26 research outputs found

    Avaliação Institucional: a relação dialógica dos dados da avaliação interna e externa na melhora institucional.

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    Avaliação Institucional é questão atual e de extrema relevância não só no contexto institucional, mas no contexto da educação superior. Trata-se de importante estratégia para a gestão institucional, pois as informações produzidas no desenvolvimento do processo avaliativo orientam a tomada de decisão, permitindo a melhora da qualidade institucional. A reflexão procura contextualizar a avaliação da Educação Superior numa perspectiva histórica, considerando as transformações nas políticas educacionais, seus princípios, sua concepção e a trajetória das propostas de avaliação institucional desenvolvidas. Analisa a complementaridade dos procedimentos da avaliação externa, interna e a meta-avaliação vivenciados em cada instituição na sua aprendizagem institucional e desenvolvimento institucional, sendo suas informações indissociáveis na constituição de uma cultura de antecipação

    O direito à educação intercultural na contemporaneidade: a infância em situações humanitárias

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    Relatório apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para o cumprimento do programa de Pós-Doutoramento em Ciências Humanas e SociaisO estudo problematiza a garantia do direito à educação, colocando sob análise os limites e as possibilidades dessa efetivação, nos contextos contemporâneos, e mais especificamente no contexto das crises humanitárias. Na discussão a argumentação está reunida em três capítulos. Inicialmente, são apresentados os limites que se manifestam nas violências advindas dos âmbitos econômico e político, identificados nas faces da desigualdade e da exclusão social. A identificação dos aspectos limitadores está referida em relatórios do UNICEF (2005, 2016) e da ONU (2018), além dos estudos de Milanovic (2017), Stiglitz (2018), Sarmento (2010), Bastos et al. (2008, 2011), Bastos e Veiga (2016), Moura (2010), Cardona et al. (2008), Morin (2007), bem como nos fatores de riscos extraídos da percepção de participantes de um estudo empírico. As possibilidades para a garantia dos direitos da criança estão na constituição de recursos de proteção para as crianças e adolescentes, tendo como ênfase a garantia dos direitos à educação. A discussão se sustenta nas garantias propostas nas políticas de Direitos Humanos e do Direito Internacional Humanitário, nos fatores de proteção identificados em pesquisa empírica sobre os cotidianos infantis, nos estudos de Deyra (2001), Cardona et al. (2008), e Fernandes (2009). Foram também tomados em conta os requisitos mínimos para a educação em situação de emergência (INEE, 2006). Os argumentos que sustentam o estudo têm em consideração a necessária recontextualização e ressignificação dos conceitos, num cenário de transições paradigmáticas (Santos, 2007) que caracterizam o contexto contemporâneo, produzindo um alargamento interpretativo sobre as categorias em estudo. Assim, o estudo assume como tese a necessidade da garantia do direito à educação de crianças e adolescentes na perspectiva de um currículo intercultural, como possibilidade de superação das violências que incidem sobre a infância em situação humanitária na contemporaneidade. Nessa direção, se apresenta a argumentação quanto a garantia do direito à educação, num currículo intercultural contemplando: 1) O direito à participação como recurso emancipatório; 2) O direito à diferença como recurso identitário; 3) O currículo intercultural na garantia do direito à educação; com referência em Vieira (2017), Sarmento (2015), Torres (2013), Silva (2013) e Santos (2010). O estudo permite constatar o quanto as populações infantis e o mundo como um todo, vive os danos colaterais das sociedades desiguais e excludentes, sendo a pobreza um dos maiores fatores de violências nos seus cotidianos. Entretanto, essas violências atingem uma escala tal, nos contextos atuais, que colocam as crianças em situação humanitária. Nesses territórios, a educação precisa atuar como fator de proteção por excelência. Assim, todos os esforços merecem ser envidados para sua garantia. Isso, tendo como pressuposto que na efetivação da garantia do direito à educação, a interculturalidade tem centralidade. Portanto, a interculturalidade no currículo se constitui ao mesmo tempo em conteúdo, método e indicador da efetivação do direito à educação capaz de superar as violências da desigualdade e da exclusão que se produzem e reproduzem em discursos que se valem da distorção de argumentos culturais para as justificar.The study problematizes the guarantee of the right to education, putting under review the limits and possibilities of this effect, in contemporary contexts, and more specifically in the context of the humanitarian crisis. In the discussion the argument is gathered in three chapters, initially are presented the limits that manifest in the violences coming from the economic and political scopes, identified in the faces of inequality and social exclusion.The identification of the limiting aspects is countersigned in reports from UNICEF (2005, 2016) and from UN (2018), in addition to studies by Milanovic (2017) and Stiglitz (2018), Sarmento (2010), Bastos et al. (2008, 2011), Bastos and Veiga (2016), Moura (2010), Cardona et al. (2008), Morin (2007). Also, in the risk factors extracted from participants' perception of an empirical study. The possibilities for the guarantee of childhood rights are in the constitution of protection resources for children and adolescents, emphasizing the guarantee of the rights to education. The discussion is based on the guarantees proposed in human rights policies and international humanitarian rights, and in the protection factors identified in empirical research on children's daily life, and in the studies of Deyra (2001), Cardona et al. (2008), Fernandes (2009). Also taken into account the minimum requirements for emergency education (INEE, 2006). The arguments that endorse the study, take into account the necessary recontextualization and remeaning of the concepts, in a scenario of transitions paradigmatic (Santos, 2007) that characterize the contemporary context, producing an enlargement Interpretive on the categories under study. Thus, the thesis advocated in this study presupposes the need the need to guarantee the right to education of children and adolescents in the perspective of an intercultural curriculum, as the possibility of overcoming the violence that focuses on childhood in a humanitarian situation in Contemporaneity. In this direction, the argument is presented as to the guarantee of the right to education, in an intercultural curriculum contemplating: 1) the right to participation as an emancipatory resource; 2) The right to the difference as a identity resource; 3) The intercultural curriculum in the guarantee of the right to education; with reference in Vieira (2017), Sarmento (2015), Torres (2013), Silva (2013) and Santos (2010).The study allows us to see how much the child populations and the world as a whole live the collateral damage of unequal and exclusionary societies, with poverty being one of the biggest factors of violence in their daily lives. However, these violences reach such a scale in the current contexts that place the children in a humanitarian situation. In these territories, education needs to act as a factor of protection par excellence. So all efforts deserve to be made for their guarantee. And, on the assumption that in the effective guarantee of the right to education, Interculturality has centrality. Therefore, the interculturality in the curriculum, is at the same time in content, method and indicator of the effectiveness of the right to education able to overcome the violences of inequality and exclusion that are produced and reproduced in speeches that are worth the distortion of cultural arguments to justify them.N/

