46 research outputs found

    Contribuições da Linguística Cognitiva para o estudo de línguas de sinais

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    Por meio de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, foram analisados dois sinais - APRENDER/ESQUECER - em sete línguas de sinais (Língua Brasileira de Sinais, Língua de Sinais Francesa, Língua de Sinais Americana, Língua Gestual Portuguesa, Língua de Sinais Sueca, Língua de Sinais Chinesa e Língua de Sinais Japonesa), totalizando um estudo de catorze sinais. Os sinais foram extraídos do instrumento linguístico internacional “Spread the Sign Web Dictionary - SWD”, produto do Centro Europeu de Língua de Sinais, em Örebro, na Suécia, desenvolvido pela Universidade de Örebro. Para a análise, também realizamos entrevista com o professor sueco Thomas Lydell-Olsen, coordenador do SWD. O problema principal é compreender se sinais em línguas de sinais apresentam relações icônicas motivadas por processos linguístico-cognitivos. Para isso, analisam-se como sinais podem estar atrelados à corporificação, à metáfora, à metonímia e aos esquemas imagéticos. Resultados preliminares apontam que a relação com o corpo (corporificação) tem sido mantida favorecendo a iconicidade cognitiva. Dessa forma, o desenvolvimento deste estudo proporciona um saber metalingüístico, promovendo análise linguística e valorização das línguas de sinais

    Histórias das ideias linguísticas: políticas linguísticas sobre línguas de sinais

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    Objetivou-se analisar a visibilidade dada às línguas de sinais em políticas linguísticas a fim de conhecer o trajeto de gramatização e de valorização social. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida por intermédio de levantamento de referências teóricas, visou-se à compreensão sobre como línguas de sinais de sete países (França, Brasil, Estados Unidos da América, Portugal, Suécia, Japão e China) têm sido descritas em marcos legais. A pesquisa foi fundamentada em reflexões teóricas da História das Ideias Linguísticas – HIL – à luz das obras de Auroux (1992), Guimarães e Orlandi (2001), Fávero e Molina (2004), Nunes (2010) e Oliveira (2014). Em relação aos Estudos Surdos, analisaram-se as obras de Strobel (2013) e Perlin (2015). Dessa forma, compreendeu-se que leis, decretos e acordos legais, que envolvam a língua de sinais, podem colaborar com o percurso histórico e linguístico dessas línguas

    Parâmetro Orientação em Libras: investigando metáforas e esquemas imagéticos

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    Through a bibliographical and qualitative research, we analyze signs of the Brazilian Sign Language - Libras that have in their production metaphorical motivations based on image schemas. According to theoretical concepts of Cognitive Linguistics (ALMEIDA et al, 2009), we study the concepts of domain, Conceptual Metaphor Theory (LAKOFF, JOHNSON, 1980, KÖVECSES, 2006, EVANS, GREEN, 2006) and Image Schemas (LAKOFF; JOHNSON,1980; CUENCA; HILFERTY, 2007) and investigate linguistic-cognitive processes presented in the phonological pole of signs of the Libras (BRITO, 2010 [1995]; FARIA, 2003; QUADROS; KARNOPP, 2004; OLIVEIRA, 2011; FELIPE, 2013). Of the five phonological parameters traditionally studied in the research on Libras, we focused on the Orientation parameter in order to investigate how the variations in this parameter can contribute to the production of meaning. Thus, prototypical linguistic processes were studied in this parameter, for example, metaphor TIME IS CYCLE, image schema CYCLE; metaphors GOOD IS UP and BAD IS DOWN, image schema IMAGE SCHEME. Thus, this analysis contributes to reflection on the metalinguistic knowledge of Libras in the light of Cognitive Linguistics.Por meio de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, analisam-se sinais da Língua Brasileira de Sinais – Libras que apresentam em sua produção motivações metafóricas com base em esquemas imagéticos. Através dos pressupostos teóricos da Linguística Cognitiva (ALMEIDA et al, 2009), estudamos os conceitos de domínio, da Teoria da Metáfora Conceptual (LAKOFF; JOHNSON,1980; KÖVECSES, 2006; EVANS;GREEN, 2006) e dos Esquemas Imagéticos (LAKOFF; JOHNSON,1980; CUENCA; HILFERTY, 2007), investigando processos linguístico-cognitivos apresentados no pólo fonológico de sinais da Libras (BRITO, 2010 [1995]; FARIA, 2003; QUADROS; KARNOPP, 2004; OLIVEIRA, 2011; FELIPE, 2013). Dos cinco parâmetros fonológicos, tradicionalmente estudados nas pesquisas a respeito da Libras, focamos no parâmetro Orientação a fim de investigar como as variações nesse parâmetro podem contribuir para a produção de significado. Dessa forma, foram estudados processos linguísticos nesse parâmetro, por exemplo, a metáfora TEMPO É CICLO com o esquema imagético CICLO; metáforas BOM É PARA CIMA e RUIM É PARA BAIXO com esquema imagético ESCALA. Assim, esta análise contribui para reflexão acerca do saber metalinguístico da Libras à luz da Linguística Cognitiva

