38 research outputs found

    Território Kaingang na mesorregião grande fronteira do MERCOSUL: territorialidades em confronto

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    This paper aims at studying the process of Kaingang’s territory in the Mesoregion Great Border of MERCOSUL, located in the southwest of Paraná, west of Santa Catarina and northwest of Rio Grande do Sul states, on 15 Indigenous’ lands. We analyzed the world conceptions and the interests of the different agents that interact on the formation of the several territorialities, which confront on the Indigenous’ lands of Kaigang. The study seeks to characterize Kaingang’s population, verifying aspects related to politics, power and, the decision making into their territories; it also search for characterizing the national state as a tutorial organ as well as the regional and local authorities, regarding to the actions in the political, and economic field and the uses of the social and environmental and, work spaces of The Kaingang. The study of territorialities, the bond with the past, the gathering, the hunting and the fishing, the plantation and the housing, the cooperation and the leases of land is important to help understand the conception of territory presented among The Kaingang that is expressed in the struggles for dominance and organization of their spaces. Based on the social theories and also on the concrete spaces of power relationships among The Kaingang, we studied the territory in order to understand how the territorialities represent themselves faced with the demarcation of land carried out by the Union, in contrast to the discourses of autonomy and social equality, autonomy and freedom of Kaingang, with the purpose of understanding the territorialities in confrontation, resulting from the ways the power relationships are processed among Indigenous and non-Indigenous in the Kaingang Territory in the Mesoregion Great Border of MERCOSULKey words: Kaingang, territory, territoriality, indigenous peoples’ land.Com o objetivo de estudar o processo de formação do território Kaingang na Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul, localizado no sudoeste paranaense, oeste catarinense e noroeste gaúcho, em 15 terras indígenas, analisamos as concepções de mundo e os interesses dos diversos atores que interagem na formação das diversas territorialidades que se confrontam nas terras indígenas do povo Kaingang. O estudo busca caracterizar a população Kaingang, verificando aspectos relativos à política, ao poder e à tomada de decisões no interior de seus territórios; busca caracterizar também o Estado Nacional como órgão tutor, bem como as autoridades regionais e locais, quanto às ações no campo político, e aos usos dos espaços socioambientais e de trabalho do povo Kaingang. O estudo das territorialidades, do vínculo com o passado, da coleta, da caça e da pesca, da roça e da moradia, da cooperação e dos arrendamentos de terras, é importante para auxiliar na concepção de território presente entre os Kaingang, que se expressa nas lutas pelo domínio e pela organização de seus espaços. Com embasamento nas teorias sociais e nos espaços concretos das relações de poder entre os Kaingang, estudamos o território no sentido de compreender como as territorialidades se configuram diante das demarcações das terras pela União, em contraposição aos discursos de autonomia e de igualdade social, de autonomia e de liberdade dos Kaingang, com o intuito de compreender as territorialidades em confronto, decorrentes das formas como se processam as relações de poder entre índios e não índios no Território Kaingang na Mesorregião Grande Fronteira do MERCOSUL.Palavras-chave: Kaingang, território, territorialidades, terras indígenas

    Território Kaingang na mesorregião grande fronteira do MERCOSUL: territorialidades em confronto

