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El concepto de «racismo» en Michel Foucault y Frantz Fanon: ¿teorizar desde la zona del ser o desde la zona del no-ser?
Este artículo trata acerca de la emergencia histórica del racismo en el sistema-mundo y la definición del concepto de racismo. El mismo discute como contrapunteo la visión del racismo en Michel Foucault y la de Frantz Fanon. Este escrito provee una discusión acerca de las implicaciones epistémicas descoloniales de la teoría de Fanon acerca del racismo
Racismo na sociedade portuguesa contemporânea: «flagrante» ou «subtil»?
Fundação para a Ciência e Tecnologia e Fundo Social Europeu através do IIIº Quadro Comunitário de ApoioNos últimos trinta anos, a sociedade portuguesa sofreu profundas transformações. Entre muitas outras, destaca-se o facto de se ter tornado na sociedade de acolhimento para muitos imigrantes que transportam consigo as suas características culturais e identitárias, bem como os seus traços fenotípicos. Nas relações entre os portugueses e as colectividades históricas presentes no território, o racismo nem sempre está ausente. Esta comunicação procura precisamente fornecer algumas pistas para a compreensão dos fenómenos de carácter racista que são actualmente observáveis na sociedade portuguesa.
A metodologia desta pesquisa utilizou as entrevistas não-directivas ou semi-directivas aos actores sociais que, duma forma ou de outra estavam mais próximos do racismo “vivido” em Portugal. As conclusões que aqui são apresentadas resultam portanto da análise de um conjunto de entrevistas feitas a dirigentes das principais associações de imigrantes, das associações ciganas, das ONGs de combate ao racismo e de defesa dos direitos humanos, aos representantes das principais uniões sindicais, aos responsáveis políticos pela integração dos imigrantes e das minorias étnicas e a cidadãos anónimos nacionais e estrangeiros.
Uma das mais importantes pesquisas empíricas inteiramente consagradas ao racismo na sociedade portuguesa contemporânea teve como quadro teórico de base o modelo psicosociológico de Petigrew e Meertens que introduz a distinção entre “racismo flagrante” e “racismo subtil”. Trata-se da investigação levada a cabo por Jorge Vala e pelos seus colaboradores.[2] O modelo utilizado pela pesquisa mencionada parte da hipótese segundo a qual o pensamento do senso comum teria acompanhado as mutações observadas nos domínios científico e político e teria substituído as explicações biológicas do comportamento pelas explicações culturais. Uma das expressões desses “novo racismo” seria precisamente o deslocamento do tema das hierarquias raciais para o tema da absolutização das diferenças culturais, aparecendo este último sob a forma “velada” ou “subtil”. Segundo as conclusões da investigação referida, os preconceitos racistas dos “portugueses relativamente aos negros” obedecem aos mesmos esquemas encontrados noutras sociedades “formalmente anti-racistas”. Isto é, a forma mais explicita e biologizante do racismo, o “racismo flagrante” teria sido substituída, em Portugal, por um “racismo subtil”, mais normativo e de contornos culturalistas.
Ora a pesquisa que aqui apresentamos obriga-nos a relativizar o alcance destes enunciados, ao demonstrar que há muito pouco de “subtil” em muitas manifestações de racismo que são observáveis na sociedade portuguesa. A própria insistência científica no paradigma do “racismo subtil” tem como “efeito perverso” a ocultação das manifestações mais “flagrantes” do fenómeno. O sociólogo pode com toda a legitimidade interrogar-se sobre o sentido da evacuação das características societais e históricas na produção e reprodução dos preconceitos raciais e do racismo. Não se trata de afirmar que as atitudes de racismo subtil, tal como elas são medidas pelos psicólogos sociais, não existam, trata-se de defender que estas não substituíram completamente os comportamentos de “racismo flagrante”. Por um lado, os ciganos são actualmente alvos de um racismo “flagrante” de características “diferencialistas” que se concretiza na sua violenta rejeição e afastamento. São a segregação e o desejo de expulsão desta comunidade que são preponderantes. Por outro lado, os imigrantes e os seus descendentes são sobretudo alvo de um racismo “desigualitário”, claramente urbano, mas em todo caso subsidiário dos preconceitos biologizantes herdados do passado colonial. Neste caso, são a inferiorização e a discriminação em múltiplos domínios da vida social, eventualmente também a violência verbal, que constituem as principais manifestações desta forma de racism
