19 research outputs found

    Seminarios abiertos sobre la palabra: entre la literatura y la política

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    Este proyecto de extensión consiste en la realización de seminarios abiertos a la comunidad para reflexionar sobre y a partir de la palabra: entre la literatura, la verdad y la política. Tales actividades serán realizadas en diferentes puntos de la región fronteriza a través del contacto con las diversas universidades y los movimientos sociales que estén interesados en el intercambio. Esta propuesta surge de la necesidad de generar mayores vínculos con diferentes organizaciones de la triple frontera, así como buscar otras formas de esparcir la producción intelectual y académica, en torno a los ejes propuestos, que generalmente presenta dificultades para ir más allá de la institución universitaria. De esta forma se pretende que los seminarios puedan contribuir al desarrollo de una visión crítica sobre la realidad contingente de cada grupo en específico que quiera participar. Además, los seminarios abiertos contribuirán a la formación pedagógica del seminarista, ubicándolo desde un rol docente, donde deberá de preparar cada taller en dependencia de cada grupo y deberá impartir cada exposición en un lenguaje adecuado al público objetivo. En este sentido, el presente proyecto, engloba a su vez una rigurosa labor de investigación, tanto del material teórico como de las diferentes organizaciones, que contribuirán a la producción intelectual, humana y social de la Universidad

    Histórias em trânsito de um passado insepulto – memórias da ditadura argentina em três romances brasileiros contemporâneos

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    IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016Passadas cerca de três décadas do início do processo de redemocratização na Argentina e no Brasil, sabese que os caminhos pelos quais foram trilhadas as tentativas de reparação e as políticas da memória sobre o período ditatorial em cada um desses países é bastante distinta. Se, no Brasil, aparentemente nos deparamos com uma série de bloqueios ao estabelecimento de uma cultura da memória (SELIGMANNSILVA, 2014), na Argentina, por sua vez, houve um esforço coletivo e de múltiplas vozes para a elaboração do passado recente por meio de diferentes operações e práticas de reparação. Não obstante o recorte nacional ou comparativo que se pode imprimir na investigação sobre estes caminhos distintos, e sobre o papel que a literatura assume em ambos os processos, interessame investigar uma memória em trânsito, mobilizada na conexão das histórias recentes dos dois países, entre cidades de ambos os lados da porosa fronteira e no cruzamento, ou no intervalo, entre dois idiomas. Este trabalho propõe assim a leitura de três romances publicados no Brasil recentemente, e com apenas pequeno intervalo entre si, cujos argumentos se desenvolvem neste trânsito, em fragmentos de relato, buscas fracassadas, vagas recordações: Mar azul, de Paloma Vidal (2012), Pessoas que passam pelos sonhos, de Cadão Volpato (2013) e A resistência, de Julián Fuks (2015)UNILA­-UNIOEST