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    This paper aims at studying the process of Kaingang’s territory in the Mesoregion Great Border of MERCOSUL, located in the southwest of Paraná, west of Santa Catarina and northwest of Rio Grande do Sul states, on 15 Indigenous’ lands. We analyzed the world conceptions and the interests of the different agents that interact on the formation of the several territorialities, which confront on the Indigenous’ lands of Kaigang. The study seeks to characterize Kaingang’s population, verifying aspects related to politics, power and, the decision making into their territories; it also search for characterizing the national state as a tutorial organ as well as the regional and local authorities, regarding to the actions in the political, and economic field and the uses of the social and environmental and, work spaces of The Kaingang. The study of territorialities, the bond with the past, the gathering, the hunting and the fishing, the plantation and the housing, the cooperation and the leases of land is important to help understand the conception of territory presented among The Kaingang that is expressed in the struggles for dominance and organization of their spaces. Based on the social theories and also on the concrete spaces of power relationships among The Kaingang, we studied the territory in order to understand how the territorialities represent themselves faced with the demarcation of land carried out by the Union, in contrast to the discourses of autonomy and social equality, autonomy and freedom of Kaingang, with the purpose of understanding the territorialities in confrontation, resulting from the ways the power relationships are processed among Indigenous and non-Indigenous in the Kaingang Territory in the Mesoregion Great Border of MERCOSULKey words: Kaingang, territory, territoriality, indigenous peoples’ land.Com o objetivo de estudar o processo de formação do território Kaingang na Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul, localizado no sudoeste paranaense, oeste catarinense e noroeste gaúcho, em 15 terras indígenas, analisamos as concepções de mundo e os interesses dos diversos atores que interagem na formação das diversas territorialidades que se confrontam nas terras indígenas do povo Kaingang. O estudo busca caracterizar a população Kaingang, verificando aspectos relativos à política, ao poder e à tomada de decisões no interior de seus territórios; busca caracterizar também o Estado Nacional como órgão tutor, bem como as autoridades regionais e locais, quanto às ações no campo político, e aos usos dos espaços socioambientais e de trabalho do povo Kaingang. O estudo das territorialidades, do vínculo com o passado, da coleta, da caça e da pesca, da roça e da moradia, da cooperação e dos arrendamentos de terras, é importante para auxiliar na concepção de território presente entre os Kaingang, que se expressa nas lutas pelo domínio e pela organização de seus espaços. Com embasamento nas teorias sociais e nos espaços concretos das relações de poder entre os Kaingang, estudamos o território no sentido de compreender como as territorialidades se configuram diante das demarcações das terras pela União, em contraposição aos discursos de autonomia e de igualdade social, de autonomia e de liberdade dos Kaingang, com o intuito de compreender as territorialidades em confronto, decorrentes das formas como se processam as relações de poder entre índios e não índios no Território Kaingang na Mesorregião Grande Fronteira do MERCOSUL.Palavras-chave: Kaingang, território, territorialidades, terras indígenas

    As crianças indígenas em movimento no cotidiano das ruas da cidade: entre o trabalho e a cultura lúdica

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    O objetivo deste texto é “conhecer a vida cotidiana das crianças indígenas que circulam pelas ruas e praças da cidade de Chapecó/SC, com seus pais, buscando problematizar as circunstâncias, contradições e condições objetivas que se travam no âmbito da venda de artesanatos diversos (filtro dos sonhos, chá de marcela, enfeites para o corpo) e na construção da cultura lúdica (jogos e brincadeiras) das crianças, tanto no limiar das ruas da cidade quanto nos espaços das aldeias. Aliado a esse conteúdo cultural (cultura lúdica), procuramos apreender as representações sobre o trabalho para os povos indígenas e suas crianças. No que se refere à abordagem metodológica, tomamos como inspiração, de forma introdutória, alguns pressupostos da “etnografia com crianças de rua”, a partir do estudo intitulado “Vozes do meio fio”. O trabalho de campo foi realizado com entrevistas com as crianças, pais e professores, lideranças indígenas e um Procurador da República em Chapecó, responsável pelas questões indígenas, entre outros. As “conclusões provisórias” a que chegamos apontam para as seguintes questões: que o trabalho das crianças, assim como dos adultos, baseia-se na perspectiva de práticas solidárias e coletivas e, por esse motivo, não se constitui em uma exploração do trabalho infantil. Quanto aos jogos e brincadeiras que constituem a cultura lúdica, percebemos a diferença entre brincar na rua e brincar na aldeia. O brincar na rua é feito de forma velada e de difícil observação, uma vez que elas brincam apenas entre si e sem contato com outras crianças brancas. Tanto o trabalho/ajuda quanto a cultura lúdica são construídos tendo como “pano de fundo” a violência e os maus-tratos contra as crianças

