444 research outputs found

    The impact of experience in brand loyalty of wine brands in portuguese wine industry

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    The brand's difficulty of standing out from the crowd is leading them to dive in an emotional approach of the brand-customer relationship in order to become a love brand and conquer loyal customers. Experiential marketing is a new concept that is arousing interest among the researchers since it can be used by brands as a powerful weapon in order to engage customers and strengthen their relationship with brands. The wine industry is evolving a lot and is conquering a meaningful position in the Portuguese economy. Wine tourism is intrinsically connected with this industry and also with the trendy topic of experience, making a huge impact in the branding of wine brands. The aim of this study is to analyze the impact of different types of experiences – Educational, Entertainment, Esthetic and Escapist, in brand loyalty of wine brands through three indicators – Willingness to Pay More, Word of Mouth, Repurchase Intention. The primary data was collected by an online survey with 363 responses. The analyses of results was developed based on descriptive statistics, internal consistency analysis and linear regression. The results show that all the types of experiences – Educational, Entertainment, Esthetic and Escapist, influence the brand loyalty of the wine brands. Theoretical and managerial implications are presented on this study. Managers and marketeers can take relevant conclusions that can be applied on their business by understanding which are the experiences with a higher impact on the brand loyalty of the wine brands.As marcas têm cada vez mais dificuldade em destacar-se da concorrência, obrigando a que comecem a adoptar uma abordagem mais emocional na relação com o cliente de forma a tornarem-se “love brands” e conquistarem clientes leais. O marketing experiencial é um novo conceito que tem vindo a despertar o interesse de investigadores, pois pode ser utilizado pelas marcas como uma arma poderosa, permitindo estreitar e fortalecer a relação com o consumidor. A indústria do vinho está a evoluir e a conquistar uma posição significativa na economia portuguesa. O Enoturismo está intrinsecamente ligado a esta indústria e também ao tema da experiência, tendo um enorme impacto nas marcas de vinho. Assim, o objectivo deste estudo é analisar o impacto de diferentes tipos de experiências – Educacional, Entretenimento, Estética e Escapista, na lealdade às marcas de vinhos, tendo em conta três indicadores – Predisposição para Pagar Mais, Passa a Palavra e Intenção de Recompra. A recolha da informação primária foi feita através da aplicação de um questionário online que contou com 363 respostas. A análise de dados assentou na estatística descritiva, análise de consistência interna e regressão linear. Os resultados mostram que todos os tipos de experiências – Educacional, Entretenimento, Estética e Escapista, influenciam a lealdade das marcas de vinho. Implicações teóricas e a nível da gestão foram apresentadas neste estudo. Gestores e marketeers, podem tirar conclusões relevantes e aplicá-las ao seu negócio, tendo em conta quais as experiências que terão um maior impacto na lealdade da marca, na indústria do vinho

    Characterization of a biodegradable starch based film. Application on the preservation of fresh spinach

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    Mestrado em Engenharia Alimentar - Instituto Superior de Agronomia - ULThe goal of the present study was the characterization of a biodegradable thermoplastic starch based wrap film (TPS), produced from Mater-Bi®, and its application on the preservation of ready prepared fresh-cut spinach, in parallel with the non-biodegradable polyvinyl chloride (PVC) wrap film. The TPS-based film presented a similar vapour adsorption (< 5%, dry basis) to the PVC film. In addition, the carbon dioxide and oxygen permeability was in the same range (TPS-based: PCO2 =34.6x10-17-76.1x10-17mol.m/m2sPa, PO2 =3.41x10-17 – 5.71x10-17 mol.m/m2sPa; PVC: PCO2 = 34.5x1017 – 62.8x10-17mol.m/m2sPa, PO2 = 3.03x10-17 – 6.21x10-17 mol.m/m2sPa), and was not significantly affected by the relative humidity. The major differences detected were in what concerns water vapour permeability, (0.9x10-12 - 1.27x10-12 mol.m/m2sPa and 3.64x10-12 – 4.43x10-12 mol.m/m2sPa for TPSbased and PVC film) and strain at break (5.7 times higher for TPS-based under extension tests). TPSbased film showed a better transparency for white colour, although for green, yellow and red it was the PVC having better results. Both films revealed to have a similar performance in fresh-cut spinach preservation. The major difference was detected on the preventing weight loss, as PVC film showed to be more effective than TPS-based film due to its higher water vapour barrier. Based on the results obtained it can be concluded that the tested thermoplastic starch based wrap film is a strong substitute, ecological, to conventional PVC-based fil

