerontología, buscando artículos originales, en portugués y publicados hasta 2021. Resultados: las nociones de vejez asexuada y envejecimiento como proceso degenerativo se destacan en la literatura analizada. Conclusión: los mitos y estereotipos inciden negativamente en el envejecimiento y, especialmente, en la vejez.Objetivo: Caracterizar a produção científica gerontológica brasileira em torno dos mitos e estereótipos da velhice e do envelhecimento. Método: revisão de escopo em periódicos nacionais de gerontologia, visando artigos originais, em língua portuguesa e publicados até 2021. Resultados: as noções de velhice assexuada e envelhecimento como processo degenerativo destacam-se na literatura analisada. Conclusão: mitos e estereótipos interferem negativamente no envelhecimento e, em especial, na velhice
Identifying and Managing Frailty: A Survey of UK Healthcare Professionals
Frailty is a common condition that leads to multiple adverse outcomes. Frailty should be identified and managed in a holistic, evidence-based and patient-centered way. We aimed to understand how UK healthcare professionals (HCPs) identify and manage frailty in comparison with UK Fit for Frailty guidelines, their frailty training, their confidence in providing support and organizational pathways for this. An online mixed-methods survey was distributed to UK HCPs supporting older people through professional bodies, special interest groups, key contacts, and social media. From 137 responses, HCPs valued frailty assessment but used a mixture of tools that varied by profession. HCPs felt confident managing frailty and referred older people to a wide range of supportive services, but acknowledged a lack of formalized training opportunities, systems, and pathways for frailty management. Clearer pathways, more training, and stronger interprofessional communication, appropriate to each setting, may further support HCPs in frailty management
Fatores associados à prática de dança de salão em idosos residentes na comunidade: dados do Fibra Polo Unicamp
A presente pesquisa buscou identificar fatores associados ao envolvimento em dança de salão entre variáveis de natureza sociodemográfica, de indicadores de saúde, de atividade física e de bem-estar psicossocial. Participaram do estudo 230 idosos (72,2 ± 5,5 anos; 63,04% mulheres) que compõem uma subamostra do estudo Fibra (Rede de Estudos sobre Fragilidade em Idosos Brasileiros) os quais não apresentaram déficitscognitivos e responderam afirmativamente para o envolvimento em dança de salão em levantamento realizado a partir da aplicação do Minnesota Leisure Time Activity Questionnaire. Cerca de 87% dos idosos foram classificados como fisicamente ativos, obtendo média de dispêndio energético semanal de 2334,1 METs (DP = 2897,9). O dispêndio energético médio em dança de salão (997,7 METs; DP = 1124,1) representou 40% do gasto energético semanal em atividades físicas gerais. Houve associações entre maior dispêndio energético em dança de salão e níveis de renda, autoavaliação de saúde e suporte social. Análise de regressão logística multivariada apontou que relatar boa ou muito boa autoavalição de saúde e graus moderados e altos de suporte social foram significativamente associados ao maior dispêndio energético em dança de salão. Tais resultados sugerem que a prática de dança de salão, para os idosos da amostra, está associada a indicadores positivos de saúde e qualidade de vida no auxílio à manutenção de um envelhecimento ativo
ENFRENTAMENTO A PANDEMIA DE COVID-19 POR PARTE DOS GESTORES DE INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS NA AMÉRICA LATINA
Introduction: Few information is available on coping and mitigating COVID-19 in long-term care services for older people (ILPIs) in Latin America (LA).
Objectives: To describe how ILPI managers in LA planned and adapted their coping routines to the COVID-19 pandemic, and whether they were able to comply with the recommendations of the World Health Organization (WHO).
Methodology: Cross-sectional study, based on the application of an online survey aimed at LTCF managers in LA. A 46-question questionnaire (adopting WHO principles) was sent to participants. Descriptive statistics was used to summarize the data.
Results: 23 managers answered the survey (excluding Brazilian respondents), totaling 874 older person (5 -270); a questionnaire was excluded due to lack of answers. Fourteen ILPIs (63.60%) were private for profit. The rate of adherence to WHO recommendations was over 70% for most issues. A little more than half of the institutions developed a strategic coping plan, or identified strategies to deal with deaths from suspected cases. Difficulty in acquiring personal protective equipment was reported by 59.10% of the investigated LTCIs. The testing capacity for SARS-Cov-2 has been reduced (36.36% had no test).
