116 research outputs found

    Time and Eternity in Saint Augustine

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    Every Augustinian disputation regarding to time - eternity relation arises from the need of combating the Manicheans and, by indirection, all those ones that affirmed, asserted world eternity, that denied ex nihilo Jewish - Christian Creation principle. Saint Augustine, departing from Genesis Scriptural Book in order to present a revelational founding and neoplatonic philosophy, in order to impart philosophic maintenance to the above - mentioned thesis, has ended up by moving away from not only Manichaeism, but from Neo-Platonism itself which has worked as philosophical foundation for contesting those ones

    O problema da moral no sistema cosmológico/soteriológico Necessitarista maniqueísta

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    Manicheism is founded in two world originating ontological principles: Good or Light, presented by the sun and Evil or Darkness, personinified in the matter. From this ontological dualism proceeds the idea which man is not responsible to the evil he practices according to, but this-one (evil) is to be blamed to his bad nature, in other words evil is inherent to his corporal nature. Hence, strictly speaking, there is no real evil in manicheism, but only natural evil. However, paradoxally, manicheism refers to a duty Moral, which through the man good part (the soul) must struggle in order to be liberated from matter´s bonds (the boddy), through an ascetical rigorous life, materialized in three commandments observance, the to called three seals: mouth, hands and breast seals.Manicheism is founded in two world originating ontological principles: Good or Light, presented by the sun and Evil or Darkness, personinified in the matter. From this ontological dualism proceeds the idea which man is not responsible to the evil he practices according to, but this-one (evil) is to be blamed to his bad nature, in other words evil is inherent to his corporal nature. Hence, strictly speaking, there is no real evil in manicheism, but only natural evil. However, paradoxally, manicheism refers to a duty Moral, which through the man good part (the soul) must struggle in order to be liberated from matter´s bonds (the boddy), through an ascetical rigorous life, materialized in three commandments observance, the to called three seals: mouth, hands and breast seals.O maniqueísmo fundamenta-se na afirmação de dois princípios ontológicos originantes do mundo: o Bem ou a Luz, representado no sol, e o Mal ou as Trevas, personificado na matéria. Desse dualismo ontológico, deriva a idéia de que o homem não é responsável pelo mal que pratica, mas esse é culpa de sua natureza má, ou o mal está inerente à sua natureza corpórea. Daí que, a rigor, não existe mal moral no maniqueísmo, mas apenas mal natural. Entretanto, paradoxalmente, esse fala de uma Moral do dever, através da qual a parte boa do homem (a alma) deve lutar para libertar -se das amarras da matéria (o corpo), mediante uma rigorosa vida ascética, concretizada na observância dos três mandamentos chamados de três selos: o selo da boca, das mãos e dos seios

    Tempo e Eternidade em Santo Agostinho

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    Toda discussão agostiniana acerca da relação tempo-eternidade nasce da necessidade combater os maniqueus, e de tabela todos aqueles que afirmavam a eternidade do mundo, os quais negavam o princípio judaicocristão da Criação ex nihilo. Santo Agostinho, utilizando o livro escriturístico do Gênesis para dar fundamento revelacional, e a Filosofia neoplatônica, para dar suporte filosófico à referida tese, acabou por distanciar-se não do só maniqueísmo, mas próprio do neoplatonismo que lhe serviu de alicerce filosófico para refutar aqueles.Every Augustinian disputation regarding to time - eternity relation arises from the need of combating the Manicheans and, by indirection, all those ones that affirmed, asserted world eternity, that denied ex nihilo Jewish - Christian Creation principle. Saint Augustine, departing from Genesis Scriptural Book in order to present a revelational founding and neoplatonic philosophy, in order to impart philosophic maintenance to the above - mentioned thesis, has ended up by moving away from not only Manichaeism, but from Neo-Platonism itself which has worked as philosophical foundation for contesting those ones

    A força coercitiva: um instrumento a serviço da pax temporalis na civitas, segundo santo Agostinho

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    Baseado no princípio ontológico da vera justitia, ou da "divina ordem", segundo a qual é justo que se "subordinem as coisas somente às dignas, as corporais às espirituais, as inferiores às superiores, as temporais às sempiternas" (Ep. , 140), o que resulta, na prática, na subordinação dos governados aos governantes, Agostinho introduz em sua doutrina ético-política o conceito de força coercitiva, como instrumento prático garantidor da ordinata concordia ou pax temporalis, na civitas, de forma que, punido pelo reto castigo, o pecador possa retornar à ordem e assim alcançar a vida eterna. Em Agostinho, todas as formas de castigos por ele admitidos não têm caráter de perseguição, vingança ou sadismo, mas de correção e reintegração do pecador na ordem, por isso devem ser guiados pela caridad

    Santo Agostinho e o “problema dos futuros contingentes”

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    Um dos problemas recorrentes na História da Filosofia Ocidental é o “problema dos futuros contingentes”, que tem seu início em Aristóteles, mas que atingiria vários pensadores até à Modernidade. Durante esse longo percurso, a problemática foi levantada de diversas formas, dentre essas, na Filosofia Medieval, de cunho cristã, em que o problema aparece de forma implícita nos debates acerca do suposto conflito entre a Providência divina e a liberdade humana. E dentre os pensadores medievais, destaca-se Santo Agostinho, o qual será objeto de estudo do presente artigo

    O Sacerdócio: uma aproximação entre Dom Helder Câmara e Santo Agostinho

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    A presente comunicação tem por objetivo relacionar a pessoa de Dom Helder Câmara com Santo Agostinho, notadamente no que se refere à visão sacerdotal destes dois grandes nomes de Igreja Católica, buscando fazer uma aproximação ou demonstrar os pontos convergentes entre ambos, apesar da distância ou do contexto histórico em que cada um viveu

    O livre-arbítrio, segundo Santo Agostinho:um bem ou um mal?

