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    AVALIAÇAO EM ENFERMAGEM AOS FATORES PREDISPONENTES PARA O DESENVOLVIMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) EM DETENTOS DE UMA UNIDADE PRISIONAL EM MURIAÉ-MG

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    INTRUDUÇÃO: O aprisionamento sempre fez parte da história e os indivíduos no cárcere, estão sujeitos a adquirirem patologias diversas por não possuírem os mesmos hábitos que os cidadãos livres. Destarte, é importante volver a atenção a este público para promover a saúde e prevenir eventuais agravos. Hordienamente, observa-se que o número de detentos no país cresce vertiginosamente, concomitantemente a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) – doenças crônico-degenerativas (DCD) a HAS que integra um grupo de Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT’s) que são tidas como enfermidades de história natural prolongada, múltiplos fatores de risco, interação de fatores etiológicos, especificidade de causa desconhecida, ausência de participação ou participação polêmica de microorganismos entre os determinantes, longo período de latência, longo curso assintomático, curso clínico em geral lento, prolongado e perene, manifestações clínicas com períodos de remissão e de exacerbação, lesões celulares irreversíveis e evolução para vários graus de incapacidade ou óbito – vem acometendo e assolando milhares de pessoas por todo o mundo. Os prejuízos decorrentes desta doença são inestimáveis e afeta a economia do país devido o dispêndio financeiro no custeio com internações hospitalares, cirurgias, pagamento de aposentadorias, pensões e etc. OBJETIVO: Considerando que a doença hipertensiva, podem ser evitadas por estar intimamente ligada ao comportamento, o escopo deste estudo consiste em avaliar as condições de saúde de detentos de uma Unidade Prisional em Muriaé-MG atentando-se aos fatores preditivo para a HAS. METODOLOGIA: Desenvolveu-se um estudo exploratório-descritivo com abordagem quanti-qualitativa utilizando um questionário semi-estruturado, instrumentos aprovados e calibrados para verificação e aferição da pressão arterial, avaliação do índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA). Para a aferição da PA optou-se pela técnica da medida indireta, com esfignomanômetro aneroide adulto modelo Acadêmico da marca BD, além de estetoscópio com campânula, registrados e regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).  Buscou-se seguir na realização desta técnica o padrão ouro, definido pela American Heart Association (AHA), descritos no Brasil em Consensos e Diretrizes do Tratamento da Hipertensão Arterial preconizados pelas associações científicas. Na mensuração da CA utilizou-se fita métrica flexível e inelástica com 150 cm de comprimento. A CA foi obtida na menor curvatura localizada entre as costelas e a crista ilíaca, posicionando a fita e ajustando-a diretamente sobre a pele, sem comprimir os tecidos. Quando não foi possível identificar a menor curvatura, obteve-se a medida de 2 cm acima da cicatriz umbilical de modo a permanecer na mesma altura. Durante a mensuração, os presos pesquisados mantinham-se de pé (ereto), abdômen relaxado, braços estendidos ao longo do corpo e pés separados numa distância de 25-30 cm e os registros eram feitos quando os entrevistados encontravam-se na fase de expiração. Para a avaliação do IMC utilizou-se uma balança da marca Filizola com escala métrica graduada, com precisão de 100 gramas para o peso e de 0,1 cm para a estatura, ambas devidamente registradas e aprovadas. Para obtenção deste índice, faz-se a relação entre peso e altura que é calculada pela seguinte fórmula: IMC = P/A2, ou seja, [IMC = P (kg) ÷ A (m)2], em que P é o peso corporal em quilogramas e A é a altura em metros (m) elevada ao quadrado. RESULTADOS: Foram entrevistados 102 presos, sendo 53 homens e 49 mulheres. Os homens possuíam idade entre 21 e 54 anos, com média de ±29,5 anos, e as mulheres entre 19 e 56 anos, com média de ±33,2 anos. No que concerne à raça/cor declarada, os brancos eram em maior proporção, seguidos dos negros, pardos, mulatos e morenos. A maioria dos