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    FORMAÇÃO DE PROFESSORES ÍNDIOS NA UNIVERSIDADE: A EXPERIÊNCIA DO 3º GRAU INDÍGENA

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    Este artigo tem como objetivo contextualizar o movimento dos professores indígenas na luta pela formação continuada, centrando-se na formação específica e diferenciada em nível superior oferecida pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Para isso, situa historicamente o processo de criação do projeto de 3º Grau Indígena e as bases legais que ampararam a discussão e implementação da formação específica em nível superior. Aborda alguns aspectos estruturais da educação escolar indígena específica e diferenciada e da formação em serviço, enfatizando as dificuldades e os avanços advindos com a formação em nível universitário dos professores indígenas

    Os marcadores de tempos indígenas e a etnomatemática: a pluralidade epistemológica da ciência

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    Este trabalho tratou o fenômeno dos marcadores de tempos indígenas enquanto uma manifestação sociocultural, a partir do olhar dos professores de diferentes etnias indígenas do estado do mato grosso, acadêmicos da faculdade indígena intercultural da Unemat. Esse fenômeno revela-se como um exemplo de extraordinário conhecimento que as sociedades indígenas têm de si e dos territórios que habitam, numa relação recíproca entre as pessoas e destas com o ambiente, o que traz a possibilidade de uma produção científica impregnada e legitimada por eles, que tenha como fim e como condição para validá-la o bem-estar ambiental e social. O tempo, caracterizado como resultante da construção e da expressão dos modos de vida de uma sociedade, é concebido a partir do “saber matemático” e das respostas às necessidades de transcendência espiritual e teórica dos seres humanos. O saber matemático, na perspectiva do programa etnomatemática, de D’ambrosio, perpassa toda essa dinâmica de relações e acomoda em seus fundamentos a compreensão de que ambiente e sociedade fazem parte de um único e indissociável corpo de pesquisa sobre os saberes produzidos por grupos culturalmente distintos, bem como sobre o processo dinâmico de produção, organização intelectual e social e disseminação desse conhecimento, além dos processos de adaptação e reelaboração que a acompanham

    Os marcadores de tempos indígenas e a etnomatemática: a pluralidade epistemológica da ciência

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    Este trabalho tratou o fenômeno dos marcadores de tempos indígenas enquanto uma manifestação sociocultural, a partir do olhar dos professores de diferentes etnias indígenas do estado do Mato Grosso, acadêmicos da Faculdade Indígena Intercultural da Unemat. Esse fenômeno revela-se como um exemplo de extraordinário conhecimento que as sociedades indígenas têm de si e dos territórios que habitam, numa relação recíproca entre as pessoas e destas com o ambiente, o que traz a possibilidade de uma produção científica impregnada e legitimada por eles, que tenha como fim e como condição para validá-la o bem-estar ambiental e social. O tempo, caracterizado como resultante da construção e da expressão dos modos de vida de uma sociedade, é concebido a partir do “saber matemático” e das respostas às necessidades de transcendência espiritual e teórica dos seres humanos. O saber matemático, na perspectiva do Programa Etnomatemática, de D’Ambrosio, perpassa toda essa dinâmica de relações e acomoda em seus fundamentos a compreensão de que ambiente e sociedade fazem parte de um único e indissociável corpo de pesquisa sobre os saberes produzidos por grupos culturalmente distintos, bem como sobre o processo dinâmico de produção, organização intelectual e social e disseminação desse conhecimento, além dos processos de adaptação e reelaboração que a acompanham

    ALDEIA URBANA GUARANI TEKOA PYAU: A BUSCA PELA “TERRA SEM MALES” NA CIDADE DE SÃO PAULO, BRASIL – UM ESTUDO DE ABORDAGEM REFLEXIVA

