17 research outputs found

    Política de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Segurança Pública

    Get PDF
    O objetivo deste trabalho é apresentar um pequeno balanço das iniciativas recentes do governo brasileiro de apoioao desenvolvimento industrial, científico e tecnológico no campo da segurança pública. É notório que essa área ganhouvisibilidade nos anos mais recentes, sendo que as ações conduzidas pelo Ministério da Justiça contribuíram de modo decisivopara tanto. Essa maior exposição, contudo, não permitiu ou não foi suficiente para que o tema da segurança passasse aorbitar efetivamente entre as áreas focais das políticas de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) do governo federal. Todavia, odado positivo é que há condições para uma atuação mais incisiva nessa direção, uma vez que a preocupação com a políticaindustrial, articulada com a de ciência e tecnologia, tem lugar na agenda do governo, assim como tem espaço garantido oproblema com as questões da segurança públic

    Políticas de inovação em nova chave

    Get PDF
    A crise que corrói o Brasil dificulta a retomada do crescimento e a elevação do patamar de competitividade da economia. A situação se torna mais grave quando confrontada com o avanço tecnológico que toma corpo nos países avançados e em desenvolvimento e que prenunciam mudanças profundas nas economias e na organização da sociedade. É urgente que o Brasil tenha condições básicas para não se distanciar ainda mais desse novo ciclo tecnológico. Este artigo, com base na experiência internacional, defende que, paradoxalmente, nos momentos de crise é que os países e empresas mais precisam aumentar seu investimento em inovação. Mais ainda, sugere que o Estado precisa se articular com a iniciativa privada, de modo a formar uma coalização entre empresas, universidades e governo, para enfrentar os desafios tecnológicos que sacodem as economias pelo mundo afora. Essas novas tendências, ainda inacessíveis à maior parte dos países emergentes, apontam para a formação de uma nova economia, articulada em torno de três grandes pilares: digitalização, integração e automação. É urgente a definição de estratégias de longa duração para que o país recupere protagonismo internacional e se destaque por sua inteligência e capacidade de fazer CT&I de alta qualidade.The current Brazilian crisis undermines the country’s economic recovery and its efforts to increase competitiveness. When confronted with technologies that are bringing about deep changes in the economy and in the organization of societies, the Brazilian situation seems to be even more disadvantageous. Brazil must urgently reduce the gap between its own technological capabilities and that of advanced countries. This article draws upon international experience and argues that, precisely in moments of crisis, countries and companies need to increase investment in innovation. Moreover, it suggests that the State must articulate with the private sector to form a coalition between enterprises, universities and government to face the technological challenges that are shaking economies around the world. These new trends, still inaccessible to most emerging countries, point to the formation of a new economy, based on three main pillars: digitization, integration and automation. Brazil must urgently define long-term strategies that push the country forward to regain international prominence and stand out for its intelligence and high quality science, technology and innovation

    Made in China 2025 e Industrie 4.0: a difícil transição chinesa do catching up à economia puxada pela inovação

    Get PDF
    Este artigo estabelece uma comparação entre os principais planos executados pelo governo chinês para elevar o patamar tecnológico de sua economia e a plataforma Industrie 4.0, patrocinada pelo governo da Alemanha. Referência mundial para países avançados e emergentes, a plataforma Industrie 4.0 prenunciou profundas transformações no universo da manufatura com impactos em todas as sociedades. Os autores indicam que na arena tecnológica, apesar de avanços enormes, a China ainda não alcançou os padrões da Alemanha e de países como os Estados Unidos e o Japão. A efetivação dos ambiciosos planos chineses, em especial do Made in China 2025, tem pela frente desafios institucionais e tecnológicos significativos, como a incerteza estrutural que permeia a economia e as preferências oficiais pelas empresas públicas e grandes corporações privadas, derivadas do estilo top down de decisão que marca a atuação do Estado chinês. Os autores argumentam que a continuidade da progressão chinesa para além do catching up depende de suacapacidade de combinar a busca de tecnologias de ruptura com a construção de um ambiente mais flexível, capaz de difundir a inovação e manter o upgrading constante da capacidade endógena de desenvolvimento de CT&I.This article compares the main programs implemented by the Chinese government to raise the technology level of its economy and the platform Industrie 4.0, sponsored by the German government. World reference for advanced and emerging countries, the platform Industrie 4.0 is causing profound transformations in the manufacturing universe with impacts across society. The authors argue that China has not yet reached the standards of Germany and countries such as the United States and Japan in the arena of advanced manufacturing technologies. The implementation of ambitious Chinese plans, especially Made in China 2025, face significant institutional and technological challenges, such as the structural uncertainty that permeates the economy, government preference for public enterprises and large private corporations, derived from the top-down style of decision that marks the performance of the Chinese state. The authors emphasize that the continuity of Chinese progression beyond catching up depends on its ability to combine the search for breakthrough technologies with the construction of a more flexible environment, able to diffuse innovation in the economy and maintain the constant upgrading of endogenous capacities of ST&I development in China