entrevistados (62,7%) era pouco instruída, ou seja, não possuía ou não havia completado o ensino fundamental, que consiste na conclusão da 8ª série do antigo 1o grau, mas verificou-se que as mulheres eram as mais escolarizadas. As informações sobre a situação educacional dos reclusos são importantes, pois caracterizam indiretamente uma situação de exclusão social que antecede o seu ingresso no Sistema e implica também numa qualidade de vida inferior a de outras pessoas. À avaliação de alguns parâmetros constatou-se cifras acima do desejado além de hábitos e comportamentos inadequados, sendo as mulheres as mais vulneráveis. Algumas pessoas viviam com condições psicossociais alteradas, 53 (51,9%) possuíam hábitos tabagista, 52 (50,9%) eram inativos com relação à exercitação física, 48 (47,0%) utilizavam drogas ou medicamentos que poderiam alterar os valores tensionais, 47 (46,1%) possuíam histórico familiar da doença, 26 (25,5%) apresentavam-se com a circunferência abdominal (CA) acima do desejado, 24 (23,5) com IMC desfavorável (maior que 25 Kg/m2), 24 (23,5%) com idade propensa ao desenvolvimento da HAS outros com PA descontrolada, conforme a figura abaixo e outros fatores mais. Alguns sinais e sintomas que indivíduos hipertensos apresentam são assaz subjetivos, entretanto correlacionar esta síndrome com os valores pressóricos acima do normal poder ser eficaz no diagnóstico da doença. Não se buscou fazer esta relação neste estudo, mas verificou-se que um número significativo apresentava alterações comuns de indivíduos portadores da HAS como dores de cabeça 44 (43,1%), fadiga e tontura 39 (38,2), 23 (22,5%), problemas visuais 26 (25,5%) dentre outros. Avaliando os hábitos alimentares e comportamentais destes indivíduos verificaram-se comportamentos curiosos. Um número muito significativo de reclusos disseram utilizar medicamento tranquilizantes e psicotópicos, do contrário não conseguiriam sequer descansar e além de o estado de sono/repouso refletir nos valores PA alguns medicamento são sabidamente influenciáveis nos mecanismos de controle da PA. Entre os homens verificou-se respostas como: “Não descanso bem à noite porque sinto falta de ar” (AJF,54); “Não descanso de noite não porque tô cum problema de rim e to virando toda a noite na jega [cama]” (AA, 26 anos); “Não descanso bem porque eu tô preso” (LCA, 254 anos); “Tô mais que infeliz” (ACD, 28 anos); “Tô durmindo mais ou menos, mais tá vindo diazepan pra mim... tô muito infeliz por estar longe da família” (M, 37 anos); “Tenho muita atormentação. Não tenho paz por causa de inimigos, to isolado e é por isso que eu num vô pro pavilhão. Eu tomo gadernal, tegretol, diazepan, ripinol.” (ACD, 28 anos); “Eu tomo gadernal, tegretol, amitripicilina” (MA, 30 anos); entres as mulheres obteve-se: “Tem vez que não durmo mas isso é normal, já to acustumada” (M, 43 anos); “Tomo diazepan, amitripitilina, tegretol e corticóides” (MC, 22 anos); “Vivo infeliz pelo que passo” (AGS, 36); “Vivo muito infeliz porque eu tô longe dos meus filhos. Vim de João Monlevade” (MPM, 44 anos). Quando apurou-se sobre o historio familiar destes indivíduos, detectou-se que 47 (46,1%) possuíam histórico familiar e havia alguma que relataram ter perdido entes por problemas decorrentes de doenças cardíacas e isto é um indício de predisposição já que a HAS desencadeia problemas cardiovasculares. Assim entre os homens teve-se relataram como: “Minha tia é hipertensa!” (JBF, 29 anos); “Meu pai deu derrame” (MFG, 35 anos); “Minha mãe tem cardiopatia” (Al, 39 anos); “Meu pai morreu de pressão e parada cardíaca” (AA, 26 anos); entre as mulheres também havia um número representativo de histórico da doença, complicações e agravos sugestivos de doença hipertensiva e problemas cardiovasculares: “Meu pai teve cardiomegalia e morreu” (MAPC, 48 anos); “Meu pai morreu de pressão alta” (IPD, 29 anos); “Minha mãe morreu de eclâmpsia” (MALS, 31 anos); “Meu pai deu derrame e morreu” (GM, 21 anos); “Minha mãe tem doença do coração” (AML, 46 anos); “Meu pai deu derrame” (RM, 26 anos); “Meu pai tinha pressão alta e morreu” (R, 28 anos). Muitos reclusos também reclamavam da alimentação que era