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    Representações sociais da velhice entre idosos que participam de grupos de convivência

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    O número de idosos brasileiros corresponde a 9,6% da população total, o que equivale a mais de 15 milhões de idosos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -PNAD (2003). Tendo como pressuposto tais dados oficiais, este trabalho objetiva identificar as representações sociais da velhice entre idosos de grupos de convivência (GC). Participaram 100 idosos, de ambos os sexos (90% feminina e 10% masculina), com média de idade de 65 anos, de dois GC - Juventude Prateada e Renascer, localizados na cidade de João Pessoa-PB. Utilizou-se o Teste de Associação Livre de Palavras, com os estímulos: velhice-grupos da terceira idade-família, realizadas em situação coletiva e de forma individual. Posteriormente, foi processado no software Tri-Deux-Mots, através de análise fatorial de correspondência. Verificaram-se, predominantemente, não só as representações negativas acerca da velhice como também uma associação entre velhice-doença. Concluiu-se pela importância dos grupos de convivência, nos quais as práticas sociais desenvolvidas contribuem para que os idosos exerçam seu papel de cidadãos

    ENTEROCOLITE NECROSANTE EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS: UMA SÉRIE DE CASOS

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    A Enterocolite Necrosante (EN) é uma doença gastrointestinal multifatorial enquadrada como sepse tardia e pode acometer os neonatos. É considerada uma causa relevante de morbimortalidade em prematuros, estando presente de forma significativa nas internações em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Essa patologia tem como fatores de risco a Idade Gestacional (IG), que é inversamente proporcional à incidência, o baixo peso ao nascer, alterações locais e sistêmicas de fluxo sanguíneo, tipo e progressão de dieta, entre outros. Assim, é necessário compreender as características dos casos ocorridos, especialmente em surtos, para que sejam tomadas as devidas providências de prevenção e controle. Isso posto, relatamos a ocorrência de um surto de EN na UTIN no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Trata-se de estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, cujos dados foram obtidos da Comissão de Controle de Infecções relacionadas à Assistência (CCIRAS) do Hospital e da UTIN. Foram notificados, entre dezembro de 2022 e junho de 2023, nove casos de EN, dos quais sete foram prematuros de IG variando entre 27,4 e 36,7 semanas e peso ao nascer entre 615 e 4050g. Ademais, quatro dos pacientes são gemelares, cuja IG varia entre 27,4 e 30 semanas, e predominantemente classificados com extremo baixo peso ao nascer. O desfecho de óbito ocorreu em cinco prematuros com idade gestacional igual ou menor a 30 semanas, de extremo baixo peso ao nascer ou muito baixo peso ao nascer, sendo apenas um deles relacionado a outras causas diferentes da EN. Dentre os óbitos, também foi notado o quadro de sepse ou infecção pré-diagnóstico de EN em 80% dos casos. A prematuridade com baixa IG e baixo peso ao nascer se revelaram como os fatores de risco preponderantes associados aos quadros de EN, especialmente naqueles associados a sepse. Outros fatores, como uso de fórmula artificial ou cirurgia abdominal não se mostraram tão importantes para um desfecho negativo nos casos analisados. A gemelaridade, apesar de não ser um fator de risco, está relacionada ao parto prematuro, o que pode indicar a relação com o alto número de casos de EN em gêmeos. A análise dos dados e o diagrama de Ishikawa sobre o surto possibilitaram um plano de ação para prevenção de novos casos, intervenção via visitas técnicas e educação permanente para os profissionais da UTIN, objetivando prevenir a sepse neonatal anterior à EN, intervindo no principal fator de risco prevenível

    ADESÃO A PRÁTICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PELOS PROFISSIONAIS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