Conclusions: The rate of adherence to the recommendations proposed by WHO for coping with COVID-19 was over 70% for most investigated LTCIs. Strategic coping plans were developed in just over half of the institutions. The availability of PPE and the testing capacity for SARS-Cov-2 proved to be quite unsatisfactory.Introdução: Pouco se sabe sobre o enfrentamento e mitigação à COVID-19 em serviços de longa permanência para idosos (ILPIs) na América Latina (AL).
Objetivos: Descrever como os gestores de ILPIs na AL planejaram e adequaram suas rotinas de enfrentamento à pandemia de COVID-19, e se foram capazes de cumprir com as recomendações da Organização Mundial da Saúde(OMS).
Metodologia: Estudo transversal, baseado na aplicação de uma pesquisa online dirigida aos gestores de ILPIs na AL. Um questionário de 46 questões (adotando os princípios da OMS) foi enviado aos participantes. Estatística descritiva foi usada para resumir os dados.
Resultados: 23 gestores responderam a pesquisa (excluídos os respondentes brasileiros), totalizando 874 idosos (5 –270); um questionário foi excluído por falta de respostas. Quatorze ILPIs (63,60%) eram privadas com fins lucrativos. A taxa de adesão às recomendações da OMS foi superior a 70% para a maioria das questões. Pouco mais da metade das instituições elaborou um plano estratégico de enfrentamento, ou identificou estratégias para lidar com óbitos de casos suspeitos. Dificuldade para a aquisição de equipamentos de proteção individual foram relatados por 59,10% das ILPIs investigadas. A capacidade de testagem para o SARS-Cov-2 foi reduzida (36,36% não dispunham de nenhum teste).
Conclusões: A taxa de adesão às recomendações propostas pela OMS para o enfrentamento da COVID-19 foi superior a 70% para a maioria das ILPIs investigadas. Planos estratégicos de enfrentamento foram elaborados em pouco mais da metade das instituições. A disponibilidade de EPIs e a capacidade de testagem para o SARS-Cov-2 mostrou-se bastante insatisfatória
MOTIVOS PARA A RESTRIÇÃO EM PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA VELHICE AVANÇADA: RESULTADOS DO ESTUDO FIBRA – POLO UNICAMP
Buscou-se identificar os motivos atribuídos, por idosos em idade avançada e residentes na comunidade, à restrição em medidas de participação social, considerando tipos e níveis específicos de atividades sociais. Dados de 205 idosos (83,8 + 3,58 anos; 67,3% feminino) participantes da medida de seguimento do estudo FIBRA (Fragilidade em Idosos Brasileiros; 2016/2017) foram examinados segundo status e motivos para restrição em participação em hierarquia de atividades sociais, ordenadas em níveis proximais, proximais mediadas por tecnologia, intermediárias e distais. Foram identificadas seis categorias de motivos: psicológicos; sociais; de saúde; incapacidades ou déficits sensoriais; econômicos; e ambientais. A frequência de atribuição dos motivos variou entre os níveis de participação social. Correlações significativas foram encontradas entre as variáveis sociodemográficas e os motivos de natureza psicológica, social e por presença de incapacidade. Conclui-se haver variabilidade tanto no status de participação e quanto nos motivos atribuídos por idosos para a restrição em participação. Maior restrição foi identificada nos níveis intermediários e distais de participação, com tendência à atribuição de razões psicológicas, sociais e de incapacidade. Tais atribuições são sugestivas de responsabilização pessoal, pelo status de participação, minimizando potencial compensatório e promotor dos fatores extrínsecos, como os de natureza ambiental
Identifying and managing frailty: a survey of UK healthcare professionals
Frailty is a common condition that leads to multiple adverse outcomes. Frailty should be identified and managed in a holistic, evidence-based and patient-centred way. We aimed to understand how UK healthcare professionals (HCPs) identify and manage frailty in comparison with UK Fit for Frailty guidelines, their frailty training, their confidence in providing support and organizational pathways for this. An online mixed-methods survey was distributed to UK HCPs supporting older people through professional bodies, special interest groups, key contacts and social media. From 137 responses, HCPs valued frailty assessment but used a mixture of tools that varied by profession. HCPs felt confident managing frailty and referred older people to a wide range of supportive services, but acknowledged a lack of formalized training opportunities, systems and pathways for frailty management. Clearer pathways, more training and stronger interprofessional communication, appropriate to each setting, may further support HCPs in frailty management
