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    Síndrome de Bornout nos estudantes de medicina

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    Introdução: A Síndrome de Burnout é uma síndrome psicogênica cujo fator desencadeante é o trabalho prolongado associado a baixa realização profissional, sendo considerada um estado de exaustão emocional crônico. Ambientes cuja as demandas de trabalho são maiores que a capacidade individual de cumpri-las tendem a ser desencadeadoras de Burnout. Visto isso, os profissionais e acadêmicos da área da saúde são considerados de alto risco para desenvolver essa síndrome. Para os discentes, são graduações que, em especial o curso de medicina, são períodos integrais de estudo, atividades extracurriculares, provas semanais, estágios com carga horária prolongada e sem remuneração, e, por fim, a relação cotidiana com a doença e a morte. A síndrome de burnout em estudantes é caracterizada por sintomas de exaustão em relação a períodos longos de estudo, a descrença que é entendida com uma atitude cínica e distanciada com relação ao estudo e a baixa eficácia profissional de uma percepção de estarem sendo incompetentes enquanto estudantes. Os estudantes de medicina apresentam maior tendência a vivenciar o burnout pois existe um ambiente em que se prioriza a vida acadêmica e profissional em detrimento de outras áreas da vida como relacionamento familiar, outro ponto em relação a medicina são as constantes humilhações vivenciadas pelo o aluno causado pelos docentes como uma forma de bullying para incentivar o aprendizado. Somando esses fatores ao estresse cotidiano relacionado ao curso, faz-se depreciação do estudante, com uma vida desequilibrada emocionalmente, culminando em uma exaustão emocional crônica, abuso de substâncias como álcool, drogas e medicamentos e, por fim, suicídio. Objetivo: Descrever a incidência e os fatores de risco para desenvolvimento de síndrome de burnout em estudantes de medicina. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura pautada nos bancos de dados “Scielo”, “PubMed””, com a seleção de artigos publicados entre os anos de 2015 e 2019. Os Descritores Ciências da Saúde (DeCS) foram “esgotamento profissional”, “saúde mental, “estudante”. Foram avaliados 18 artigos, dos quais 9 compõem este trabalho. Os critérios para seleção foram a associação da síndrome de burnout em estudantes da área da saúde. Resultados: O aparecimento da síndrome de Burnout em estudantes de medicina apresenta-se principalmente entre o terceiro e quarto ano de faculdade, diminuindo sua incidência após esse período. Contudo nota-se que a exaustão em relação aos estudos já se inicia desde o ciclo básico, agravando-se no ciclo clínico. Outra relação encontrada é que cerca de 50% dos estudantes de medicina desenvolverão síndrome de burnout em alguma fase da graduação, aumento em três a cinco vezes o risco de suicídio nesses estudantes. Quanto aos fatores de risco para o desenvolvimento de Burnout temos uma separação correspondente ao desafio de cada ano de graduação, sendo que no primeiro e segundo ano tem-se a adaptação em relação ao afastamento de familiares e amigos e a inserção em um ambiente exigente de aprendizado, além do primeiro contato com cadáveres, imaturidade emocional e discrepância entre a expectativa e a realidade do curso de medicina. Já para o terceiro e quarto ano tem-se os desafios como rodízios que os separam de seus vínculos de amizade da faculdade, maior contato com o ambiente hospitalar e com as morbidades, muitas críticas dos preceptores dos rodízios em relação as falhas e poucos elogios e exposição ao sofrimento humano, foi relatado que nessa fase da graduação cerca de 40% dos estudantes sofrem com assedio pessoal por parte dos discentes e funcionários dos ambientes de saúde. Nos dois últimos anos os fatores desencadeantes estão relacionados com a busca por um currículo espetacular e a preocupação com a aprovação na residência médica e a escolha da especialidade. Conclusão: é de fundamental importância a prevenção da Síndrome de Burnout nos estudantes de medicina, com incentivo do auto-cuidado médico, desenvolvimento de ambiente acadêmico com suporte emocional e psicológico que auxilie o estudante a reconhecer seus limites emocionais, praticas medicas que beneficiem a qualidade de vida e o bem-estar social são medidas para a prevenção de Burnout nas escolas médicas e como consequência redução nos números de suicídio associados aos estudantes de medicina. Por fim, incentivar os rofessores a fazerem cursos de didáticas para evitar praticas humilhantes e meios em que se aproximem mais dos alunos, reconhecendo aqueles com potencial risco para a doença e oferecer-lhes suporte emocional e médico

    PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS PROVENIENTES DO PARTO PREMATURO

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    A partir do nascimento prematuro, aumentam-se os riscos de complicações respiratórias devido ao desenvolvimento incompleto do aparelho respiratório. O pulmão do bebê prematuro ainda não apresenta quantidades suficientes de surfactante, o que aumenta a probabilidade de colabamento pulmonar, causando transtornos nas trocas gasosas pulmonares. Isso predispõe patologias como a síndrome do desconforto respiratório e apneia, ambas sendo prejudiciais ao bebê pela deficiência na oxigenação, fato que causa diversas outras complicações. Este estudo objetivou discutir a ocorrência e principais tratamentos contra a disfunção respiratória do prematuro, evidenciados a partir da leitura nacional e internacional. Para tal, foi realizada pesquisa a partir de dados de artigos pesquisados em bancos de dados online, publicados entre os anos de 2010 e 2016, pelos quais obteve-se a ocorrência, definição, tratamento e evidências descobertas a partir dos estudos. Tais dados evidenciam que a morbidade, os números de ocorrência de apneia e SDR ocorreram majoritariamente nos neonatos prematuros em comparação com os nascidos a termo. Os tratamentos citados demonstraram grande eficácia, sendo recomendados para reverter os efeitos causados pelas patologias, visando diminuir a necessidade de ventilação mecânicas para os prematuros. Ademais, notou-se que o comparecimento às consultas pré-natais é fator de proteção para a prematuridade e consequentemente para as síndromes respiratórias

    Intoxicação exógena na faixa etária pediátrica: uma análise epidemiológica

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    Introdução: Intoxicações exógenas agudas podem ser definidas como as consequências clínicas e/ou bioquímicas da exposição aguda a substâncias químicas encontradas no ambiente. Crianças é o maior grupo de risco para essa conjuntura pelo seu comportamento curioso de levar tudo o que encontram à boca, a depender da idade, o que aumenta sua exposição aos agentes tóxicos. As principais causas para o contato de crianças com produtos considerados tóxicos são o armazenamento incorreto e a supervisão inadequadas. Objetivo: descrever os índices de intoxicação na faixa etária pediátrica, caracterizando seus principais agentes e o modo de evolução, entre o período de 2015 a 2017, em casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Material e método: Estudo epidemiológico quantitativo com delineamento transversal de base populacional. Analisaram-se no período de 2015 a 2017 as variáveis: agente tóxico e modo de evolução no Brasil, nas faixas etárias menores de 1 ano até 14 anos. Os dados utilizados foram extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e de artigos pesquisados no banco de dados do Google Acadêmico e PubMed. Resultados: Nos anos de 2015 a 2017 houve, 75.846 casos notificados por intoxicação exógena no intervalo de idade entre menores de 1 ano até os 14 anos. Destes, 33.015 tiveram como principal agente tóxico os medicamentos, seguidos de produto de uso domiciliar (10.877) e 6.105 casos por alimentos e bebidas. Com relação à evolução destes, 60.889 evoluíram bem e sem sequelas, 648 obtiveram a cura com sequelas e 178 crianças e adolescentes evoluíram para óbito. Conclusão: Este estudo demonstrou que o número de casos por intoxicação exógena na faixa etária pediátrica é uma situação prevalente na realidade brasileira. Por ser considerado um agravo evitável, os casos de intoxicação tendem a diminuir á medida que se doa a necessária atenção á problemática. Faz-se necessária a mobilização de diferentes segmentos da população com a finalidade de assegurar às crianças e suas famílias informações que envolvam aspectos preventivos e terapêuticos das intoxicações, reduzindo índices de mortalidade e minimizando aspectos relativos à morbidade deste tipo de acidente infantil