oferecida na Unidade, ainda que esta fosse preparada sob os cuidados de nutricionistas. Sem se alimentarem alguns trocavam o almoço servido em marmitex por pães, doces, e outras guloseima: “Como só biscoito, leite...” (JÁ, 36 anos - ♂); “Não tô rangando nada só o marrocos [gíria utilizado por preso referindo-se ao pão] de manhã e à tarde” (LCA, 25 anos - ♂); “Faço até trabalhos em troca de doces!” (AJF, 54 anos - ♂); “Só como bobagens, porque eu não tenho fome. Só como o pão mesmo” (MC, 22 anos - ♀). CONCLUSÕES: A significância clínica das doenças em questão provém das lesões a estruturas importantes como cérebro, coração, nervos, olhos, rins e vasos sanguíneos. Considerando que estas patologias podem ser evitadas é elementar que sejam implantadas no Sistema, ações com este finalidade. Sugere-se, portanto que os apenados sejam instruídos quanto aos hábitos saudáveis de vida como alimentação, prática de exercícios físicos e abandono de maus hábitos como o tabagismo. Além de prover melhoria na qualidade de vida dos reclusos, ter-se-á significativa diminuição da morbimortalidade e oneração do estado no tratamento destes agravos. REFERÊNCIAS: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME METABÓLICA (ABESO). Cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). São Paulo: ABESO, 1998-2008. Disponível em: <http://www.abeso.org.br/calc_imc.htm>. Acessado em: 16 ago. 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus. 33p. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: <http://dtr2004.saude.gov.br/dab/docs/publicacoes/geral/projeto_educacao_permanente-maio14.pdf>. Acessado em: 17 jul. 2009. ______. ______. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde.  (Cadernos de Atenção Básica, n. 15 - Série A. Normas e Manuais Técnicos). Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 58p. ISBN: 85-334-1189-8. NERES, Ramon A. C. Ações de saúde na prisão: análise da adesão do Estado de Minas ao PNSSP. 2008. 85f. Monografia. (Bacharelado em Administração Pública) Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte, 2008

    Cartografia e diplomacia: usos geopolíticos da informação toponímica (1750-1850)

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    O artigo explora dimensões geopolíticas da toponímia, registradas em documentos cartográficos, desde as reformas empreendidas pelo consulado pombalino em meados do século XVIII, até às primeiras décadas do século XIX, em meio ao processo de afirmação do Estado imperial pós-colonial.This paper explores the geopolitical dimensions of toponymy as registered in cartographic documents dating from the reforms pushed through by the consulate of Marquis of Pombal in the mid 18th century to the early decades of the 19th century, as the post-colonial imperial State established itself

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost

    Birth conditions and evaluation of WBC in adolescence: interaction with nutritional status, body composition and cardiovascular risk

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    As Doenças Cardiovasculares são consideradas mundialmente um problema de saúde pública. Os fatores de risco cardiovasculares podem originar na infância, estendendo-se pela adolescência até a idade adulta e se associam aos marcadores inflamatórios, dentre estes os leucócitos. Objetivou-se avaliar as condições de nascimento, sua relação com o leucograma e situações nutricionais, composição corporal e riscos cardiovasculares nas três fases da adolescência. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 676 adolescentes (Subamostra 1: 475) 10 a 19 anos, de ambos os sexos selecionados nas escolas do município de Viçosa-Minas Gerais. Os adolescentes foram divididos em fases do desenvolvimento: Inicial (10 a 13 anos), Intermediária (14 a 16 anos) e Final (17 a 19 anos) e classificados de acordo com o estado nutricional e composição corporal (A- Eutróficos, B- Excesso de Gordura, C- Excesso de Peso e de Gordura Corporal). O estudo foi composto por duas etapas. Na primeira avaliou-se o estado nutricional, composição corporal e perfil bioquímico dos adolescentes. Na segunda, buscou-se os dados relacionados