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    Prevalência e fatores associados à automedicação no Brasil : revisão sistemática da literatura e estudo de base populacional no Distrito Federal

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    Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2014.Introdução: a automedicação é prática comum e quando exercida de forma inadequada oferece riscos à saúde. Apesar de ser muito praticada, escassas são as estimativas da automedicação. O Distrito Federal possui poucos estudos realizados sobre o tema, sendo que nenhum analisou quantitativamente a automedicação na população adulta desta região. Objetivo: estimar a prevalência da automedicação entre os adultos de 18 a 65 anos no Brasil e no Distrito Federal, bem como investigar os fatores associados a essa prática. Método: realizaram-se duas pesquisas, na primeira foi elaborada uma revisão sistemática de estudos transversais de base populacional. Pesquisaram-se os seguintes bancos de dados: MEDLINE, Embase, Scopus, ISI, CINAHL, Cochrane Library, CRD, LILACS, SciELO, Banco de Teses da Capes e Domínio Público, sem qualquer tipo de restrição. Os estudos foram selecionados por três pesquisadores independentes e esses extraíram os dados de interesse e avaliaram a qualidade dos estudos incluídos. Na segunda investigação, foi realizado um estudo transversal na população adulta (18 a 65 anos), selecionada por meio de amostragem probabilística com representatividade para o Distrito Federal. Os participantes responderam informações sobre a situação sociodemográfica, a presença de doenças crônicas, a percepção do próprio estado de saúde e o uso de medicamentos nos últimos sete dias. A prevalência da automedicação e seus fatores associados foram obtidos daqueles que referiram utilizar algum medicamento nos últimos sete dias. Empregou-se modelo de regressão de Poisson com variância robusta para identificar os fatores associados à automedicação. Resultados: a revisão sistemática incluiu 12 estudos, sendo a maioria realizada na Região Sudeste, após o ano 2000 e que utilizaram período recordatório de 15 dias. Apenas cinco estudos apresentaram alta qualidade metodológica, dentre os quais um estudo com período recordatório de sete dias, cuja prevalência da 7 automedicação foi 22,9% (IC 95%: 14,6% - 33,9%). A prevalência da automedicação, nos três estudos de alta qualidade metodológica com período recordatório de 15 dias, foi 35,0% (IC 95%: 29,0% - 40,0%; I2 = 83,9%) na população adulta brasileira. Em relação ao estudo transversal, foram identificados 646 adultos que relataram ter utilizado pelo menos um medicamento nos últimos sete dias. A prevalência da automedicação foi 15,0% (IC 95%: 12,6% - 17,5%). A prevalência nos adultos de maior idade, de 50 a 65 anos, foi 4,1% (IC 95%: 2,2% - 7,6%), enquanto nos mais jovens, de 18 a 34 anos, foi 25,5% (IC 95%: 20,2% - 32,1%). Pessoas com problemas na realização de atividades cotidianas apresentaram maior propensão a se automedicarem e aquelas com idade entre 50 a 65 anos ou com doenças crônicas mostraram tendência oposta. Metade dos medicamentos utilizados por quem se automedica precisava de prescrição para serem dispensados. Conclusões: embora os estudos incluídos na revisão sistemática apresentem diferenças entre as suas metodologias, o resultado daqueles com maior qualidade e período recordatório entre 7 e 15 dias indicou que há uma significante proporção da população adulta brasileira que se automedica. No Distrito Federal, a prevalência da automedicação foi mais baixa que a encontrada na revisão sistemática. A prática foi associada aos adultos jovens, com idade entre 18 a 34 anos, e aqueles com problemas na realização de suas atividades cotidianas. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACTIntroduction: self-medication is a common practice and offers health risks when exercised irrationally. Despite being widely practiced, the estimates of self-medication are scarce. There are few studies in the Federal District on the subject, and none of them analyzed the self-medication quantitatively in the adult population of this region. Objective: to estimate the prevalence of self-medication among adults 18 to 65 years of age in Brazil and in the Federal District as well as to investigate the associated factors with this practice. Method: two surveys were conducted; in the first one a systematic review of population-based cross-sectional studies was performed. The search was carried out through the following databases: MEDLINE, Embase, Scopus, ISI, CINAHL, Cochrane Library, CRD, LILACS, SciELO, Brazilian theses register (Capes theses database) and a public domain source of Brazil (Portal Domínio Público), without any restrictions. Studies were selected by three independent researchers, who extracted data and assessed the quality of included studies. The second survey was a cross-sectional study conducted in the adult population (18 to 65 years old), selected by probability sampling with representativeness for the Federal District. Participants provided information such as sociodemographic status, presence of chronic diseases, the perception of their own state of health and the medication use in the last seven days. The prevalence of self-medication and its associated factors were obtained from those who reported using any medication in the last seven days. Poisson regression model with robust variance was used to identify associated factors with self-medication. Results: the systematic review included 12 studies, mostly conducted in the Southeast, after the year 2000 and that used recall period of 15 days. Only five studies had a high methodological quality. These included a study of recall period of seven days, in which the prevalence of self-medication was 22.9% (95% CI: 14.6% - 9 33.9%). The prevalence of self-medication in three studies of high methodological quality with 15-day recall period was 35.0% (95% CI: 29.0% - 40.0%, I2 = 83.9%) in the adult Brazilian population. Regarding the cross-sectional study, 646 adults who reported having used at least one medication in the last seven days were identified. The prevalence of self-medication was 15.0% (95% CI: 12.6% - 17.5%). The prevalence in older adults, 50 to 65 years of age, was 4.1% (95% CI: 2.2% - 7.6%), while the younger adults, 18 to 34 years of age, was 25.5 % (95% CI: 20.2% - 32.1%). People with problems in performing daily activities were more likely to self-medicate and those with 50 to 65 years of age and those with chronic diseases showed the opposite trend. Half the medications used by those who self-medicate needed prescription to be dispensed. Conclusions: although the studies included in the systematic review showed differences between their methodologies, the results of those with higher quality and recall period between 7 and 15 days indicated that there is a significant proportion of the adult Brazilian population that self-medicates. In the Federal District, the prevalence of self-medication was lower than that found in the systematic review. The practice was associated with young adults, 18 to 34 years old, and those with problems in carrying out their daily activities