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    Introdução/Objetivo: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) seguem sendo um problema de saúde pública, associado a desfechos negativos aos pacientes acometidos. O aumento no tempo de internação, na mortalidade e o impacto financeiro são consequências relacionadas às IRAS. A higienização das mãos, considerada a primeira barreira contra essas infecções, precisa ter uma maior atenção dos profissionais de saúde, pois as dificuldades encontradas para a implementação desta prática são inúmeras, como resistência por parte dos profissionais, falta de dispensadores de álcool, número adequado de lavatórios, entre outros. Este trabalho objetiva identificar a adesão a prática de higienização das mãos pelos profissionais de saúde que trabalham em unidades de terapia intensiva de um hospital universitário em Pernambuco no ano de 2021. Metodologia: Estudo transversal, retrospectivo e quantitativo. Os dados foram originados das fichas de monitoramento de higienização das mãos da Comissão de Controle de Infecção Relacionadas à Assistência à Saúde (CCIRAS) da instituição, referentes aos meses de janeiro à dezembro de 2021. Os momentos de higienização das mãos analisados foram: antes do contato com um paciente; antes da realização de procedimentos assépticos; após o contato com um paciente; após o risco de exposição a fluidos corporais; e após o contato com áreas próximas ao paciente. Resultados: Foi possível observar 1.092 oportunidades de higienização das mãos durante o ano de 2021. A taxa de adesão ao protocolo foi de 74%, tendo uma variação entre 60% e 86% entre as taxas mensais. Com relação aos 5 momentos, o “após o contato com o paciente” foi o que obteve o maior percentual de adesão, sendo de 82%. O menor foi o momento “Antes do contanto com o paciente” com 55%. Isso pode demonstrar a preocupação do profissional em si proteger, realizando a higienização das mãos. Em contrapartida, o paciente, foco da assistência à saúde, possivelmente foi mais exposto ao risco, tendo em vista um percentual muito menor de adesão. Esses resultados são semelhantes aos estudos nacionais e internacionais, tendo importante foco de atenção da Organização Mundial de Saúde, principalmente após a pandemia da COVID-19. Conclusão: Faz-se necessário a intensificação de treinamentos e campanhas sobre a importância da prática de higienização entre profissionais, pacientes e familiares, com o objetivo de assegurar ainda mais a assistência e promover a qualidade do serviço prestado

    IMPACTO NA DENSIDADE DE INCIDÊNCIA DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM RECÉM-NASCIDOS NA FAIXA DE PESO DE 750g APÓS IMPLANTAÇÃO DOS BUNDLES DE PREVENÇÃO EM UMA UTI NEONATAL

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    Introdução/Objetivo: O peso ao nascer é um indicador de suma importância para a qualidade de vida de recém-nascidos. Dessa forma, os neonatos com faixa de peso <750g são classificados como extremo baixo peso pela Organização Mundial da Saúde e consequentemente mais vulneráveis a Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), como a Pneumonia Associada à Ventilação (PAV), e aumento de morbimortalidade. uma vez que devido à sua prematuridade necessitam de ventilação mecânica e internamento em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Diante disso, é extremamente importante que a equipe multidisciplinar preste uma assistência baseada em evidências e de qualidade, com adesão aos pacotes de medidas para a redução de IRAS. Esse estudo tem como objetivo avaliar a redução da densidade de incidência de PAV em recém-nascidos com <750g da UTIN do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Método: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, realizado em uma UTIN de 2018 a 2022, cujos dados foram obtidos da Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência (CCIRAS) do Hospital. Resultados: Até junho de 2021 não havia bundle de prevenção de PAV na UTIN e a partir de julho de 2021 foi implantado este pacote de medidas contendo: adesão à higiene das mãos, higiene oral a cada 6h, manutenção de decúbito a 30°, avaliação diária da possibilidade de extubação e troca diária do látex de aspiração. Foram realizados treinamentos com a equipe quanto a estas medidas, instituída vigilância prospectiva in locu e retrospectiva, a partir do prontuário eletrônico, verificado as conformidades de cada item do pacote e avaliada a taxa de adesão ao pacote completo. Os indicadores de Densidade de Incidência (DI) de PAV e adesão às medidas de prevenção foram apresentados para equipe multidisciplinar mensalmente. Após a inclusão do pacote de medidas houve uma redução na densidade de incidência de 40%, sendo 13,5 em 2021 e 8,2 em 2022 após adesão. Conclusão: Diversos estudos mostram redução nos indicadores de PAV com a implantação de medidas de prevenção. Embora existam ações simples e capazes de reduzir PAV em UTIs neonatais, é necessário que haja aceitação ao conjunto de medidas de forma vitalícia. Nesse contexto, é fundamental apoio da gestão para manutenção de insumos, envolvimento da equipe multidisciplinar, vigilância ativa e contínua e divulgação de dados como estímulo aos profissionais envolvidos na assistência