às variáveis de nascimento desses adolescentes, nos prontuários maternos nos hospitais do município. Na adolescência, foi avaliado peso, estatura, perímetro da cintura, perímetro do quadril e se calculou as razões índice de massa corporal, relação cintura/estatura e o índice de adiposidade corporal. A avaliação da composição corporal foi realizada por bioimpedância elétrica vertical com oito eletrodos táteis InBody 230®. Avaliou-se hemograma completo, perfil lipídico, ácido úrico, glicemia, insulina, modelo homeostático de avaliação da resistência à insulina (HOMA- IR), contagem de leucócitos, pressão arterial sistólica e diastólica além de características autorrelatadas do estilo de vida e história familiar para Doenças Cardiovasculares. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (Processo n°163/20129). Como resultados observou-se que excesso de peso, de gordura corporal, perfil lipídico, comportamento sedentário, e história de DCV em familiares foram os fatores de risco cardiovasculares mais prevalentes entre os adolescentes. As adolescentes apresentaram maiores percentuais de excesso de peso, de gordura corporal e número de leucócitos. O peso e comprimento ao nascer, perímetro cefálico e torácico foram maiores entre os meninos. Quanto às fases, a inicial apresentou maior percentual de comportamento sedentário, excesso de peso, colesterol total e LDL em relação às demais. A fase final apresentou maior número de leucócitos. Indivíduos com excesso de peso e de gordura corporal apresentaram maiores números de leucócitos, alterações no colesterol total, LDL, triglicerídeos, insulina, HOMA e HDL baixo, maior propensão a desenvolver hipertensão, em relação aos eutróficos. Quanto à situação nutricional, os indivíduos dos grupos B e C, apresentaram maiores números de leucócitos. Os leucócitos totais apresentaram correlação positiva com todas as variáveis antropométricas, com os triglicerídeos, plaquetas, insulina e HOMA-IR. Os linfócitos correlacionaram-se positivamente com o colesterol total, os eosinófilos com a glicose e os monócitos com o LDL. Os basófilos não apresentaram nenhuma correlação com os fatores de risco cardiovasculares. O sexo, a fase da adolescência e as plaquetas foram preditoras independentes do aumento dos números de leucócitos em adolescentes. Os resultados demostram a relação da alteração dos valores de leucócitos com estado nutricional adverso e sua associação às alterações cardiovasculares. A elaboração de estratégias de atendimento à saúde do adolescente para identificação dos fatores de riscos cardiovasculares são ações importantes para a identificação precoce dos indivíduos em risco.Cardiovascular diseases are considered a worldwide public health problem. Cardiovascular risk factors may originate in childhood, extending through adolescence into adulthood and are associated with inflammatory markers, among them leukocytes. The objective was to assess the conditions of birth, their relationship with the WBC and nutritional situations, body composition and cardiovascular risks in all three phases of adolescence. It is a cross-sectional study involving 676 adolescents (Subsample 1: 475) 10 to 19 years, of both sexes selected schools in the municipality of Minas Gerais- Viçosa. The adolescents were divided into stages of development: Home (10-13 years), Intermediate (14-16 years) and Final (17-19 years) and classified according to the nutritional status and body composition (A- Eutrophic, B- Fat excess, C Excess Weight and Body Fat). The study consisted of two stages. The first evaluated the nutritional status, body composition and biochemical profile of adolescents. Second, we sought to data related to the variables of birth of these adolescents in the maternal records in county hospitals. In adolescence, weight was assessed, height, waist circumference, hip circumference and calculated the body mass index reasons, waist / height and body adiposity index. The assessment of body composition was performed by vertical electrical bioimpedance with eight tactile electrodes InBody 230®. It evaluated complete blood count, lipid profile, uric acid, glucose, insulin, homeostatic