414 research outputs found

    Judicialização da saúde: O impacto dos processos judiciais relacionados aos imunobiológicos para doenças imuno-alérgicas no orçamento de saúde do estado de Goiás / Judicialization of health: The impact of lawsuits related to immunobiologicals for immuno-allergic diseases on the health budget of the state of Goiás

    Get PDF
    Introdução: A judicialização da saúde consiste na busca do poder Judiciário para garantir uma demanda em saúde anteriormente negada. No caso de pacientes que fazem uso de medicamentos de alto custo, como os imunobiológicos para doenças imuno-alérgicas, o poder judiciário é frequentemente acionado tendo como justificativa para os processos a máxima constitucional “A saúde é direito de todos e dever do Estado”. Isso acarreta em um impacto significativo no orçamento estadual para a saúde e, consequentemente, a outras camadas da população. Objetivo: Analisar o orçamento da saúde do Estado de Goiás entre os anos 2018 a 2020 para conhecer a porcentagem destinada aos imunobiológicos: Omalizumabe, Dupilumabe, Mepolizumabe, Benralizumabe e Imunoglobulina Humana obtidos através de ações judiciais. Métodos: Foi realizada uma análise quantitativa e qualitativa dos gastos e orçamento de saúde do estado de Goiás, um mapeamento dos dados disponibilizados pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás para analisar um possível crescimento do número de processos e a porcentagem de sentenças favoráveis e, por fim, uma pesquisa em sites que realizam venda de imunobiológicos para a população em geral para efeito de comparação com o valor pago pelo estado de Goiás. Resultados: Foi observado um impacto real da judicialização em saúde entre os anos de 2018 a 2020, com maioria das sentenças favoráveis. Em relação ao orçamento estadual a porcentagem do impacto foi pequena, mas em números exatos o valor gasto foi significativo e reflete a grande demanda da população por imunobiológicos para doenças imuno-alérgicas, além da dificuldade financeira da maioria da população para arcar com o alto custo desses medicamentos. Conclusão: É necessário, contudo, a formulação de novas políticas que incorporem os medicamentos imuno-alérgenos de alto custo no sistema de saúde, para que os pacientes possam diminuir o número de ações judiciais com o objetivo de terem acesso aos medicamentos necessários para seus tratamentos

    Mortalidade por causas externas em Campinas, São Paulo, Brasil, entre 2006 a 2015 / Mortality due to external causes in Campinas, São Paulo, Brazil, between 2006 to 2015

    Get PDF
    Objetivo: Descrever a tendência histórica relacionada a mortalidade por causas externas na população de Campinas, São Paulo, Brasil, estabelecendo comparações entre diferentes faixas etárias, raça, estado civil, sexo e escolaridade no intervalo dos anos de 2006 a 2015. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa, com a população de Campinas, São Paulo, com base em dados quantitativos de 2006 a 2015. Os dados foram coletados utilizando o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), disponível no DATASUS. Os dados foram analisados no software Statistical Package for Social Science (SPSS), considerando nível de significância de 95%. Resultados: Foi possível observar que os anos com a maior proporção de mortalidade por causas externas foram os anos de 2008 e 2015, enquanto o ano que houve a menor proporção foi o de 2014. Nos outros anos a proporção se manteve oscilando entre 10,22 e 9,72. O sexo masculino possui uma maior taxa de mortalidade por causas externas em todos os anos observados, quando comparados com o sexo feminino. Os indivíduos que apresentam de 4 a 7 anos de escolaridade, foram os que apresentaram mais mortes por causas externas (5,88%). Conclusão: As causas externas de mortalidade tornaram-se um problema significativo de saúde pública, seja pelo aumento na incidência, pelos custos à sociedade, ou pelo impacto social e psicológico. Os resultados desta pesquisa de modo geral, não diferem de estudos anteriores, pois a cidade de Campinas, São Paulo, apresentou uma tendência crescente para a mortalidade por causas externas

    Paracoccidioidomicose com falsa positividade do líquido espinhal para Cryptococcus: relato de caso / Paracoccidioidomycosis with false spinal fluid positivity for Cryptococcus: case report

