11 research outputs found
Influence of lettuce as cover crop of the soil on sprinkler irrigation uniformity and parameters of efficiency
PERFIL IMUNOHEMATOLÓGICO DE PORTADORES DE CÂNCER DE PÂNCREAS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE TRANSFUSIONAL DE SERGIPE
Objetivos: O câncer de pâncreas é uma neoplasia maligna que apresenta altos índices de mortalidade, sendo frequentemente diagnosticada em sua fase avançada devido à ausência de sintomas precoces específicos. Esta neoplasia pode abranger indivíduos de todas as idades e sexo, sendo influenciadas por diversos fatores como ambiente e imunossenescência. Diversas pesquisas tem sido feitas para detectar fatores de risco que auxiliem na identificação do prognóstico destas neoplasias, como por exemplo, o fenótipo sanguíneo. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo determinar o perfil fenotípico dos grupos sanguíneos ABO e Rh dos pacientes com câncer de pâncreas em um hospital de Sergipe. Material e métodos: Foi realizado um estudo descritivo observacional retrospectivo empregando coleta de dados de prontuários de pacientes adultos com diagnóstico câncer de pâncreas atendidos na Unidade Transfusional do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe – HU-UFS-Ebserh, no período de 2019 a 2024. Para a coleta dos dados, foi aplicado um questionário semiestruturado onde foram obtidos dados referentes a: idade, sexo, fenótipo ABO e Rh. Os dados dos controles foram obtidos de indivíduos sem histórico de neoplasias. Resultados: Foram analisados 35 prontuários, com média de idade de 55,6 anos (18 a 86), sendo 57,1% do sexo feminino. Do total dos pacientes, o grupo sanguíneo mais frequente foi o “O”com 62,9%, seguido de “A”com 22,9%, “B”com 8,5% e “AB”com 5,7%. O grupo controle sem neoplasia totalizou 5.836 indivíduos. Em comparação ao grupo controle, o grupo sanguíneo ‘’AB’’obteve maior risco de desenvolver neoplasia quando comparado aos outros grupos sanguíneos com 1,1% pacientes, seguido do ‘‘O’’com 0,7%, ‘‘B’’com 0,5% e ‘’A’’com 0,4%. Em relação ao sistema Rh antígeno D, 94,3% eram Rh positivos, e 5,7% Rh negativos. Analisando-se a combinação dos antígenos do fenótipo Rh estendido, o de maior predominância foi o “DCcee”com 17 (48,6%) indivíduos. Discussão: Os sistemas sanguíneos ABO e Rh tem sido associado ao risco de desenvolver cânceres incluindo câncer gástrico, câncer de pâncreas e câncer de colón. Observou-se que indivíduos do grupo do sanguíneo “O“apresentaram maior frequência de câncer de pâncreas quando comparado com os outros grupos sanguíneos ABO, em virtude que Sergipe tem uma predominância do grupo sanguíneo “O”em sua população. Em relação ao risco de desenvolver câncer de pâncreas, o grupo “AB'obteve um maior risco quando comparado com “A”, “B”e “O”. Estes resultados discordam de outros estudos realizados com objetivos semelhantes que demonstravam que o grupo sanguíneo “A”tinha maior risco de desenvolver câncer de pâncreas quando comparado com “B”, “AB”e “O”. Diferente do sistema ABO, os dados obtidos com o sistema Rh estão em concordância com a literatura existente, com maior predominância do fator Rh positivo em pessoas com câncer de pâncreas quando comparado com o Rh negativo, assim como o fenótipo Rh estendido “DCcee”já foi descrito em estudos com neoplasias hematológicas. Conclusão: O presente estudo sugere que indivíduos do grupo sanguíneo ”AB”, com o sistema Rh positivo e fenótipo ”DCcee”, apresentam maior incidência de câncer de pâncreas quando comparado aos outros grupos sanguíneos ABO
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE LEUCEMIAS MIELOIDES AGUDAS DE 2013 A 2020 EM SERGIPE: RESULTADOS PRELIMINARES
