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    The effect of retrieval on the correction of memory errors stemming from pragmatic inferences

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    Dissertação de Mestrado Interuniversitário, Neuropsicologia Clínica e Experimental, 2021, Universidade de Lisboa, Faculdade de PsicologiaA current debate concerns whether error production benefits or hinders learning. According to the Memory Updating After Retrieval framework (Finn, 2017), the act of retrieval makes memory more malleable to incorporate new information, and thus, if error retrieval is followed by corrective feedback, memory should be updated and benefit learning. In the present study, to elicit errors similar to everyday memory errors, we chose the Pragmatic Inferences Paradigm (Brewer, 1977), comprising sentences such as “The baby stayed awake all night” which often leads individuals to pragmatically imply and later remember that “The baby cried all night”. To investigate if these retrieval errors, followed by feedback, benefit learning, we manipulated retrieval (active vs. passive recognition) and feedback (with vs. without). Therefore, participants (n=120) were randomly assigned to one of these four groups. In line with Finn’s (2017) framework, we hypothesized that participants in the active recognition condition would produce more correct responses and less pragmatic inference errors than participants in the passive condition, and that this benefit would be greater in the feedback condition, since feedback represents the new information that is more easily incorporated during retrieval of an error. Overall, our results showed an interaction between type of retrieval and feedback, such that participants who engaged in active recognition produced more correct responses and generated less pragmatic inference errors, when compared to those in the passive condition, and these differences were greater in the feedback than no feedback condition. Importantly, feedback promoted error correction in the active recognition condition in a greater extent than error correction in the passive condition. These results support Finn’s framework, by showing that the active retrieval of information (even if it contains errors) promotes learning (in a greater extent than passive recognition) as long as it is followed by corrective feedback.Em contexto educativo, os testes são habitualmente utilizados meramente como forma de os professores avaliarem os conhecimentos dos alunos, para perceberem o que já foi aprendido e o que precisa de ser revisto. No entanto, vários estudos têm vindo a demonstrar que os testes podem ser uma ferramenta importante para melhorar e otimizar a aprendizagem (para uma visão global, ver Pyc et al., 2014 e Roediger & Butler, 2011). Este benefício para a aprendizagem é designado de Efeito de Teste, e acontece quando informação previamente apresentada é recuperada através de um teste, em vez de ser simplesmente estudada novamente (Roediger & Karpicke, 2006). Este efeito de recuperação tem maioritariamente sido investigado com tentativas de recuperação bem sucedidas, ou seja, quando as pessoas recuperam a informação correta. Mas o que acontece quando é cometido um erro, ou seja, quando é recuperada informação incorreta? A literatura atual tem procurado perceber que papel tem o tipo de recuperação no Efeito de Teste e, consequentemente, no seu benefício para a aprendizagem: será uma recuperação bem-sucedida (quando é recuperada a resposta correta) mais benéfica, ou, pelo contrário, trará uma recuperação mal-sucedida (quando é recuperado um erro) mais vantagens? Existem duas principais perspetivas com respostas opostas a esta questão. A perspetiva da Aprendizagem Sem Erros defende que cometer erros durante a aprendizagem os torna mais fortes e salientes, aumentando a probabilidade de que ocorram novamente (Metcalfe, 2017). Os autores propõem que, ao recuperar informação incorreta, estão a ser praticadas estratégias erradas e ineficientes, tornando mais difícil a correção dos erros e a aprendizagem, mais tarde, de estratégias eficazes (Ausubel, 1968; citado por Metcalfe, 2017). De acordo com esta perspetiva, o feedback deve ser utilizado apenas como reforço positivo, ignorando os erros e focando-se em como executar as tarefas de forma correta (Metcalfe, 2017). Por outro lado, a perspetiva da Aprendizagem Com Erros, proposta pela primeira vez por Izawa (1970), demonstrou que tentativas de recuperação mal-sucedidas conduziram a uma melhoria da aprendizagem em ensaios subsequentes. Recuperar erros, seguidos pela apresentação de feedback corretivo, resulta numa melhor aprendizagem da resposta correta do que simplesmente voltar a estudar a informação correta (e.g., Kornell et al., 2009). No entanto, para que este benefício aconteça, os erros produzidos devem ser detetados (Mullet & Marsh, 2016) e devem estar relacionados com o alvo da aprendizagem (Grimaldi & Karpicke, 2012; Hulser & Metcalfe, 2012). Este efeito benéfico tem vindo a ser estudado não só com materiais educativos (Richland et al., 2009), mas também em contexto de sala de aula (Kapur & Bielaczyc, 2012). Partindo da proposta de que a recuperação mal-sucedida beneficia a aprendizagem, quais poderão ser os mecanismos subjacentes a este efeito? Existem várias propostas para a explicação deste fenómeno, mas Finn (2017), com a sua abordagem sobre atualização da memória após a recuperação, apresenta uma proposta que merece ser destacada. Segundo Finn (2017), a nova informação aprendida é guardada em memória através de um processo de consolidação, podendo ser mais tarde recuperada. Este processo de recuperação torna a memória mais maleável e propensa à incorporação de nova informação, que após sofrer um