Racismo, adolescencia e inmigración : reconocer y afrontar el racismo desde una perspectiva educativa
Este texto se presentó como comunicación al II Congreso Internacional de Etnografía y Educación: Migraciones y Ciudadanías. Universidad Autónoma de Barcelona, Barcelona, 5-8 Septiembre 2008.El racismo es una realidad compleja que, pese a estar presente en nuestra experiencia cotidiana, tanto dentro como fuera de los centros educativos, suele, sin embargo, ignorarse o negarse. Por ello, no resulta fácil hablar de racismo. Partiendo de esta reflexión nos planteamos en este proyecto acercarnos a las percepciones y experiencias de los adolescentes en torno a este fenómeno, a sus manifestaciones sutiles o explícitas, a sus implicaciones y consecuencias. Nuestra intención era tratar de comprender el fenómeno del racismo desde el punto de vista de los afectados, lo que implica básicamente: • Conocer la percepción de los jóvenes en relación con experiencias/situaciones de racismo. • Reconocer el racismo implícito en situaciones cotidianas, dentro y fuera del ámbito educativo. • Apreciar las dificultades con las que se encuentran jóvenes de diversos orígenes en su vida fuera y dentro del medio escolar. Pretendíamos dar voz a los chicos y chicas que viven, sufren o afrontan el racismo, con la finalidad de obtener información relevante para elaborar una Guía, dirigida al profesorado y adultos en general, y también a los propios adolescentes, que les ayudara a reconocer, comprender, interpretar y manejar situaciones de racismo desde una perspectiva educativa. Para ello contactamos con adolescentes cuyas características nos hicieron prejuzgar que podían formar parte de grupos que sufren cotidianamente el peso del racismo: sobre todo, chicas y chicos a los que solemos asociar con la categoría de «inmigrante». Los abordamos no sólo en los centros educativos, sino también en las calles y en los parques, allí donde pensamos que podían compartir sus ideas y experiencias en un clima de confianza. Descubrimos que los adolescentes tienen una visión clara y amplia del racismo y sus implicaciones, y son capaces de distinguir y narrar sus experiencias en torno a él. Así mismo, reclaman que se hable de racismo, que se trate abiertamente, que sus vivencias y percepciones se tengan en cuenta y reciban algún tipo de respuesta por parte de los adultos. Tomando como referente esta idea, construimos una Guía articulada en torno a sus narraciones, que trata de ofrecer ideas y propuestas que respondan a cinco cuestiones: qué es el racismo, por qué y para qué se da, cómo se produce, cómo se reproduce y cómo se afronta
Racismo y sistema social: estrategias superadoras del racismo
[ES] La mayoría de los informes sobre xenofobia y racismo apuntan a una situación de relativa tolerancia
en España. Pero este país se ha transformado lentamente y no podemos seguir negando la existencia
de un problema que incluso se ha traducido en un política legislativa de gran dureza. Partiendo de estos argumentos
y tras analizar el concepto de “racismo” y sus características, se muestra la situación en España en
relación a la tolerancia frente a los extranjeros.[EU] Xenofobiari eta arrazakeriari buruz egindako txosten gehienetan ikusten denez, Espainian nolabaiteko
tolerantzia dago gai hauei dagokienez. Baina herrialde hau aldatuz doa pixkanaka-pixkanaka, eta ezin
dugu esan alor honetan ez dagoela arazorik, lege-politika gogorrean ikusten den bezala. Aipaturikoan oinarrituz,
eta “arrazakeria” kontzeptua eta bere ezaugarriak aztertu ondoren, Espainiak, atzerritarren aurrean duen
tolerantzia jarrera erakusten da.[FR] La plupart des informes sur la xenophobie et le racisme indiquent l’existence d’une certaine
tolérance en Espagne. Pourtant, ce pays s’est transformé lentement et on ne peut plus continuer à nier
l’existence d’un problème qui a même donné lieu à une très dure politique législative. À partir de ces
arguments et après avoir analysé le concept de racisme et ses caracteristiques, on expose la situation en
Espagne par rapport à la tolérance face aux étrangers.[EN] Most of the reports about xenophobia and racism denote certain tolerance in Spain.
