1,226 research outputs found

    Periphery as a Work: Eccentric Modernities and Lusophone- -Tropical Rearrangements

    Get PDF
    The last decade theoretical accumulation on peripheries has turned this concept into a fundamental tool to approach contemporaneity. It has become an effective key to rethink the complex morphology of modernities, in particular when the modernization processes don’t seem completely to entail the diversities of the generated modern forms. After a synoptic genealogy of peripheral thoughts, inscribed in the synthetic categorial circle of Periferic, the concept key is adopted to draft the very particular profile of Portuguese colonialism, historically grounded on a paradoxical “weak force” that fed a mythology of exceptionalism of the Portuguese Overseas case. In this sense, a modern peripheral discourse may become an international work of articulation of fake forms and narratives. Such a rethorical and ideological device, defined by the ideology of Luso- Tropicalism - set up in Brazil, that is in an ex-colony with the decisive contribution of Gilberto Freyre, but after recycled by the contemporary metropolis, Portugal and the Salazarian regime, in order to justify the maintenance of the African colonies - shows a crucial but hidden aspect and risk of the postcolonial theories. If it isn’t assumed with a particular ethics of discourse care, uncritical postcolonial arguments may be turned as a exceptional colonial alibi to feed the immagination of a necessary colonial relation. Therefore, postcolonial theory has to keep a very strict link to the metacritcal dimension of the discourse.acumulação teórica das últimas décadas sobre as “periferias” atualizou o conceito clássico, que hoje é chave para repensar as morfologias complexas do moderno. Com tal conceito, esboça-se, aqui, o perfil do colonialismo português, baseado historicamente numa paradoxal “força débil” que alimenta uma mitologia de excepcionalismo. Assim, um discurso moderno periférico pode se articular no plano internacional a narrativas falsas. Tal dispositivo ideológico, presente na ideologia do Luso-tropicalismo – constituído no Brasil por Gilberto Freyre, e reciclado pela metrópole – mostra um aspecto encoberto nas teorias pós-coloniais. Ao não se cuidar de uma particular ética do discurso, formulações acríticas pós-coloniais podem se converter em álibi colonial alimentando a imaginação de uma colonização necessária. Portanto, a teoria pós-colonial deve manter um elo estreito com a dimensão metacrítica do discurso

    Versos e gritos: memória poética da Guerra Colonial

    Get PDF
    O artigo analisa a memória poética da experiência da Guerra Colonial identificando expressões díspares do poético: poemas de valor predominantemente documental; uma poesia da época que integra a Guerra Colonial e também a expõe pelo canto; e uma poesia de poetas da Guerra Colonial. O arquivo poético construído pela Antologia da Memoria Poética da Guerra Colonial, organizada pelos autores deste artigo demonstra que só o advérbio “Ainda” – aquele com que Manuel Alegre fecha uma viagem sem regresso – mostra como a guerra continua por dentro das palavras, por dentro dos versos, denunciando a profundidade da inscrição da guerra no presente.The article analyzes the poetic memory of the experience of Colonial Wars identifying disparate expressions of poetic: a sort of poems of documentary value; poetry of the era that integrates Colonial War and also exposes the theme on the protest song; and poetry from poets of the Colonial War. The poetic archive made by the Anthology of Poetic Memory Poetics of Colonial Wars, organized by the authors of this article, shows that only the adverb Ainda/ Still –, one with which Manuel Alegre closes a voyage without return – shows how the war of continues inside the words, inside of the verses. It shows the depth inscription of the Colonial Wars in the Portuguese present time

    El exceso de la muerte, la excepción de la violencia y la escrita como soberanía: Feliz ano novo de Rubem Fonseca

    Get PDF
    none1noThe article theoretically reflects on the relationship between violence and literature. In this sense, Rubem Fonseca’s work is emblematical, first because violence is the principle object of an attempt of artistic representation, going beyond any mimetic temptation, and also because, through his narrative engagement, the author develops a sharp meta-reflection on the possibilities of writing the violence. The book Feliz ano novo, edited in 1975 during the military dictatorship, contains explicit references to violence, for this reason, it was censored for many years. The book is a collection of short stories, centered on many apparently individual cases of material and symbolical violence that, actually, entail larger and political dimensions. The critical approach of the essay is based on some categories of political philosophy, considering the author endowed with a paradoxical sovereignty that allows him to exercise a strong counter-power as a condition to succeed in finding a literary form for a possible, finally full violence representation.noneR. VecchiR. Vecch

    Letterature postcoloniali e politiche di restituzione: la narrativa di João Paulo Borges Coelho

    Get PDF
    Letterature postcoloniali e politiche di restituzione: la narrativa di João Paulo Borges Coelh

    A crise da pós-memória e o horizonte das sobrevivências: campos de batalha da memória no Brasil contemporâneo