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    Tendo sido demonstrado suficientemente, no Livro I do Sobre o Livre-Arbítrio, que o livre arbítrio humano é a única causa do mal, que aparece não como ser, mas como não-ser ou nada – ausência, falta, defecção do bem, Evódio,principal interlocutor de Agostinho, ainda não se dá por satisfeito e questiona se este – o livre arbítrio – é um bem ou um mal, visto que é unicamente por elepecamos. Mais do que isto, se Aquele que nos deu - Deus, deveria ou não ter nos dado. Eis o que é investigaremos no presente artigo

    A “Mansidão Cristã”, Princípio Regulador na Aplicação do Poder Coercitivo por Parte do Estado, Segundo Santo Agostinho

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    Baseado no princípio ontológico da “Vera Justítia”, ou da “Divina Ordem”, segundo a qual  é justo que se “subordine as coisas somente as dignas, as corporais às espirituais, as inferiores às superiores, as temporais às sempiternas” (Ep., 140), Agostinho introduz em sua doutrina ético-política o conceito de poder coercitivo, não como um bem em si, ou um fim em si mesmo, mas apenas como instru-mento prático garantidor da “pax temporalis”, na Civitas,  de forma que, punido pelo reto ou justo castigo, o pecador possa retornar à Ordem e assim alcançar a Vida Eterna.  Para tal, enquanto meio, e não fim, todas as formas de castigos por ele admitidos não têm um caráter de perseguição, vingança ou sadismo, mas de correção e reintegração do pecador na Ordem, por isso devem ser guiados pela cari-dade ou “mansidão cristã”, de forma que haja, antes de mais nada, tolerân-cia para com o pecador no uso do poder coercitivo

    A relação corpo-alma no homem, segundo Santo Agostinho : dualismo ou unidade substancial?

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    Antes de se converter ao cristianismo Agostinho compartilhou de duas concepções dualistas de homem: a maniqueia e a neoplatônica, as quais defendiam ser o homem um composto entre duas sustâncias opostas, ambas co-eternas na sua existência, com a diferença que na última a alma é de natureza espiritual, enquanto que para a primeira ser ela de natureza corpórea. Mas em relação ao corpo, ambas correntes defendiam ser este de natureza física e má. Com o cristianismo, Agostinho aprendeu que corpo e alma são duas substâncias criadas ex nihilo por um único ser Deus, que não poderia fazer senão o bem. Mas apesar de ter criado todas as coisas do nada, Deus não criou todas no mesmo nível de perfeição, havendo uma hierarquia de perfeição no universo. Tal é o caso do homem, um ser dotado de duas sustâncias distintas criadas que se completam para juntas formarem um novo ser - o homem: alma e corpo, sendo a primeira, de natureza espiritual, imutável e eterna, e a segunda, o corpo, de natureza física, mutável e mortal, menos bom ou menos perfeito do que a alma, a qual tem a tarefa de governar o corpo. Nesta concepção, o corpo, apesar de inferior, é algo útil e necessário, pois é através dele que a alma realizada várias de suas funções, dentre as quais as sensações dos objetos sensíveis. Tal é a cooperação entre alma e corpo em Agostinho que alguns comentadores chegam a interpretar que este teria defendido a unidade substancial entre alma e corpo, o aproximando de Aristóteles. Nosso propósito neste artigo é demonstrar que Agostinho não defende nem um dualismo radical, como o maniqueísmo e o neoplatonismo, nem a unidade substancial nos moldes da doutrina hilemófica de Aristóteles, mas uma posição intermediária, a que chamaremos de "concepção dual ou relacional", em que as duas sustâncias não se excluem, antes pelo contrário se inter-relacionam como co-participantes de tal forma que só ao composto das duas pode-se chamar de homem, mas que, ao mesmo tempo, são substâncias distintas, subsistem ontologicamente cada uma em si, mantendo a dualidade substancial.Before converting to Christianity, Augustine held two dualistic conceptions of man: the Manichaean and the Neoplatonic one, which both claimed that man is a compound of two opposing substances, both of which are co-eternal in their existence, with the difference that according to the Neoplatonists the soul is a spiritual nature, while for the Manichaeans it is corporeal. In relation to the body, both these schools maintained that it is physical and evil in nature. From Christianity, Augustine learned that body and soul are substances created ex nihilo by a single God, who can do nothing but good. Yet, in spite of having created all things out of nothing, God did not create them all on the same level of perfection, there being a hierarchy of perfection in the universe. Such is the case of man, a being endowed with two substances created separately which complement each other in order to form a new being - man. These two substances are soul and body, the first being of a spiritual nature, immutable and eternal, and the second, the body, of a physical one, changeable and mortal, less good or less perfect than the soul, which has the task of governing the body. In this conception, the body, although inferior, is something useful and necessary, because it is through the body that the soul realizes several of its functions, among which is the perception of the sensible objects. Such is the cooperation between soul and body in Augustine that some scholars have concluded that he would have maintained a substantial unity between soul and body, in line with Aristotle. Our purpose in this article is to demonstrate that Augustine does not advocate a radical dualism, such as Manichaeism and Neoplatonism do, nor substantial unity along the lines of Aristotle's hylomorphic doctrine, but an intermediate position, which we will call a "dual or relational conception" in which the two substances do not exclude each other, but rather interact as co-participants in such a way that only the compound of the two can be called man. At the same time they are distinct substances, subsisting ontologically each one in itself and thus maintaining a substantial duality
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