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    O artigo apresenta a aldeia Tekoa Pyau, da etnia Guarani, situada em área urbana da cidade de São Paulo. Foram realizadas visitas a campo e diálogos com membros dessa comunidade. Abordaram-se aspectos relativos aos elementos materiais e simbólicos. Quanto à formação cultural, nota-se que a educação (não formal e formal), em seus diversos espaços e momentos, é elemento de coesão indispensável para a afirmação étnica, reconhecimento, defesa dos direitos e resistência cultural. No tocante aos elementos materiais, foca-se nas habitações. Nas construções, observa-se a utilização de materiais da proximidade, buscando respeitar à tradição; no entanto, devido ao crescimento metropolitano e à necessidade de preservação do entorno do parque, tornou-se inviável a extração de recursos naturais. Essa restrição resultou no uso de materiais e técnicas diversas sem relação conceitual étnica, com a produção de habitações inadequadas no que diz respeito a aspectos funcionais, de conforto e estético. São inseguras, de baixa qualidade e precária higiene, com descaracterização visual, que replicam na aldeia a paisagem urbana periférica paulistana, mas, mesmo com o entorno cultural distinto, a comunidade mantém viva aspectos da identidade indígena Guarani

    Prevalência do absenteísmo entre os trabalhadores de uma empresa da indústria da construção civil: Prevalence of abseenteism among workers of a company in construction industry

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    O absenteísmo tem-se tornado um problema grave para as empresas e para seus gerenciadores, pois afeta de forma significativa a produtividade e o nível de qualidade dos serviços prestados. A presente pesquisa trata-se de um estudo descritivo, com corte transversal, representada por 31 funcionários de uma empresa do ramo de Engenharia Civil, sendo esta localizada na cidade de Montes Claros, MG. O instrumento utilizado foi um questionário fechado, contendo 17 questões. Os resultados indicaram que as ausências estiveram ligadas em grande parte às enfermidades e às faltas sem justificativa legal. Tendo como período maior de ausência, em decorrência desses fatores, 1 dia para 32,3% dos entrevistados, entre 2 e 3 dias para 29% e entre 4 e 6 dias para 12,9 %. Através dos dados da pesquisa, concluiu-se que o absenteísmo esteve mais relacionado a problemas externos ao processo laboral do que problemas dentro da empresa. Tal resultado, talvez se justifique pelas ações de melhoria implementadas pela empresa no decorrer do ano de 2013

    Ressignificação cultural e resistência na produção de fitoterápicos em comunidade quilombola

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    O cerrado é o segundo maior bioma do mundo e contém elevada taxa de endemia, estando presentes diversas plantas para fins medicinais. A literatura da etnociência e da etnobotânica registra que a presença de comunidades tradicionais contribuem na preservação dos ambientes em que estão inseridos, valendo-se desta para valorização e manutenção destas comunidades (DIEGUES, 2000, GUARIM NETO et al., 2008, OLIVEIRA et al., 2009). Diante disso este estudo objetiva discutir os conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas medicinais pela Comunidade Quilombola do Cedro localizada em Mineiros, GO, Brasil. A metodologia empregada foi análise etnográfica donde se coletou informações junto aos membros da comunidade por meio de observação participante, conversas informais e entrevistas aplicadas a membros da comunidade. Os resultados da pesquisa mostram que o preparo dos remédios fitoterápicos se dá de duas formas e locais distintos: (1) no laboratório de plantas medicinais da comunidade, seguindo uma linha de produção e com procedimentos exigidos pelo controle sanitário, e (2) nas residências, baseado no conhecimento tradicional onde o recurso vegetal além de ser utilizado como remédio, impulsiona a socialização e o compartilhamento de saberes entre a comunidade. Considerando a utilização de plantas medicinais como parte da cultura da comunidade, observa-se um processo ressignificação cultural com a mudança na forma de preparo dos remédios, antes realizadas apenas nas residências e recentemente também no laboratório. Esse processo modifica as formas tradicionais de preparo, contudo, as duas formas coexistem, sendo que a tradicional resiste no seio familiar. Em relação às espécies utilizadas, a maior quantidade de plantas indicadas refere-se a tratamentos de sintomas e afecções no aparelho respiratório. A utilização da flora medicinal e o relacionamento da comunidade quilombola do Cedro com o meio ambiente, fez com que muitas espécies tidas como importantes fossem preservadas, fornecendo contribuições relevantes para a conservação destas espécies e do patrimônio material e imaterial envolvido

    Trabalho por turnos: alterações no ritmo circadiano e suas implicações na incidência de doenças cardiovasculares

