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    UNIVERSIDADE E REGIÃO: INSERÇÃO DE UMA IFE EM PROL O DESENVOLVIMENTO

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    O presente estudo teve como propósito apresentar uma avaliação da inserção da Universidade Federal do Pampa na região em que está inserida, a partir de um estudo de caso no campus de Santana do Livramento. A base da pesquisa foi o modelo teórico EPCN, que indica uma análise a partir dos ambientes econômico, político, cultural e natural. A pesquisa de caráter exploratório e abordagem qualitativa seguiu uma coleta de dados através de documentos; entrevistas e observação participante. Os dados foram analisados utilizando a técnica de análise de conteúdo com triangulação das informações oriundas das diferentes fontes. Os resultados indicam uma inserção da universidade na cidade, com elementos que indicam apoio ao desenvolvimento, principalmente nos ambientes econômico e cultural. Os ambientes político e natural não apresentam tanto destaque por serem indicadores que mais dependem da formação geográfica e política da região e que não permitem um interferência direta de uma instituição como a Universidade Federal do Pampa que tem o foco no ensino, pesquisa e extensão. Com a conclusão do estudo foi possível identificar mais elementos que contribuem para firmar a importância das instituições de ensino superior como agentes de desenvolvimento e a possibilidade de crescimento da temática de pesquisa pela perspectiva de estudos futuros

    Cooperativas de trabalho de Porto Alegre e flexibilização do trabalho

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    Neste artigo, procurou-se verificar o que representam as cooperativas de trabalho no processo de reestruturação produtiva e flexibilização do trabalho na economia brasileira e, especificamente, na gaúcha. Desenvolveu-se uma pesquisa junto às cooperativas de Porto Alegre questionando-se quanto à flexibilização do trabalho, qualidade de vida e empregabilidade. Identificaram-se, por parte dos dirigentes a valorização dos ideais cooperativistas e a preocupação com a qualidade de vida dos cooperados. Essas cooperativas, no entanto, lutam com dificuldades, decorrentes da concorrência das cooperativas de “fachada”, da legislação considerada restritiva e do fato de os contratantes de seus serviços buscarem o menor custo. Grande parte é constituída de trabalhadores com baixo nível de qualificação e que encontraram no trabalho cooperativo uma alternativa ao desemprego. Mesmo apontando as dificuldades deste tipo de organização consideram como uma solução à crise econômica e de se manterem no mercado de trabalho. Foram realizados posteriormente três estudos de caso de cooperativas de trabalho de Porto Alegre e comparados entre si. Como são cooperativas com diferentes níveis de qualificação de seus associados, as perspectivas e aspirações são bastante diferenciadas

    Reestruturação Produtiva e Formas de Flexibilização do Trabalho

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    O artigo tem como objetivo investigar as formas de flexibilização de duas organizações do setor têxtil no interior do Rio Grande do Sul e suas repercussões sobre as relações de trabalho. Realizaram-se os dois estudos de caso, por meio de entrevistas individuais com cinco representantes da direção e vinte e oito trabalhadores. A empresa Alfa (EAlfa) utiliza, no processo produtivo, automação flexível de base eletrônica e microeletrônica, células de produção com ênfase em prêmios de produção e diversificação de modelos. É exigida mão-de-obra qualificada, bem como trabalhadores multifuncionais e aptos a subordinarem-se ao grupo e ao ritmo intenso de produção, o que se reflete no sentido dado ao trabalho por sua sobrecarga. Na Beta (EBeta) emprega-se tecnologia com base eletromecânica, sendo o processo produtivo de padrão fordista, com poucas inovações gerenciais e utilizando-se o trabalho a domicílio e o regime de banco de horas. A empresa conseguiu reduzir seu quadro funcional aumentando o de trabalhadores a domicílio. O acordo com os trabalhadores para aderir ao banco de horas ocorre pela adesão às regras, não havendo a imposição concreta das ordens. As repercussões nas relações de trabalho são: preferência pela contratação de mulheres, que aceitam mais facilmente o banco de horas e vêem como positiva a sua implantação, e mão-de-obra jovem para suportar as condições de trabalho

    As melhores empresas para trabalhar no Brasil e a qualidade de vida no trabalho : disjunções entre a teoria e a prática