    Studying laminins in skeletal muscle development: regulators of muscle stem cells and synaptic organizers

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    Tese de mestrado em Biologia Evolutiva e do Desenvolvimento, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, 2017O desenvolvimento do músculo, ou miogénese, é um processo bastante conservado entre os vertebrados. Todos os músculos-esqueléticos do tronco e dos membros são provenientes dos sómitos, estruturas epiteliais que se formam em ambos os lados do tubo neural. Os sómitos são posteriormente padronizados em diferentes compartimentos que darão origem a diferentes linhagens celulares. A porção mais ventral do sómito perde a sua estrutura epitelial e forma o esclerótomo, fonte de células precursoras do esqueleto axial. A porção mais dorsal, o dermamiótomo, permanece epitelial e é constituído pelos precursores miogénicos (MPCs) e os percursores da derme, entre outros. Os músculos-esqueléticos iniciam o seu desenvolvimento quando os progenitores no dermamiótomo, que expressam os factores de transcrição Pax3 e/ou Pax7 são induzidos a activar o programa de diferenciação miogénica, controlado pelos factores regulatórios da miogénese (MRF), nomeadamente Myf5, MyoD, Mrf4 e Miogenina. O dermomiótomo encontra-se dividido em três compartimentos distintos: (1) dermomiótomo dorsomediano (2) dermomiótomo central e (3) dermomiótomo ventrolateral. O desenvolvimento dos músculos epaxiais inicia-se no ratinho por volta de E8.5 com a formação do miótomo através da adição das células do dermamiótomo quando estas delaminam do dermomiótomo e povoam a zona ventral ao dermamiótomo para constituir o miótomo. As células precursoras musculares no dermamiótomo, ou células musculares estaminais, que passam a expressar os MRFs, entram no miótomo como mioblastos, mas no miótomo acabam por diferenciar-se em miócitos. O miótomo cresce nos estádios subsequentes com a adição progressiva de células estaminais musculares que diferenciam. Com o início da dissociação do dermamiótomo a E10.5, os progenitores que não se diferenciam acabam por migrar para as massas constituídas por miócitos. Entre E11.5 e E14.5, alguns destes progenitores diferenciam-se em mioblastos primários que fundem com os miócitos para formar as fibras primárias- miogénese primária. Durante os estádios subsequentes até ao nascimento, outra porção de células estaminais que se diferencia em mioblastos, desta vez secundários, que se fundem entre si para formas as fibras secundárias, mas também fundem com as fibras primárias. Esta fase é responsável pelo aumento do tamanho das massas musculares, quer em número de fibras quer no tamanho das mesmas. O sistema de inervação do músculo, mais especificamente a formação das junções neuromusculares (NMJs), sinapses especializadas que se formam entre o músculo e o nervo, desenvolve-se em paralelo com a miogénese. O primeiro contacto entre músculo e nervo antecede o início da miogénese secundária. Por esta altura, já existe uma pré-padronização da distribuição dos receptores de acetilcolina (AChR) no músculo, que será posteriormente remodelada. Dado que a miogénese e a inervação são processos interdependentes para o correcto funcionamento do músculo, estes processos requerem uma comunicação estruturada entre o músculo e o nervo. Durante a miogénese secundária (por volta de E16.5) as células musculares estaminais, positivas para Pax7, migram para o espaço existente entre a fibra muscular e a membrana basal. Esta localização é mantida pelas células estaminais musculares que não se diferenciam durante a miogénese in utero e que constituem a população de células satélite, as células estaminais musculares adultas. Dado que estas se encontram em contacto directo com a membrana basal, a matriz extracelular adquire um papel crucial na regulação do comportamento destas células. Os diferentes elementos que constituem a membrana basal, tais como colagénio, perlecano e laminina permitem que as células estaminais musculares reconheçam o microambiente que as envolve. Além do microambiente que providencia à fibra e às células estaminais musculares durante o desenvolvimento do músculo esquelético, a membrana basal é um componente essencial no desenvolvimento das NMJs. De entre os vários componentes da membrana basal, as lamininas são dos componentes mais bem estudados. As lamininas são trímeros, que apresentam uma estrutura cruciforme ou em T com três cadeias: alpha (α), beta (β) e gamma (γ). Actualmente são conhecidas 16 isoformas diferentes denominadas com base na sua constituição. Por exemplo, a laminina 211 é constituída pelas cadeias α2, β1 e γ1. As lamininas