145 research outputs found

    Obesidade da genética ao ambiente

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    A obesidade é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um importante problema de saúde pública, afectando crianças, adolescentes e adultos (WHO, 1998). Os dados do International Obesity Task Force (2000) mostraram que, nos últimos anos, a prevalência de obesidade tem aumentado significativamente em várias regiões do mundo, sendo responsável, em grande parte, pelo aumento da mortalidade e morbilidade com implicações significativas no indivíduo, na família e na comunidade (Dietz et al, 1999; Cole et al, 2000)

    Satisfação profissional dos enfermeiros de um hospital da Região Centro

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    Enquadramento: A satisfação profissional, nas últimas décadas, tem sido considerada crucial na melhoria do desempenho das organizações e pela influência que tem sobre o trabalhador. A satisfação influencia a saúde física e mental, as atitudes, o comportamento profissional e social, com repercussões na vida pessoal, familiar e laboral. Mudanças socioeconómicas e laborais têm sido responsáveis por um desgaste físico e mental dos enfermeiros, com consequências na satisfação profissional e com reflexo na qualidade dos cuidados prestados e bem-estar individual. Objetivos: Avaliar a satisfação profissional dos enfermeiros e identificar variáveis sociodemográficas e profissionais que influenciam a satisfação profissional. Métodos: Realizámos um estudo transversal com 192 enfermeiros de um hospital da região centro do país. A média de idades dos profissionais foi de 39.32 ±7.99 anos, a maioria do sexo feminino (75,5%), a viver na cidade, casado, com a categoria de “enfermeiro”, a desempenhar funções de prestação de cuidados em horário rotativo, com um contrato de trabalho de funções públicas e a exercer a profissão há 15.96 ±7.54 anos. Para a recolha de dados utilizámos um questionário com questões para avaliação das características sociodemográficas, profissionais e para avaliar a satisfação profissional utilizámos a Escala de Satisfação Profissional (Pereira, 2010). Resultados: A maioria dos enfermeiros referiu insatisfação profissional (53.65%). Os enfermeiros que apresentam índices superiores de satisfação profissional pertencem ao género masculino (p=0,002). A variável género é aquela que influencia o maior número de dimensões da satisfação profissional. Não encontrámos diferenças significativas entre a satisfação profissional e a idade (p=0,923) nem com a relação conjugal (p=0,892). Nas variáveis profissionais também não encontramos diferenças significativas com categoria profissional (p=0,410), o exercício de funções de gestão (p=0,542 e o tipo de horário (p= 0,193). Conclusões: Mais de metade dos enfermeiros apresentou insatisfação profissional, sendo o sexo feminino o mais insatisfeito. Emerge assim a necessidade da implementação de estratégias interventivas, no sentido da melhoria da satisfação profissional dos enfermeiros

    Comportamentos de saúde oral em adolescentes portugueses

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    Introdução: A frequência da escovagem, a utilização do fio dentário e a consulta regular ao médico dentista são importantes determinantes de saúde oral. O objetivo deste estudo foi caracterizar os comportamentos de saúde oral numa amostra de adolescentes portugueses, mais especificamente a prevalência de escovagem, a utilização de fio dentário e as consultas regulares ao médico dentista, e estabelecer a associação destes comportamentos com aspetos sociodemográficos. Participantes e métodos: Realizámos um estudo transversal onde avaliámos os alunos de 26 escolas públicas do terceiro ciclo e secundário do distrito de Viseu. Em cada escola avaliámos todos os adolescentes do 7.◦ ao 12.◦ ano de escolaridade. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário autoaplicado e respondido pelos adolescentes em sala de aula, contendo questões referentes a comportamentos de saúde oral e estatuto socioeconómico. Dos 8768 distribuídos, recolhemos 7644 (87,2%). Foram excluídos da análise os questionários sem informação para o sexo e para a idade, bem como os que correspondiam a idades inferiores a 12 ou superiores a 18 anos. Ficámos com uma amostra final de 7563 adolescentes (4117 do sexo feminino). Resultados: A prevalência de escovagem (2 ou mais vezes por dia) é de 23,5%, mais frequente no sexo feminino (25,5 vs. 21,2%, p 12 anos = 44,2%, p < 0,01) e à área de residência (urbano = 36,9%, rural = 16,7%, p<0,01). A utilização diária do fio dentário é referida por 4,4% dos adolescentes, mais frequente no sexo feminino (4,6 vs. 4,1%, p < 0,05). 37,1% dos adolescentes referem nunca terem utilizado o fio dentário, 40,5% referem utilizá-lo às vezes e 18,1% desconhecem o fio dentário. 86,7% dos adolescentes referem ter consultado um médico dentista, uma ou mais vezes durante a vida e 55,0% referem que o fizeram nos últimos 12 meses. As razões mais frequentes para a ida à consulta nos últimos meses foram: consulta de rotina (49,8%), odontalgias (27,8%) e tratamentos dentários (21,6%)