    Get PDF
    This article focuses on the slippery concept of “post-memory” that emerged in the 1990s in a cultural rather than historical context. Trying to decipher its points of strength and weakness, situated in particular in the Brazilian case, the analysis questions whether this critical reconfiguration of the memory of the second and successive generations has contributed - or not - to being included in the contemporary debate on saving memories at risk. The practice of “desaparecimento forçado” (forced disappearing) and its (im)possible memory inheritance for other generations offers an extreme point for the critical reflection. Even though it emerged in the post-Shoah context, post-memory finds applications in different critical contexts – as in the case of military authoritarianism in Latin America and the Brazilian military dictatorship (1964-1985). After a review of the conceptual debate, the pars construens of the reflection seeks to verify whether the analytical disassembly of the postmemory, associated with the figure of survivals (see Pasolini, Didi-Huberman, Warburg, Benjamin), may provide a new critical dimension, through which to rethink the transmission of memory and the economy of inheritance. From this rearticulation, a politics of survivals may perhaps reformulate, in its alliance with fields such as literature or arts, an alternative and possible relationship with the past. La reflexión propuesta en este artículo se centra en el escurridizo concepto de “post-memoria” que surgió en la década de los noventa no en un contexto cultural sino histórico. Al tratar de localizar los puntos de fuerza y debilidad que tiene, particularmente ubicados en el caso brasileño, el análisis se pregunta si esta reconfiguración crítica de la memoria de la segunda y sucesivas generaciones ha contribuido – o no – a insertarse en el debate contemporáneo sobre guardar recuerdos en riesgo. La práctica de la “desaparición forzada” y su (im)posible herencia de la memoria para otras generaciones ofrece un punto extremo de reflexión crítica. Aunque surgió en el contexto postHolocausto, la post-memoria encuentra aplicaciones en diferentes contextos críticos, como en el caso del autoritarismo militar en América Latina y la dictadura militar brasileña (1964-1985). Tras una revisión del debate conceptual, la “pars construens” de la reflexión busca verificar si el desmontaje analítico de la postmemoria asociada a la figura de las supervivencias (Pasolini, Didi-Huberman, Warburg, Benjamin) ofrece una nueva dimensión crítica para repensar la transmisión de la memoria y la economía de la herencia. A partir de esta revisión se articula una política de supervivencias que quizás reformule, en su alianza con campos como la literatura o las artes, otra y posible relación (viva) con el pasado.A reflexão que se propõe neste artigo concentra-se sobre o conceito escorregadio de “pós-memória” que surge na década de 1990 em âmbito cultural e não histórico. Tentando localizar os pontos de força e de debilidade que possui, situados em particular no caso brasileiro, a análise se interroga se esta reconfiguração crítica sobre a memória das segundas e sucessivas gerações tem contribuído – ou não – para se inscrever no debate contemporâneo sobre a salvação de memórias em risco. A prática do “desaparecimento forçado” e sua (im)possível herança mnésica para as outras gerações, oferece um ponto extremo de reflexão crítica. Mesmo surgida no contexto da pós-Shoah, a pós-memória encontra aplicações em diferentes contextos críticos – como no caso dos autoritarismos militares na América Latina e da ditadura militar brasileira (1964-1985). Depois de uma revisão do debate conceitual, a “pars construens” da reflexão procura verificar se a desmontagem analítica da pós-memória associada à figura das sobrevivências (Pasolini, Didi-Huberman, Warburg, Benjamin) oferece uma nova dimensão crítica com que repensar a transmissão da memória e a economia da herança. Desta revisão, articula-se uma política das sobrevivências que talvez possa reformular, em sua aliança com campos como o da literatura ou das artes, uma outra possível relação com o passado

    Biopolítica e literatura: os disiecta membra do presente em Feliz ano velho

    Get PDF
    Combinando uma reflexão sobre o funcionamento das representações culturais com o uso de alguns conceitos da biopolítica, o ensaio propõe questionar como os limites representativos - em particular referidos ao contexto do autoritarismo - podem encontrar uma possibilidade de expressão de experiências extremas e indizíveis, como a violência ou a morte com a eliminação do corpo da vítima, que exclui a possibilidade de elaborar o luto. O estudo de caso é conduzido a partir de uma análise do romance Feliz ano velho (1982), de Marcelo Rubens Paiva, que proporciona uma narrativa aparentemente despojada mas bastante interessante para aprofundar questões até radicais de crítica cultural, em uma perspectiva necessariamente interdisciplinar.Combining a critical approach on cultural representation and some biopolitical concepts, the essay aims to discuss how representation constraints - referred particularly to an authoritarian context - may find a possibility to express extreme or unutterable experiences, such as violence or death together with the victim's body elimination, which excludes the possibility of mourning. This case study analyses the novel Feliz ano velho (1982), by Marcelo Rubens Paiva, which pseudo-simple narrative enables us to deepen the most radical questions on cultural criticism through an interdisciplinary perspective

    O incontornável Corpo da Nação: Reapropriações e heterodoxias futuristas em torno da Semana de Arte Moderna