Objetivos: A leucemia mieloide aguda (LMA) é uma neoplasia hematológica caracterizada pela produção anormal de blastos mieloides. Apresenta rápida progressão, complexidade no tratamento e alta taxa de mortalidade. Este trabalho teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com LMA em um centro de oncologia de Sergipe, visando descrever características clínicas, classificação de risco, e tratamento. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e retrospectivo. Foi realizada uma análise documental nos prontuários e dados do Registro de Câncer de pacientes adultos com LMA no período de 2013 a 2020, no Hospital de Urgência de Sergipe. Foram avaliados os seguintes dados: idade, sexo, incluindo diagnóstico, imunofenotipagem, citogenética e tratamento. Análises estatísticas empregaram o GraphPad Prism para a curva de Kaplan-Meier para sobrevida global (SG) e a significância pelo log-rank. Resultados: Foram analisados 126 registros de pacientes LMA, dos quais 46 foram a óbito. A SG em dois anos foi analisada considerando os anos de 2014 a 2020, e o ano de 2013 foi excluído por falta de dados. No biênio 2014-15 a SG foi de 14%; nos dois biênios seguintes: 2016-17 e 2018-19, houve um aumento significativo da SG em ambas de 60% (p = 0,0366). No ano de 2020 houve redução da SG para 31%. Dos pacientes vivos, foram inicialmente analisados 21 prontuários para detalhamento dos dados. A idade variou de 21 anos a 74 anos (Md: 37), sendo 13 (61,9%) do sexo masculino. A imunofenotipagem avaliada em 16 prontuários apresentou positividade para os marcadores de linhagem mieloide: CD13, CD33, MPO e CD71; e de imaturidade celular: CD34, HLA-DR e CD117. Quatro pacientes apresentaram fenótipos aberrantes de infidelidade de linhagem: CD19, CD2, CD7 e CD56. Na análise citogenética, 13 pacientes apresentaram critérios citogenéticos favoráveis e um adverso. Em relação aos subtipos de LMA, sete eram de leucemia promielocítica aguda (LPA). O tratamento foi baseado no protocolo 7+3, que combina 7 dias de citarabina com 3 dias de uma antraciclina. O tratamento das LPAs foi mercaptopurina, metotrexato e retinóides. Discussão: De acordo com a literatura, a taxa de SG em cinco anos nos Estados Unidos foi de 28% para a década de 2010 a 2017. Neste estudo, a taxa média no quadriênio 2016-19 foi de 60%. A baixa taxa de SG no biênio 2014-15 pode estar relacionada à falta de medicamentos antineoplásicos em Sergipe naquele período, o que acabou prejudicando o tratamento. Por outro lado, o ano de 2020 foi o primeiro ano da pandemia da COVID-19, nos quais os serviços de saúde foram prejudicados pelo lockdown e pelo receio dos pacientes buscarem o tratamento. Em relação aos fenótipos aberrantes no prognóstico e sobrevida, observou-se que embora quatro deles os apresentassem, a maioria tinha critérios citogenéticos favoráveis, indicando maior influência destes últimos no prognóstico. Conclusão: Conclui-se a partir desse estudo que apesar dos problemas relatados nos anos 2014,2015 e 2020, as taxas de sobrevida global para leucemia mieloide aguda resultaram em aproximadamente 70%. Os fenótipos aberrantes não apresentaram associação com a resposta ao tratamento
PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO, IMUNOHISTOQUÍMICO E DE RESPOSTA AO TRATAMENTO DE PACIENTES COM LINFOMA DE HODGKIN