Nevertheless, this country is gradually transformed and it’s imposible to refuse the existence of a problematic
that has generated very hard legislative politics. Starting from those reasonings and once analyzed the
concept of racism and its caracteristics, the text explains the spanish situation of tolerance with regard to
foreigns
Potencial da RAS: Rede Cegonha para a saúde da mulher negra no território
Mônica Oliveira, Seppir- DF, fala sobre o Racismo Institucional como um determinante social de saúde. Ela demonstra como o racismo se expressa no cotidiano das pessoas, entre usuários e profissionais de saúde, no cotidiano dos serviços de saúde, entre outros. O racismo institucional na saúde pode ser visto, por exemplo, no caso da morte materna. No país como um todo tem diminuído, mas quando se desagrega por cor as mulheres negras continuam morrendo mais
Diferencias y racismos: posibilidades y derivaciones de los etnocentrismos actuales
Este texto trata básicamente dos problemáticas complementarias: una referida al racismo y otra en la que desarrollo críticas a corrientes teóricas generadas entre 1970 y 1990. En el caso del racismo, si bien consideramos que es previo al desarrollo del capitalismo, sostenemos que ha constituido hasta la actualidad una de las principales estrategias de exclusión, subordinación y hegemonía del sistema capitalista, inclusive durante el periodo neoliberal. Subrayamos la continuidad etnocentrismo/racismo, dado que en determinadas situaciones los etnocentrismos inherentes a toda sociedad pueden derivar hacia distintas formas de racismo. Correlativamente, sostenemos que las corrientes teóricas señaladas se caracterizan no solo por ignorar el racismo, sino por su relativismo, ahistoricismo y presentismo, y que estas pueden ser usadas por las políticas neoliberales a través del papel dado a las diferencias, por la escasa referencia o directamente desinterés por las desigualdades socioeconómicas, así como por su negación de la problemática de la verdad
Racismo institucional e repercussões na saúde
Mônica Oliveira, Seppir- DF, fala sobre o Racismo Institucional como um determinante social de saúde. Ela demonstra como o racismo se expressa no cotidiano das pessoas, entre usuários e profissionais de saúde, no cotidiano dos serviços de saúde, entre outros. O racismo institucional na saúde pode ser visto, por exemplo, no caso da morte materna. No país como um todo tem diminuído, mas quando se desagrega por cor as mulheres negras continuam morrendo mais
Uma reflexão sobre o racismo
Apresentamos uma reflexão sobre o racismo enquanto fenómeno mutável,
historicamente contingente, considerando que a persistência do racismo nas sociedades
europeias exige o compromisso da reflexividade sobre o legado da nossa história para
compreender o que deste passado perdura no mundo de hoje. Nesta reflexão interessa-nos,
em particular, compreender o papel da ciência, do colonialismo e do nacionalismo, e
suas interligações, na institucionalização da hierarquização social por via da classificação
entre “raças” ou culturas, analisando o racismo como um elemento estruturante da
organização económica, social e política das sociedades europeias. Perspetivamos esta
reflexão como uma estratégia de capacitação para intervir no combate ao racismo e na
promoção da igualdade e da cidadania, fazendo dos lugares que habitamos uma casa
comum.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Módulo 1 - Aspectos gerais da educação e das relações étnico-raciais
Material em formato .pdf. Parte do material do curso de especialização em Política de Promoção da Igualdade Racial na EscolaCOMFOR - Comitê Gestor Institucional de Formato Inicial e Continuada de Profissionais da Educação Básica / Secretaria de Educação Básica - SEB / Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão - SECADI / Secretaria Estadual de EducaçãoCoordenação do curso: José Carlos Gomes da SilvaEquipe de produção (SEAD UNIFESP): Felipe Vieira Pacheco (Coordenador de produção e desenho instrucional) / Mayra Volpato Ramiro (Designer Instrucional) / Fabrício Sawczen (Designer Gráfico)DISCIPLINA 1: Ambientação ao Moodle - Introdução ao curso de Política de Promoção da Igualdade Racial na Escola.
DISCIPLINA 2: Identidade, diferença e racismo
Unidade 1 - O que são as identidades?
Objetivos: Apresentar, em linhas gerais, aspectos importantes e definidores do conceito de identidade nas Ciências Humanas e Sociais; e problematizar a multiplicidade das identidades.
Unidade 2 - Concepções de identidade nas Ciências Humanas e Sociais
Objetivos: Apresentar, em linhas gerais, algumas das principais concepções de identidade nos estudos contemporâneos; e Construir, coletivamente, uma definição do conceito de identidade.
Unidade 3 – Crise de identidade?
Objetivos: Caracterizar a crítica à essencialização nas constituições identitárias; Apontar para as principais transformações sociais que permitiram, socialmente, mudanças na concepção de identidades, anteriormente entendidas como fixas; Ilustrar o caráter híbrido, múltiplo e, por vezes, contraditório das identidades; e Promover, a partir das experiências individuais, uma reflexão acerca da multiplicidade de orientações que definem as identidades.
Unidade 4 – Identidades nacionais
Objetivos: Refletir acerca da existência e inexistência de uma identidade nacional; e Discutir o caráter de naturalidade e artificialidade desta identidade.