ligam-se principalmente a dois tipos de receptores no músculo: (1) integrinas, receptores transmembranar compostos por duas sub-unidades alpha (α) e beta (β); (2) distroglicano, que se liga intracelularmente à distrofina. Durante a miogénese secundária, as principais isoformas presentes no músculo e nas NMJ são, respectivamente, 211, 411, 511 e 221, 421 e 521. Porém, no músculo adulto, a isoforma que permanece a volta das miofibras é a 211, enquanto nas NMJs adultas continuam presentes as isoformas 221, 421, 521, todas elas cruciais para o desenvolvimento e correcto funcionamento do sistema neuromuscular. As lamininas são determinantes desde cedo no desenvolvimento do músculo-esquelético durante a formação do miótomo através do controlo do balanço entre proliferação e diferenciação das células do dermamiótomo. Em estádios mais tardios do desenvolvimento fetal, as lamininas são parte integrante do microambiente das fibras e das células estaminais musculares que parece ser determinante para o crescimento normal das massas musculares. Em paralelo, as lamininas desempenham papel igualmente preponderante durante o desenvolvimento das junções neuromusculares As células estaminais musculares localizadas entre a membrana basal e a fibra representam no músculo adulto a principal fonte da capacidade regenerativa. Para que a reserva de células estaminais musculares não se esgote é necessário garantir que exista um equilíbrio entre a proporção de células que se mantêm quiescentes, as células que são activadas e as células que se diferenciam no momento da regeneração. A membrana basal que hospeda estas células representa um elemento determinante em distintas vias de sinalização que operam no sentido de instruir as células a manterem-se quiescentes, a activar, a proliferar ou diferenciar. A sinalização Notch destaca-se como reguladora deste processo. Quando abolida, as células estaminais musculares diferenciam-se precocemente sem a necessária proliferação que permite manter a população e desta forma a população acaba por esgotar-se. A Distrofia muscular congénita merosina negativa (MDC1A) é um tipo de distrofia causado por mutações no gene LAMA2 que levam à perda das lamininas 211 e 221 da membrana basal das fibras e junções neuromusculares, respectivamente. Esta doença é caracterizada por fraqueza muscular, neuropatia, dificuldades respiratórias, entre outros sintomas. Neste estudo, usámos o modelo de ratinho dyW como modelo de estudo para a MDC1A. Estudos recentes do nosso laboratório demonstraram que no ratinho, o desenvolvimento da MDC1A inicia-se in utero entre E17.5 e E18.5. O início desta distrofia é demarcado por uma diminuição significativa no número de células positivas para Pax7, em paralelo com uma diminuição do crescimento do músculo fetal. O trabalho realizado nesta tese teve como objectivo compreender melhor como é que as células musculares constroiém o seu microambiente e de que forma alterações no microambiente tanto das células musculares como das junções neuromusculares influencia o crescimento do músculo fetal. Numa primeira abordagem, avaliámos a capacidade das células musculares, tanto as células estaminais musculares como as fibras, de produzirem e montarem as matrizes de laminina. Os nossos resultados demonstram que numa fase inicial da miogénese secundária, as células estaminais musculares são as principais produtoras de laminina no músculo e montam as suas matrizes de laminina mesmo na ausência das fibras. Durante fases mais tardias da miogénese secundária, as fibras passam a expressar os diferentes genes de laminina e a sua presença parece ser importante para que as matrizes de laminina sejam mantidas no microambiente das células estaminais musculares. Desta forma, este trabalho revela que as células musculares desempenham papéis diferentes na construção das matrizes de laminina em fases distintas da miogénese secundária e que as células estaminais e as fibras são interdependentes na construção das matrizes de laminina. Numa segunda abordagem, esta tese teve como objectivo compreender em maior detalhe o papel da laminina 221 durante a formação das NMJs e compreeender a sua influência no início/progressão da MDC1A. Para tal, estudámos o desenvolvimento das NMJs durante a miogénese secundária em ratinhos dyW. Os nossos resultados revelam que enquanto as lamininas α2 e α4 não aparentam ter um contacto directo com sinapse a E15.5, as lamininas α5 apresentam uma proximidade com a sinapse. Esta dinâmica não parece estar alterada na ausência da laminina α2 (211/221). Contudo, a nossa análise do desenvolvimento das NMJ na ausência de laminina 221, ainda que preliminar, sugere que a distribuição