model assessment of insulin resistance (HOMA-IR), leukocyte count, systolic and diastolic blood pressure as well as self-reported characteristics of lifestyle and family history for Cardiovascular Diseases. The study was approved by the Ethics Committee for Research with Human Beings of the Federal University of Viçosa (Case No 163/20129). As a result it was found that excess weight, body fat, blood lipids, sedentary behavior, and family history of CVD were the most prevalent cardiovascular risk factors among adolescents. The adolescents showed higher percentages of excess weight, body fat and white blood cell count. The weight and birth length, head and chest circumference were higher among boys. As for the stages, the initial showed a higher percentage of sedentary behavior, overweight, total cholesterol and LDL compared to the others. The final phase had a higher number of leukocytes. People with excess body fat weight and had greater numbers of leukocytes, changes in total cholesterol, LDL, triglycerides, insulin, HOMA and low HDL more likely to develop hypertension, as compared to healthy. As for the nutrition situation, individuals in groups B and C, had higher leukocyte numbers. Total leukocytes were positively correlated with all anthropometric variables, triglycerides, platelet, insulin and HOMA-IR. The lymphocytes is positively correlated with total cholesterol, and glucose eosinophils and monocytes to LDL. Basophils showed no correlation with cardiovascular risk factors. Sex, adolescence and platelets were independent predictors of increased leukocyte numbers in adolescents. The results demonstrate the relationship of the change of leukocyte values with adverse nutritional status and its association with cardiovascular changes. The development of adolescent health care strategies for the identification of cardiovascular risk factors are important actions for the early identification of individuals at risk

    Avaliaçao em enfermagem aos fatores predisponentes para o desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica (has) em detentos de uma unidade prisional em muriaé-mg

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    INTRUDUÇÃO: O aprisionamento sempre fez parte da história e os indivíduos no cárcere, estão sujeitos a adquirirem patologias diversas por não possuírem os mesmos hábitos que os cidadãos livres. Destarte, é importante volver a atenção a este público para promover a saúde e prevenir eventuais agravos. Hordienamente, observa-se que o número de detentos no país cresce vertiginosamente, concomitantemente a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) – doenças crônico-degenerativas (DCD) a HAS que integra um grupo de Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT’s) que são tidas como enfermidades de história natural prolongada, múltiplos fatores de risco, interação de fatores etiológicos, especificidade de causa desconhecida, ausência de participação ou participação polêmica de microorganismos entre os determinantes, longo período de latência, longo curso assintomático, curso clínico em geral lento, prolongado e perene, manifestações clínicas com períodos de remissão e de exacerbação, lesões celulares irreversíveis e evolução para vários graus de incapacidade ou óbito – vem acometendo e assolando milhares de pessoas por todo o mundo. Os prejuízos decorrentes desta doença são inestimáveis e afeta a economia do país devido o dispêndio financeiro no custeio com internações hospitalares, cirurgias, pagamento de aposentadorias, pensões e etc. OBJETIVO: Considerando que a doença hipertensiva, podem ser evitadas por estar intimamente ligada ao comportamento, o escopo deste estudo consiste em avaliar as condições de saúde de detentos de uma Unidade Prisional em Muriaé-MG atentando-se aos fatores preditivo para a HAS. METODOLOGIA: Desenvolveu-se um estudo exploratório-descritivo com abordagem quanti-qualitativa utilizando um questionário semi-estruturado, instrumentos aprovados e calibrados para verificação e aferição da pressão arterial, avaliação do índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA). Para a aferição da PA optou-se pela técnica da medida indireta, com esfignomanômetro aneroide adulto modelo Acadêmico da marca BD, além de estetoscópio com campânula, registrados e regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO)

