175 research outputs found

    Marques, Flávia Charão; Conterato, Marcelo Antônio; Schneider, Sergio (Orgs). "Construção de mercados e agricultura familiar: desafios para o desenvolvimento rural" : Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016, 416 p.

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    Construção de mercados e agricultura familiar: desafios para o desenvolvimento rural (2016), livro organizado por Flávia Charão Marques, Marcelo Antônio Conterato e Sergio Schneider, todos professores/pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tem a proposta de analisar os mercados como espaços de interação social que envolvem diversos atores individuais e institucionais, visíveis e identificáveis. A reflexão foi direcionada para um debate teórico-prático baseado em pesquisas empíricas que se relacionam diretamente com os profissionais das ciências sociais, especialmente os sociólogos e economistas, no campo dos estudos rurais e agroalimentares.Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educació

    Os estudos de extensão pesqueira nos Programas de Pós-Graduação em Extensão Rural

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    http://dx.doi.org/10.5902/231817969092A trajetória histórica da extensão pesqueira foi semelhante a da extensão rural ocorrida no país, sendo conduzida ao mesmo tratamento de intervenção metodológica, bem como pautada por políticas públicas descontínuas. O objetivo deste artigo é mapear os estudos de extensão pesqueira encontrados nos Programas de Pós-graduação em Extensão Rural. Para isso, foram pesquisadas as dissertações defendidas no período de 1986 a 2014 nos três mestrados em Extensão Rural existentes no país. Entre os resultados, considerou-se que os estudos voltados às questões da extensão pesqueira são escassos e pouco explorados pela academia e instituições de pesquisa e extensão. A carência de dados técnicos, econômicos, sociais e ambientais deste setor é uma limitante para que técnicos extensionistas e empresas de ATER/ATEPA possam realizar uma adequada intervenção pautada nas especificidades dos pescadores e aquicultores familiares, visto que faltam conhecimentos empíricos e teóricos disponíveis para o desenvolvimento da atividade.

    Mediadores sociais e políticas públicas de inclusão produtiva da agricultura familiar no Tocantins : (des)conexões entre referenciais, ideias e práticas