dos receptores de acetilcolina está alterada e que há uma tendência para que os receptores se encontrem mais dispersos ao longo do músculo na ausência de lamininas α2. Estes resultados apontam para um papel das lamininas na agregação dos receptores junto da fenda sináptica. Em suma, o trabalho desenvolvido ao longo desta tese realça a complexidade das dinâmicas de produção e construção das matrizes de laminina durante a miogénese secundária. Os dados desta tese exemplificam igualmente a diversidade de microambientes aos quais as células estaminais estão sujeitas durante diferentes fases da miogénse secundária. Esta tese analisa em particular o papel das lamininas α2 durante o desenvolvimento das NMJs e fornece novas evidências acerca da influência da inervação do músculo no início da MDC1A.MDC1A is a crippling neuromuscular disease caused by the absence of the α2-chain of laminins 211/221, major components of basement membranes. The onset of this disease during development in utero is marked by impaired muscle growth which correlates with a reduction in the number of mononucleated muscle cells in the fetal muscle masses (Nunes et al., 2017). Skeletal muscle development starts during early embryogenesis, when the dermomyotomal Pax3- and/or Pax7-positive muscle precursors cells are induced to enter the myogenic program and subsequently delaminate from the dermomyotome to form the myotome. Later on, when the dermomyotome dissociates, Pax3- and/or Pax7-positive muscle stem cells are released, some of which differentiate into myoblasts and fuse with myotomal cells or with each other, forming the primary myofibers during primary myogenesis that occurs between E11.5 and E14.5. The primary myofibers later serve as a scaffold for the formation of secondary myofibers and secondary myoblasts fuse with both primary and secondary myofibers to increase their size. Motor axons enter the muscle masses in parallel with primary myogenesis, but it is during secondary myogenesis (between E14.5 until birth) that the nerve contacts the muscle, and proper innervation is essential for normal fetal muscle development. During mid-secondary myogenesis, the Pax7-positive muscle stem cells become closely associated with the myofibers and their basement membrane. Laminin 211 and 221 are assembled around the adult myofiber and synaptic endplate, respectively, and are known to play important roles both in myofiber and neuromuscular junction development. In this thesis we aimed to contribute to the study of the fetal myogenesis defect in dyW mice in two ways: First, we asked what cell types produce laminins during fetal myogenesis. We performed a detailed analysis of laminin production and assembly in fetal muscles at stages preceding the onset of MDC1A. We found that mononucleated cells, including Pax7-positive cells, are a major source of laminins at the beginning of secondary myogenesis, but during later stages of secondary myogenesis, myofibers also express laminin genes. This suggests that Pax7-positive muscle stem cells play a major role in constructing the laminin microenvironment in the fetal muscles. We then used the Myf5cre-NICD mouse model (Mourikis et al., 2012) where Pax7-positive cells are unable to differentiate and thus do not form muscle fibers. We found that Pax7-positive cells at E14.5 produce and assemble laminins 211, 411 and 511, but at E17.5, the capacity to produce laminins is greatly diminished as they only produce laminin 511. These results indicate that Pax7-positive cells at E17.5 require the presence of myofibers to produce and assemble laminins 211 and 411. Second, since it is known that fetal myogenesis depends on innervation, we used the dyW mouse model, which has a mutation in the Lama2 gene, to assess the role of laminin 211/221 during neuromuscular junction development. We found that laminin 521 is closely assembled around the synapse, while laminins 421 is present, but does not seem to be in direct contact with the synapse. In the wildtype, laminin 221 has a distribution like laminin 421. However, our spatial analysis showed that α2-laminin deficient synapses tend to have a less clustered organization compared to wildtype ones and display a deficient AChR patterning. Based on these results, we hypothesize that laminin 221 might play a crucial role in NMJ development and that this may contribute to the onset of the fetal myogenesis defect in dyW mice. Together, our results provide new insights into laminin production and assembly during fetal muscle development and provide new indications into the mechanism underlying disease onset during development in utero in a mouse model for MDC1A