    INOVAÇÃO CURRICULAR: ESTRATÉGIAS FACILITADORAS NA GESTÃO PARTICIPATIVA DA MUDANÇA NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

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    A texto apresenta a reflexão desenvolvida na investigação da gestão da mudança do projeto pedagógico nas Instituições de Ensino Superior, na elaboração de dissertação de Mestrado defendida em outubro de 2004. As transformações ocorridas na sociedade nas últimas décadas e os conseqüentes desafios apresentados à educação superior na formação do profissional-cidadão, exigem mudanças nos projetos pedagógicos dos cursos. Como todo processo de mudança produz resistência, gera conflitos, a pesquisa indagou: Quais os aspectos que interferem na implementação de um novo projeto pedagógico? Tendo em vista a construção de respostas possíveis ao problema de investigação, os procedimentos utilizados na sua realização integram a análise teórica, à analise da realidade. A investigação se apoiou na vivência ocorrida em duas Instituições de Ensino Superior, nos cursos de licenciatura em Matemática, Biologia, Letras e Pedagogia. Os resultados da investigação ressaltam a complexidade do ato de gestão da inovação e permitiram apontar onze princípios norteadores da construção coletiva de estratégias para viabilizar a mudança

    A educação no jogo das forças de exclusão-inclusão: entre desigualdades e garantias dos direitos da infância

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    No texto, problematizamos o jogo de forças entre exclusão-inclusão nos processos educativos, colocando em discussão a relação entre pobreza infantil e direitos das crianças no combate às desigualdades educacionais. O percurso metodológico permitiu triangular elementos conceituais, documentais e empíricos. No estudo de campo foram ouvidas, por meio de entrevistas individuais, 59 crianças, entre 10 e 18 anos, de três programas educacionais, desenvolvidos em periferias urbanas no Brasil. A escuta desses sujeitos confirma delineamentos de condicionantes da pobreza infantil, cujos efeitos repercutem nas percepções sobre si, seus direitos, expectativas e aprendizagens, que quando não considerados nos processos educativos escolares inviabilizam a garantia do direito à educação e o desejável desenvolvimento da criança.As experiências das crianças nos programas que têm como eixo temático os direitos da infância, com destaque para as metodologias participativas, propiciaram o fortalecimento da autoestima, repercutindo na visão em relação a si mesmos, aos outros e à comunidade. Tais resultados trazem indicadores para processos educativos inclusivos, efetivando e ampliando a garantia dos direitos à participação nos contextos escolar e não escolar