    Epidemiologia da insónia em adolescentes: do diagnóstico de situação à intervenção

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    RESUMO - Introdução: Os problemas do sono, designadamente a insónia, os sintomas de insónia, os padrões de sono inadequados e a sonolência diurna, são frequentes na adolescência. Estes problemas estão frequentemente associados a múltiplos fatores, entre os quais estilos de vida e fatores ambientais, e apresentam consequências significativas na vida do adolescente e posteriormente na idade adulta. O sono e as suas perturbações deveriam constituir uma preocupação para os profissionais da saúde e da educação com o objetivo de tornar os hábitos de sono saudáveis num estilo de vida - com benefícios calculáveis como os associados a outros estilos de vida saudáveis (alimentação e exercício físico). Em Portugal, os estudos sobre problemas do sono em adolescentes são escassos, bem como as intervenções individuais e comunitárias no âmbito da higiene do sono. Os objetivos desta investigação foram estimar a prevalência de insónia e de sintomas de insónia em adolescentes, identificar fatores de risco e protetores dos sintomas de insónia, analisar as repercussões dos sintomas de insónia, caracterizar os padrões de sono dos adolescentes do distrito de Viseu e elaborar uma proposta de intervenção destinada à promoção da higiene do sono adaptada às características dos adolescentes do distrito de Viseu. Métodos: Realizou-se um estudo transversal onde se avaliaram alunos de vinte e seis escolas públicas do terceiro ciclo e secundário do distrito de Viseu, durante ano letivo 2011/2012. A recolha dos dados foi efetuada através de um questionário autoaplicado e respondido pelos alunos em sala de aula. Foram considerados elegíveis para participar no estudo todos os alunos que frequentassem entre o 7.º e o 12.º ano de escolaridade e tivessem idades entre os 12 e os 18 anos. Dos 9237 questionários distribuídos recolheu-se 7581 (82,1%). Foram excluídos da análise os questionários relativos a adolescentes com idade inferior a 12 ou superior a 18 anos e os questionários devolvidos por preencher. A amostra global foi constituída por 6919 adolescentes, sendo 3668 (53,2%) do sexo feminino. A insónia foi definida com base na presença, no mês prévio, dos sintomas de insónia definidos nos critérios do DSM-IV (dificuldade em adormecer, dificuldade em manter o sono, acordar muito cedo e ter dificuldade em voltar a adormecer e sono não reparador) com uma frequência de pelo menos três vezes por semana e associados a consequências no dia-a-dia. A qualidade de vida foi avaliada com recurso à escala de qualidade de vida SF-36; a sintomatologia depressiva através do Inventário de Depressão de Beck para adolescentes (BDI-II) e a sonolência diurna utilizando a Escala de Sonolência de Epworth (ESE). Para responder ao último objetivo foi elaborada uma proposta de intervenção individual e comunitária no âmbito da higiene do sono. A proposta resulta da evidência científica, dos resultados da presente investigação e de reuniões com profissionais da saúde e da educação. Resultados: No total da amostra, a prevalência de insónia foi de 8,3% e de sintomas de insónia foi de 21,4%. A prevalência de insónia foi superior no sexo feminino (10,1% vs. 5,9%; p<0,001) assim como a prevalência de sintomas de insónia (25,6% vs. 15,8%; p<0,001). Individualmente, todos os sintomas foram mais prevalentes no sexo feminino, sendo a diferença estatisticamente significativa (p<0,001). Em média os adolescentes dormiam, durante a semana, 8:04±1:13 horas. A prevalência de sono insuficiente (< 8 horas) foi de 29%. Apenas 6,4% dos adolescentes indicaram que se deitavam todas as noites à mesma hora. A prevalência de sintomatologia depressiva foi de 20,9% (26,0% nas raparigas e 15,1% nos rapazes, p<0,001). A prevalência de sonolência diurna foi de 33,1%, apresentando o sexo feminino um risco superior (OR=1,40; IC95%: 1,27-1,55). A prevalência de sintomatologia depressiva e de sonolência diurna foi superior entre os adolescentes com sintomas de insónia (48,2% vs. 18,8%, p<0,001 e 42,4% vs. 33,0%, p<0,001, respetivamente). Os adolescentes com sintomas de insónia apresentavam igualmente pior qualidade de vida. Em relação a outras repercussões no dia-a-dia, foram os adolescentes com sintomas de insónia que referiam mais vezes sentir dificuldade em levantar-se de manhã, acordar com cefaleias, acordar cansado e recorrer a medicação para dormir. Nos rapazes os sintomas de insónia associaram-se com o IMC. Após o ajustamento para o sexo e idade com recurso à regressão logística verificou-se uma associação entre sintomas de