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    O termo “inclusão produtiva” foi amplamente incorporado na agenda das políticas públicas para a agricultura familiar no começo dos anos 2000. No entanto, isto se deu sem que os policy makers se preocupassem com o que ele realmente representa. A existência de distintas interpretações pode criar distorções na formulação, implementação, execução e avaliação das políticas públicas. Ademais, o fato de elas serem orientadas por diferentes referenciais, força os mediadores a articulá- las e torná-las coerentes para o público beneficiário. O objetivo desta tese é analisar se o referencial de inclusão produtiva que orienta as políticas públicas para a agricultura familiar converge com as ideais e práticas desenvolvidas por mediadores que intermedeiam o acesso a estas políticas por diferentes grupos de agricultores familiares do estado do Tocantins. Os dados provêm de pesquisa documental e entrevistas com mediadores que atuam com os diferentes públicos da agricultura familiar. Para identificar os mediadores, recorreu-se à técnica de “seguir os atores” que fazem parte da rede que opera e articula as políticas públicas para a agricultura familiar tocantinense. Para a análise, estes mediadores foram classificados de acordo com o pertencimento a diferentes “mundos sociais” (extensionistas, gestores, pesquisadores, professores e representantes de movimentos sociais). Isto permitiu comparar os referenciais de ação pública de cada grupo. A pesquisa orientou-se pela abordagem cognitiva de análise de políticas públicas, a qual ofereceu as noções de narrativas (ROE, 1994; RADAELLI, 2006), discursos (SCHMIDT; RADAELLI, 2004) e referenciais (JOBERT; MULLER, 1987). Este aporte teórico focaliza as ideias e as argumentações dos atores sociais para a formulação das políticas públicas, considerando que suas interações resultam na produção de representações sobre os problemas sociais e respostas para os mesmos. Complementarmente, a abordagem da sociologia da tradução (CALLON, 1981, 1986; LATOUR, 2000) foi mobilizada para compreender os processos de tradução entre os diferentes mundos sociais. Dentre os resultados, postula-se que os “mundos sociais” analisados sustentam ideias distintas sobre inclusão produtiva. Apesar da mudança no “referencial” das políticas governamentais com vistas a incorporar a noção de inclusão produtiva, este não coincide, na maioria das vezes, com as ideias e práticas dos mediadores envolvidos nos processos de intervenção sociotécnica (ou de tradução) junto aos diferentes grupos de agricultores familiares. Isto nos leva a afirmar a existência de inúmeras desconexões entre o referencial das políticas públicas e as ideias e práticas dos mediadores.The term “productive inclusion” was widely incorporated in the public policy agenda for family farming in the early 2000s. However, policy makers were not really worried about what it really represents. The existence of different interpretations can create distortions in the formulation, implementation, execution and evaluation of public policies. Moreover, the fact that they are guided by different referentials forces the mediators to articulate and make them coherent for the beneficiaries. The objective of this thesis is to analyze whether the productive inclusion referential that guides public policies for family agriculture converges with the ideals and practices developed by mediators that mediate access to these policies by different groups of family farmers in the state of Tocantins. The data come from documentary research and interviews with mediators who work with different audiences of the family farming. To identify the mediators, was used the technique of “following the actors” that are part of the network that operates and articulates public policies for Tocantins`s family farming. For the analysis, these mediators were classified according to their belonging to different “social worlds” (extensionists, policy makers, researchers, professors and representatives of social movements). This allowed comparing the public action referential of each group. The research was guided by the cognitive approach to public policy analysis, which offered the notions of narratives (ROE, 1994; RADAELLI, 2006), discourses (SCHMIDT; RADAELLI, 2004) and referentials (JOBERT; MULLER, 1987). This approach focuses on the ideas and arguments social actors mobilize in the formulation of public policies, considering that their interactions result in the production of representations about social problems and answers to them. In addition, the sociology of translation approach (CALLON, 1981, 1986; LATOR, 2000) has been mobilized to understand the translation processes between different social worlds. Among the results, it is postulated that the analyzed “social worlds” support different ideas about productive inclusion. Despite the change in the “referential” of government policies to incorporate the notion of productive inclusion, it does not coincide, most of the time, with the ideas and practices of the mediators involved in the processes of socio-technical intervention (or translation) with the different family farmer groups. This leads us to show several disconnections between the public policy referential and the ideas and practices of mediators

    Os “novos” mercados e sua contribuição para a inclusão produtiva dos agricultores familiares no Tocantins