    A educação intercultural como possibilidade em processos decoloniais na garantia dos direitos da infância

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    Effects from colonial processes persist in the violation of rights and act in the configuration of child poverty in the Latin America context. In the discussion we highlight the pair of child poverty and colonialism, which still walk hand in hand, acting in violation of rights of provision, protection and participation of children. This scenario, which is very frequently reproduced in several Latin American countries, is represented in the statements of Guatemalan girls and adolescents, heard through individual interviews. Ensuring the rights of children requires overcoming the effects of culturally rooted colonial processes. In this direction, the constitution of decolonial processes through intercultural education allows child poverty in the multidimensional perspective to be gradually overcome.Efectos provenientes de los procesos coloniales perduran en la violación de derechos y actúan en la configuración de la pobreza infantil en el contexto de América Latina. En la discusión destacamos el par pobreza infantil y colonialismo, que aún andan de manos fuertemente unidas, actuando en la violación de derechos de provisión, protección y participación de la infancia. Este escenario que se reproduce con gran frecuencia en diversos países latinoamericanos está representado en las conversaciones de niñas y adolescentes de Guatemala, escuchadas mediante entrevistas individuales. La garantía de los derechos de la infancia requiere la superación de los efectos de los procesos coloniales, arraigados culturalmente. En esa dirección, la constitución de procesos de colonización vía educación intercultural posibilita que la pobreza infantil en la perspectiva multidimensional sea gradualmente superada.Efeitos advindos dos processos coloniais perduram na violação de direitos e atuam na configuração da pobreza infantil no contexto da América Latina. Na discussão destacamos o par pobreza infantil e colonialismo, que ainda andam de mãos fortemente unidas, atuando na violação de direitos de provisão, proteção e participação da infância. Esse cenário que se reproduz com grande frequência em diversos países latino americanos está representado nas falas de meninas e adolescentes da Guatemala, ouvidas mediante entrevistas individuais. A garantia dos direitos da infância requer a superação dos efeitos dos processos coloniais, enraizados culturalmente. Nessa direção, a constituição de processos decoloniais via educação intercultural possibilita que a pobreza infantil na perspectiva multidimensional seja gradativamente superada

    Representações sociais sobre bullying no cotidiano de escolas públicas de educação básica

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    Este estudo objetivou identificar as representações sociais sobre bullying de 489 alunos, 51 professores, 24 gestores, 47 funcionários e 148 pais, num total de 759 participantes, em sete municípios, 14 escolas públicas de educação básica do Paraná. Analisa as atitudes mais frequentes de profissionais da escola quando da ocorrência do fenômeno no cotidiano escolar. O aporte teórico das representações sociais possibilitou levantar os significados atribuídos ao bullying pela comunidade escolar, revelando o modo como este grupo incorporou os conceitos advindos da literatura. As representações dos profissionais da escola indicam dificuldade em lidar com o bullying, pelo desenvolvimento de ações individualizadas

    Educação ambiental na perspectiva da educação em direitos humanos

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    O presente artigo objetiva contribuir acerca da reflexão sobre as possibilidades e impossibilidades da promoção da Educação Ambiental-EA na perspectiva da Educação em Direitos Humanos-EDH. Recorreu-se a revisão bibliográfica sobre o tema com base em material existente na literatura específica e nas Leis, buscando de forma dialética fundamentar a discussão sobre a temática em tela.  Como referencial teórico utilizou-se Morin (2003, 2006) Leff (2012), Loureiro (2012), Candau (2013). As discussões apontam para o fechamento dos educadores e para a ausência de práticas que objetivem estabelecer diálogos entre a realidade local e a global, entre a escola e a sociedade, como impossibilidades na promoção dessa educação

    POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E AS REPRESENTAÇÕES DE ESTUDANTES DE PEDAGOGIA E BIOLOGIA SOBRE O TRABALHO DO DOCENTE