    Fronteiras e esquecimento: Noite dentro da noite, de Joca Reiners Terron

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    Part of contemporary Brazilian literature shows a vigorous effort in the fight against forgetfulness about the period of the civil-military dictatorship lived between 1964 and 1985. Among this production are the works of a new generation of writers who deal with the remains of the past, often from autobiographical record, from points of view permeated by distance, and the perspective of children. In some of these accounts, the presence of traveling characters, deterritorialized and moving between borders and languages, seems to suggest that the work of memory is built from walking and detours that often evade the limits imposed by barriers of identity and nationality. It is from this perception and from a reflection on the conflicts around the memories of the last cycle of dictatorships in the Southern Cone that I propose a reading of Noite dentro da noite (2017a), by Joca Reiners Terron. Presented as an autobiography, the novel is narrated by the character Curt Meyer-Clason, the well-known translator of Guimarães Rosa into German. It is this mysterious narrator who slowly links the childhood of the amnesic protagonist to the recent past of Brazil and Paraguay, both under dictatorship. Such a reading is inevitably cut through by the current context of fragmenting the contemporary democratic horizon.Parte de la literatura brasileña contemporánea muestra un vigoroso esfuerzo en la lucha contra el olvido sobre el período de la dictadura cívico-militar vivido entre 1964 y 1985. Entre esta producción se encuentran las obras de una nueva generación de escritores que se ocupan de los restos del pasado, a menudo del registro autobiográfico, de las miradas impregnadas de distancia y de la perspectiva de los niños. En algunos de estos relatos, la presencia de personajes viajeros, desterritorializados y que se desplazan entre fronteras e idiomas, parece sugerir que la obra de la memoria se construye a partir del caminar y de los desvíos que a menudo evaden los límites impuestos por las barreras de la identidad y la nacionalidad. Es a partir de esta percepción y de una reflexión sobre los conflictos en torno a los recuerdos del último ciclo de dictaduras en el Cono Sur que propongo la lectura de Noite dentro da noite (2017a), de Joca Reiners Terron. Presentada como una autobiografía, la novela es narrada por el personaje Curt Meyer-Clason, el conocido traductor de Guimarães Rosa al alemán. Es este misterioso narrador quien vincula lentamente la infancia del protagonista amnésico con el pasado reciente de Brasil y Paraguay bajo dictaduras. Esta propuesta de lectura está atravesada inevitablemente por el contexto actual de fragmentación del horizonte democrático contemporáneo.Parte da literatura brasileira contemporânea evidencia um vigoroso esforço na luta contra o esquecimento sobre o período da ditadura civil-militar vivida entre os anos 1964 e 1985. Entre tal produção, encontram-se os trabalhos de uma nova geração de escritores que lidam com os restos do passado a partir, muitas vezes, do registro autobiográfico, de olhares permeados pela distância e pela perspectiva infantil. Em alguns desses relatos, a presença de personagens viajantes, desterritorializados, e deslocando-se entre fronteiras e idiomas parecem sugerir que o trabalho da memória se aprofunda a partir do trânsito, do caminhar e de desvios que frequentemente eludem os limites impostos por barreiras identitárias e de nacionalidade. É a partir dessa percepção e de uma reflexão sobre os conflitos em torno das memórias do último ciclo de ditaduras do Cone Sul que proponho a leitura de Noite dentro da noite (2017a), de Joca Reiners Terron. Apresentado como uma autobiografia, o romance é narrado pelo personagem Curt Meyer-Clason, o conhecido tradutor de Guimarães Rosa para o alemão. É esse narrador misterioso que lentamente enlaça a infância do protagonista amnésico ao passado recente do Brasil e do Paraguai sob ditaduras. Tal proposta de leitura é inevitavelmente atravessada pelo atual contexto de esgarçamento do horizonte democrático contemporâneo

    O ESCRITOR, O ANTROPÓLOGO E O SOBRINHO DA ONÇA

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    O escritor argentino Juan José Saer (1937-2005) desenvolveu em alguns de seus ensaios críticos a ideia de que a Literatura seria uma antropologia especulativa. Proponho neste artigo investigar essa imagem mais a fundo, entendendo-a de certo modo literalmente e deixando os termos do campo discursivo antropológico ressoarem sobre a poética saeriana, tanto em seu entendimento sobre a linguagem como em algumas das imagens trabalhadas em sua ficção. Desenvolvo ainda essa leitura experimentando a sobreposição de olhares de uma antropologia que se nutre da literatura e de uma literatura que se vê como antropologia, por meio do cruzamento dos textos do escritor, Saer, e do antropólogo, Eduardo Viveiros de Castro, na condição de leitores de um mesmo conto de Guimarães Rosa

    Memórias em trânsito - as ditaduras brasileira e argentina em três romances brasileiros contemporâneos

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    Mediante a vigorosa máquina de silêncio que se impôs até recentemente no Brasil a respeito da última ditadura, tornou-se recorrente pensar nossos processos de memória analisando-os em comparação aos demais países do Cone Sul. Entre a análise do conjunto da região e a singularidade nacional, o processo brasileiro revela-se frequentemente “por subtração”, a partir do que não foi feito em relação aos vizinhos, sobretudo em relação à Argentina. À luz da política revisionista e autoritária do atual governo, este artigo se propõe a especular sobre os desdobramentos de nossos processos bloqueados de memória e como tais bloqueios podem ser enfrentados por uma memória em trânsito, mobilizada literariamente na conexão das histórias recentes do Brasil e da Argentina, a partir da leitura de três romances brasileiros publicados recentemente: Pessoas que passam pelos sonhos, de Cadão Volpato (2013), A resistência, de Julián Fuks (2015) e Mar azul, de Paloma Vidal (2012)

    Disputas pela memória no ensaio argentino – o incômodo “Invierno”, de Juan José Saer