Global, regional, and national age-sex-specific mortality and life expectancy, 1950–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017
© 2018 The Author(s). Background: Assessments of age-specifc mortality and life expectancy have been done by the UN Population Division, Department of Economics and Social Afairs (UNPOP), the United States Census Bureau, WHO, and as part of previous iterations of the Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study (GBD). Previous iterations of the GBD used population estimates from UNPOP, which were not derived in a way that was internally consistent with the estimates of the numbers of deaths in the GBD. The present iteration of the GBD, GBD 2017, improves on previous assessments and provides timely estimates of the mortality experience of populations globally. Methods: The GBD uses all available data to produce estimates of mortality rates between 1950 and 2017 for 23 age groups, both sexes, and 918 locations, including 195 countries and territories and subnational locations for 16 countries. Data used include vital registration systems, sample registration systems, household surveys (complete birth histories, summary birth histories, sibling histories), censuses (summary birth histories, household deaths), and Demographic Surveillance Sites. In total, this analysis used 8259 data sources. Estimates of the probability of death between birth and the age of 5 years and between ages 15 and 60 years are generated and then input into a model life table system to produce complete life tables for all locations and years. Fatal discontinuities and mortality due to HIV/AIDS are analysed separately and then incorporated into the estimation. We analyse the relationship between age-specifc mortality and development status using the Socio-demographic Index, a composite measure based on fertility under the age of 25 years, education, and income. There are four main methodological improvements in GBD 2017 compared with GBD 2016: 622 additional data sources have been incorporated; new estimates of population, generated by the GBD study, are used; statistical methods used in diferent components of the analysis have been further standardised and improved; and the analysis has been extended backwards in time by two decades to start in 1950. Findings: Globally, 18·7% (95% uncertainty interval 18·4-19·0) of deaths were registered in 1950 and that proportion has been steadily increasing since, with 58·8% (58·2-59·3) of all deaths being registered in 2015. At the global level, between 1950 and 2017, life expectancy increased from 48·1 years (46·5-49·6) to 70·5 years (70·1-70·8) for men and from 52·9 years (51·7-54·0) to 75·6 years (75·3-75·9) for women. Despite this overall progress, there remains substantial variation in life expectancy at birth in 2017, which ranges from 49·1 years (46·5-51·7) for men in the Central African Republic to 87·6 years (86·9-88·1) among women in Singapore. The greatest progress across age groups was for children younger than 5 years; under-5 mortality dropped from 216·0 deaths (196·3-238·1) per 1000 livebirths in 1950 to 38·9 deaths (35·6-42·83) per 1000 livebirths in 2017, with huge reductions across countries. Nevertheless, there were still 5·4 million (5·2-5·6) deaths among children younger than 5 years in the world in 2017. Progress has been less pronounced and more variable for adults, especially for adult males, who had stagnant or increasing mortality rates in several countries. The gap between male and female life expectancy between 1950 and 2017, while relatively stable at the global level, shows distinctive patterns across super-regions and has consistently been the largest in central Europe, eastern Europe, and central Asia, and smallest in south Asia. Performance was also variable across countries and time in observed mortality rates compared with those expected on the basis of development. Interpretation: This analysis of age-sex-specifc mortality shows that there are remarkably complex patterns in population mortality across countries. The fndings of this study highlight global successes, such as the large decline in under-5 mortality, which refects signifcant local, national, and global commitment and investment over several decades. However, they also bring attention to mortality patterns that are a cause for concern, particularly among adult men and, to a lesser extent, women, whose mortality rates have stagnated in many countries over the time period of this study, and in some cases are increasing
Efeitos do envelhecimento e do exercício físico sobre o sistema cardiovascular de indivíduos saudáveis