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    INTRODUÇÃO: Segundo a Academia Americana do Sono (AASM), o shift work, isto é, o trabalho por turnos, é qualquer atividade laboral fora do horário das 7 às 18 horas. Isso acarreta uma profunda mudança no ritmo circadiano dos trabalhadores por turnos. Entende-se por ritmo circadiano um sofisticado mecanismo biológico que compreende relógios internos e externos que oscilam em um período de 24 horas. O horário de sono dos trabalhadores em turnos é, portanto, irregular, situação que altera o ritmo circadiano. A alteração cronobiológica acarreta perturbações na vigília, nos padrões alimentares e nas atividades sociais (BOIVIN; BOUDREAU, 2014). As alterações biológicas e comportamentais citadas, por conseguinte, podem predispor ao aumento da incidência de doenças cardiovasculares (BOIVIN; BOUDREAU, 2014). Estas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), caracterizam-se por abranger um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos - doença coronariana, doença cerebrovascular, doença arterial periférica, doença cardíaca reumática, cardiopatia congênita, trombose profunda e embolia pulmonar. É de extrema importância, dessa forma, compreender os mecanismos e os riscos cardiovasculares aos quais os trabalhadores em turnos estão expostos devido às alterações do ritmo circadiano. OBJETIVO: O presente estudo busca discorrer, de maneira embasada pela literatura, a relação entre o trabalho por turnos, as alterações no ritmo circadiano e o possível aumento de incidência de doenças cardiovasculares. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que busca responder a seguinte questão-chave “O trabalho por turnos tem influência significativa na incidência das doenças cardiovasculares?”. Para tanto, foi realizada uma busca na base de dados PubMed, entre 01/06/2022 e 27/09/2022, por meio dos descritores “shift work schedule” e “cardiovascular disease”. Alguns critérios de inclusão foram delimitados para a realização da presente revisão integrativa, sendo estes: o estudo primário deve estar disponível em sua forma completa e gratuita, o estudo primário deve estar formatado em inglês, o tempo de publicação do estudo primário deve estar no período entre 2018 e 2022, o tema do estudo primário deve estar em concordância com o tema e o objetivo da revisão. RESULTADO: A partir da utilização dos descritores utilizados, ao todo, foram encontrados 93 artigos científicos. Destes, com a aplicação dos critérios de inclusão, 11 estudos foram selecionados para dar continuidade a essa revisão integrativa. DISCUSSÃO:  Os estudos analisados tinham por objetivo elucidar a relação entre o trabalho por turnos, principalmente o noturno, e as doenças cardiovasculares e muitos tiveram resultados semelhantes. O infarto agudo do miocárdio foi a doença mais incidente nos estudos, seguido pela hipertensão e pela hiper-homocisteinemia. Essas doenças foram relacionadas a um pior prognóstico quando associadas ao trabalho por turnos. CONCLUSÃO: Em todos os estudos analisados foram encontradas correlações entre o trabalho por turnos e uma maior incidência de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, hipertensão e hiper-homocisteinemia. Portanto, o trabalho por turnos, e as suas consequentes implicações no ritmo circadiano, deve ser considerado como fator de risco para o desenvolvimento dessas doenças

    Prevalência de absenteísmo entre os trabalhadores de uma empresa da indústria da construção civil

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    O absenteísmo tem se tornado um problema grave para as empresas e para seus gerenciadores, pois afeta de forma significativa a produtividade e o nível de qualidade dos serviços prestados. A presente pesquisa trata-se de um estudo descritivo, com corte transversal, representada por 31 funcionários de uma empresa do ramo de Engenharia Civil, sendo esta localizada na cidade de Montes Claros, MG. O instrumento utilizado foi um questionário fechado, contendo 17 questões. Os resultados indicaram que as ausências estiveram ligadas em grande parte às enfermidades e às faltas sem justificativa legal. Tendo como período maior de ausência, em decorrência desses fatores, 1 dia para 32,3% dos entrevistados, entre 2 e 3 dias para 29% e entre 4 e 6 dias para 12,9 %. Através dos dados da pesquisa, concluiu-se que o absenteísmo esteve mais relacionado a problemas externos ao processo laboral do que problemas dentro da empresa. Tal resultado, talvez se justifique pelas ações de melhoria implementadas pela empresa no decorrer do ano de 2013
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