    Orbital anatomy : optic nerve and retrobulbar circulation

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    Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2021Introdução: A anatomia imagiológica do compartimento retrobulbar da órbita, nomeadamente do complexo bainha-nervo óptico e da artéria oftálmica, permite avaliar a dinâmica de fluidos do sistema nervoso central, o que pode ser útil no diagnóstico de patologias como o glaucoma ou a hipertensão intracraniana. A ultrassonografia é um método imagiológico com muitas vantagens, mas a sua aplicação ao estudo da anatomia retrobulbar no cadáver humano e comparação direta com dissecção anatómica nunca foi realizada. Objetivo: Fazer uma revisão da literatura sobre a anatomia retrobulbar, seguida da caracterização das estruturas neurovasculares em disseção anatómica. Estudar ecograficamente a anatomia retrobulbar em cadáver, para correlação com os achados da disseção anatómica e aferição da precisão da ecografia na avaliação do compartimento retrobulbar. Materiais e métodos: Efetuamos uma revisão das estruturas anatómicas presentes no compartimento retrobulbar, de modo a determinar as características fundamentais do nervo óptico e da artéria oftálmica. Procedemos à realização de duas disseções em cadáveres humanos, com o objetivo de integrar os achados com a anatomia macroscópica observada nas dissecções. Aplicamos, ainda, a técnica ecográfica em cadáver, com o intuito de estudar o compartimento retrobulbar. Resultados: Os nervos ópticos apresentaram um trajeto posteromedial ao longo da órbita, desde o globo ocular até à entrada no canal óptico. Os segmentos retrobulbares intra-orbitais dos nervos encontravam-se envolvidos por uma bainha meníngea, com 5mm de diâmetro, quando medidos a uma distância de 3mm posteriormente ao globo ocular. A artéria oftálmica apresentou-se inferior e lateralmente ao nervo óptico na porção proximal da órbita, antes de cruzar o nervo superiormente. Ao longo do seu trajeto, observaram-se vários ramos colaterais da artéria, entre os quais, a artéria central da retina. A artéria central da retina perfurou a bainha do nervo óptico a 5mm do globo ocular, acompanhando a trajetória do nervo até à retina. O estudo ecográfico não permitiu a obtenção de imagens de leitura ou medições da bainha do nervo óptico.Conclusão: Uma melhor compreensão da anatomia neurovascular do espaço retrobulbar poderá contribuir para a otimização de métodos de diagnóstico que permitem a avaliação da dinâmica de fluidos do sistema nervoso central.Introduction: The imagological anatomy of the retrobulbar compartment of the orbit, namely of the complex sheath-optic nerve and ophthalmic artery, allows to evaluate central nervous system fluid dynamics, which can be useful in the diagnosis of conditions such as glaucoma or intracranial hypertension. Ultrasonography is an imaging method with numerous advantages, but its application to study the retrobulbar anatomy in human cadaver and directly compare it with anatomical dissection has never been performed. Objectives: Review of the literature on the retrobulbar anatomy, followed by a characterization of the neurovascular structures in anatomic dissection. Ultrasonographic study of the retrobulbar anatomy in cadaver, to correlate with the dissection findings and assess the accuracy of ultrasound in the evaluation of the retrobulbar compartment. Materials and methods: We revised the anatomical structures in the retrobulbar compartment in order to establish the foundation characteristics of the optic nerve and ophthalmic artery. We also performed two human cadaver dissections to integrate these findings with the macroscopic anatomy observed at dissection. We applied the ultrasonographic technique on cadaver, to study the retrobulbar compartment. Results: The optic nerves had a posteromedial course in the orbit, from the eyeball until reaching the optic canal. Their intra-orbital retrobulbar segment were surrounded by a meningeal sheath, which at a distance of 3mm posterior to the globe had a diameter of 5mm. The ophthalmic artery was located on the inferolateral aspect of the optic nerve in the proximal part of the orbit, before crossing the optic nerve superiorly. Throughout the artery’s trajectory, numerous branches of the ophthalmic artery arouse, among which the central retinal artery. The central retinal artery perforated the optic nerve sheath at a depth of 5mm behind the globe and accompanied the optic nerve’s trajectory to the retina. The sonographic study did not allow the obtention of readable images nor measurements of the optic nerve sheath.Conclusion: A better understanding of the neurovascular anatomy of the retrobulbar space could contribute to the optimization of the diagnostic methods that allow the evaluation of fluid dynamics in the central nervous system

    Prevalence of gastrointestinal parasites and anthelmintic efficacy in sheep and goats under different management and deworming systems in the region of Lisbon and Tagus Valley, Portugal