    Global economic burden of unmet surgical need for appendicitis

    Get PDF
    Background: There is a substantial gap in provision of adequate surgical care in many low-and middle-income countries. This study aimed to identify the economic burden of unmet surgical need for the common condition of appendicitis. Methods: Data on the incidence of appendicitis from 170 countries and two different approaches were used to estimate numbers of patients who do not receive surgery: as a fixed proportion of the total unmet surgical need per country (approach 1); and based on country income status (approach 2). Indirect costs with current levels of access and local quality, and those if quality were at the standards of high-income countries, were estimated. A human capital approach was applied, focusing on the economic burden resulting from premature death and absenteeism. Results: Excess mortality was 4185 per 100 000 cases of appendicitis using approach 1 and 3448 per 100 000 using approach 2. The economic burden of continuing current levels of access and local quality was US 92492millionusingapproach1and92 492 million using approach 1 and 73 141 million using approach 2. The economic burden of not providing surgical care to the standards of high-income countries was 95004millionusingapproach1and95 004 million using approach 1 and 75 666 million using approach 2. The largest share of these costs resulted from premature death (97.7 per cent) and lack of access (97.0 per cent) in contrast to lack of quality. Conclusion: For a comparatively non-complex emergency condition such as appendicitis, increasing access to care should be prioritized. Although improving quality of care should not be neglected, increasing provision of care at current standards could reduce societal costs substantially

    Pooled analysis of WHO Surgical Safety Checklist use and mortality after emergency laparotomy

    Get PDF
    Background The World Health Organization (WHO) Surgical Safety Checklist has fostered safe practice for 10 years, yet its place in emergency surgery has not been assessed on a global scale. The aim of this study was to evaluate reported checklist use in emergency settings and examine the relationship with perioperative mortality in patients who had emergency laparotomy. Methods In two multinational cohort studies, adults undergoing emergency laparotomy were compared with those having elective gastrointestinal surgery. Relationships between reported checklist use and mortality were determined using multivariable logistic regression and bootstrapped simulation. Results Of 12 296 patients included from 76 countries, 4843 underwent emergency laparotomy. After adjusting for patient and disease factors, checklist use before emergency laparotomy was more common in countries with a high Human Development Index (HDI) (2455 of 2741, 89.6 per cent) compared with that in countries with a middle (753 of 1242, 60.6 per cent; odds ratio (OR) 0.17, 95 per cent c.i. 0.14 to 0.21, P <0001) or low (363 of 860, 422 per cent; OR 008, 007 to 010, P <0.001) HDI. Checklist use was less common in elective surgery than for emergency laparotomy in high-HDI countries (risk difference -94 (95 per cent c.i. -11.9 to -6.9) per cent; P <0001), but the relationship was reversed in low-HDI countries (+121 (+7.0 to +173) per cent; P <0001). In multivariable models, checklist use was associated with a lower 30-day perioperative mortality (OR 0.60, 0.50 to 073; P <0.001). The greatest absolute benefit was seen for emergency surgery in low- and middle-HDI countries. Conclusion Checklist use in emergency laparotomy was associated with a significantly lower perioperative mortality rate. Checklist use in low-HDI countries was half that in high-HDI countries.Peer reviewe

    Global variation in anastomosis and end colostomy formation following left-sided colorectal resection