    AVALIAÇAO EM ENFERMAGEM AOS FATORES PREDISPONENTES PARA O DESENVOLVIMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) EM DETENTOS DE UMA UNIDADE PRISIONAL EM MURIAÉ-MG

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    INTRUDUÇÃO: O aprisionamento sempre fez parte da história e os indivíduos no cárcere, estão sujeitos a adquirirem patologias diversas por não possuírem os mesmos hábitos que os cidadãos livres. Destarte, é importante volver a atenção a este público para promover a saúde e prevenir eventuais agravos. Hordienamente, observa-se que o número de detentos no país cresce vertiginosamente, concomitantemente a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) – doenças crônico-degenerativas (DCD) a HAS que integra um grupo de Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT’s) que são tidas como enfermidades de história natural prolongada, múltiplos fatores de risco, interação de fatores etiológicos, especificidade de causa desconhecida, ausência de participação ou participação polêmica de microorganismos entre os determinantes, longo período de latência, longo curso assintomático, curso clínico em geral lento, prolongado e perene, manifestações clínicas com períodos de remissão e de exacerbação, lesões celulares irreversíveis e evolução para vários graus de incapacidade ou óbito – vem acometendo e assolando milhares de pessoas por todo o mundo. Os prejuízos decorrentes desta doença são inestimáveis e afeta a economia do país devido o dispêndio financeiro no custeio com internações hospitalares, cirurgias, pagamento de aposentadorias, pensões e etc. OBJETIVO: Considerando que a doença hipertensiva, podem ser evitadas por estar intimamente ligada ao comportamento, o escopo deste estudo consiste em avaliar as condições de saúde de detentos de uma Unidade Prisional em Muriaé-MG atentando-se aos fatores preditivo para a HAS. METODOLOGIA: Desenvolveu-se um estudo exploratório-descritivo com abordagem quanti-qualitativa utilizando um questionário semi-estruturado, instrumentos aprovados e calibrados para verificação e aferição da pressão arterial, avaliação do índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA). Para a aferição da PA optou-se pela técnica da medida indireta, com esfignomanômetro aneroide adulto modelo Acadêmico da marca BD, além de estetoscópio com campânula, registrados e regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).  Buscou-se seguir na realização desta técnica o padrão ouro, definido pela American Heart Association (AHA), descritos no Brasil em Consensos e Diretrizes do Tratamento da Hipertensão Arterial preconizados pelas associações científicas. Na mensuração da CA utilizou-se fita métrica flexível e inelástica com 150 cm de comprimento. A CA foi obtida na menor curvatura localizada entre as costelas e a crista ilíaca, posicionando a fita e ajustando-a diretamente sobre a pele, sem comprimir os tecidos. Quando não foi possível identificar a menor curvatura, obteve-se a medida de 2 cm acima da cicatriz umbilical de modo a permanecer na mesma altura. Durante a mensuração, os presos pesquisados mantinham-se de pé (ereto), abdômen relaxado, braços estendidos ao longo do corpo e pés separados numa distância de 25-30 cm e os registros eram feitos quando os entrevistados encontravam-se na fase de expiração. Para a avaliação do IMC utilizou-se uma balança da marca Filizola com escala métrica graduada, com precisão de 100 gramas para o peso e de 0,1 cm para a estatura, ambas devidamente registradas e aprovadas. Para obtenção deste índice, faz-se a relação entre peso e altura que é calculada pela seguinte fórmula: IMC = P/A2, ou seja, [IMC = P (kg) ÷ A (m)2], em que P é o peso corporal em quilogramas e A é a altura em metros (m) elevada ao quadrado. RESULTADOS: Foram entrevistados 102 presos, sendo 53 homens e 49 mulheres. Os homens possuíam idade entre 21 e 54 anos, com média de ±29,5 anos, e as mulheres entre 19 e 56 