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    Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina VeterináriaInfections caused by gastrointestinal parasites have been described as one of the most important issues regarding small ruminant production. They induce major losses, causing a reduction in weight gain, poor feed utilization and consequently a decreased productivity. They can also be fatal, so their control measures mean a lot of investment. The main objectives of this study were to characterize the presence and level of parasitism of small ruminants in nine farms located in the region of Lisbon and Tagus Valley, as well as, the presence and level of anthelmintic resistance cases in five of the nine farms. The farms had different types of production and deworming systems, giving a generalized assessment of the current parasitological situation regarding small ruminants in that region. The anthelmintic efficacy study was performed in a dairy goats’ farm using eprinomectin (Eprinex® Pour-on), in two mixed (both sheep and goats) farms using fenbendazole (Panacur® 2,5%) and in two sheep flocks using an association of closantel and mebendazole (Seponver® Plus). The overall presence of gastrointestinal parasites in the nine farms was 89%. All farms were found to have positive animals to at least one type of gastrointestinal parasite, which pronounces a widespread infection with gastrointestinal parasites in the region. The most frequent encountered eggs were from strongyle type, followed by oocysts of Eimeria spp., eggs from Strongyloides papillosus and Moniezia expansa. Regarding the ranking of the parasitism level based on the eggs per gram (EPG) counts, five farms had more than 50% of the animals ranked in the low level of infection category (with less than 500 EPG), three farms had all three types of classifications with similar proportions (about 35%) and one farm had 75% of the animals ranked in the high level of infection category, with more than 1500 eggs per gram. Regarding the anthelmintic efficacy study, four out of five farms where the study was conducted presented anthelmintic resistance: two farms against fenbendazole and two farms concerning the association of closantel and mebendazole. The present study shows that even though there was a generalized infection by gastrointestinal parasites in the region, this infection appeared not to have fatal repercussions when at low levels. However, when anthelmintic efficacy was required it was not at the levels as it was supposed to be, according to the literature the first one to be reported in in the region of Lisbon and Tagus Valley, which announces an increase of anthelmintic resistant nematode strains in small ruminant production in our country.ABSTRACT - As infeções provocadas por parasitas gastrointestinais têm sido descritas como um dos fatores mais importantes relacionados com a produção de pequenos ruminantes. Estas provocam graves prejuízos, reduzindo o ganho médio diário e a utilização dos alimentos, levando uma menor produtividade. Estas infeções podem também tornar-se fatais, pelo que as suas medidas de controlo exigem grandes investimentos. Uma das condutas mais comuns para ultrapassar esta situação prende-se com o uso frequente e desnecessário dos anti-helmínticos, sem avaliar a real necessidade da sua aplicação. Todavia, uma vez que esta atividade leva ao aparecimento e aumento das resistências por parte dos parasitas, esta prática requer uma avaliação e consequente alteração. Por forma a adequar a abordagem ao seu controlo, torna-se imperativo o conhecimento dos parasitas gastrointestinais mais comuns na produção dos pequenos ruminantes. Estes consistem em protozoários do Filo Apicomplexa, helmintes da Classe Trematoda, da Classe Cestoda e do Filo Nematoda. No Filo Apicomplexa temos Eimeria spp., um género de coccídia transmitido através da contaminação fecal de comida e água. Trata se de um parasita intracelular, que destrói as células do seu hospedeiro e que provoca doença sobretudo em animais jovens ou debilitados. Cryptosporidium sp., também pertencente ao Filo Apicomplexa, trata-se de um parasita que infeta as células epiteliais do trato gastrointestinal de mamíferos, aves, répteis e peixes. Algumas espécies podem ser zoonóticas, o que aumenta a sua importância quando se lida com animais potencialmente infetados ou com águas potencialmente contaminadas. A Classe Trematoda compreende duas subclasses principais: Monogena e Digenea. Na subclasse Digenea, encontramos parasitas com um estilo de vida heteroxeno, ou seja, que requerem um hospedeiro intermediário (moluscos) e que apenas parasitam vertebrados. É o caso da Fasciola hepatica, de distribuição cosmopolita e que pode ser encontrado no fígado e ductos biliares de mamíferos herbívoros e de humanos. Os seus ovos são eliminados com a bílis para o lúmen intestinal e para o exterior através das fezes. Dicrocoelium dendriticum também se trata de um trematode encontrado nos ductos biliares de ruminantes, camelídeos, coelhos e outros mamíferos. Na Classe Cestoda encontramos parasitas achatados e segmentados, cujas formas adultas são hermafroditas. Nesta Classe inclui-se o género Moniezia, de distribuição cosmopolita e cujo ciclo de vida se inicia com a ingestão pelo hospedeiro intermediário de fezes contaminadas com ovos de Moniezia spp. Por fim, no Filo Nematoda, encontramos predominantemente parasitas de corpo cilíndrico e com um ciclo de vida direto. Neste Filo inserem-se os géneros Haemonchus, Teladorsagia, Trichostrongylus, Cooperia, Nematodirus, Chabertia, Oesophagostomum, Bunostomum, Trichuris e Strongyloides. Atualmente existem três principais grupos de anti-helmínticos utilizados no tratamento das helmintoses nos pequenos ruminantes: os benzimidazóis, como o febendazol, albendazol e mebendazol; as lactonas macrocíclicas como a ivermectina, eprinomectina e moxidectina e os Imidazotiazóis como o levamisol. Existe ainda o grupo das Salicinalinidas e fenóis substitutos onde se insere o closantel. Não obstante, o seu uso indiscriminado tem levado ao desenvolvimento de