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    The "new" markets are social constructions based on specificities that result from the processes of product differentiation. This article analyzes the contribution of the “new” markets to the productive inclusion of family farmers and then discusses which markets public policies have been potentiating in the state of Tocantins. The methodology used the technique of interviews, which were carried out with rural extension workers and public managers who work with the public of family farming. The results suggest that the differential of the “new” markets is the rapprochement between family farmers and consumers. It is concluded that institutional markets, fostered by public policies: Food Acquisition Program (PAA) and National School Feeding Program (PNAE), in addition to local fairs, are the main markets accessed by family farmers. In turn, extension workers are considered essential to “bridge” the gap for the insertion of farmers in these “new” markets and also for access to public policies that empower them.Los "nuevos" mercados son construcciones sociales basadas en especificidades que resultan de los procesos de diferenciación de productos. Este artículo analiza la contribución de los “nuevos” mercados a la inclusión productiva de los agricultores familiares y luego discute qué mercados se han potenciado las políticas públicas en el estado de Tocantins. La metodología utilizó la técnica de entrevistas, las cuales se llevaron a cabo con extensionistas rurales y administradores públicos que trabajan con el público de la agricultura familiar. Los resultados sugieren que el diferencial de los “nuevos” mercados es el acercamiento entre agricultores familiares y consumidores. Se concluye que los mercados institucionales, impulsados por políticas públicas: Programa de Adquisición de Alimentos (PAA) y Programa Nacional de Alimentación Escolar (PNAE), además de las ferias locales, son los principales mercados a los que acceden los agricultores familiares. A su vez, los extensionistas se consideran esenciales para hacer la “puente” para la inserción de los agricultores en estos “nuevos” mercados y también para el acceso a políticas públicas que los empoderen.Os “novos” mercados são construções sociais baseadas em especificidades próprias pautadas por processos de diferenciação dos produtos da agricultura familiar. Neste contexto, este artigo analisa a contribuição dos “novos” mercados para a inclusão produtiva dos agricultores familiares e a identificação de quais mercados as políticas públicas tem potencializado no contexto do estado do Tocantins. Na metodologia utilizou-se da técnica de entrevistas que foram realizadas junto aos agentes multiplicadores que atuam com os públicos da agricultura familiar. Entre os resultados, postula-se que o diferencial dos “novos” mercados é que estão enraizados e aninhados em laços sociais que reaproximam os agricultores familiares dos consumidores no sistema agroalimentar localizado, destaque para os mercados institucionais e as feiras locais

    Marques, Flávia Charão; Conterato, Marcelo Antônio; Schneider, Sergio (Orgs). "Construção de mercados e agricultura familiar: desafios para o desenvolvimento rural" : Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016, 416 p.

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    Construção de mercados e agricultura familiar: desafios para o desenvolvimento rural (2016), livro organizado por Flávia Charão Marques, Marcelo Antônio Conterato e Sergio Schneider, todos professores/pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tem a proposta de analisar os mercados como espaços de interação social que envolvem diversos atores individuais e institucionais, visíveis e identificáveis. A reflexão foi direcionada para um debate teórico-prático baseado em pesquisas empíricas que se relacionam diretamente com os profissionais das ciências sociais, especialmente os sociólogos e economistas, no campo dos estudos rurais e agroalimentares.Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educació

    Public policies for productive inclusion of family farmers: between continuities and discontinuities in the Brazilian political agenda

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    Como forma de apreender o referencial que orienta as políticas públicas para a agricultura familiar, procuramos compreender como os mediadores, classificados em cinco “mundos sociais” (extensionista, gestor, pesquisador, professor e movimentos sociais), identificam as políticas que mais tiveram foco na inclusão produtiva nas três últimas décadas (1990-2020). Para isso, utilizou-se da técnica de entrevista semiestruturada realizada com 80 mediadores sociais que atuam com os públicos da agricultura familiar no Estado do Tocantins. Conclui-se que apesar da mudança no “referencial” das políticas governamentais com vistas a incorporar a noção de inclusão produtiva, este não coincide, na maioria das vezes, com as ideias e práticas dos mediadores envolvidos nos processos de intervenção sociotécnica junto aos diferentes grupos de agricultores familiares.As a way to apprehend the referential that guides public policies for family farming, we seek to understand how the mediators, classified in five “social worlds” (extensionist, manager, researcher, teacher and social movements), identify the policies that were most focused on productive inclusion in the last three decades (1990-2020). For this, we used the semi-structured interview technique carried out with 80 social mediators who work with the public of family farming in the state of Tocantins. It is concluded that despite the change in the "referential" of government policies aimed at incorporating the notion of productive inclusion, this does not coincide, in most cases, with the ideas and practices of the mediators involved in the processes of socio-technical intervention with different groups of family farmers.Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educació