    Get PDF
    Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM) é uma doença fúngica sistêmica causada pelo fungo dismórfico paracoccidioides brasiliensis. Apresenta alta prevalência na América do Sul, principalmente no Brasil, que concentra 80% dos casos notificados no continente. O envolvimento isolado do sistema nervoso central (SNC) não é a forma mais frequente, representando cerca de 10-25% dos casos, e se manifesta em duas formas principais: meníngea ou pseudotumoral. Portanto, o objetivo do presente estudo é apresentar um caso de PCM com acometimento do SNC, a fim de alertar para a importância do diagnóstico e tratamento precoces no prognóstico dessa doença. Relato do caso: Mulher, 55 anos, deu entrada no Pronto-Socorro com queixa principal de fraqueza progressiva do lado esquerdo. O exame físico revelou hemiparesia esquerda. O líquido cefalorraquidiano (LCR) apresentava líquido levemente xantocrômico, com aumento expressivo de proteínas, perfil de hipergamia, normoglicemia, imunoglobulina G elevada e aumento de leucócitos, principalmente linfomonocíticos. Bacterioscopia, culturas para fungos e micobactérias foram negativas. A Ressonância Magnética (RM) revelou lesões hiperintensas na transição mesencéfalo-pontina e no hemisfério cerebelar direito, ambas de etiologia incerta. Um mês após a admissão, houve positividade do antígeno criptocócico no LCR e foi iniciado tratamento com os antifúngicos Fluconazol e Anfotericina B. Apesar do tratamento, a paciente evoluía com piora do quadro, tendo começado a manifestar espasmos clônicos faciais e surgido trombose sinusal. Por esse motivo, optou-se por biópsia, que revelou a presença de paracoccidioides, sugerindo reação cruzada com falsa positividade do líquido espinhal para Cryptococcus. O paciente evoluiu para coma irreversível e faleceu poucos dias depois. Discussão: O envolvimento do SNC foi sugerido pela primeira vez em 1919, mas foi somente a partir dos anos 60 que essa forma de apresentação começou a ser estudada com mais profundidade. A frequência desse envolvimento tem variado amplamente entre os vários autores. A maioria dos pacientes com envolvimento do SNC tem doença disseminada e é bastante incomum que este seja o único órgão afetado. Em geral, a análise do LCR é normal ou pode apresentar pleocitose leve com predomínio de células linfomononucleares ou aumento de proteínas, com baixa sensibilidade e especificidade. Além disso, a pesquisa sobre o parasita, seja por exame direto ou cultura, raramente é positiva. Os métodos imuno-histoquímicos podem ser positivos no LCR, porém esse achado não implica necessariamente em dano ao SNC, podendo ocorrer reações cruzadas, principalmente com Histoplasmose e Criptococose. Conclusão: O envolvimento do SNC na Paracoccidioidomicose é mais frequente do que se supunha até recentemente. Seu diagnóstico é particularmente difícil, pois muitos casos só são desvendados após cirurgia e estudo anatomopatológico, devendo ser incluídos no diagnóstico diferencial de meningoencefalites e tumores do SNC, principalmente em pacientes de áreas endêmicas e com evidência clínica de infecção. Este relato de caso suscita a necessidade de se considerar a possibilidade de uma reação cruzada com outro fungo, gerando falsos positivos, em pacientes com infecções do SNC