insónia e sexo feminino [OR ajustado(idade)= 1,82; IC95%: 1,56-2,13], idade ≥16 anos [OR ajustado(sexo)= 1,17; IC95%: 1,01-1,35], residência urbana (OR ajustado= 1,30; IC95%: 1,04-1,63), consumo de café (OR ajustado= 1,40; IC95%: 1,20-1,63), consumo de bebidas alcoólicas (OR ajustado= 1,21; IC95%: 1,03-1,41) e sintomatologia depressiva (OR ajustado= 3,59; IC95%: 3,04-4,24). Quanto à escolaridade dos pais, verificou-se uma redução do risco com o aumento da escolaridade dos pais (5º-6º ano OR ajustado= 0,82; IC95%: 0,64- 1,05; 7º-12º ano OR ajustado= 0,77; IC95%: 0,61-0,97; >12º ano OR ajustado= 0,64; IC95%: 0,47-0,87). Após uma análise multivariada, o modelo preditivo para a ocorrência de sintomas de insónia incluiu as variáveis sexo feminino, viver em meio urbano, consumir café e apresentar sintomatologia depressiva. Este modelo apresenta uma especificidade de 84,2% e uma sensibilidade de 63,6%. O sono insuficiente associou-se, após ajuste para o sexo e idade, com o ano de escolaridade, estado civil dos pais, determinados estilos de vida (consumo de café, tabagismo, consumo de álcool, consumo de outras drogas, sair à noite, presença de TV no quarto e número de horas despendido a ver televisão e no computador), latência do sono, sesta > 30 minutos, horários de sono irregulares e com a toma de medicamentos para dormir. Os resultados deste estudo constituem um diagnóstico de situação relativamente aos problemas de sono em adolescentes no distrito de Viseu. Tendo por base os princípios da Carta de Ottawa relativamente à promoção da saúde, a proposta elaborada visa a implementação de estratégias de prevenção agrupadas em intervenções individuais, comunitárias e sobre os planos curriculares. As intervenções baseiam-se na utilização das tecnologias da informação e comunicação, no contexto da nova arquitetura na esfera pública da saúde conducente aos sistemas personalizados de informação em saúde (SPIS). Conclusões: Registou-se uma elevada prevalência de insónia e sintomas de insónia entre os adolescentes do distrito de Viseu, superior no sexo feminino. A presença de sintomas de insónia esteve associada, sobretudo, a determinados estilos de vida e à ausência de higiene do sono. Os problemas de sono em adolescentes, devido à sua frequência e repercussões, devem constituir uma preocupação em termos de saúde pública e constituir uma prioridade nas estratégias de educação para a saúde. Os 9 princípios da intervenção delineada visam uma abordagem preventiva de problemas de sono - através da ação conjunta de profissionais da saúde e da educação, de elementos da comunidade e com o indispensável envolvimento dos adolescentes e da família -, procurando instituir os hábitos de sono saudáveis como um estilo de vida.ABSTRACT - Introduction: Sleep disorders, namely insomnia, insomnia symptoms, inadequate sleep patterns and daytime sleepiness, are frequent in adolescents. These problems are frequently associated to various factors, among which lifestyle and environmental factors, and present substantial consequences during adolescence and adulthood. Sleep and sleep disorders should be a constant concern for health and education professionals with the objective of building healthy sleep habits into a life style – with measurable benefits as those associated to other healthy life styles (diet and physical activity). In Portugal there is little investigation on sleep disorders among adolescents, as well as rare individual or community interventions on sleep hygiene. The objectives of this investigation were to estimate the prevalence of insomnia and insomnia symptoms among adolescents, identify risk and protective factors for insomnia symptoms, examine the repercussions of insomnia symptoms, characterize sleep patterns among adolescents from the district of Viseu and elaborate a proposal of intervention for the promotion of sleep hygiene adjusted to the characteristics of the adolescents of the district of Viseu. Methods: We carried out a cross-sectional study evaluating students from twenty-six public secondary schools from the district of Viseu during 2011-2012 academic year. Data gathering was done using a self-applied questionnaire answered by the students in the classroom. All students from the 7th to the 12th grade and aged 12 to 18 years were eligible. From 9237 questionnaires distributed we collected 7581 (82.1%). All unfilled questionnaires and those from students younger than 12 years old or older than 18 years old were excluded from analysis. The final sample was made of 6919 adolescents, of which 3668 (53.2%) were females. Insomnia was defined based on the presence, on the preceding month, of insomnia