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Avaliação do grau de exposição de seres humanos da Sub-Região da Cova da Beira ao Agente Zoonótico Leishmania infantum
leishmaniose é uma doença infeciosa causada por protozoários do género Leishmania. Aproximadamente 20 espécies apresentam caráter zoonótico, sendo a transmissão efetuada sobretudo pela picada de insetos flebotomíneos hematófagos, que funcionam como vetores. A bacia do Mediterrâneo é endémica para a espécie L.infantum, responsável por uma das formas mais graves da doença: a leishmaniose visceral. O cão é o principal hospedeiro comprovado. Apesar de endémica no nosso país, é ainda bastante negligenciada e subnotificada. Devido aos escassos dados epidemiológicos relativos a Portugal, mais concretamente à sub-região da Cova da Beira, este estudo tem como principal objetivo avaliar o grau de exposição da população desta região ao agente zoonótico L.infantum.
Foi feito o aproveitamento de amostras de sangue e de soro de 229 participantes voluntários no Centro Hospitalar Cova da Beira, para posterior realização do teste de reação em cadeia de polimerase e teste de aglutinação direta, respetivamente. Para cada par de amostras foi também recolhida informação anónima respeitante ao sexo do dador, idade, local de residência e também à posse e/ou contacto com cães e gatos. Os resultados obtidos em ambos os testes foram negativos, não tendo sido detetado nenhum caso de infeção ativa ou sinal de contacto prévio com o parasita.
A melhoria das condições de habitação, saneamento, higiene, alimentação e saúde poderão ter um importante papel na capacidade dos hospedeiros em combater a infeção eficazmente. Por outro lado, a melhoria do tratamento e controlo dos doentes com HIV (grupo de maior suscetibilidade para a doença) pode estar também associada a uma queda na incidência da infeção neste grupo, tal como já se vem a verificar noutros países europeus. Por último, o maior controlo da infeção nos animais domésticos por parte da comunidade veterinária poderá estar a influenciar positivamente o bloqueio da dispersão desta endemia. Em suma, apesar de não ser possível extrapolar conclusões com base nesta amostra, este estudo não corrobora a hipótese de que a sub-região da Cova da Beira seja endémica para a L.infantum.Leishmaniasis is an infectious disease caused by protozoa of the genus Leishmania. Approximately 20 of these species are zoonotic, transmission occurring mainly by hematophagous sandflies insect bite, which function as vector. The Mediterranean basin is endemic to L.infantum species, responsible for one of the most severe forms of the disease: visceral leishmaniasis. The dog is the main proven host. Although endemic in our country, human leishmaniasis is still somewhat neglected and underreported. There are few epidemiological data about human population of Portugal, specifically the Cova da Beira region. So, this study aims to evaluate the exposure degree to zoonotic agent L.infantum in the population of this region.
Samples of blood and serum of 229 volunteers were collected, at Centro Hospitalar Cova da Beira, for later execution of polymerase chain reaction test and direct agglutination test, respectively. For each pair of samples was also collected anonymous information concerning the sex, age, place of residence of the donor and the possession and/or contact with dogs and cats. The results obtained in both tests were negative and was not detected any case of active infection or any sign of previous contact with L.infantum.
The improvement of housing conditions, sanitation, hygiene, nutrition and health state may play an important role in the ability of human hosts to effectively fight the infection. Furthermore, the improved treatment and monitoring of patients with HIV infection (group with an increased susceptibility to the development of visceral leishmaniasis) may also be associated with a decrease in the incidence of infection in this group, as already happened previously in other European countries. Finally, a greater control of the infection in domestic animals by the veterinary community may have positively influenced the blocking of this endemic dispersion. In short, although no conclusions can be extrapolated based on this sample, this study suggests the hypothesis that L.infantum infection is not endemic in the human population of Cova da Beira region
Characterisation of microbial attack on archaeological bone
As part of an EU funded project to investigate the factors influencing bone preservation in the archaeological record, more than 250 bones from 41 archaeological sites in five countries spanning four climatic regions were studied for diagenetic alteration. Sites were selected to cover a range of environmental conditions and archaeological contexts. Microscopic and physical (mercury intrusion porosimetry) analyses of these bones revealed that the majority (68%) had suffered microbial attack. Furthermore, significant differences were found between animal and human bone in both the state of preservation and the type of microbial attack present. These differences in preservation might result from differences in early taphonomy of the bones. © 2003 Elsevier Science Ltd. All rights reserved