The ageing process is known to affect different tissues and systems. It is well-established that age-associated changes in cardiovascular structure and function are related to the risk of cardiovascular diseases. Because of the vast amount of cardiovascular modifications observed with ageing, the present study focused on three important topics: heart rate variability (HRV), blood pressure variability (BPV) and endothelial dysfunction. Furthermore, we also investigated the effects of physical activity (endurance and strength) on the autonomic control of heart rate (HR), which might be used as non-pharmacological therapy. Thirty five young subject between 18 and 30 years old (14 sedentary men, 5 sedentary women and 16 active men) and thirty eight middleaged/older subjects between 55 and 70 years old (16 sedentary men, 14 sedentary women and 8 active men) were studied. In addition, the subjects are distributed among 3 different studies. In the first one, the effects of the ageing process and active life-style on the autonomic control of HR were investigated in young and middleaged/older subjects. Electrocardiogram was recorded during 15 minutes of rest and 4 minutes of controlled breathing (5 to 6 cycles/min) in the supine position. HR and RR intervals were analyzed by time and frequency domain methods. The active groups presented lower HR and higher HRV (time domain) than the sedentary
groups, whereas both middle-aged/older groups showed lower HRV (frequency domain). Additionally, interaction between ageing and life-style effects was observed for respiratory sinus arrhythmia (ASR) indexes (calculated during the controlled breathing test). The sedentary middle-aged/older group presented lower ASR magnitude than the other groups studied. The results suggest that ageing reduces HRV, however, regular physical activity improves vagal modulation on the heart and, consequently, attenuates the effects of ageing on the autonomic control of HR. In the second study, we aimed to investigate if strength training is able to improve cardiac autonomic control in healthy middle-aged/older men. HRV was evaluated before and after 12 weeks of isokinetic
eccentric strength training (2days/week, 2-4 sets of 8-12 repetitions at 75-80% peak torque), involving knee flexion and extension. Strength training decreased the systolic blood pressure and increased the torque. However, an autonomic imbalance towards sympathetic modulation predominance was induced by an unknown mechanism. In the third study, we evaluated the effect of ageing on the BPV and endothelial function. We also sought for correlations between increased BPV and impaired endothelium dependent-dilation (EDD) in the
middle-aged/older group. Intra-brachial artery BPV and conduit vessel EDD (brachial artery flow-mediated dilation, FMD) were determined in healthy young and middle-aged/older subjects. Moreover, endothelial function of resistance vessels was evaluated by venous occlusion plethysmoghaphy in the middle-aged/older group. The young group presented lower systemic oxidative stress, lower systolic BPV and higher FMD compared with the middle-aged/older group. After split this group according to the BPV, lower FMD was observed in the middleaged/older group with higher BPV. In addition, FMD was inversely correlated to BPV. The lower BPV group showed a great reduction (55%) in the forearm blood flow responses when NG-monometyl-L-arginine (nitric oxide inhibitor) was co-infused with acetylcholine (vs 14% in the higher BPV group). The results suggest that ageing
process increases BPV and reduces endothelial function. Additionally, middle-aged/older subjects with higher BPV also have impaired EDD compared with their peers with lower BPV. General Conclusions: the results from the studies described above suggest that ageing process causes decrease of HRV, increase of BPV and decrease of endothelial function. Moreover, aerobic exercise has a cardioprotector effect, since it was able to attenuate the ageing effects on the cardiac vagal modulation. This same benefit, however, was not observed after 12 weeks of eccentric strength training. On the other hand, the strength training program performed by healthy older subjects modified the sympato-vagal balance toward the sympathetic modulation. Finally, systolic BPV
oscillations seem to have a narrow relationship with vasodilation mediated by nitric oxide. Then, more studies are