    Antiinflammatory Therapy with Canakinumab for Atherosclerotic Disease

    Get PDF
    Background: Experimental and clinical data suggest that reducing inflammation without affecting lipid levels may reduce the risk of cardiovascular disease. Yet, the inflammatory hypothesis of atherothrombosis has remained unproved. Methods: We conducted a randomized, double-blind trial of canakinumab, a therapeutic monoclonal antibody targeting interleukin-1β, involving 10,061 patients with previous myocardial infarction and a high-sensitivity C-reactive protein level of 2 mg or more per liter. The trial compared three doses of canakinumab (50 mg, 150 mg, and 300 mg, administered subcutaneously every 3 months) with placebo. The primary efficacy end point was nonfatal myocardial infarction, nonfatal stroke, or cardiovascular death. RESULTS: At 48 months, the median reduction from baseline in the high-sensitivity C-reactive protein level was 26 percentage points greater in the group that received the 50-mg dose of canakinumab, 37 percentage points greater in the 150-mg group, and 41 percentage points greater in the 300-mg group than in the placebo group. Canakinumab did not reduce lipid levels from baseline. At a median follow-up of 3.7 years, the incidence rate for the primary end point was 4.50 events per 100 person-years in the placebo group, 4.11 events per 100 person-years in the 50-mg group, 3.86 events per 100 person-years in the 150-mg group, and 3.90 events per 100 person-years in the 300-mg group. The hazard ratios as compared with placebo were as follows: in the 50-mg group, 0.93 (95% confidence interval [CI], 0.80 to 1.07; P = 0.30); in the 150-mg group, 0.85 (95% CI, 0.74 to 0.98; P = 0.021); and in the 300-mg group, 0.86 (95% CI, 0.75 to 0.99; P = 0.031). The 150-mg dose, but not the other doses, met the prespecified multiplicity-adjusted threshold for statistical significance for the primary end point and the secondary end point that additionally included hospitalization for unstable angina that led to urgent revascularization (hazard ratio vs. placebo, 0.83; 95% CI, 0.73 to 0.95; P = 0.005). Canakinumab was associated with a higher incidence of fatal infection than was placebo. There was no significant difference in all-cause mortality (hazard ratio for all canakinumab doses vs. placebo, 0.94; 95% CI, 0.83 to 1.06; P = 0.31). Conclusions: Antiinflammatory therapy targeting the interleukin-1β innate immunity pathway with canakinumab at a dose of 150 mg every 3 months led to a significantly lower rate of recurrent cardiovascular events than placebo, independent of lipid-level lowering. (Funded by Novartis; CANTOS ClinicalTrials.gov number, NCT01327846.

    Abstracts from the Food Allergy and Anaphylaxis Meeting 2016

    Get PDF

    Reducing the environmental impact of surgery on a global scale: systematic review and co-prioritization with healthcare workers in 132 countries

    Get PDF
    Abstract Background Healthcare cannot achieve net-zero carbon without addressing operating theatres. The aim of this study was to prioritize feasible interventions to reduce the environmental impact of operating theatres. Methods This study adopted a four-phase Delphi consensus co-prioritization methodology. In phase 1, a systematic review of published interventions and global consultation of perioperative healthcare professionals were used to longlist interventions. In phase 2, iterative thematic analysis consolidated comparable interventions into a shortlist. In phase 3, the shortlist was co-prioritized based on patient and clinician views on acceptability, feasibility, and safety. In phase 4, ranked lists of interventions were presented by their relevance to high-income countries and low–middle-income countries. Results In phase 1, 43 interventions were identified, which had low uptake in practice according to 3042 professionals globally. In phase 2, a shortlist of 15 intervention domains was generated. In phase 3, interventions were deemed acceptable for more than 90 per cent of patients except for reducing general anaesthesia (84 per cent) and re-sterilization of ‘single-use’ consumables (86 per cent). In phase 4, the top three shortlisted interventions for high-income countries were: introducing recycling; reducing use of anaesthetic gases; and appropriate clinical waste processing. In phase 4, the top three shortlisted interventions for low–middle-income countries were: introducing reusable surgical devices; reducing use of consumables; and reducing the use of general anaesthesia. Conclusion This is a step toward environmentally sustainable operating environments with actionable interventions applicable to both high– and low–middle–income countries

    Prevalence of STOP BANG questionnaire and association with major cardiovascular events in hospitalized population: is it enough with currently used cardiovascular risk measurements?