    Avanços e perspectivas da RENAME após novos marcos legais:: o desafio de contribuir para um SUS único e integral

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    Objetivos: O presente artigo tem por objetivo descrever o processo de atualização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), contextualizando-o à luz de novos marcos legais do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de natureza crítica-reflexiva, estruturado em dois momentos: a) o processo de atualização da RENAME com a instituição dos novos marcos legais e b) discussão dos avanços, desafios e perspectivas da RENAME com o advento dos marcos legais descritos. Resultados: Discute-se a nova concepção da RENAME e sua harmonização com as diretrizes do SUS, discorrendo sobre aspectos dos processos de incorporação, de responsabilização pelo financiamento e de pactuação interfederativa, e seus impactos no acesso aos medicamentos. Conclusões: As mudanças nos marcos legais contribuíram para a aproximação das políticas de incorporação tecnológica e de assistência farmacêutica no âmbito do SUS, tornando a nova RENAME um instrumento importante para a qualificação da gestão e para a garantia do acesso a medicamentos eficazes, efetivos e seguros à população brasileira. Descritores: Medicamentos Essenciais; Assistência Farmacêutica; Gestão em Saúde; Financiamento da Assistência à Saúde; Sistema Único de Saúde. &nbsp

    Prevalência da automedicação na população adulta do Brasil : revisão sistemática

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    Objetivo: avaliar a prevalência da automedicação na população adulta do Brasil. Métodos: revisão sistemática de estudos transversais de base populacional. Foram utilizadas as seguintes bases bibliográficas: Medline, Embase, Scopus, ISI, CINAHL, Cochrane Library, CRD, Lilacs, SciELO, Banco de teses da Capes e Portal Domínio Público. Foram adicionalmente examinadas as listas de referências bibliográficas dos estudos relevantes para identificar artigos potencialmente elegíveis. Não foram aplicadas restrições por data de publicação, idioma ou status de publicação. Dados referentes à publicação, população, métodos e prevalência da automedicação foram extraídos por três pesquisadores independentes. Avaliou-se a qualidade metodológica seguindo oito critérios relacionados à amostragem, mensuração e apresentação dos resultados. As prevalências foram obtidas dos participantes que utilizavam pelo menos um medicamento durante o período recordatório dos estudos. Resultados: a triagem na literatura identificou 2.778 registros, dos quais 12 foram incluídos para análise. A maioria foi realizada na região Sudeste, após o ano 2000 e com período recordatório de 15 dias. Apenas cinco estudos alcançaram alta qualidade metodológica, dos quais um estudo com período recordatório de sete dias mostrou prevalência de automedicação de 22,9% (IC95% 14,6;33,9). A prevalência da automedicação nos três estudos de alta qualidade metodológica com período recordatório de 15 dias foi 35,0% (IC95% 29,0;40,0, I2 = 83,9%) na população adulta brasileira. Conclusões: apesar das diferenças encontradas nas metodologias dos estudos incluídos, os resultados dessa revisão sistemática indicam que significante proporção da população adulta brasileira se automedica. Sugere-se padronização entre os métodos dos futuros estudos que avaliem a prática da automedicação no Brasil.Objective: to evaluate the prevalence of self-medication in Brazil’s adult population. Methods: systematic review of cross-sectional population-based studies. The following databases were used: Medline, Embase, Scopus, ISI, CINAHL, Cochrane Library, CRD, Lilacs, SciELO, the Banco de teses brasileiras(Brazilian theses database) (Capes) and files from the Portal Domínio Público (Brazilian Public Domain). In addition, the reference lists from relevant studies were examined to identify potentially eligible articles. There were no applied restrictions in terms of the publication date, language or publication status. Data related to publication, population, methods and prevalence of self-medication were extracted by three independent researchers. Methodological quality was assessed following eight criteria related to sampling, measurement and presentation of results. The prevalences were measured from participants who used at least one medication during the recall period of the studies. Results: the literature screening identified 2,778 records, from which 12 were included for analysis. Most studies were conducted in the Southeastern region of Brazil, after 2000 and with a 15-day recall period. Only five studies achieved high methodological quality, of which one study had a 7-day recall period, in which the prevalence of self-medication was 22.9% (95%CI 14.6;33.9). The prevalence of self-medication in three studies of high methodological quality with a 15-day recall period was 35.0% (95%CI 29.0;40.0, I2 = 83.9%) in the adult Brazilian population. Conclusions: despite differences in the methodologies of the included studies, the results of this systematic review indicate that a significant proportion of the adult Brazilian population self-medicates. It is suggested that future research projects that assess self-medication in Brazil standardize their methods

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost

    Prevalencia Y Factores Asociados A La Automedicación En Adultos En El Distrito Federal, Brasil: Estudio Transversal De Base Poblacional

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    Estimar a prevalência e investigar fatores associados à automedicação em adultos no Distrito Federal, Brasil. MÉTODOS: estudo transversal de base populacional, com adultos selecionados por amostragem probabilística; a prevalência da automedicação foi obtida entre os que referiram ter utilizado medicamento nos últimos sete dias; foi empregado modelo de regressão de Poisson com variância robusta para estimar razões de prevalência. RESULTADOS: entrevistaram-se 1.820 pessoas, das quais 646 usaram pelo menos um medicamento; a prevalência da automedicação foi de 14,9% (IC95%: 12,6%;17,5%); a análise ajustada apontou associação negativa em pessoas na idade de 50 a 65 anos (RP=0,26; IC95%: 0,15;0,47) e com doenças crônicas (RP=0,38; IC95%: 0,28;0,51); adultos com dificuldades na prática de atividades cotidianas (RP=2,25; IC95%: 1,43;3,53) realizaram mais automedicação. CONCLUSÃO: a automedicação foi maior em adultos jovens e naqueles com dificuldades na realização de atividades cotidianas.26231933
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