    BRINCANDO COM CORES: POLISSEMIA EM ESQUEMAS DE COMPOSIÇÃO

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    A princípio, para um falante nativo da Língua Portuguesa conceptualizar uma cor como “verde maçã” pode ser uma tarefa simples. Entretanto, a conceptualização de cores, em especial algumas cores compostas, necessita de um exercício mental que muitas vezes o falante da língua não percebe. Para entender “verde maçã” não bastaria unir [[VERDE]/[verde]] + [[MAÇÃ]/[maçã]] = [[VERDE MAÇÃ] /[verde maçã]]. E, em “maçã verde”, conceptualizamos [[VERDE]/[verde]] como um tipo de maçã ou o estado de uma maça não madura . A polissemia dessas estruturas é possível porque as características que distinguem as unidades de sentido pleno de outros tipos de unidade são o antagonismo e os limites/bounding das unidades (CROFT, 2004). Basicamente, isso significa que as duas estruturas simbólicas ([[VERDE]/[verde]] e [[MAÇÃ]/[maçã]] possuem focos de atenção diferentes. Ao optar por um dos sentidos de ([[VERDE]/[verde]] colocamos um sentido no foco de atenção, escondemos o outro. Por isso temos diferentes conceptualizações de “verde maçã” e “maçã verde”. Este recurso é complicado pelo fato de que as relações de sentido são por si próprias basicamente sensíveis ao construal, isto é, sensíveis às nossas experiências sensoriais, emotivas e contextuais (EVANS & GREEN, 2006). Além dessas relações polissêmicas, cada composição surge a partir de um esquema de construção, conforme descreve a Gramática Cognitiva (TAYLOR, 2003; LANGACKER, 2008). Na cor citada, ao analisar cada entidade separadamente, notamos que há o esquema substantivo+substantivo. Para averiguar o comportamento desses procedimentos linguísticos, realizamos uma pesquisa de campo com quarenta crianças, entre oito e onze anos, falantes da Língua Portuguesa, para constatar se apenas com os esquemas de construção de composição, que os falantes dominam, seriam capazes de distinguir quais estruturas simbólicas compostas são cores ou não. Desta forma, este estudo contribui para compreendermos o funcionamento da polissemia e o armazenamento de esquemas de construções proposto pela Gramática Cognitiva

    RELAÇÕES CULTURAIS E SINAIS RELIGIOSOS EM LIBRAS: ESTUDO DE METÁFORAS E DE METONÍMIAS

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    Relações culturais estão presentes na língua e podem ser compreendidas por processos metafóricos e metonímicos, que descrevem como o mundo é conceptualizado. Diante dessa relação entre língua e cultura, analisamos 14 sinais da Língua Brasileira de Sinais (Libras), relacionados à religião. Com base em um estudo qualitativo, os sinais foram coletados do programa “A Vida em Libras”, do Instituto Nacional de Educação – INES. À luz de pressupostos teóricos da Linguística Cognitiva, são tomadas como base as Teorias da Metáfora Conceptual, da Metonímia Conceptual (LAKOFF, JONHSON, 1980) e da Iconicidade Cognitiva (WILCOX, 2004; NUNES, 2014) para análise de sinais da Libras (BRITO, 2010 [1995]). Dentre os sinais religiosos selecionados para estudo, foram observados processos metafóricos e metonímicos na conceptualização proposta. Dessa forma, a análise desses processos linguístico-cognitivos é um caminho nos estudos linguísticos para compreender a produção de sinais em Libras

    Ensino-aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais. “Libras para todos”: ações de 2017 a 2020

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    Este relato descreve as principais ações do curso de extensão “Libras para todos: ensino à distância” no período de 2017 a 2020. O curso proporcionou um ambiente de aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais - Libras. Foram desenvolvidas pesquisas sobre estratégias de ensino à distância da Libras, Tecnologias da Infor - mação e Comunicação – TICs e ensino por meio de processos linguistico-cognitivos. O curso foi realizado no Ambiente Virtual da Aprendizagem da UFRJ (ambientevirtual.nce.ufrj.br/) e o material didático em vídeo foi disponibilizado de forma pública e gratuita no canal Departamento de Letras-Libras da UFRJ no Youtube. Este curso, por meio do ensino da Libras, proporcionou a divulgação e o aprendizado de conhecimentos básicos da língua, que podem promover a diminuição das barreiras comunicacionais que os surdos enfrentam diariamente

