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    Os outros ocultos nas interfaces de jogos digitais educacionais

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    Neste artigo são tecidas considerações sobre os significados implícitos nas interfaces de jogos digitais educacionais e suas relações com o processo de desenvolvimento dos mesmos. Desses significados, destaca-se a polifonia presente nos enunciados encapsulados nas interfaces, e a relação dialógica entre desenvolvedores e usuários finais. À luz dos estudos de Vygotsky e Bakhtin, contextualizados em uma Comunidade de Prática dentro do ambiente escolar, os resultados apontam para um modelo metodológico que favorece a aprendizagem de conceitos científicos em estreita relação com a aprendizagem de computação e design; e para implicações sobre a pesquisa em contextos informatizados. Em ambas as direções, conclui-se que a produção de artefatos da cultura digital, protagonizada por sujeitos do ensino médio, aproxima as atividades de desenvolvedores novatos e experts, dialogicamente, e indica aspectos ocultos dessa relação que se encapsulam e impactam na qualidade educacional dos sistemas de informação

    DESIGN PARTICIPATIVO DE JOGOS DIGITAIS EDUCACIONAIS POR ADOLESCENTES IMERSOS EM UMA COMUNIDADE DE PRÁTICA

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    Contribuindo para a investigação acerca de modelos alternativos de educação, o projeto DEMULTS estrutura-se como uma Comunidade de Prática em contextos escolares, que tem o objetivo de desenvolver jogos digitais educacionais usando métodos de Design Participativo com adolescentes. Este artigo apresenta algumas congruências entre Comunidades de Prática e Design Participativo em situações educacionais, relacionadas à aprendizagem por meio da participação ativa em práticas sociais. Nesse contexto, são também discutidos os desafios encontrados no DEMULTS relacionados aos processos de: engajamento de educadores e educandos; integração de conteúdos curriculares aos jogos; e construção de conhecimento durante o processo, tanto em termos dos conceitos científicos, quanto das ferramentas cognitivas necessárias para desenvolver jogos digitais

    Technological culture our high school biology textbooks approved in the 2018 PNLD