symptoms as defined by DSM-IV criteria (difficulty initiating sleep, difficulty maintaining sleep, early morning awakening and non-restoring sleep) at least three times per week and resulting in daily life consequences. Quality of life was evaluated with the quality of life health survey SF-36, depressive symptomatology with Beck’s Depression Inventory for adolescents (BDI-II) and daytime sleepiness with the Epworth Sleepiness Scale. To accomplish the final objective we elaborated a proposal for an individual and communitarian intervention regarding sleep hygiene. This proposal derives from scientific evidence, the results of our investigation and meetings with health and education professionals. Results: The prevalence of insomnia in the whole sample was 8.3% and the prevalence of insomnia symptoms was 21.4%. The prevalence of insomnia was superior in females (10.1% vs. 5,9%; p<0.001) as was the prevalence of symptoms of insomnia (25.6% vs. 15.8%; p<0.001). Each of the symptoms was more prevalent in the female sex, with statistical significance (p<0,001). Average sleep time, on weeknights, was 8:04±1:13 hours. The prevalence of insufficient sleep (< 8h) was 29%. Only 6.4% of adolescents conveyed having a regular timetable to go to bed. The prevalence of depressive symptomatology was 20.9% (26.0% in girls and 15.1% in boys, p<0.001). The prevalence of daytime sleepiness was 33.1%, with a superior risk in the female sex (OR= 1.40; CI95%: 1.27-1.55). Both the prevalence of depressive symptomatology and daytime sleepiness were superior in adolescents with insomnia symptoms (48.2% vs. 18.8%, p<0,001 and 42.4% vs. 33.0%, p<0,001, respectively). Adolescents with insomnia symptoms also experienced a lower quality of life. Concerning other daily life repercussions, adolescents with symptoms of insomnia were more prone to complain of difficulty getting up in the morning, waking up with headache, waking up feeling tired and consuming sleeping pills. Symptoms of insomnia were associated with BMI in males. After adjustment for sex and age with logistic regression it became evident the association of insomnia and female sex [adjusted(sex) OR= 1.82; CI95%: 1.56-2.13], age ≥16 years [adjusted(age) OR= 1.17; CI95%: 1.01-1.35], urban residence (adjusted OR= 1.30; CI95%: 1.04-1.63), coffee consumption (adjusted OR= 1.40; CI95%: 1.20-1.63), alcohol consumption (adjusted OR= 1.21; CI95%: 1.03-1.41) and depressive symptomatology (adjusted OR= 3.59; CI95%: 3.04-4.24). Regarding parents scholarship there was a risk reduction with increasing academic degree (5th-6th grade adjusted OR= 0.82; CI95%: 0.64-1.05; 7th-12th grade adjusted OR= 0.77; CI95%: 0.61- 0.97; >12th grade adjusted OR= 0.64; CI95%: 0.47-0.87). After multivariate analysis, the predictive model for the occurrence of insomnia symptoms included the variables female sex, urban residence, coffee consumption and presence of depressive symptoms. This model presents an 84.2% specificity and 63.6% sensitivity. For insufficient sleep, after adjustment for sex and age there was an association with school grade, parent’s marital status, certain lifestyles (coffee consumption, smoking, alcohol consumption, illicit drugs consumption, nightlife, TV in the bedroom and time spent watching TV or using a computer), sleep latency, naps > 30 minutes, irregular bedtime and taking medications to sleep. This study’s results establish a situational diagnosis of sleep disturbances among adolescents in the district of Viseu. Based on the principles of The Ottawa Charter for Health Promotion, a proposal was developed aiming to implement prevention strategies grouped in individual, communitarian and curricular programs interventions. Interventions are based on the use of information and communication technologies. As such, these interventions will participate in the architecture of public health leading to personally controlled health records (PCHR). Conclusions: A high prevalence of insomnia and insomnia symptoms was disclosed among adolescents in the district of Viseu. These prevalences were higher in the female sex. Insomnia symptoms were mainly associated with particular lifestyles and lack of sleep hygiene. Sleep disorders among adolescents, due to their frequency and deleterious effects, must represent a public health concern and a priority in education for health strategies. The objective of the 9 principles of the outlined intervention is to prevent sleep disorders – through the combined action of health and education professionals, community partners and the obligatory involvement of adolescents and families-, establishing healthy sleep routines as a lifestyle