    Acessibilidade audiovisual

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    O objetivo deste estudo foi analisar etapas da produção de legendas para pessoas surdas ou ensurdecidas e processos de tradução no par linguístico Libras (Língua Brasileira de Sinais) - português. Por meio de uma pesquisa documental e qualitativa, investigamos como tais procedimentos foram desenvolvidos pelo “TradInter Lab: laboratório de tradução audiovisual acessível e interpretação Libras - português” da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) para promover a acessibilidade comunicativa em conteúdos audiovisuais de eventos acadêmicos. A fundamentação teórica baseia-se em estudos sobre tradução audiovisual e acessibilidade comunicativa, normativos legais brasileiros e reflexos da pandemia de COVID-19 nesses processos. Os resultados preliminares apontam caminhos para uma tradução audiovisual cada vez mais acessível

    Absence of gender influence on the pharmacokinetics of chloroquine combined with primaquine in malaria vivax patients

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    Chloroquine is the first-line therapy against the asexual stages of Plasmodium vivax. There is a high variation of chloroquine plasma levels after therapeutic doses, which can lead to inadequate exposure to the drug. The gender influence was low regarding the disposition of the drug, which is relevant as there are significant physiological variations between male and female patients. The objective of the study was to investigate whether gender modifies the pharmacokinetics parameters of chloroquine in patients with malaria vivax. A prospective study was performed in male and female adult patients using chloroquine (total dose of 25 mg/kg for three days) combined with primaquine. Serial blood samples were collected at admission and up to 672 h post-administration of the drugs. Chloroquine was measured in plasma samples by high-performance liquid chromatography with fluorescence detection. A non-compartmental analysis was used for modeling the data. A total of 26 male and 25 female patients were enrolled in the study. The pharmacokinetic parameters of chloroquine were similar between male and female patients: a half-life of 9.5 days and 10.2 days, maximum concentration (Cmax) of 1295 ng/ml and 1220 ng/ml, area-under-the-curve (AUC 0–28) of 241 μg/mL h and 237 μg/mL h, observed clearance (CL/f) of 5.8 and 5.5 L/h and the volume of distribution (V/f) of 1869 L and 1936 L. The study results suggest that a similar dose regimen of chloroquine combined with primaquine provides a comparable pattern of exposure in male and female patients

    Hyperoxemia and excess oxygen use in early acute respiratory distress syndrome : Insights from the LUNG SAFE study

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    Publisher Copyright: © 2020 The Author(s). Copyright: Copyright 2020 Elsevier B.V., All rights reserved.Background: Concerns exist regarding the prevalence and impact of unnecessary oxygen use in patients with acute respiratory distress syndrome (ARDS). We examined this issue in patients with ARDS enrolled in the Large observational study to UNderstand the Global impact of Severe Acute respiratory FailurE (LUNG SAFE) study. Methods: In this secondary analysis of the LUNG SAFE study, we wished to determine the prevalence and the outcomes associated with hyperoxemia on day 1, sustained hyperoxemia, and excessive oxygen use in patients with early ARDS. Patients who fulfilled criteria of ARDS on day 1 and day 2 of acute hypoxemic respiratory failure were categorized based on the presence of hyperoxemia (PaO2 > 100 mmHg) on day 1, sustained (i.e., present on day 1 and day 2) hyperoxemia, or excessive oxygen use (FIO2 ≥ 0.60 during hyperoxemia). Results: Of 2005 patients that met the inclusion criteria, 131 (6.5%) were hypoxemic (PaO2 < 55 mmHg), 607 (30%) had hyperoxemia on day 1, and 250 (12%) had sustained hyperoxemia. Excess FIO2 use occurred in 400 (66%) out of 607 patients with hyperoxemia. Excess FIO2 use decreased from day 1 to day 2 of ARDS, with most hyperoxemic patients on day 2 receiving relatively low FIO2. Multivariate analyses found no independent relationship between day 1 hyperoxemia, sustained hyperoxemia, or excess FIO2 use and adverse clinical outcomes. Mortality was 42% in patients with excess FIO2 use, compared to 39% in a propensity-matched sample of normoxemic (PaO2 55-100 mmHg) patients (P = 0.47). Conclusions: Hyperoxemia and excess oxygen use are both prevalent in early ARDS but are most often non-sustained. No relationship was found between hyperoxemia or excessive oxygen use and patient outcome in this cohort. Trial registration: LUNG-SAFE is registered with ClinicalTrials.gov, NCT02010073publishersversionPeer reviewe
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