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    Não é novidade para aquelas(es) que pesquisam e atuam no Ensino de Ciências que não há aprendizagem sem haver significação. E, que não há significação sem que ocorram experiências legítimas de interação entre quem aprende com o que se aprende. Também não é novidade que a Ciência não se faz de forma neutra. Assim, nas últimas quatro décadas, a construção do currículo de Ciências passou a considerar em suas abordagens enfoques que valorizam as relações entre a Ciência, a Tecnologia e a Sociedade (CTS). Ou seja, fortalecendo uma imagem não neutra da Ciência que seria, hora mecanismo central dessas relações, hora seu produto final. Para que essa imagem seja internalizada e transformada por estudantes, esses enfoques advogam a implementação de práticas pedagógicas que propiciem uma aprendizagem significativa. No entanto, a transposição didática que essas relações demandam para serem debatidas no âmbito da educação básica não é uma tarefa trivial e encontra nos Livros Didáticos o papel de principal artefato de mediação. A partir desse cenário, a presente investigação tem por objetivo primeiro investigar se essas relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade estão, de fato, presentes nos Livros Didáticos de Biologia, aprovados no Programa Nacional do Livro Didático de 2018, com especial atenção para a Tecnologia. Posteriormente, pretendemos traçar uma imagem de como a Tecnologia vem sendo representada a partir dessas transposições didáticas. Como caminho metodológico, este trabalho traçou as etapas de uma investigação qualitativa pautada na análise de conteúdo, a partir dos trabalhos desenvolvidos por Bardin. Nesse desafio, acolhemos uma perspectiva epistemológica que enxerga a Tecnologia como uma forma de produção de conhecimento, de atuar e produzir significados, portanto, detentora de seus próprios traços culturais. Esse enfoque praxiológico da Tecnologia tem como principal referencial o Modelo de Cultura Tecnológico de Míguel Quintanilla. Por meio dele, a tecnologia não é vista como uma mera aplicação da Ciência, nem fruto apenas de demandas sociais/humanas, mas como conhecimentos sistemáticos de características próprias, que possuem base científica e podem voltar-se a resolver, descrever ou explicar problemas que podem ter origens sociais, a partir do desenho e/ou emprego de produtos tecnológicos. As análises dos Livros Didáticos evidenciaram uma imagem da Tecnologia como uma aplicação direta do conhecimento científico, ou seja, os produtos tecnológicos derivam da mera aplicação do conhecimento científico. Foi possível concluir também que os Livros Didáticos de Biologia costumam retratar a Tecnologia apenas descrevendo artefatos. Mas, ao mesmo tempo, verificamos que existe um vasto espaço de discussão valorativa em volta dela quando os temas em debate geram forte comoção social como, por exemplo, as técnicas de engenharia genética e os problemas ambientais tidos, muitas vezes, como consequência direta do desenvolvimento tecnológico.It is not new for those who research and work with Science Education that there is no real learning without meaning. Also, there is no meaning without legitimate interaction between those who learn and what it is learned. It is also not new that Science is not done in a neutral way. Thus, in the last four decades, the construction of the sciences curriculums began to centralize their central pillar in approaches that value the relations between Science, Technology and Society (CTS), that is, strengthening a non-neutral image of Science that wou be sometimes a mechanism of these relationships, and in other times their final product. In order for this image to be internalized and transformed by students, these approaches advocate the existence of pedagogical practices that provide meaningful learning. However, it is not a trivial task to transpose these relationships to be debated in the scope of basic education. It is the role of sciences textbooks to be the main mediation artifact of those debates. From this scenario, the present investigation aims to first investigate whether these relationships between Science, Technology and Society are, in fact, present in the Biologys Textbooks, approved in the National Textbook Program of 2018. Subsequently, we intend to draw an image of how Technology is represented in the analyzed Texbooks. As a methodological path, this is a qualitative investigation based on the Theory of Content Analysis, based on the works developed by Bardin. In this quest, we embrace an epistemological perspective that sees Technology as a way of producing knowledge, acting and producing meanings, therefore, holding its own cultural traits. This praxeological approach to Technology has as its main reference the Model of Technological Culture by Míguel Quintanilla. Through this perspective technology is not seen as a mere application of Science, nor the result of only social/human demands, but as a form of knowledge with its own characteristics, which has a scientific basis and can be used to solve, describe or explain problems that they may have social origins, by the design and/or use of technological products. The analysis of the Textbooks represented Technology as a direct application of scientific knowledge, that is, a technological product that derives from the mere application of scientific knowledge. It was also possible to conclude that Biology Textbooks usually portray Technology only by describing artifacts, but that there is a vast space for evaluative discussion around it, when the topics under debate generate strong social commotion such as genetic engineering techniques and environmental problems

    O Protagonismo Infantojuvenil nos Processos Educomunicativos

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    Neste volume “O protagonismo infantojuvenil nos processos educomunicativos”, reunimos 53 artigos que transitam sobre a temática do protagonismo infantojuvenil em diversas experiências e processos educomunicativos e para facilitar sua leitura e busca por temas de seu interesse, eles estão organizados em 8 capítulos que abordam a educomunicação a partir do fazer das crianças e da apropriação da produção midiática. Expressão artística, rádio, vídeo, jornalismo, cultura digital, redes sociais entre outros são os temas abordados pelos autores destes trabalhos. convidamos o leitor a mergulhar nesta jornada educomunicativa, vivendo e revivendo junto conosco essas experiências vividas por outros, refletindo em cada texto sobre como estamos, como evoluímos e como seguimos os passos daqueles que com sua ousadia, amor e luta elaboraram os fundamentos da educomunicação
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