    Sífilis Congênita: desafios da assistência pré-natal e suas consequências

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    RESUMO: A sífilis congênita é causa de grande morbidade na vida intrauterina e leva a desfechos negativos em grande parte dos casos. É transmitida verticalmente através do patógeno Treponema pallidum, quando há falha no tratamento da gestante e pode acontecer em qualquer fase da doença. Objetivou-se analisar os dados da literatura, visando relacionar os dados crescentes da sífilis com suas possíveis causas e consequências, atentando para a atenção primária de saúde no Brasil. Esta revisão se deu a partir da leitura de 20 artigos científicos, sendo que 13 são da base de dados Scielo, 3 do Pubmed e 4 do LILACS e buscou dados epidemiológicos, fatores agravantes, relação com o pré-natal, a escolaridade, raça, classe social e as dificuldades no tratamento da sífilis congênita. Foram encontrados índices de prevalência da sífilis em gestantes de 1,4% a 2,8%. É fato que cerca de 12 milhões de pessoas adultas são acometidos anualmente, sendo que 90% destas estão em países em desenvolvimento. O pré-natal é de suma importância para o diagnóstico precoce e tratamento correto das gestantes; a menor frequência de atendimento pré-natal foi associada aos desfechos de óbito fetal ou infantil, bem como a alta proporção de mortalidade fetal entre as mães que foram testadas no momento do parto. Foram também encontrados dados quanto às dificuldades na terapêutica, que são principalmente relacionadas à falta da penicilina e ao tratamento inadequado do parceiro. Após averiguar tais dados, foi percebida a correlação entre a situação da sífilis e a qualidade da assistência pré-natal.Palavras-chave:Sífilis Congênita. Transmissão vertical de doença infecciosa. Atenção Primária à Saúde

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost

    COVID-19 symptoms at hospital admission vary with age and sex: results from the ISARIC prospective multinational observational study

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    Background: The ISARIC prospective multinational observational study is the largest cohort of hospitalized patients with COVID-19. We present relationships of age, sex, and nationality to presenting symptoms. Methods: International, prospective observational study of 60 109 hospitalized symptomatic patients with laboratory-confirmed COVID-19 recruited from 43 countries between 30 January and 3 August 2020. Logistic regression was performed to evaluate relationships of age and sex to published COVID-19 case definitions and the most commonly reported symptoms. Results: ‘Typical’ symptoms of fever (69%), cough (68%) and shortness of breath (66%) were the most commonly reported. 92% of patients experienced at least one of these. Prevalence of typical symptoms was greatest in 30- to 60-year-olds (respectively 80, 79, 69%; at least one 95%). They were reported less frequently in children (≤ 18 years: 69, 48, 23; 85%), older adults (≥ 70 years: 61, 62, 65; 90%), and women (66, 66, 64; 90%; vs. men 71, 70, 67; 93%, each P < 0.001). The most common atypical presentations under 60 years of age were nausea and vomiting and abdominal pain, and over 60 years was confusion. Regression models showed significant differences in symptoms with sex, age and country. Interpretation: This international collaboration has allowed us to report reliable symptom data from the largest cohort of patients admitted to hospital with COVID-19. Adults over 60 and children admitted to hospital with COVID-19 are less likely to present with typical symptoms. Nausea and vomiting are common atypical presentations under 30 years. Confusion is a frequent atypical presentation of COVID-19 in adults over 60 years. Women are less likely to experience typical symptoms than men

    A rare case of gastric mucormycosis in an immunocompetent patient

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    Abstract We report the case of a 23-year-old immunocompetent patient who presented at the emergency department of a Brazilian hospital with epigastric pain and fever. After an investigation that included a computed tomography scan and upper gastrointestinal endoscopy with biopsy, a diagnosis of mucormycosis was established. The patient exhibited favorable progress after surgery and antifungal therapy. Mucormycosis is a rare condition that usually affects immunocompromised patients, with a high mortality rate of up to 85%. Correct diagnosis and fast initiation of therapy are required to ensure improved patient prognosis
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