    Educação inclusiva na mudança do paradigma da epistemologia clássica

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    A educação inclusiva influencia no paradigma da epistemologia clássica? Essa é a questão problematizadora do presente estudo. Os objetivos são os de analisar o percurso histórico da inclusão e do conhecimento que vão se elaborando, valorizando, respeitando e refletindo sobre as diferenças. Pesquisa qualitativa com estudos bibliográficos e literários à luz de reflexões vivenciadas, sentidas no corpo. Abordar educação inclusiva não é substituir a educação especial, uma vez que a primeira é resultado da segunda, mas, sim, dar condições para que as pessoas possam operar com o conhecimento de forma universal, de maneira que não haja a exclusão devido a alguma deficiência física ou limitação intelectual, e sim integração entre os envolvidos. Uma vez que as pessoas que ficavam à margem da sociedade sendo somente coadjuvantes tornam-se protagonistas de suas próprias histórias, isso resulta na democratização do ensino e a sustentação do paradigma da inclusão. O objetivo central da educação especial é ser inclusiva, de modo que o sujeito possa ser tal como os outros são, com sonhos a serem realizados, metas a serem conquistadas. A epistemologia clássica está amparada na racionalidade que, em certa medida, faz classificação e seleção entre os melhores, ignorando, por vezes, as especificidades dos sujeitos, contrapondo-se ao que se espera de uma educação inclusiva, que é a igualdade e equidade daqueles que historicamente ficaram e ainda estão à margem da sociedade. O texto está dividido em dois principais tópicos: o primeiro descreve a trajetória da educação especial à inclusiva, contextualizando com a realidade do final da segunda década do século XXI; o segundo explicita a constituição histórica da episteme e suas contradições acerca de uma epistemologia inclusiva. O resultado deste estudo possibilita reflexões acerca da necessidade de uma epistemologia voltada para a inclusão de todos, atendendo as especificidades de cada aluno, produzindo, assim, maior conhecimento de realidades vivenciadas por pessoas com qualquer tipo de deficiência

    REVISÃO DA PROBLEMÁTICA DA FUNÇÃO DO AGIR EXTENSIONISTA:: EDUCAÇÃO E AÇÃO NO CAMPO

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    Considerando a revisão da problemática acerca da função do agir extensionista, pontuamos que a educação e a ação no campo se referem a estudos que surgem a partir da crítica à extensão rural, que apontaram para a mudança da função do extensionista na reformulação do seu papel social, com apostas ao paradigma da comunicação rural. Essa mudança, implícita na ação extensionista, diverge da prática orientada para essa noção. Nesse viés, entendemos a necessidade de revisar a problemática da função teórico-prática da extensão rural, no sentido de identificar e reconhecer a coerência da proposta de atuação e do projeto de desenvolvimento. Esta produção se refere a uma pesquisa bibliográfica com base nos estudos em aula, a partir de componentes curriculares administrados no ensino superior das ciências agrárias. Verificamos que a função da extensão rural permanece a de promover o processo de desenvolvimento urbano-industrial na perspectiva da relação sujeito-objeto, mas, por outro lado, o movimento crítico à essa função se mostra como possibilidade evidente, cada vez mais

    Métodos qualitativos de pesquisa aplicados aos estudos da agricultura familiar

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    Este artigo apresenta uma análise dos métodos qualitativos de pesquisa utilizados em teses publicadas pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PGDR/UFRGS) em temáticas referentes aos estudos da agricultura familiar. Ressaltamos as características dos métodos qualitativos, bem como sua importância nas investigações científicas e compreensões da realidade social. Selecionamos 12 teses que abordam a temática da agricultura familiar e se utilizam de métodos qualitativos de pesquisa no quadriênio compreendido entre 2013-2016. As análises apontaram que na totalidade dos trabalhos a principal estratégia do método materializou-se pela realização de entrevistas, compreendida como técnica para coleta de dados. Quanto à forma, em 100% (cem por cento) das teses, as entrevistas foram semiestruturadas e possibilitaram oportunidades e interações de conhecimentos nos momentos de suas realizações. Ressaltamos que houve utilização de outras técnicas para a coleta de dados, que ajudaram na assimilação e compreensão das informações de campo, como por exemplo: informantes-chave e anotações em diários de campo. As técnicas para análise dos dados coletados foram a partir de conteúdo por meio de categorias de análise. Consideramos que a utilização dos métodos qualitativos são aspectos  positivos, pois ressaltam a importância social, a diversidade e complexidade que integram esta categoria. Concluímos que a diversidade encontrada nas teses analisadas permitem inúmeras possibilidades de investigações sociais sobre a agricultura familiar por meio do método qualitativo. Nessa perspectiva de olhares, percebemos que o método qualitativo, assume também, uma perspectiva multifacetária ao se apresentar como caminho metodológico adequado de investigações sociais