Objetivos: O linfoma de Hodgkin (LH) é uma neoplasia hematológica caracterizada pela proliferação clonal de linfócitos nos linfonodos, com a presença de células de Reed-Sternberg. A extensão e localização do tumor define o estadiamento da doença, que segue a classificação de Lugano. O trabalho teve como objetivo caracterizar o perfil clínico-epidemiológico, imunohistoquímico e de resposta ao tratamento de pacientes adultos com LH. Material e métodos: Foi realizado um estudo descritivo observacional retrospectivo, empregando coleta de dados de prontuários médicos de pacientes adultos com diagnóstico de LH entre os anos de 2006 e 2018 no Centro de Oncologia Osvaldo Leite do Hospital de Urgência de Sergipe. Em um questionário semiestruturado foram coletados dados referentes a: idade, sexo, data de nascimento, data do diagnóstico e início do tratamento, sintomas, imunohistoquímica e reposta ao tratamento. Resultados: Foram analisados 54 prontuários, dos quais foram excluídos 23 por falta de informações, restando 31 para o estudo. A média de idade foi de 30,9 anos (18-67), sendo 51,6% do sexo masculino. Os sinais e sintomas mais comuns foram linfonodomegalia (81,5%), tosse (18,5%) e perda de peso (18,5%). A imunohistoquímica apresentou positividade para Ki-67 (100%), PAX5 (100%), CD30 (93,5%), CD15 (89,2%) e CD20 (36,7%). O tempo médio entre o diagnóstico e início do tratamento foi de 40 dias (2-125). Vinte e dois (70,9%) pacientes responderam bem ao esquema terapêutico com doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina (ABVD) e continuam em remissão completa (RC) até a presente data. Nove pacientes (25,8%) foram refratários ou apresentaram remissão parcial (RP) ao ABVD, sendo submetidos a outra(s) linha(s) de tratamento e aos imunobiológicos brentuximabe e nivolumabe. Três pacientes foram submetidos ao transplante de medula óssea autólogo (TMO). Discussão: Estudos epidemiológicos demonstraram que a taxa de mortalidade por LH foi reduzida nos últimos anos devido à redução do tempo entre o diagnóstico e início do tratamento, melhoria na eficácia das técnicas diagnósticas e aprimoramento dos protocolos de tratamento. Neste estudo, apesar da média razoável, o tempo entre diagnóstico e tratamento variou bastante, em virtude de falta de medicamentos e não comparecimento dos pacientes na data estipulada, por vezes ocorrido por carência de recursos financeiros. A taxa de RC com ABVD ficou um pouco abaixo em relação aos dados da literatura (> 80%). O número de pacientes que fizeram uso dos imunobiológicos, geralmente administrados em pacientes com doença avançada, como terapia de salvamento ou antes do TMO, foi pequeno. Isso pode ser explicado pela janela temporal do estudo, visto que a aprovação dos imunobiológicos no Brasil ocorreu após o ano de 2014. Em conformidade com a literatura, o PAX-5 é o marcador imunohistoquímico mais sensível e confiável para o LH, tendo positividade de 100% nos pacientes. O CD20 pode estar relacionado à melhora ou piora do desenvolvimento clínico. No presente estudo, 75% dos pacientes CD20 positivos apresentaram um bom desfecho clínico, com RC. Conclusão: Conclui-se que o período entre a data do diagnóstico e a data do início do tratamento, bem como fatores socioeconômicos podem influenciar no prognóstico e resposta ao tratamento dos pacientes. Apesar disso, o esquema terapêutico ABVD continua tendo altas taxas de RC para o linfoma de Hodgkin
PERFIL IMUNOHEMATOLÓGICO DE PORTADORES DE NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE TRANSFUSIONAL DE SERGIPE