    Get PDF
    O Futurismo italiano desempenhou uma tarefa complexa, sobretudo nos antecedentes da Semana de Arte de São Paulo mas não exclusiva. No artigo, não se reconstrói tanto a polêmica sobre o Futurismo que marcou a gestação da Semana, mas sobretudo o papel diferencial que o Futurismo italiano teve, como material de articulação de um processo mais amplo que o absorveu, na preparação da trama estética e ideológica modernista, inclusive quando a sua influência não se manifestaria de modo explícito. Sinteticamente e por imagem, se poderia dizer que ocorreu uma espécie de conservação negativa de valores reconduzíveis ao Futurismo italiano. Um reuso condicionado, na complexidade do corpo histórico e social do Brasil, que mostra como a influência externa funciona só no momento em que se converte em uma força de transformação interna, como a semiótica demostra. Nesta linha, o legado do Futurismo é perceptível em particular não só nas inconveniências da aurora moderna mas na disseminação que seguiu a emersão impetuosa dos valores do Modernismo, na refração de multíplices modernidades.Italian Futurism played a complex task, especially in the background of the São Paulo Art Week, but not exclusively. The article does not reconstruct so much the polemic on Futurism that marked the gestation of the Week, but rather the differential role that Italian Futurism had as articulating material of a broader process that absorbed it in the preparation of the modernist aesthetic and ideological plot, even when its influence was not explicitly manifested. Synthetically and by image, it could be said that a kind of negative conservation of values reconductible to Italian Futurism occurred. It means a conditioned reuse in the complexity of Brazil’s historical and social body showing how the external influence works only at the moment it becomes a force of internal transformation, as semiotics demonstrates. In this way the legacy of Futurism is noticed not only in the inconveniences of the modern dawn but also in the dissemination that followed the impetuous emersion of the values of Modernism, in the refraction of multiple modernities

    CULTURA, COMUNICAÇÃO E DIVERSIDADE NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO: DISPUTAS SOBRE OS LEGADOS DA MEMÓRIA

    Get PDF
    O artigo propõe aprofundar o tópico geral “cultura, comunicação e diversidade” assumindo como campo de interrogação o caráter problemático e até controverso da memória no tempo contemporâneo. Hipertrófica no plano da mídia, mas também precária, pelo menos na sua relação problemática com o passado, a memória hoje proporciona um campo de batalha muito aberto que sintetiza o conflito de diferentes correntes interpretativas sobre os reusos do passado e a definição de visões compartilhadas em particular sobre eventos traumáticos. Mais especificamente, no âmbito dos estudos sobre a memória, propõe-se discutir um conceito por sua vez polêmico como o de pós-memória, ou seja, a representação do passado por parte não da geração testemunhal, mas por parte de quem herda do passado uma memória em particular traumática. Mobilizando um vasto arsenal de exemplos (do cinema ao documentário, da poesia a prosa etc.) o caso escolhido para discutir o tema da pós-memória é o Brasil e as heranças para a segunda geração dos anos de autoritarismo depois do golpe civil-militar de 1964.Palavras-chave: Cultura. Comunicação. Diversidade. Memória.-------------------------------------------------------------------------------CULTURE, COMMUNICATION AND DIVERSITY IN THE CONTEMPORARY CONTEXT: DISPUTES ON THE LEGACIES OF MEMORYThe article aims to deepen the general topic “culture, communication and diversity”, taking as a field of interrogation the problematic and even controversial nature of memory in contemporary times. Hypertrophic at the level of the media, but also precarious, at least in its problematic relationship with the past, memory today provides us with a very open battlefield synthesizing the conflict of different interpretive tendencies about the re-uses of the past and the possible definition of a shared vision in particular about traumatic events. More specifically, in the context of memory studies, the proposal deals with the discussion on a controversial (on its turn) concept as post-memory, that is, the representation of the past not due to the generation of witnesses, but to those who inherit such memories from the past, particularly the traumatic ones. Mobilizing a vast arsenal of examples (from cinema to documentary, from poetry to prose, etc.), the case of study that was chosen to discuss postmemory issues is Brazil and the legacies of the second generation of authoritarianism epoch, after the civil-military coup in 1964.Keywords: Culture. Communication. Diversity. Memory

    O passado subtraído da desaparição forçada:: Araguaia como palimpsesto

    Get PDF
    O artigo aborda o tema da desaparição forçada no contexto do autoritarismo militar no Brasil definindo em primeiro lugar o caráter problemático da restituição de uma memória dos desaparecidos a partir da inviabilidade da categoria jurídica de restitutio ad integrum. O palimpsesto histórico a ser pensado nesta perspectiva é aquele da guerrilha do Araguaia, que foi apagada dos mapas da história do Brasil. O caso leva à problematização do conceito de restituição dentro do debate contemporâneo que o aproxima do ato de autor e o reconfigura dentro de uma perspectiva de subjetividade ética, analogamente ao que acontece com outro conceito chave da contemporaneidade, aquele de testemunha. A literatura se presta assim a se tornar um fértil campo onde repensar a restituição. O caso literário aqui considerado é o romance K., de Bernardo Kucinski, que, assumindo explicitamente um pacto ficcional, consegue subtrair à destruição sem ruína da desaparição forçada uma memória precária mas possível do passado traumático.&nbsp
    corecore