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    A presente pesquisa analisa as “Políticas de formação de professores: o que indicam as representações sociais de alunos de  licenciatura em Pedagogia e Biologia dos primeiros anos, sobre o trabalho do docente”, buscando compreender os seus elementos constituintes. Os dados foram obtidos mediante aplicação de questionário junto a 100 licenciandos, sendo 64 do  curso de Pedagogia e 36 do curso de Biologia. Os dados analisados, com base no aporte das representações sociais e políticas educacionais, indicam aproximações entre as representações enunciadas pelos estudantes e as possibilidades e limitações da profissão professor já históricas, analisadas por diferentes estudos. Dentre as possibilidades, está o compromisso com a formação de bons profissionais, que poderão gerar mudanças na sociedade, outra visão de mundo, novos desafios. As limitações da futura profissão estão voltadas aos baixos salários, pouco reconhecimento e descaso sobre o que é ser professor

    A EFETIVAÇÃO DA POLÍTICA EDUCACIONAL PARA A GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA DECOLONIAL

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    As políticas educacionais, apresentam lacunas e desafios face aos princípios democráticos de equidade e igualdade na efetivação do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. Essa questão se potencializa no atual momento histórico no qual temos grandes avanços na afirmação de direitos e ao mesmo tempo retrocessos na efetivação desses direitos, por razões econômicas, políticas e culturais. A educação básica tem sido ofertada com abordagens que privilegiam estudantes advindos de grupos social e economicamente mais abastados, direcionando os estudantes pertencentes aos grupos sociais mais pobres a percursos educativos marcados pelo insucesso. Tal perspectiva desconsidera os princípios democráticos, ao excluir questões que contemplam as diversidades sociais e culturais dos processos educativos. Nessa direção problematizamos os desafios das políticas educacionais diante do desafio para garantia do direto à educação na perspectiva da pedagogia decolonial. A discussão da temática aborda a análise de políticas educacionais e da política social do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), também dados de pesquisa de campo sobre expectativas de direitos e aprendizagens construídas por crianças e adolescentes que participaram de programas relacionados a essas políticas. O estudo evidencia que a efetivação dos propósitos das políticas públicas requer ações educativas intersetoriais, agregando esforços de políticas educacionais e sociais

    Diálogo Intercultural no currículo para a efetivação da Educação em Direitos Humanos: possibilidades e limites

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    Human Rights Education is at the heart of the problematic of this article, given the dialogic relationship between the educational policies, curricula and perceptions of students. The dialectical method guided this research, using a qualitative approach, and included empirical research integrating the collection of perceptions more than four hundred high school students and the review of public policy documents and nine high school educational projects. The analysis of documents and perceptions of young people helps identify the fragility of learning and experience of Human Rights in Brazilian schools. Students demonstrate their expectations of Human Rights Education, requiring greater space for participation, equal treatment, freedom of expression and questioning. Human Rights Education in the curriculum would also allow a dialogue between equality and difference in the critical intercultural perspective.L'Éducation aux Droits de l'Homme est au centre de la problématique de cet article, compte tenu de la relation dialogique entre les politiques éducatives, les curricula et les perceptions des élèves. La méthode dialectique a guidé cette recherche, s’appuyant sur une approche qualitative, et inclue une recherche empirique intégrant la collecte des perceptions de plus de quatre cents élèves du secondaire et l'analyse des documents des politiques publiques et de neufs projets pédagogiques d’écoles secondaires brésiliennes. L'analyse des documents et des perceptions des jeunes permet d'identifier la fragilité de l'apprentissage et de l'expérience des Droits de l'Homme dans les écoles brésiliennes. Les élèves démontrent leurs attentes en matière d'Éducation aux Droits de l'Homme, exigeant un plus grand espace pour la participation, l'égalité de traitement, la liberté d'expression et le questionnement. L'Éducation aux Droits de l'Homme dans le cursus permettrait par ailleurs un dialogue entre l'égalité et la différence dans la perspective interculturelle critique.  A Educação em Direitos Humanos está no cerne da problemática deste artigo, dada a relação dialógica entre as políticas educacionais, currículos e percepções dos estudantes. O método dialético orientou essa pesquisa, com base em uma abordagem qualitativa que incluiu pesquisas empíricas, integrando a escuta de percepções de mais de quatrocentos estudantes do ensino médio e a análise de documentos de políticas públicas e projetos pedagógicos de nove escolas de educação básica. A análise de documentos e percepções de jovens ajuda a identificar a fragilidade da aprendizagem e da experiência dos Direitos Humanos nas escolas brasileiras. Os alunos demonstram suas expectativas em relação à Educação em Direitos Humanos, exigindo maior espaço para participação, tratamento igualitário, liberdade de expressão e questionamento. A Educação em Direitos Humanos no currículo também permitiria um diálogo entre igualdade e diferença na perspectiva crítica intercultural
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