resistências aos anti-helmínticos, que tem vindo a ser reportado a nível mundial, sobretudo no grupo dos benzimidazóis e das lactonas macrocíclicas; estas estirpes resistentes de nematodes gastrointestinais têm sido encontradas nos Estados Unidos da América, no Brasil, em África, na Austrália, Nova Zelândia e Europa. Para o aparecimento das resistências contribui o facto de que, embora sejam vistos e tratados como semelhantes, os ovinos e os caprinos diferem entre si de diversas formas, sendo que os caprinos possuem uma taxa metabólica superior e requerem, portanto, doses superiores no que diz respeito à administração de fármacos. A maioria dos anti helmínticos não se encontram licenciados para esta espécie e as doses apropriadas para a mesma são raramente conhecidas. Os caprinos geralmente requerem doses 1.5 a 2 vezes superior à dos ovinos, contudo, uma vez que são tratados conjuntamente e de acordo com a dose recomendada para estes últimos, acabam por receber uma dose inferior à necessária, promovendo o aparecimento da resistência anti-helmíntica. O aparecimento de estirpes de nematodes resistentes aos anti-helmínticos tem sido frequentemente reportado em pequenos ruminantes, o que levou à necessidade de criar novas abordagens no controlo e tratamento das parasitoses. Um ponto fundamental para o combate à resistência anti-helmíntica trata-se da manutenção da população em refúgio, constituída pelos parasitas presentes em animais não tratados, pelas suas fases de vida livre (por exemplo, na pastagem) e pelos seus estádios não afetados pelo tratamento. Sugere-se então que um produtor, aquando da passagem dos animais para o pasto, deverá deixar os animais mais saudáveis por tratar, para que os parasitas suscetíveis possam sobreviver e reproduzir-se com parasitas resistentes, propagando assim os genes suscetíveis e atrasando o desenvolvimento da resistência aos anti helmínticos. Além da manutenção da população em refúgio, outras medidas deverão ser implementadas, tais como: a aplicação do método FAMACHA©, suplementação com proteína por forma a aumentar a resistência e resiliência ao parasitismo, a introdução de fungos nematófagos na alimentação, formulação de vacinas, o uso de plantas com propriedades anti-helmínticas e a seleção de animais resistentes ao parasitismo. A situação de resistência aos anti-helmínticos na produção de pequenos ruminantes em Portugal é desconhecida, pelo que os principais objetivos deste estudo foram caracterizar a presença e o nível de parasitismo de pequenos ruminantes em nove explorações localizadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, assim como avaliar a presença e o nível de resistência anti-helmíntica em cinco das nove explorações. As explorações selecionadas possuíam diferentes sistemas de produção e desparasitação, por forma a demonstrar de uma forma generalizada o estatuto parasitário dos pequenos ruminantes na região. Uma exploração encontrava-se localizada no distrito de Lisboa, uma no distrito de Setúbal e sete no distrito de Santarém. Quatro das explorações encontravam-se em regime intensivo e cinco em regime extensivo, sendo que das primeiras, duas eram constituídas apenas por caprinos, uma por ovinos e uma por ambas as espécies, ou seja, mista. As explorações extensivas eram constituídas por três rebanhos de ovinos e dois rebanhos mistos. As idades dos animais estavam compreendidas entre os seis meses e os nove anos e as colheitas foram efetuadas entre Setembro de 2018 e Janeiro de 2020. As fezes foram colhidas diretamente da ampola retal dos animais e identificadas e analisadas individualmente, por forma a averiguar o nível de parasitismo através da contagem de ovos por grama pela técnica de McMaster. Foram também realizadas coproculturas para averiguar os géneros de estrôngilos gastrointestinais predominantes. O estudo da eficácia anti-helmíntica foi realizado numa exploração de cabras leiteiras recorrendo à eprinomectina (Eprinex® Pour-on), em duas explorações mistas recorrendo ao uso de febendazol (Panacur® 2,5%) e em duas explorações de ovinos usando uma associação de closantel e mebendazol (Seponver® Plus). A presença geral de parasitas gastrointestinais nas nove explorações foi de 89.27%, com uma diferença significativa entre ovinos e caprinos (76.85% e 92.78%, respetivamente). Todas as explorações demonstraram ter animais positivos a pelo menos um tipo de parasita gastrointestinal, o que revela uma infeção generalizada por parasitas gastrointestinais na região. Os ovos detetados com maior frequência foram os do tipo estrongilídeo (88.88%), seguido de oocistos de Eimeria spp. (66.66%), ovos de Strongyloides papillosus (55.55%) e de Moniezia expansa (11.11%). A média da contagem de ovos por grama (OPG) nos ovinos foi de 2029, com contagens com valores entre 0 e 21300. Nos caprinos, a média de OPG foi de 606 com contagens com valores entre 0 e 5850. Em relação à contagem dos oocistos por grama (OOPG), foram encontradas médias de 47 OOPG, com valores entre 0 e 2500, e 109 OOPG, com valores entre 0 e 850, respetivamente. Na classificação do nível de parasitismo baseado na contagem de OPG, cinco explorações tiveram mais de 50% dos seus animais classificados no nível baixo de infeção (menos de 500 OPG), três explorações tiveram os três tipos de classificação em proporções idênticas e uma exploração teve 75% dos seus animais classificados no nível alto de infeção, com mais de 1500 OPG. Por fim, no estudo da eficácia dos anti-helmínticos, quatro das cinco explorações apresentaram resistência: duas ao febendazol e duas à associação de closantel e mebendazol. O presente estudo demonstrou que embora se tenha observado uma infeção generalizada por parasitas gastrointestinais na região, esta infeção não revelou ter repercussões fatais quando se encontrava em níveis baixos. Contudo, quando foi necessária a eficácia dos anti-helmínticos, esta não se encontrou aos níveis esperados, e segundo a literatura, a primeira a ser reportada na região de Lisboa e Vale do Tejo, o que sugere um aumento de estirpes de nematodes resistentes aos desparasitantes no nosso País.N/