needed to clarify the cause-effect relation between those important variables.Universidade Federal de Sao CarlosO envelhecimento é um processo complexo que causa alterações em vários sistemas do organismo. Em relação ao sistema cardiovascular, modificações na sua estrutura e função estão diretamente relacionadas com o risco aumentado de desenvolvimento de doenças cardiovasculares em idosos. Dentre as diversas alterações cardiovasculares observadas com o envelhecimento, apenas as relacionadas à variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), variabilidade da pressão arterial (VPA) e disfunção endotelial foram abordadas no presente estudo. Além disso, foram também investigados os efeitos de dois tipos distintos de exercício físico, ou seja, de resistência aeróbia e de força muscular, sobre o controle autonômico da freqüência cardíaca (FC) de sujeitos saudáveis, como uma forma alternativa de terapia não-farmacológica. Participaram do presente estudo: 35 sujeitos jovens na faixa etária de 18 a 30 anos (14 homens sedentários, 5 mulheres sedentárias e 16 homens ativos) e 38 sujeitos meia-idade/idosos na faixa etária de 55 a 70 anos (16 homens sedentários, 14 mulheres sedentárias e 8 idosos ativos), os quais estão distribuídos em 3 estudos distintos. No primeiro estudo, os efeitos do envelhecimento e do estilo de vida sobre o controle autonômico da FC foram investigados em jovens e meiaidade/idosos com padrão de vida sedentário ou ativo. O sinal eletrocardiográfico foi obtido durante 15 minutos de repouso e 4 minutos de respiração controlada (5-6 ciclos/min), ambos na posição supina. A FC e os intervalos RR foram analisados no domínio do tempo e da freqüência. Adicionalmente, os índices da arritmia sinusal respiratória (ASR) também foram calculados. Os grupos ativos apresentaram menor FC e maior VFC (domínio do tempo) em relação aos grupos sedentários, enquanto que ambos os grupos idosos apresentaram menor VFC (domínio da freqüência). Além disso, foi observado interação entre idade e estilo de vida, já que a magnitude da ASR foi menor no grupo meia-idade/idoso sedentário comparativamente aos demais grupos. Os resultados indicam que a VFC reduz com o aumento da idade. Entretanto, a atividade física regular produz efeitos positivos sobre a modulação vagal cardíaca e, conseqüentemente, atenua os efeitos do envelhecimento sobre o controle autonômico da FC. No segundo estudo, foi avaliado se o treinamento de força excêntrica é capaz de modificar o controle autonômico da FC de idosos saudáveis. A VFC foi avaliada, durante o repouso supino e sentado, após
12 semanas de treinamento de força isocinética excêntrica (extensão e flexão do joelho, 2 dias/semana, 2-4 séries de 8-12 repetições, 75-80% do pico de torque). O treinamento de força foi capaz de aumentar o torque muscular e reduzir a pressão arterial (PA) sistólica de idosos saudáveis. Entretanto, o mesmo causou um desbalanço simpato-vagal, em direção a predominância simpática, o qual foi produzido por mecanismos desconhecidos. No terceiro estudo, foi avaliado se a VPA está aumentada com o avançar da idade e, ainda, se a mesma tem alguma relação com reduções na vasodilatação endotélio-dependente (VED) em sujeitos meiaidade/idosos saudáveis. A VPA intra-arterial e a VED (dilatação mediada por fluxo, DMF) da artéria braquial (i.e.,
vaso de condutância) foram avaliadas em sujeitos jovens e meia-idade/idosos de ambos os sexos. Adicionalmente, o grupo meia-idade/idoso também foi submetido à pletismografia de oclusão venosa para avaliar a função endotelial dos vasos de resistência. Os jovens apresentaram menor estresse oxidativo sistêmico, menor VPA sistólica e maior DMF, comparativamente ao grupo meia-idade/idoso. Quando esse grupo foi dividido de acordo com a VPA, observou-se DMF reduzida no grupo com alta VPA. Adicionalmente, a DMF mostrou correlação inversa com a VPA. Em relação aos vasos de resistência, o grupo com baixa VPA mostrou redução de 55% na resposta do fluxo sangüíneo quando NG-monometil-L-arginina (inibidor da produção de óxido nítrico) foi co-infudido com acetilcolina (vs 14% no grupo com alta VPA). Os resultados indicam que o envelhecimento causa redução da função endotelial e aumento da VPA. Além disso, sujeitos meia-idade/idosos com alta VPA apresentam DMF reduzida quando comparados aos seus pares com baixa VPA. Conclusão geral: os resultados obtidos nos três estudos sugerem que o envelhecimento causa redução na VFC, aumento da VPA e redução da função endotelial. Além disso, a atividade física aeróbia possui um efeito cardioprotetor, já que essa foi capaz de atenuar os efeitos do envelhecimento sobre a modulação vagal cardíaca. Entretanto, esses efeitos benéficos não foram observados com o treinamento de força excêntrica, pois 12 semanas de treinamento alteraram o balanço simpato-vagal em direção a modulação simpática. Por fim, o aumento nas oscilações da PA sistólica mostrou uma estreita relação com a vasodilatação mediada pelo óxido nítrico, a qual necessita de maiores investigações no sentido de determinar a relação de causa e efeito entre essas duas importantes variáveis