anos, com média de ±33,2 anos. No que concerne à raça/cor declarada, os brancos eram em maior proporção, seguidos dos negros, pardos, mulatos e morenos. A maioria dos entrevistados (62,7%) era pouco instruída, ou seja, não possuía ou não havia completado o ensino fundamental, que consiste na conclusão da 8ª série do antigo 1o grau, mas verificou-se que as mulheres eram as mais escolarizadas. As informações sobre a situação educacional dos reclusos são importantes, pois caracterizam indiretamente uma situação de exclusão social que antecede o seu ingresso no Sistema e implica também numa qualidade de vida inferior a de outras pessoas. À avaliação de alguns parâmetros constatou-se cifras acima do desejado além de hábitos e comportamentos inadequados, sendo as mulheres as mais vulneráveis. Algumas pessoas viviam com condições psicossociais alteradas, 53 (51,9%) possuíam hábitos tabagista, 52 (50,9%) eram inativos com relação à exercitação física, 48 (47,0%) utilizavam drogas ou medicamentos que poderiam alterar os valores tensionais, 47 (46,1%) possuíam histórico familiar da doença, 26 (25,5%) apresentavam-se com a circunferência abdominal (CA) acima do desejado, 24 (23,5) com IMC desfavorável (maior que 25 Kg/m2), 24 (23,5%) com idade propensa ao desenvolvimento da HAS outros com PA descontrolada, conforme a figura abaixo e outros fatores mais.   Alguns sinais e sintomas que indivíduos hipertensos apresentam são assaz subjetivos, entretanto correlacionar esta síndrome com os valores pressóricos acima do normal poder ser eficaz no diagnóstico da doença. Não se buscou fazer esta relação neste estudo, mas verificou-se que um número significativo apresentava alterações comuns de indivíduos portadores da HAS como dores de cabeça 44 (43,1%), fadiga e tontura 39 (38,2), 23 (22,5%), problemas visuais 26 (25,5%) dentre outros. Avaliando os hábitos alimentares e comportamentais destes indivíduos verificaram-se comportamentos curiosos. Um número muito significativo de reclusos disseram utilizar medicamento tranquilizantes e psicotópicos, do contrário não conseguiriam sequer descansar e além de o estado de sono/repouso refletir nos valores PA alguns medicamento são sabidamente influenciáveis nos mecanismos de controle da PA. Entre os homens verificou-se respostas como: “Não descanso bem à noite porque sinto falta de ar” (AJF,54); “Não descanso de noite não porque tô cum problema de rim e to virando toda a noite na jega [cama]” (AA, 26 anos); “Não descanso bem porque eu tô preso” (LCA, 254 anos); “Tô mais que infeliz” (ACD, 28 anos); “Tô durmindo mais ou menos, mais tá vindo diazepan pra mim... tô muito infeliz por estar longe da família” (M, 37 anos); “Tenho muita atormentação. Não tenho paz por causa de inimigos, to isolado e é por isso que eu num vô pro pavilhão. Eu tomo gadernal, tegretol, diazepan, ripinol.” (ACD, 28 anos); “Eu tomo gadernal, tegretol, amitripicilina” (MA, 30 anos); entres as mulheres obteve-se: “Tem vez que não durmo mas isso é normal, já to acustumada” (M, 43 anos); “Tomo diazepan, amitripitilina, tegretol e corticóides” (MC, 22 anos); “Vivo infeliz pelo que passo” (AGS, 36); “Vivo muito infeliz porque eu tô longe dos meus filhos. Vim de João Monlevade” (MPM, 44 anos). Quando apurou-se sobre o historio familiar destes indivíduos, detectou-se que 47 (46,1%) possuíam histórico familiar e havia alguma que relataram ter perdido entes por problemas decorrentes de doenças cardíacas e isto é um indício de predisposição já que a HAS desencadeia problemas cardiovasculares. Assim entre os homens teve-se relataram como: “Minha tia é hipertensa!” (JBF, 29 anos); “Meu pai deu derrame” (MFG, 35 anos); “Minha mãe tem cardiopatia” (Al, 39 anos); “Meu pai morreu de pressão e parada cardíaca” (AA, 26 anos); entre as mulheres também havia um número representativo de histórico da doença, complicações e agravos sugestivos de doença hipertensiva e problemas cardiovasculares: “Meu pai teve cardiomegalia e morreu” (MAPC, 48 anos); “Meu pai morreu de pressão alta” (IPD, 29 anos); “Minha mãe morreu de eclâmpsia” (MALS, 31 anos); “Meu pai deu derrame e morreu” (GM, 21 anos); “Minha mãe tem doença do coração” (AML, 