3,649 research outputs found

    Babel da floresta, cidades dos brancos? Os Marubo no trânsito entre dois mundos

    Get PDF
    Este artigo trata da relação entre povos indígenas e as cidades através da análise do caso marubo, povo do Vale do Javari (AM) falante de língua da família Pano. O artigo tem por objetivo investigar os pressupostos do xamanismo e da mitologia mobilizados na compreensão das cidades, dos deslocamentos e da alteridade. Lançando mão das contribuições recentes da etnologia americanista, pretende-se oferecer parâmetros para a análise de problemas conceituais envolvidos no entrecruzamento dos pressupostos indígenas e não-indígenas sobre territórios, mudança e diferença.This paper aims to explore the relationship between indigenous populations and urban spaces through a case study centrered on the Marubo, a Panoan-speaking people of the Vale do Javari indigenous reservation (Amazonas state, Brazil). The paper investigates the shamanistic and mythological backgrounds mobilized in the comprehension of cities, spacial displacements and relations with alterity. Through the recent contributions of lowland south-american ethnology, this study offers parameters to the analysis of conceptual problems related to the crossing of indigenous and non-indigenous pressupositions about territories, change and difference

    Los expertos del sistema medico Sanumá-Yanomami : chamanismo como la guerra, la arte y la curación

    Get PDF
    Colaboração editorial da Faculdade de Ciência da Informação (FCI) da Universidade de Brasília.O xamanismo Sanumá está baseado na capacidade do xamã em controlar seus seres auxiliares e em trocar e absorver o conhecimento de outras criaturas. Como um dínamo e artista, o xamã potencializa tudo o que encontra, conhece e interage para se fortalecer, curar e controlar as agressões no cosmos. _________________________________________________________________________________ ABSTRACTSanumá shamanism is based on the ability of the shaman to control his assistants beings and to exchange and absorb the knowledge of other creatures. As a dynamo and artist, shaman enhances everything he finds, knows and interacts to strengthen himself, heal the others and manage aggression in the cosmos. _________________________________________________________________________________ RESUMENSanuma chamanismo se basa en el habilidad del chamán para controlar sus seres auxiliares y intercambiar y absorber el conocimiento de otras criaturas. Como un dínamo y artista, chamán mejora todo lo que encuentra, sabe e interactúa para fortalecer, curar y controlar la agresividad en el cosmos

    Xamanismo e conhecimento : um breve olhar sobre o fenómeno do xamanismo nas culturas índias norte-americanas

    Get PDF
    Livro de homenagem à professora Maria Laura Bettencourt Pire

    A welsh perspective

    Get PDF
    O xamanismo, de uma forma ou de outra, existe em todo o mundo em muitas culturas diferentes. É um fenómeno que existe há milhares de anos e é considerado uma das primeiras formas de religiosidade. Foi estudado com vários graus de intensidade, no entanto, a investigação continua a desenvolver-se, pois permanece incompleta. Um contexto mais amplo e mais sólido ainda é necessário para disciplinas como a Arqueologia para identificar este fenómeno em várias vertentes. O trabalho aqui apresentado pretende fornecer esse contexto e explorar a presença e a importância do xamanismo na paisagem para as sociedades pré-históricas. O processo passou por analisar vários enterramentos que apresentam algumas características xamânicas. O conhecimento etnográfico atual será aplicado a uma seleção de locais no noroeste do País de Gales, tendo em conta que há boas evidências arqueológicas empiristas nestes locais. Tendo em conta a formação antropológica do signatário deste trabalho, a intenção será aplicar algumas teorias baseadas nas Humanidades que envolvem o xamanismo como parte desses monumentos enigmáticos, cujas histórias remontam a cerca de 5000 anos. É importante que se entenda a funcionalidade desses monumentos além das evidências arqueológicas. Os sítios considerados neste trabalho incluem: Bachwen, Barclodiad y Gawres, Bryn Celli Ddu, Llwydiarth Esgob, Maen Catwg, Trefael e Trellyffaint (todos no País de Gales)

    Performance reviews

    Get PDF

    A regulação/regulamentação da ayahuasca como fluidez entre o religioso e o político