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    Publicado originalmente em 1991, El río sin orillas, do escritor argentino Juan José Saer (1937-2005), configura-se como uma obra bastante singular dentre a vasta produção do autor: ainda que admita não se tratar de obra “voluntariamente ficcional”, Saer recusa reiteradamente reconhecê-lo como ensaio, preferindo antes a denominação esquiva de “tratado imaginário” e descrevendo-o como um “híbrido sem gênero definido”. No presente artigo, propõe-se a análise do polêmico e incômodo capítulo “Invierno”, de El río sin orillas, no qual se acentuará uma linha bastante pronunciada que distanciará a voz do ensaísta da voz do escritor de ficções. Em “Invierno”, a história da formação da sociedade argentina, bem como a história recente do país são revistas a partir de um posicionamento específico, pelo qual o autor se insere polemicamente no campo político argentino, inclusive às custas da verve literária do texto que predomina no restante do livro. A leitura de “Invierno” será contrastada com alguns relatos ficcionais de Saer, de modo a evidenciar-se a diferença de tratamentos do topos da violência e da política na ficção e no ensaio. Espera-se, por um lado, que este trabalho permita uma aproximação crítica a questões nucleares do projeto estético saeriano, mas também, e por outro lado, que torne possível uma reflexão mais ampla acerca das tensões envolvidas nas disputas pela memória do passado recente argentino e da forma como o ensaio é convocado a participar desse conflito

    A última névoa e A amortalhada

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    Direito à poesia: círculos de leitura com pessoas em situação de privação de liberdade em Foz do Iguaçu

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    A presente proposta é inspirada em uma experiência de extensão universitária que vem sendo desenvolvida há três anos em duas unidades prisionais de Foz do Iguaçu, o CRESF (Centro de Reintegração Social Feminino) e a PEF 2 (Penitenciária Estadual 2), ambas no bairro de Três Fronteiras. A atividade fundamental do projeto é a realização de Rodas de Leitura e Oficinas de Escrita com mulheres e homens privados de liberdade no interior destes estabelecimentos. O objetivo mais geral deste texto é compartilhar introdutoriamente uma das referenciais teóricas no campo da mediação de leitura que têm orientado a prática do grupo e compartilhar alguns dos resultados do trabalho, tendo como foco o CRESF. Vale dizer ainda que esta experiência tem contribuído de forma importante para a formação e reflexão das estudantes e dos docentes no sentido de aprofundamento no debate e nas práticas da mediação cultural e na mediação de leitura. Espera-se que este texto possa ser um espaço de troca de ideias e/ou de motivação a outros projetos que promovam a circulação da palavra poética e do livro em diferentes contextos

    Direito à poesía : creando aberturas en la universidad, la cárcel y la literatura

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    En este trabajo reflexionamos sobre lo que puede resultar de la aproximación de tres instituciones, en principio, muy distantes entre sí: la universidad, la cárcel y la literatura. La reflexión parte de nuestra experiencia en "Direito à Poesia - círculos de leitura e escrita com pessoas em privação de liberdade", un proyecto de extensión universitaria que, desde 2015, realizan profesores y estudiantes de la UNILA, junto con internos del sistema penitenciario de la ciudad de Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil). A partir de "Direito à Poesia" y del diálogo con proyectos que nos han inspirado, argumentamos que, así como la universidad ha sido y debe ser un espacio para pensar críticamente la cárcel, la cárcel debe ser reconocida como un espacio importante para pensar de forma crítica la universidad, al igual que esa otra institución que también se ha ocupado de ella: la literatura.Through this work we reflect on the results that might be found from the approach of three institutions, which are in principle very distant from each other: the university, the prison and the literature. This reflection comes from our experience in UNILA extension project "Direito à Poesia", which has been carried out since 2015 by the university professors and students, along with inmates of the penitentiary system of the city of Foz do Iguaçu city (Paraná, Brazil). Based on "Direito à Poesia" and on the dialogical approach to projects that have inspired us, we argue that just as the university should be and has been a space to think critically about the prison, the prison itself should be recognized as an important space to think critically about the university, and as such should be the treatment of this other institution which has also dealt with the prison: literature

    Direito à poesia: círculos de leitura com pessoas em situação de privação de liberdade em Foz do Iguaçu e região

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    Este projeto desdobrou-se da experiência de extensão universitária que vem sendo desenvolvida há três anos em duas unidades prisionais de Foz do Iguaçu, o CRESF (Centro de Reintegração Social Feminino) e a PEF 2 (Penitenciária Estadual 2), ambas no bairro de Três Fronteiras. Pretendia-se imprimir a essa experiência já em andamento um desdobramento no presídio feminino de Ciudad del Leste. Em virtude de barreiras institucionais para a concretização deste objetivo, este projeto incorpourou-se às atividades da PEF 2. A atividade fundamental do projeto é a realização de Rodas de Leitura e Oficinas de Escrita com mulheres e homens privados de liberdade no interior das prisões. O objetivo mais geral deste texto é compartilhar introdutoriamente algumas das reflexões teóricas no campo da mediação de leitura que têm orientado a prática do grupo, além de compartilhar alguns dos resultados do trabalho na PEF
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