    Educação Indígena e os processos de ensino-aprendizagem escolar

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    O presente artigo é resultado de estudos sobre a educação indígena, considerando aspectos da educação formal escolar, tanto a utilização de métodos específicos e informais quanto a educação cultural da comunidade indígena de Nonoai (RS). As questões se fundamentam na verificação de: como se processa o desenvolvimento da educação no passar do tempo e como são organizadas as escolas a partir dos interesses socioculturais da comunidade indígena. Que métodos os pais Kaingang usavam para educar seus filhos antes da chegada na escola? O estudo fica facilitado, uma vez que como indígena e professor pesquisador o contato diário e de pertencimento facilitaram a construção do texto. Pudemos constatar que a fala na língua materna é o processo que melhor educa as crianças, pois essa é carregada de valores e exemplos de vida dos mais velhos. É pela língua materna que se aprende a valorização de ser kaingang e todo esse conhecimento é do encargo dos pais e esses representados pelos avôs, principais mestres da educação familiar Kaingang e afirmadores da cultura. A educação escolar, mesmo que nas tentativas de educar para a diversidade, especificidade, interculturalidade e bilinguismo, está longe de ser uma realidade. Na verdade, educa para a assimilação da cultura nacional da sociedade brasileira.

    Educação Indígena e os processos de ensino-aprendizagem escolar

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    O presente artigo é resultado de estudos sobre a educação indígena, considerando aspectos da educação formal escolar, tanto a utilização de métodos específicos e informais quanto a educação cultural da comunidade indígena de Nonoai (RS). As questões se fundamentam na verificação de: como se processa o desenvolvimento da educação no passar do tempo e como são organizadas as escolas a partir dos interesses socioculturais da comunidade indígena. Que métodos os pais Kaingang usavam para educar seus filhos antes da chegada na escola? O estudo fica facilitado, uma vez que como indígena e professor pesquisador o contato diário e de pertencimento facilitaram a construção do texto. Pudemos constatar que a fala na língua materna é o processo que melhor educa as crianças, pois essa é carregada de valores e exemplos de vida dos mais velhos. É pela língua materna que se aprende a valorização de ser kaingang e todo esse conhecimento é do encargo dos pais e esses representados pelos avôs, principais mestres da educação familiar Kaingang e afirmadores da cultura. A educação escolar, mesmo que nas tentativas de educar para a diversidade, especificidade, interculturalidade e bilinguismo, está longe de ser uma realidade. Na verdade, educa para a assimilação da cultura nacional da sociedade brasileira.

    Desenvolvimento econômico na micro-região de Frederico Westphalen (RS)

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    O artigo sobre desenvolvimento na microrregião de Frederico Westphalen (RS), foi construído a partir de uma proposta metodológica e de sua aplicabilidade, possibilitando a compreensão e a identificação do potencial e dos estrangulamentos do processo de desenvolvimento, bem como para a reflexão dos autores locais. Para a compreensão da temática, tratamos da região como palco do desenvolvimento local e de existência concreta de potencialidades de um desenvolvimento endógeno em regiões rurais a partir da análise dos três macrossetores (agropecuária; indústria e serviços); da identificação dos subsetores "grandes" e destes os considerados "básicos" ou com potencial exportador, mas que são específicos da região, para o qual se utilizou o Quociente Locacional - QL; na identificação dos possíveis encadeamentos e na hierarquização dos setores com algum potencial, pela alta expressão do QL, ou seja, forte potencial exportador e impulcionador da dinâmica endógena da economia local. A microrregião possui uma área de 5.271km2, com uma população de 180.174 habitantes em 2007, apresentando uma taxa de crescimento de 0,75% ao ano no período de 2000/2007, constituída por 27 municípios, que neste estudo foram apontadas as potencialidades e limites para o desenvolvimento econômico. A análise dos QLs, apontam a região, como essencialmente agrícola, com atividades de potencial para desenvolvimento endógeno (específicas) de produção e de diferencial socioeconômico
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