    LEITURA: (DES) PRAZER LITERÁRIO POR PARTE DOS ALUNOS

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    O objetivo deste trabalho é compreender os caminhos que levam crianças a lerem e escolherem suas leituras em um contexto escolar. A pesquisa é qualitativa, sendo utilizados questionário e entrevista como instrumentos metodológicos para a coleta de dados. O lócus da pesquisa é uma escola estadual e os sujeitos são os alunos e a professora regente. Dessa forma, discutir sobre o que as crianças buscam quando se dirigem ao espaço destinado à leitura em sala de aula, como escolhem o livro e principalmente, por que o escolhem, passaram a ser questões centrais desta investigação, tendo em vista o pressuposto de que a pouca maturidade influencia nas escolhas do leitor criança e, portanto, há necessidade de mediações que poderiam ocorrer em um ambiente de leitura.&nbsp

    PRONAF E INCLUSÃO PRODUTIVA DOS AGRICULTORES FAMILIARES: ESTUDO DE CASO NO ESTADO DO TOCANTINS

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    Este artigo analisa os impactos do Pronaf à inclusão produtiva dos agricultores familiares do estado do Tocantins na percepção de mediadores que atuam com este público. A pesquisa é qualitativa e fundamenta-se em informações coletadas por meio de entrevistas realizadas em 2018. Os resultados apontam que o Pronaf é uma das principais políticas de inclusão produtiva na perspectiva dos entrevistados. No entanto, isto somente se explica na medida em que a compreensão de inclusão produtiva dos mediadores está atrelada a uma visão modernizadora e produtivista, a qual não coincide com o referencial das políticas públicas de inclusão produtiva da agricultura familiar que prevaleceram entre 2002 e 2016

    Proposta metodológica para diagnóstico socioeconômico e ambiental no contexto dos assentamentos rurais

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    O presente artigo pretende propor instrumento metodológico para realização de diagnóstico socioeconômico e ambiental no contexto dos assentamentos rurais. Para isso, foram aplicados 83 (oitenta e três) roteiro de perguntas junto à população de cinco Projetos de Assentamentos Rurais da região de Palmas com a proposta de avaliar a efetividade e a facilidade de aplicação do mesmo, a partir das variáveis que constituem a caracterização socioeconômica das famílias beneficiárias e os aspectos socioambientais que perfaz a realidade dos assentamentos rurais.  Verificaram-se também os diferentes sistemas de disposição final dos resíduos sólidos existentes. A partir disso foi validado instrumento metodológico com a finalidade de realizar diagnóstico socioeconômico e ambiental para a realidade dos assentamentos rurais. Entre os resultados, postula-se que tal instrumento apresentou eficiência e facilidade no decorrer de sua aplicação junto aos assentados da reforma agrária, desde que o guia metodológico tenha sido utilizado para treinamento dos aplicadores

    EXTENSÃO RURAL E POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO PRODUTIVA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL: (des)conexões entre referenciais, ideias e práticas

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    O termo “inclusão produtiva” foi amplamente incorporado pelo Estado brasileiro no começo dos anos 2000. No entanto, isto se deu sem que os policymakers se preocupassem com a construção de uma definição precisa para o mesmo, o que levou à proliferação de diferentes interpretações e, em virtude disso, distorções na formulação, implementação, execução e avaliação das políticas públicas ditas de inclusão produtiva. A partir de um diálogo com a abordagem cognitiva de análise de políticas públicas (Muller, 2008), este artigo analisa se o referencial de inclusão produtiva que orienta as políticas para a agricultura familiar converge com as ideais e práticas desenvolvidas pelos extensionistas rurais que intermedeiam o acesso às mesmas. Os dados provêm de pesquisa documental e entrevistas com extensionistas do Estado do Tocantins realizadas entre maio e agosto de 2018. Os resultados demonstram que as políticas para a agricultura familiar são orientadas por diferentes referenciais de inclusão, o que força os mediadores a articulá-las e torná-las coerentes para o público beneficiário. No entanto, estes referenciais não coincidem com as ideias e práticas dos extensionistas envolvidos nos processos de tradução das políticas para os diferentes grupos de agricultores familiares, o que acentua as desconexões entre as intenções das políticas e seus efeitos
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