    Dating violence, adaptability and family cohesion in higher education students

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    Enquadramento: A violência no namoro é um problema grave, pela prevalência e consequências ao nível da saúde física e mental. Objetivos: Analisar que variáveis sociodemográficas e académicas interferem nos comportamentos de violência no namoro dos estudantes do ensino superior e determinar o modo como a adaptabilidade e coesão familiar interferem nas práticas e comportamentos de violência no namoro. Participantes: A amostra é constituída por 820 estudantes do ensino superior (idade média 20.48 anos, Dp=2.51). Método: É um estudo quantitativo, descrito-correlacional e transversal. O protocolo de investigação é um questionário. Permitiu caracterizar a amostra socio demograficamente, ao nível das Práticas e Comportamentos de Violência no Namoro com a Escala de Dixe, Rodrigues, Freire et al., 2010 e a Adaptabilidade e Coesão Familiar com a Escala de Tribuna, 2000. Resultados: É uma amostra maioritariamente feminina (69.4%), predominam os estudantes solteiros (57.2%), 46.2% frequentam um curso na área da tecnologia e 52.5% frequenta um curso na área da saúde. O sexo, o estado civil e o curso interferem nos comportamentos de violência no namoro. São os estudantes do sexo masculino, do curso na área da tecnologia e a frequentar o 1º ano que manifestam mais comportamentos de violência no namoro, sobretudo a violência stalking e a violência psicológica. A adaptabilidade e a coesão familiar não se mostraram significativas na violência física e sexual, stalking e violência psicológica. Conclusão: Face aos resultados propomos a implementação de programas (debates e fóruns) contra a violência no namoro, nas escolas, focalizados na prevenção primária.ABSTRACT Dating violence, adaptability and family cohesion in higher education students Background: Dating violence is a serious problem, whether because of its prevalence and consequences on physical and mental health. Objectives: To identify the sociodemographic and academic variables that affects the behavior of dating violence for students in higher education and determines how the adaptability and family cohesion interfere in the behavior of violence. Participants: The sample consisted of 820 university students (mean age 20,48 years, Sd= 2.51). Method: It is a quantitative, described correlational and cross study. The research protocol is a questionnaire. Allowed to characterize socio demographically and academics sample, in terms of practices and behaviors violence in dating with Dixe, Rodrigues, Freire et al. ( 2010), Scale and Adaptability and Family Cohesion with Tribuna, (2000) Scale. Results: This is a mainly female sample (69.4%), predominance of single students (57.2%), 46.2% attends a course in technology and 52.5% attend a course in health care. Gender, marital status, and course interfere in the conduct of dating violence. Are the male students, the course in the field of technology and to attend the 1st year who exhibit more violent behavior dating, especially stalking violence and psychological violence. The adaptability and family cohesion were not significant in physical and sexual violence, stalking and psychological violence. Conclusion: Given the results we propose the implementation of programs (debates and forums) against dating violence in schools, focused on primary prevention.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Validación del Cuestionario III Roma de Portugal para el diagnóstico de dispepsia funcional en los adultos