processo de reconsolidação é atualizada na nossa memória. Este efeito de recuperação pode tanto beneficiar como prejudicar a aprendizagem, dependendo se a nova informação incorporada é correta ou incorreta. É necessário que esta nova informação esteja bem alinhada com os objetivos e com o alvo da tentativa de recuperação para que beneficie, em vez de prejudicar, a aprendizagem. No que se refere especificamente à Aprendizagem Com Erros, quando alguém recupera um erro está a tornar a sua memória mais moldável e recetiva à incorporação de nova informação, que neste caso será o feedback corretivo. De seguida, através da reconsolidação, a memória é atualizada com a resposta correta, providenciada pelo feedback corretivo. O presente estudo tem como principal objetivo investigar se a recuperação de erros, seguida pela apresentação de feedback corretivo, beneficia ou não a aprendizagem. Com esse intuito, foi utilizado o Paradigma das Inferências Pragmáticas (Brewer, 1977) em que são apresentadas frases que criam expectativas sobre algo que não foi explicitamente declarado (Carneiro, Lapa, Reis, & Ramos, 2020). Um bom exemplo é a frase “O bebé ficou acordado toda a noite”, que conduz à implicação pragmática de que “O bebé chorou toda a noite”. Frases como esta são responsáveis por originar inúmeras memórias falsas no nosso dia-a-dia, particularmente nas nossas interações sociais, em que recordamos informação que não foi apresentada (i.e., que o bebé chorou toda a noite; McDermott & Chan, 2006). No presente estudo, os participantes (n=120) leram um conjunto de frases que incluíam inferências pragmáticas. Seguidamente, durante a recuperação, na condição de Reconhecimento Ativo, foi-lhes pedido que decidissem se a frase apresentada estava correta ou incorreta (antiga ou nova) relativamente ao que tinha sido apresentado durante a codificação. Na condição de Reconhecimento Passivo, foi pedido aos participantes que lessem não só a frase apresentada, mas também a resposta que tinha sido dada por outro participante da condição de Reconhecimento Ativo (Yoked design). Além disso, foi manipulada a apresentação de feedback, com uma condição de Feedback (sob a forma da frase correta) vs. Sem Feedback (operações matemáticas simples para resolver). Os participantes foram distribuídos de forma aleatória por um de quatro grupos: reconhecimento ativo + feedback; reconhecimento passivo + feedback; reconhecimento ativo + sem feedback; reconhecimento passivo + sem feedback. De acordo com a literatura sobre o Efeito de Teste, temos como hipótese que os participantes na condição de reconhecimento ativo terão um melhor desempenho (mais respostas corretas e menos inferências pragmáticas) do que os participantes da condição de reconhecimento passivo. Esperamos encontrar o mesmo padrão em relação aos participantes da condição de feedback relativamente à condição sem feedback. Antecipamos também que o efeito benéfico da condição de reconhecimento ativo, quando comparada com a de reconhecimento passivo, será maior na condição de feedback do que na condição sem feedback. Estas hipóteses vão ao encontro e são apoiadas pela abordagem de Finn (2017), uma vez que o feedback representa a nova informação mais facilmente incorporada devido à recuperação de um erro, recuperação essa que só ocorre na condição de reconhecimento ativo. Os nossos resultados demonstraram que os participantes da condição de reconhecimento ativo produziram mais e persistiram mais nas respostas corretas, bem como geraram menos erros de inferências pragmáticas, do que os da condição de reconhecimento passivo. Ademais, na condição de feedback, os participantes do grupo de reconhecimento ativo persistiram menos e corrigiram mais erros do que os do grupo de reconhecimento passivo. No entanto, verificou-se o oposto quando não era fornecido feedback - os participantes da condição de reconhecimento ativo persistiram mais e corrigiram menos erros do que os da condição de reconhecimento passivo. Este padrão de resultados constitui evidência tanto a favor da proposta de Finn (2017), como da perspetiva da Aprendizagem Com Erros. Por um lado, confirmam que a recuperação ativa (vs. passiva) torna a informação em memória mais maleável e suscetível à incorporação de nova informação. Por outro lado, demonstra a relevância da inclusão de feedback corretivo durante a recuperação, por forma a que a nova informação incorporada seja correta. Os resultados sugerem que os estudantes beneficiariam em ter um papel mais ativo no seu processo de aprendizagem, através da adoção de estratégias de recuperação ativa (por exemplo, através da realização de testes), mesmo quando são evocados erros. Neste contexto, o fornecimento de feedback por parte do professor é também fundamental para a aprendizagem da informação correta

    Characterisation of microbial attack on archaeological bone

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    As part of an EU funded project to investigate the factors influencing bone preservation in the archaeological record, more than 250 bones from 41 archaeological sites in five countries spanning four climatic regions were studied for diagenetic alteration. Sites were selected to cover a range of environmental conditions and archaeological contexts. Microscopic and physical (mercury intrusion porosimetry) analyses of these bones revealed that the majority (68%) had suffered microbial attack. Furthermore, significant differences were found between animal and human bone in both the state of preservation and the type of microbial attack present. These differences in preservation might result from differences in early taphonomy of the bones. © 2003 Elsevier Science Ltd. All rights reserved
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