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    O artigo discute os resultados de pesquisas sobre as melhores empresas para trabalhar no Brasil, divulgadas pela revista Exame nos anos de 1997, 1999 e 2000. Os pesquisadores identificaram as 30, 50 e 100 empresas que ofereceram, nos respectivos anos, as condições mais atraentes para os trabalhadores, com base em dimensões que permitem avaliar as melhores práticas em recursos humanos. Os itens pesquisados apresentam estreita similaridade com o modelo de Walton (1973) de qualidade de vida no trabalho. O método utilizado foi caracterizado como exploratório-descritivo. A análise dos dados demonstra que as organizações cujas práticas foram avaliadas de forma mais positiva pelos seus empregados nos anos de 1997 e 1999 enfatizam, em primeiro lugar, o orgulho do trabalho e da empresa. No ano de 2000 o principal aspecto valorizado foi a oportunidade de carreira e treinamento. No conjunto, observou-se uma redução do número de empresas e de itens em relação aos quais elas receberam a avaliação máxima por parte dos empregados.The present article discusses the results of surveys about the best companies to work for in Brazil, conducted by Exame magazine in the years 1997, 1999 and 2000. The researchers identified the 30, 50 and 100 companies which offered in the respective years the most attractive working conditions, based on dimensions which allow an evaluation of the best practices in the human resources area. The items investigated present a close resemblance to Walton’s (1973) model of quality of working life. The methodology used was characterized as descriptive-exploratory. The data analysis indicates that those organizations whose practices were evaluated positively by their employees in the years 1997 and 1999 propitiated, first of all, a sense of pride in the work and in the company. In the year 2000 the most valued aspects were career opportunities and training. In general terms, we have observed that there has been a reduction in the number of companies which received top grades from their employees, as well as in the number of items positively evaluated

    Assédio Moral no Trabalho: Um Estudo Exploratório no Setor Público

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    Várias são as formas de sofrimento e violência no ambiente de trabalho que repercutem na saúde física e mental do trabalhador. Essa violência ocorre entre outras manifestações perversas e sutis, pelo assédio moral, com danos irreversíveis à saúde do trabalhador, podendo chegar a induzir ao suicídio, como foi destacado muitas vezes nos noticiários tanto nacionais como internacionais. Assédio moral é um problema que evolui e se propaga em vários setores da sociedade, prejudicando o ambiente de trabalho. Além da repercussão na saúde da vítima de assédio, também representa um custo alto para a organização, tanto pública como privada, em que se manifesta e para a sociedade. Esse problema se torna mais sério no serviço público, onde o ambiente de trabalho é propício, com condições suficientes para evolução e proliferação, em virtude do grande número de servidores, pela estabilidade adquirida após estágio probatório, podendo perdurar por anos. Neste sentido, o Poder Judiciário enfrentou uma crise de credibilidade, pois era considerado ineficiente, lento na prestação jurisdicional e sem transparência. Com a criação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) veio também a pressão para que a prestação jurisdicional seja realizada com moralidade, eficácia, eficiência e efetividade, em beneficio da sociedade, podendo estar contribuindo para situações de assédio, em virtude das metas estabelecidas e exigidas pelo CNJ. Admitindo-se possíveis práticas de assédio moral no Poder Judiciário de um Estado no Norte do País, como se manifesta esse assédio e quais as consequências legais e psicossociais na vida dos seus servidores? Em busca dessa resposta, nesta tese serão abordadas as relações de trabalho, a organização do trabalho, as relações de subordinação, de poder, abuso de poder, abuso de autoridade, poder disciplinar e  poder hierárquico. Será analisada a legislação que responsabiliza o assediador, tanto administrativa, como civil e criminalmente, embora a legislação brasileira não contemple especificamente um artigo que criminalize essa conduta, legislação que ampare a vítima ou que a beneficie nos pedido de reparação por danos materiais e morais. A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, em que foram buscados dados quantitativos por meio de uma pesquisa tipo survey, qualitativo por meio de entrevistas as quais serão interpretadas por meio da análise de conteúdo. A survey foi realizada utilizando a rede existente no Poder Judiciário do Estado em que foi realizada a pesquisa proporcionando uma visão geral acerca da questão pesquisada e procurando atingir o maior número de servidores, a fim de obter as respostas julgadas necessárias para identificar e entender o assédio moral. A entrevista será realizada com os respondentes que aceitem participar do estudo. Será seguido um roteiro de perguntas para aprofundar a problemática do assédio mora

    Juventudes, gerações e trabalhos: é possível falar em geração Y no Brasil?