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    Introdução: A validação de instrumentos é essencial na investigação epidemiológica, especialmente para a definição consensual de caso e comparação de resultados. Atualmente, o instrumento mais utilizado para identificar a dispepsia funcional é o questionário Roma III, o qual não se encontra validado para a população portuguesa. Objetivos: Validar o questionário Roma III para dispepsia funcional em adultos Portugueses. Métodos: O questionário foi traduzido seguindo as recomendações de Roma III. Um total de 166 indivíduos responderam ao questionário. A identificação da categoria dispepsia funcional em adultos baseou-se em um ou mais sintomas dos 4 sintomas que a escala permite avaliar através de 6 itens. A consistência interna, reprodutibilidade e análise de conteúdo foram avaliados com recurso ao SPSS 23.0. Resultados: O coeficiente de alfa de Cronbach no total dos 18 itens avaliados foi de 0.89. Para a categoria dispepsia funcional (avaliada através de 6 itens) foi de 0.76 e o alfa de Cronbach com base em itens padronizados foi de 0.85. Conclusões: validamos, para Portugal, o Questionário Roma III para o diagnóstico de doenças gastrointestinais funcionais, designadamente para a categoria dispepsia funcional em adultos. Estes resultados sugerem que este instrumento será útil para a investigação na população Portuguesa.Introduction: The validation tools are essential in epidemiological research, especially for the consensus case definition and comparison of results. Currently, the instrument most commonly used to identify functional dyspepsia is the Rome III questionnaire, which is not validated for the Portuguese population. Objectives: To validate the Rome III questionnaire for the assessment of functional dyspepsia in Portuguese adults. Methods: The questionnaire was translated following the recommendations of Rome III. A total of 166 adults completed the questionnaire. The identification of the category of functional dyspepsia among adults was based on the presence of one or more symptoms from the total of 4 symptoms that the scale allows to assess from a total of 6 items. The internal consistency, reproducibility and contents analysis were evaluated using the program SPSS 23.0. Results: Alpha Cronbach coefficient from the total of 18 items measured was 0.89. For functional dyspepsia category (assessed by 6 items) was 0.76 and the alpha Cronbach’s based on standardized items was 0.85. Conclusions: We validated, for Portugal, the Rome III questionnaire for the diagnosis of functional gastrointestinal disorders, particularly for functional dyspepsia among adults. These results suggest that this tool will be useful for research in the Portuguese population.Introducción: Las herramientas de validación es esencial en la investigación epidemiológica, especialmente para la definición de caso consenso y la comparación de los resultados. En la actualidad, el instrumento más utilizado para identificar la dispepsia funcional es el cuestionario de Roma III, que no está validado para la población portuguesa. Objetivos: validar el cuestionario para la dispepsia funcional Roma III en los adultos portugueses. Métodos: El cuestionario fue traducido siguiendo las recomendaciones de Roma III. Un total de 166 individuos completaron el cuestionario. La identificación de la categoría dispepsia funcional de adultos basada en uno o más síntomas de los 4 síntomas que la escala permite evaluar de um total de 6 artículos. El análisis de consistencia, reproducibilidad y contenido interno se evaluaron con el programa SPSS 23.0. Resultados: El coeficiente alfa de Cronbach del total de 18 artículos medido fue de 0,89. Para la categoría de dispepsia funcional (evaluado por 6 artículos) fue de 0,76 y de basada en los puntos estandarizados alfa de Cronbach fue de 0,85. Conclusiones: Hemos validado para Portugal, el cuestionario Roma III para el diagnóstico de trastornos gastrointestinales funcionales, sobre todo para la dispepsia funcional en adultos. Estos resultados sugieren que esta herramienta será útil para la investigación en la población portuguesa.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Sleep quality determinants among nursing students