    PREVALÊNCIA DA COLONIZAÇÃO OU INFECÇÃO POR ENTEROCOCCUS SPP RESISTENTES À VANCOMICINA DE PACIENTES INTERNADOS EM HOSPITAL TERCIÁRIO NO RECIFE-PE

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    Introdução/objetivo: Atualmente, as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) correspondem às principais causas de morte primária que poderiam ser prevenidas, representando um dos mais importantes problemas de saúde pública, econômica e social. Um importante agente etiológico relacionado às IRAS são bactérias do gênero Enterococcus, principalmente os Enterococcus faecium e Enterococcus faecalis. São bactérias gram-positivas, normalmente encontradas no intestino e no trato genital feminino, capazes de sobreviver com facilidade em ambiente hospitalar. O objetivo desse trabalho foi relatar a frequência de colonização por Enterococcus spp. Resistentes à Vancomicina (VRE) em pacientes internados em hospital terciário no Recife-PE. Métodos: Trata-se de um estudo transversal para a avaliação da frequência de pacientes colonizados ou infectados por VRE, através de uma análise dos dados clínicos e laboratoriais fornecidos pelo Serviço de Arquivamento Médico (SAME-UFPE), interligado à Comissão de Controle de IRAS (CCIRAS), do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE/Ebserh) no período de janeiro a junho de 2023. Foram avaliados resultados de culturas microbianas para diagnóstico de infecções e swabs de vigilância. Resultados: No período de janeiro a junho de 2023, cento e quarenta e quatro pacientes foram submetidos à precauções de contato por apresentarem colonização ou infecção por microrganismos Multidrogarresistentes (MDR). Vinte e sete pacientes albergavam VRE (18,8%), dos quais 26 encontravam-se colonizados (swabs de vigilância com crescimento de VRE) e apenas uma hemocultura foi positiva para Enterococcus faecium resistente à vancomicina. A maioria dos pacientes eram do sexo masculino (n=15, 56%) e estavam internados nas enfermarias de clínica médica (n=08, 29,6%) e de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) (n=05, 18,5%). Dois pacientes apresentaram co-infecções com outras bactérias multidrogarresistentes, a Klebsiella pneumoniae (produtora de KPC) e a Elizabethkingea meningoseptica (produtora de classe B- metalobetalactamase). Conclusão: Demonstrou-se uma alta frequência de VRE entre os pacientes submetidos à precaução de contato por microrganismos MDR. Além disso, cerca de 50% dos casos foram detectados em duas enfermarias de alta rotatividade do hospital avaliado. Dessa forma, salienta-se a importância na permanente atenção quanto às medidas de prevenção contra disseminação intra-hospitalar de microrganismos

    Characterisation of microbial attack on archaeological bone

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    As part of an EU funded project to investigate the factors influencing bone preservation in the archaeological record, more than 250 bones from 41 archaeological sites in five countries spanning four climatic regions were studied for diagenetic alteration. Sites were selected to cover a range of environmental conditions and archaeological contexts. Microscopic and physical (mercury intrusion porosimetry) analyses of these bones revealed that the majority (68%) had suffered microbial attack. Furthermore, significant differences were found between animal and human bone in both the state of preservation and the type of microbial attack present. These differences in preservation might result from differences in early taphonomy of the bones. © 2003 Elsevier Science Ltd. All rights reserved
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