    No full text
    Cardiovascular risk (CR) is associated with obstructive sleep apnea hypopnea syndrome (OSAHS). This association enhances the risk of major adverse cardiovascular events (MACE); nevertheless, data from hospitalized populations and interactions among these conditions remain unclear. Purpose: To evaluate the risk of MACE in the population with risk of OSAHS using the STOP-BANG questionnaire. Methods: We performed a prospective study in an academic hospital from 2017 to 2018. Data included demography, admissions, STOP-BANG score and CR using AHA scores. The primary outcome was risk of MACE in participants with low risk of OSAHS (STOP-BANG 0–2 points), risk of OSAHS (≥3 points) and risk of moderate/severe OSAHS (≥5 points). Risk of MACE was evaluated using odds ratios (OR), and average CR was evaluated using the t-test. Results: A total of 441 participants were included. The cumulative prevalence of STOP BANG ≥3 points was 80.9%, and that of ≥5 points was 41.6%. OR of MACE ≥3 points was 3.93 (CI 2.08–7.24) (p \u3c 0.001) compared with \u3c3 points, and Average CR was 10.91% (SD ± 2.13) at \u3c3 points versus 24.3% (SD ± 1.24) for ≥3 points for ≥5 points OR of MACE was 1.72 (CI 1.18–2.59) (p = 0.005) and average CR was 26.14% (SD ± 1.63). However, after multivariable analysis, gender differences and previous heart failure were independently associated to MACE. Conclusion: The risk of OSAHS in the hospitalized population is high. This population has a higher risk of MACE and higher CRs than do low-risk participants. Conversely, gender and heart failure are potential cofounders

    Association between high vitamin B12 levels and one year mortality in older people admitted to the hospital

    No full text
    Background: Supplementation of vitamin B12 in older adults is a common practice to avoid vitamin B12 insufficiency. However, there is a paucity of information about the effects of cobalamin excess. Aim: To asses any potential effects of high levels vitamin B12 on mortality on adults aged ≥ 65 years admitted to an internal medicine service. Material and Methods: We Prospectively studied patients admitted to an internal medicine service of an academic hospital from September 2017 to September 2018, who were able to give their consent and answer questionnaires. We tabulated age, gender, medical history, comorbidity index (Charlson), frailty score (Fried scale), admission diagnosis and blood tests performed within 48 hours of admission. The primary outcome was death by any cause in less of 30 days or after one of year follow up, determined according to death certificates. Results: We included 93 patients aged 65 to 94 years (53% males). Fifteen patients died during the year of follow up (five within 30 days of admission). Those who died had higher cobalamin levels than survivors (1080.07 ± 788.09 and 656.68 ± 497.33 pg/mL respectively, p = 0.02). Patients who died had also a significantly lower corrected serum calcium, sodium (p = 0.04) and a medical history of chronic liver disease (p = 0.03). In the multivariable analysis, only vitamin B12 preserved the association with mortality (p = 0.009). Conclusions: There was a significant association between high levels of cobalamin and all-cause mortality in this group of patients aged ≥ 65 years-old

    Effect of rosiglitazone on the frequency of diabetes in patients with impaired glucose tolerance or impaired fasting glucose: a randomised controlled trial

    No full text
    Background Rosiglitazone is a thiazolidinedione that reduces insulin resistance and might preserve insulin secretion. The aim of this study was to assess prospectively the drugs ability to prevent type 2 diabetes in individuals at high risk of developing the condition

    Measurement of the double-differential inclusive jet cross section in proton-proton collisions at s\sqrt{s} = 5.02 TeV

    No full text
    International audienceThe inclusive jet cross section is measured as a function of jet transverse momentum pTp_\mathrm{T} and rapidity yy. The measurement is performed using proton-proton collision data at s\sqrt{s} = 5.02 TeV, recorded by the CMS experiment at the LHC, corresponding to an integrated luminosity of 27.4 pb1^{-1}. The jets are reconstructed with the anti-kTk_\mathrm{T} algorithm using a distance parameter of RR = 0.4, within the rapidity interval y\lvert y\rvert<\lt 2, and across the kinematic range 0.06 <\ltpTp_\mathrm{T}<\lt 1 TeV. The jet cross section is unfolded from detector to particle level using the determined jet response and resolution. The results are compared to predictions of perturbative quantum chromodynamics, calculated at both next-to-leading order and next-to-next-to-leading order. The predictions are corrected for nonperturbative effects, and presented for a variety of parton distribution functions and choices of the renormalization/factorization scales and the strong coupling αS\alpha_\mathrm{S}
    corecore