    Get PDF
    Background End colostomy rates following colorectal resection vary across institutions in high-income settings, being influenced by patient, disease, surgeon and system factors. This study aimed to assess global variation in end colostomy rates after left-sided colorectal resection. Methods This study comprised an analysis of GlobalSurg-1 and -2 international, prospective, observational cohort studies (2014, 2016), including consecutive adult patients undergoing elective or emergency left-sided colorectal resection within discrete 2-week windows. Countries were grouped into high-, middle- and low-income tertiles according to the United Nations Human Development Index (HDI). Factors associated with colostomy formation versus primary anastomosis were explored using a multilevel, multivariable logistic regression model. Results In total, 1635 patients from 242 hospitals in 57 countries undergoing left-sided colorectal resection were included: 113 (6·9 per cent) from low-HDI, 254 (15·5 per cent) from middle-HDI and 1268 (77·6 per cent) from high-HDI countries. There was a higher proportion of patients with perforated disease (57·5, 40·9 and 35·4 per cent; P < 0·001) and subsequent use of end colostomy (52·2, 24·8 and 18·9 per cent; P < 0·001) in low- compared with middle- and high-HDI settings. The association with colostomy use in low-HDI settings persisted (odds ratio (OR) 3·20, 95 per cent c.i. 1·35 to 7·57; P = 0·008) after risk adjustment for malignant disease (OR 2·34, 1·65 to 3·32; P < 0·001), emergency surgery (OR 4·08, 2·73 to 6·10; P < 0·001), time to operation at least 48 h (OR 1·99, 1·28 to 3·09; P = 0·002) and disease perforation (OR 4·00, 2·81 to 5·69; P < 0·001). Conclusion Global differences existed in the proportion of patients receiving end stomas after left-sided colorectal resection based on income, which went beyond case mix alone

    Trajetórias do desenvolvimento no Brasil

    Get PDF
    O Brasil mudou substancialmente nas duas últimas décadas. O Estado, a sociedade e o tecido industrial foram todos impactados e modificados pelas alterações no regime de concorrência, na composição patrimonial e na estrutura social. Análises internacionais apontam que o país estaria se reposicionando no sistema global. Nesse processo, o presente artigo destaca os avanços recentes nas políticas industrial e de ciência e tecnologia que foram articuladas e passaram a dar relevo à inovação empresarial em suas agendas. São  recuperados os principais traços das trajetórias de desenvolvimento seguidas pelo país desde os anos 1950 a fim de explicitar as mudanças de orientação e a progressiva importância que foi sendo conferida às políticas de incentivos à inovação nas empresas.Brazil has changed considerably in the last two decades. The State, the society and the industrial structure have all been affected and modified by changes in the type of competition, in equity and in the social structure. According to international analyses, the country is taking on a new position in the globalsystem. As regards such process this article highlights the recent advances in technology, science and industrial policies, which have been set and have started to stress entrepreneurial innovation in their agendas. The main development paths the country has followed since the 1950s are reviewed in order to make clear the shifting in orientation and the growing importance which has beenascribed to the policies of incentives to innovation in companies

    Made in China 2025 e Industrie 4.0: a difícil transição chinesa do catching up à economia puxada pela inovação

    No full text
    Resumo Este artigo estabelece uma comparação entre os principais planos executados pelo governo chinês para elevar o patamar tecnológico de sua economia e a plataforma Industrie 4.0, patrocinada pelo governo da Alemanha. Referência mundial para países avançados e emergentes, a plataforma Industrie 4.0 prenunciou profundas transformações no universo da manufatura com impactos em todas as sociedades. Os autores indicam que na arena tecnológica, apesar de avanços enormes, a China ainda não alcançou os padrões da Alemanha e de países como os Estados Unidos e o Japão. A efetivação dos ambiciosos planos chineses, em especial do Made in China 2025, tem pela frente desafios institucionais e tecnológicos significativos, como a incerteza estrutural que permeia a economia e as preferências oficiais pelas empresas públicas e grandes corporações privadas, derivadas do estilo top down de decisão que marca a atuação do Estado chinês. Os autores argumentam que a continuidade da progressão chinesa para além do catching up depende de sua capacidade de combinar a busca de tecnologias de ruptura com a construção de um ambiente mais flexível, capaz de difundir a inovação e manter o upgrading constante da capacidade endógena de desenvolvimento de CT&I
    corecore