46 anos); “Meu pai deu derrame” (RM, 26 anos); “Meu pai tinha pressão alta e morreu” (R, 28 anos). Muitos reclusos também reclamavam da alimentação que era oferecida na Unidade, ainda que esta fosse preparada sob os cuidados de nutricionistas. Sem se alimentarem alguns trocavam o almoço servido em marmitex por pães, doces, e outras guloseima: “Como só biscoito, leite...” (JÁ, 36 anos - ♂); “Não tô rangando nada só o marrocos [gíria utilizado por preso referindo-se ao pão] de manhã e à tarde” (LCA, 25 anos - ♂); “Faço até trabalhos em troca de doces!” (AJF, 54 anos - ♂); “Só como bobagens, porque eu não tenho fome. Só como o pão mesmo” (MC, 22 anos - ♀). CONCLUSÕES: A significância clínica das doenças em questão provém das lesões a estruturas importantes como cérebro, coração, nervos, olhos, rins e vasos sanguíneos. Considerando que estas patologias podem ser evitadas é elementar que sejam implantadas no Sistema, ações com este finalidade. Sugere-se, portanto que os apenados sejam instruídos quanto aos hábitos saudáveis de vida como alimentação, prática de exercícios físicos e abandono de maus hábitos como o tabagismo. Além de prover melhoria na qualidade de vida dos reclusos, ter-se-á significativa diminuição da morbimortalidade e oneração do estado no tratamento destes agravos. REFERÊNCIAS: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME METABÓLICA (ABESO). Cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). São Paulo: ABESO, 1998-2008. Disponível em: . Acessado em: 16 ago. 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus. 33p. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: . Acessado em: 17 jul. 2009. ______. ______. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde.  (Cadernos de Atenção Básica, n. 15 - Série A. Normas e Manuais Técnicos). Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 58p. ISBN: 85-334-1189-8. NERES, Ramon A. C. Ações de saúde na prisão: análise da adesão do Estado de Minas ao PNSSP. 2008. 85f. Monografia. (Bacharelado em Administração Pública) Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte, 2008

    Leukocytes as risk markers for cardiovascular disease in adolescents: association with birth characteristics, nutritional status and biochemical tests

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    Abstract Objective: To evaluate the correlation between the number of leukocytes and cardiovascular risks associated with birth characteristics, nutritional status and biochemical tests. Methods: Cross-sectional study developed with 475 adolescents, born between 1992 and 2001, in the municipality of Viçosa (MG). Maternal medical records were analyzed in the hospital units, and the following was recorded: birth weight and length, head circumference, chest circumference, Apgar score, gestational age. In adolescents, body mass index, skinfold thickness, body composition, blood count, biochemical tests and clinical variables were also assessed. The statistical analyses was carried out using Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 20.0 and Data Analysis and Statistical Software (STATA) with Kruskal–Wallis, Mann–Whitney, chi-square or Fisher's exact tests and Linear Regression. Significance level was set at α<0.05. The study was approved by the Research Ethics Committee of UFV for studies with human subjects. Results: Weight and birth length, head and chest circumference were higher among boys. In adolescents, the number of leukocytes was higher in individuals with excess weight and body fat and high adiposity index, waist-to-height ratio and waist circumference. Only altered triglycerides showed differences between leukocyte medians. Regardless of the anthropometric variable of the final regression model, the stage of adolescence, number of platelets, eosinophils, monocytes and lymphocytes were associated with the increase in leukocytes. Conclusions: The birth variables were not associated with changes in leukocyte numbers, whereas the anthropometric variables were good indicators for a higher leukocyte count, regardless of the stage of adolescence and gender
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