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    Higher education has influenced students’ concepts of sleeping time leading to a deficit of sleep quality. Sleep disorders constitute one of the most pertinent health problems in western society. Identify the factors that influence the sleep quality in nursing students; Identify which social demographic and academic variants interfere with sleep quality; Analyze the influence of variables of psychological context and investigate the relationship between the daytime somnolence with the sleep quality in nursing students. Analytic, descriptive and correlational study in a non-probabilistic convenience sample of 403 nursing students. We applied a Sociodemographic and Academic characterization survey, Epworth Sleepiness Scale, Positive and Negative Affect Scale, Eysenck Personality Inventory, Anxiety scale, Stress and depression and Pittsburgh h Sleep Quality Index. The students’ average age is 23.61 years. Women (86.0%) attending the fourth year (27.4%) reveal less sleep quality (63.2%) and more daytime somnolence (24.3%). First year students aged 20 years residing alone in rural areas present higher levels of anxiety, are less extroverted and more neurotic, reveal less sleep quality. Sleep disorders constitute a public health problem that requires intervention and adopting educational measures and promoting health awareness raising in educational institutions in order to improve student action in building up of their own sleep quality

    O perfil sociodemográfico e académico dos estudantes de enfermagem e o bem estar

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    Enquadramento: Vários fatores podem influenciar o bem-estar subjetivo dos estudantes de enfermagem, desde a motivação, a separação da família e amigos, autonomia na aprendizagem, assim como as perspetivas profissionais futuras. Objetivo: identificar as variáveis sociodemográficas e académicas que interferem no bem-estar subjetivo dos estudantes de enfermagem. Participantes: amostra não probabilística por conveniência de 404 estudantes de enfermagem, predominantemente feminina (87.4%), com idades compreendidas entre os 18-24 anos. Prevalecem os estudantes do 4º ano (37.4%). Métodos: Estudo descritivo-correlacional e analítico. Utilizou-se questionário com caracterização sociodemográfica e académica e a Escala de afetos positivos e negativos (PANAS). Resultados: os homens revelam mais afetos positivos e as mulheres mais afetos negativos; os estudantes mais novos, residentes em meio rural, a coabitar com a família, no 3º ano, com atividade remunerada, sem estatuto de bolseiro, apresentam mais afetos positivos. Conclusão: Os resultados apontam para diferenças de género na perceção do bem estar assim como influência do grupo etário, zona de residência, coabitação e ano académico no bem estar subjetivo nos estudantes de enfermagem.ABSTRACT Socio-demographic and academic profile of nursing students and well-being Background: Several factors can influence the subjective well-being of nursing students, since the motivation, the separation from family and friends, autonomy in learning, as well as the prospects future professionals Goal: identify the sociodemographic and academic variables that interfere in subjective wellbeing of nursing students; Participants: a non-probability sample of 404 nursing students, predominantly female (87.4%), aged 18-24 years. Prevalence students of the 4th year (37.4%). Method: Descriptive, correlational and analytical study. We used the questionnaire with sociodemographic and academic characteristics and the scale of positive and negative affect (PANAS). Findings: men showed more positive affect and negative affects women more; younger students, residents in rural areas, live with the family in the 3rd year, with paid work without fellow status, have more affection positive. Conclusion: The results point to gender differences in the perception of well-being as well as the influence of age group, area of residence, cohabitation and academic year in subjective well-being of nursing students. Key-words: Nursing students; subjective well-being
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