Objetivos: As neoplasias hematológicas compreendem um grupo heterogêneo de doenças malignas que afetam o sangue periférico e/ou a medula óssea, abrangendo diferentes idades, variações geográficas, diversidade genética e molecular. Estudos sugerem que estas neoplasias podem ser influenciadas por diversos fatores como idade, ambiente, imunossenescência, e possivelmente a distribuição dos fenótipos sanguíneos. Com isso, o trabalho teve como objetivo determinar a distribuição dos fenótipos dos grupos sanguíneos ABO, Rh e Kell dos pacientes com neoplasias hematológicas em um hospital de Sergipe. Material e métodos: Foi realizado um estudo descritivo, observacional e retrospectivo, empregando coleta de dados de prontuários médicos de pacientes adultos com diagnóstico neoplasias hematológicas, atendidos na Unidade Transfusional do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe – HU-UFS-Ebserh, no período de 2019 a 2024. Para a coleta dos dados, foi aplicado um questionário semiestruturado onde foram obtidos dados referentes a: idade, sexo, data de nascimento, fenótipo ABO e Rh. Os dados dos controles foram obtidos de indivíduos sem histórico de neoplasia. Resultados: Foram analisados 78 prontuários, dos quais 23 foram excluídos por falta de informações, restando 55 pacientes para o estudo. A média de idade dos pacientes foram 58,9 (variando de 21 a 88), sendo 54,5% do sexo masculino e 45,5% do sexo feminino. Do total de pacientes, 19 (34,5%) tinham o diagnóstico de leucemias, 17 (30,9%) de mieloma, 12 (21,8%) de linfoma e 7 (12,8%) de SMD. O grupo sanguíneo predominante foi “O”com 49%, seguido do “A”com 44%, “B”com 7% e “AB”com 0%. O grupo controle sem neoplasia totalizou 5.836 indivíduos. Em comparação ao grupo controle, o grupo sanguíneo ‘’A’’obteve maior risco de desenvolver neoplasia quando comparado aos outros grupos sanguíneos, com 11,8% pacientes, seguido do ‘’O’’, com 8,6%, o ‘’B’’, com 0,7% e ‘’AB’’, com 0,0%. Em relação ao sistema Rh, pôde-se constatar que 44 pacientes possuem Rh positivo (75,0%) e 11 pacientes possuem Rh negativo (25,0%), o fenótipo ‘’DCcee’’apresentou maior frequência, sendo encontrado em 16 (29,0%) pacientes. Discussão: Dados da literatura são semelhantes em relação ao risco associado aos sistemas ABO/Rh e neoplasias hematológicas. Um estudo que avaliou as neoplasias hematológicas demostrou que o risco foi maior no grupo “A”quando comparados com o “B”, “O”e “AB”. No presente trabalho, observou-se um maior risco em pacientes do grupo sanguíneo ‘’A’’. Em relação ao sistema Rh, foi observada maior incidência do Rh positivo, corroborando com as evidências científicas em outros estudos de objetivos similar na literatura. assim como o fenótipo Rh estendido “DCcee”já foi descrito em estudos com neoplasias hematológicas. Conclusão: O presente estudo sugere que indivíduos do grupo sanguíneo ”A’, com o sistema Rh positivo e Rh e o fenótipo ”DCcee”, apresentam maior incidência de neoplasias hematológicas quando comparado aos outros grupos sanguíneos ABO
Causas externas relacionadas à alcoolemia registradas pelo Instituto Médico Legal no município do Rio de Janeiro
Kinetic and Thermodynamic Study of 2-Ethylhexyl Oleate Synthesis Catalyzed by Candida antarctica Lipase Immobilized on a Magnetic Hybrid Support
Difteria pelo Corynebacterium ulcerans: uma zoonose emergente no Brasil e no mundo
O artigo revisa a literatura sobre a emergência de infecções humanas causadas por Corynebacterium ulcerans em diversos países, incluindo o Brasil. Foi realizada análise de artigos publicados entre 1926 e 2011 nas bases Medline/PubMed e SciELO, bem como artigos e informes do Ministério da Saúde. Apresenta-se um esquema de triagem, rápido, econômico e de fácil execução, capaz de permitir a realização do diagnóstico presuntivo de C. ulcerans e C. diphtheriae na maioria dos laboratórios brasileiros públicos e privados. A circulação de C. ulcerans em vários países, aliada aos recentes casos de isolamento do patógeno no Rio de Janeiro, é um alerta a clínicos, veterinários e microbiologistas sobre a ocorrência de difteria zoonótica e a circulação do C. ulcerans em regiões urbanas e rurais do território nacional e/ou da América Latina