    The effectiveness of sales promotion techniques on consumer buying behavior of generation Y

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    Sales promotion are increasingly becoming a powerful communication tool for marketers to connect with costumers. Notwithstanding, little is known about how Generation Y responds to sales promotion. To address this concern, this paper attempts to find out the major dimensions of consumers’ perception about the benefits derived from sales promotion and the influence of Word-of-mouth (WOM) on purchase intention. A convenience sample of 564 Generation Y was taken over a quantitative research, following a descriptive research design. Structural Equation Modeling approach was used to test the proposed model. The findings of the study revealed the perception of monetary savings, opportunities for value-expression and WOW as key-drivers of buying intention behavior. The findings will contribute to companies to select the appropriate types of premiums that greatly influence the buying behavior of Generation Y. By this, marketers could become more competitive and more efficient, satisfying consumers’ needs

    Adsorption equilibria of flue gas components on activated carbon

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    Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Química e Bioquímic

    Representações sociais da velhice

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    O estudo analisa as representações da velhice a partir de uma amostra de pessoas idosas e de cuidadores/as formais. Os instrumentos utilizados na recolha dos dados foram o Inquérito por Questionário e o Teste de Associação Livre de Palavras. A hipótese de trabalho que formulámos é a de que a representação da velhice, sendo uma construção social, traduz uma conceptualização negativa induzida pela consciência coletiva da sociedade marcadamente caracterizada por uma ideia negativa da velhice enquanto figuração do fim da vida ativa. Em concordância com a nossa hipótese de trabalho, os resultados revelam a prevalência de estereotipia idadista associando-se a velhice, em ambos os grupos investigados, a atributos de cariz negativo nomeadamente solidão, doença e dependência. As representações aferidas não serão alheias ao modelo societário que é maléfico para a velhice, onde se rejeita o que é velho (Bosi, 1983). É, contudo, nossa convicção que as melhorias verificadas na qualidade de vida, a par da nova narrativa discursiva do envelhecimento (produtivo, saudável, bem-sucedido, positivo e ativo), poderão vir a metamorfosear o campo representacional da “velhice” aligeirando a sua carga negativa.This study analyses the representations of old age from a sample of elderly and formal caregivers. The instruments used in the collection of data were the Survey Questionnaire and the Free Association Test words. The working hypothesis formulated is that the representation of elderly, being a social construction, reflects a negative conceptualization induced by the collective consciousness of society significantly characterized by a negative perception of old age while figuring the end of active life. Consistent with our hypothesis, the results reveal the prevalence of negative stereotyping of ageism associating old age, in both groups investigated, to the attributes of negative evaluative nature including loneliness, illness and dependence. The verified social representations will not be foreign to the corporate model that is harmful to old age, which rejects what is old (Bosi, 1983). However, it is our belief that the improvements in quality of life, along with the new ageing discursive narrative (productive, healthy, successful, positive, active), are likely to metamorphose the representational field of “old age” easing the its negative charge.(undefined
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