Unidade 5 – Identidade brasileira
Objetivo: Promover uma discussão acerca da existência ou inexistência de uma identidade nacional brasileira.
Unidade 6 – Democracia racial
Objetivos: Historicizar e problematizar a ideia de democracia racial; e Promover, a partir de um estudo de caso (identidade nacional brasileira), uma reflexão acerca das experiências individuais dos cursistas com o conteúdo da unidade.
Unidade 7 – Diferença e identidade e direito à diferença
Objetivos: Estabelecer relações entre igualdade e diferença e entre identidade e diferença; Apontar para as relações de poder como construtoras da igualdade e da diferença; Analisar o multiculturalismo à luz das relações de poder; Discutir o reconhecimento da diferença; e Discutir o direito à diferença.
Unidade 8 – Racismo, preconceito e discriminação racial
Objetivos: Apresentar aspectos importantes e definidores da noção de racismo nas Ciências Humanas e Sociais; e Diferenciar racismo, preconceito e discriminação racial.
Unidade 9 – A particularidade do racismo no Brasil
Objetivo: Discutir a particularidade do racismo no Brasil.
Unidade 10 - Racismo e política
Objetivo: Tratar das relações entre racismo e inserções do movimento negro na política.
DISCIPLINA 3 - Educação, Racismo e Antirracismo
Unidade 1 - As oportunidades educacionais para negros e brancos
Objetivo: Apresentar aos estudantes algumas desigualdades sociais e educacionais entre negros e brancos no Brasil contemporâneo como ponto de partida para a nossa reflexão sobre racismo.
Unidade 2 - Racismo: algumas definições
Objetivos: Discutir o significado de raça e racismo no mundo moderno; e apresentar as diferenças específicas entre os termos preconceito e discriminação racial.
Unidade 3 – Racismo no Brasil
Objetivo: Refletir sobre as manifestações do racismo no Brasil e as formas de combatê-lo.
Unidade 4 - Racismo e antirracismo: o que pensaram os nossos intelectuais?
Objetivos: Discutir especialmente a ideologia do branqueamento e o mito da democracia racial como ideias fundamentais que legitimam a singularidade do racismo brasileiro.
Unidade 5 - O movimento negro no Brasil: suas lutas e conquistas
Objetivos: Apresentar os principais momentos de organização política e de lutas antirracistas dos movimentos negros no Brasil; enfatizar as conquistas e desafios do Movimento Negro Unificado.
Unidade 6 - Racismo e política Unidade 6 - A escola brasileira e as origens de um discurso antirracista
Objetivos: Analisar a trajetória histórica da escola brasileira, tendo em vista a dinâmica racial; e recuperar experiências de escolas negras e identificar as origens da formação de um pensamento pedagógico antirracista.
Unidade 7 - Racismo e cotidiano escolar
Objetivos: Refletir sobre alguns mecanismos discriminatórios presentes no cotidiano escola; pensar a respeito dos lugares sociais produzidos pelo racismo institucional; e discutir a difícil relação entre os mecanismos de exclusão racial e a construção da identidade de crianças negras.
Unidade 8 - A Lei 10.639: a sua longa trajetória
Objetivos: Debruçar sobre a trajetória histórica que desembocou na criação e implementação da lei 10.639, bem como discutir seus desdobramentos, limites e possibilidades.
Unidade 9 - Experiências positivas de promoção da igualdade racial
Objetivo: Apontar algumas iniciativas educativas voltadas à questão étnico-racial.
Unidade 10 - Para uma educação antirracista
Objetivos: Analisar o conceito de multiculturalismo; pensar o encontro do multiculturalismo e diversidade no Brasil; refletir essas categorias na educação; apontar a presença ou não das diferenças entre a proposta da Educação Étnico-racial; e antirracista com os apontamentos trazidos pelos conceitos de diversidade e multiculturalismo.
DISCIPLINA 4 - Metodologia Científica e Projeto de Intervenção I
Objetivos: A disciplina tem como objetivo apresentar a relação da metodologia qualitativa com os fundamentos da pesquisa social e em educação; Discutir o uso de diferentes pressupostos teóricos e o uso de diferentes metodologias de pesquisa qualitativa e apresentar alguns métodos e técnicas como a etnografia, a história de vida e a pesquisa-ação.
DISCIPLINA 5 - Atividade extra sala - Visitar territórios negros na cidade de SP
Objetivos: Apresentar ao aluno um referencial teórico-metodológico para proceder visitações (compreendidas como estudo do meio) de espaços e instituições na cidade de São Paulo identificadas como “territórios negros”.Outr
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