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    Setor têxtil-vestuário do Rio Grande do Sul: impactos da inovação e da flexibilização do trabalho

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    The economic opening in 1990 meant rupture for the organizations of the clothing-textile sector, which had profited until then from a great deal of state protectionism. The companies were forced to re-structure themselves and develop strategies to survive in the market. This study aims at analyzing the impacts of the adoption of technological innovations and workforce flexibilization strategies on these organizations. In order to achieve this goal, a survey involving 43 Rio Grande do Sul companies from the Industrial Records at FIERGS was carried out. The study’s main results include: the diffusion of new technologies in the sector, mainly in the textile segment, and the use, yet incipient, of socio-organizational innovations. As for the work flexibilization strategies, the most utilized are overtime, outsourcing, sub-contracting, hour-bank and work in shifts.A abertura econômica brasileira de 1990 representou uma ruptura para as organizações do setor têxtil-vestuário, que, até então, desfrutavam de significativo protecionismo do Estado. As empresas foram forçadas a se reestruturarem e a desenvolverem estratégias para sobreviverem no mercado. Sendo assim, este estudo objetiva analisar os reflexos da adoção de inovações tecnológicas e de estratégias de flexibilização da força de trabalho por parte dessas organizações. Para isso, foi realizado um levantamento com 43 empresas gaúchas registradas no Cadastro Industrial da FIERGS. Dentre os resultados, destacam-se a difusão das novas tecnologias no setor, principalmente no segmento têxtil, e o uso, ainda que incipiente, de inovações socioorganizacionais. Quanto às estratégias de flexibilização do trabalho, as mais utilizadas são horas extras, terceirização, subcontratação, banco de horas e trabalho por turno. Palavras-chave Setor têxtil-vestuário; flexibilização do trabalho; inovação

    De Pai para Filho: o trabalho e seus sentidos para pais e mães

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    Resumo Hoje mais do que nunca o trabalho encontra-se no centro do debate na sociedade. Diversos estudos têm sido realizados sobre a temática do trabalho, porém, conforme criticam Mercure e Spurk (2005, p.10), estes tem adquirido cada vez mais um tom de instrumentalidade que acabam distanciando-os das questões sociais a ele pertinentes. Assim, caberiam aos estudos “descentrar o olhar da vivência imediata e ressituá-lo no universo rico e complexo das possibilidades”. É nesta linha que se insere o trabalho desenvolvido a seguir, pois ao contrário de limitar-se a apresentar formas para aumentar a produtividade ou oferecer indicações de como lidar com a maternidade/paternidade e o trabalho, busca expandir as discussões e possibilitar o repensar sobre a visão e o sentido do trabalho para indivíduos que se tornaram pais e mães há menos de três anos. Para tanto, buscou-se nos indivíduos e em suas percepções a chave para entender a importância, o espaço que ocupa e o sentido conferido ao trabalho neste momento de mudança na vida dos sujeitos. O estudo caracteriza-se por uma pesquisa de abordagem qualitativa, sendo que os dados foram coletados via entrevistas semiestruturadas. O roteiro de entrevista foi elaborado tomando como base as perguntas utilizadas por Morin (2001) e ampliado com a finalidade de atender aos interesses da pesquisa. Buscou-se, na elaboração do roteiro de entrevista, capturar três momentos da vida do sujeito: a) o momento presente, quando este posicionou-se sobre sua atividade profissional atual e, também, sobre o que é trabalho, de forma ampla, e quais os atributos para que um trabalho faça sentido e um que não faça; b) momento passado, quando foram questionados sobre lembranças da infância em relação à vida laboral dos pais, bem como que mensagem receberam destes no tocante ao trabalho; c) o momento futuro, quando foram inquiridos sobre a visão de trabalho que pretendem passar para o filho. A partir da pesquisa foi possível identificar que a importância do trabalho na vida dos entrevistados sofre alterações com o evento do nascimento do primeiro filho. Isto ficou evidente nas entrevistas, nas quais os pais e as mães relataram que com a paternidade/maternidade o trabalho passou a ter um sentido mais funcional e financeiro, ao relatarem que neste momento eles passam a ser responsáveis pela vida de mais uma pessoa. Porém, também foi possível observar que neste mesmo momento de suas vidas, ocorre um aumento na procura por um equilíbrio entre as esferas pessoal e profissional. Quando questionados sobre quais valores receberam de seus pais a respeito do trabalho, os entrevistados tenderam a respostas relacionadas a valores como comprometimento, seriedade e honestidade. A respeito da visão de trabalho que pretendem passar a seus filhos, a maioria dos entrevistados citou a questão de que gostariam que os filhos trabalhassem em algo que lhes fizesse feliz, desse prazer e fosse satisfatório. Nenhum dos entrevistados citou que gostaria que o filho seguisse alguma profissão específica, apesar de o aspecto funcional/financeiro do trabalho ter aparecido em algumas poucas respostas
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