    Get PDF
    1º Congresso Internacional Epistemologias do Sul: perspectivas críticas - 7 a 9 de novembro de 2016, realizada pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).A palavra ayahuasca é proveniente do quéchua, idioma oficial do Tawantinsuyu o império inca 3 . Atualmente mais de oito milhões de pessoas na América Latina tem o quéchua como língua materna, sendo este o idioma indígena mais usado na região. A extensão desse uso se deve tanto ao alcance territorial de dito império, quanto à ação dos colonizadores, especialmente dos missionários religiosos que traduziram e sistematizaram o quéchua a fim de utilizá-lo na catequização dos nativos (UNICEF 2009: 85)

    O futuro de Deus

    Get PDF
    Esta conferência é um longo comentário ao Canon Episcopi, de Regino de Prüm. Defende-se que só existe uma forma de religião em todos os povos da terra. Esta tese é rara e está contra todas as ideias habituais sobre a diversidade religiosa dos povos. Defende-se, igualmente, que a religião organizada tem afinidades muito profundas com a ciência moderna e que, de facto, uma é um rosto da outra. Esta tese também é rara e está contra todas as ideias habituais sobre a ciência moderna. Tendo isto em atenção, propõe-se uma reflexão sobre o futuro de Deus e o futuro dos seres da Criação. Sem ambiguidade, é defendida a ideia de que o futuro do Primeiro não é tão brilhante quanto o futuro dos segundos

    A autora como xamã ou o que deve a arte de Andujar aos Yanomami?

    Get PDF
    Resumo: O texto propõe a fórmula “autora como xamã” para afirmar a presença do xamanismo ameríndio na elaboração da série fotográfica Sonhos (2002-2004) de Claudia Andujar. Para isso, dividimos a argumentação em três momentos. Na primeira parte, recuperamos os textos de Walter Benjamin e Hal Foster sobre a figura do autor - “O autor como produtor” ([1934] 2012) e “O artista como etnógrafo” ([1996] 2017) -, cotejando seus argumentos sobre o engajamento político do artista com as reflexões de Gayatri Spivak ([1985] 2010) sobre as preocupações do autor pós-colonial. Na segunda parte, analisamos as fotografias Desabamento do céu / Fim do mundo e Guerreiro de Tootobi conjuntamente à bibliografia acerca da série Sonhos, enfatizando o débito conceitual de Andujar com o xamanismo. Por fim, na terceira parte, propomos a noção de “autora-xamã” a partir de três características do xamanismo no contexto amazônico: a função tradutora do xamã; o xamanismo como potência relacionada à visão e ao conhecimento ameríndios; e o caráter relacional da política e da influência do xamã. Dessa forma, pensamos a arte de Claudia Andujar como uma arte com os Yanomami – e não uma arte sobre os Yanomami. Palavras-chave: Claudia Andujar; xamanismo; autor; Arte

    JEGUATÁ: O CAMINHAR ENTRE OS GUARANI

    Get PDF
    In this article the guarani ‘walk’ is elected as reflection’s object as from ethnographical frequentation in some spaces where mbyá and nhandeva groups can be actually found and circulating in eastern Rio Grande do Sul. As a specific form of mobility based on differentiated lecture of the elements in space, jeguatá or just guatá, (walk in the guarani idiom) will be here analyzed in interface with shamanism, as a cosmopolitical form through whichspaces are understood, forefront the presence and absence, and consequently alterity’s influence as identified by these groups.RESUMO: Neste artigo o ‘caminhar’ guarani é eleito como objeto de reflexões a partir da freqüentação etnográfica de alguns espaços onde se encontram e circulam atualmente grupos mbyá e nhandeva na região leste do Rio Grande do Sul. Enquanto forma de mobilidadeespecífica pautada por leituras diferenciadas dos elementos do espaço, o jeguatá ou somente guatá (caminhar no idioma guarani) será aqui analisado em sua interface com o xamanismo, enquanto forma de cosmopolítica através da qual os espaços são entendidos, frente à presença e ausência, e conseqüente influência, das alteridades identificadas por estes grupos
    corecore