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Participatory approaches in higher education's sustainability practices : a mixed-methods study leading to a proposal of a new assessment mod
Tese de Doutoramento em Sustentabilidade Social e Desenvolvimento apresentada à Universidade AbertaTransformar as Instituições do Ensino Superior (IES) pode ser visto como um dos
grandes desafios na transição para um futuro mais sustentável. A estas instituições
tem sido atribuído um papel importante na mudança de paradigma no sentido de
permitir que as gerações atuais e futuras possam viver de modo saudável e em
harmonia com os ecossistemas. Este papel assume múltiplas funções e desafios. As IES são desafiadas a repensarem a sua missão institucional, as suas estruturas e o
funcionamento dos seus cursos, como por exemplo a necessidade dos conteúdos se
abrirem para a inter- e transdisciplinaridade, mas também a repensarem a sua missão
e finalidade educativa. Na perspetiva dos estudantes enquanto futuros líderes e
decisores, estes devem estar habilitados com as competências necessárias para serem
capazes de enfrentar os complexos desafios com que as sociedades de hoje estão
confrontadas. Assim, as IES devem ser convidadas a reformularem os seus currículos
para a literacia da sustentabilidade. Os esforços relacionados com a Educação para a
Sustentabilidade (ES) / Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) são a
prova de um movimento crescente de investigadores e atuação dedicadas à
investigação, à ação e ao debate e prática sobre como envolver as IES nessas
mudanças institucionais e educacionais.
Um número crescente de IES já começaram a responder com estratégias diversas
para a implementação da sustentabilidade e transformação institucional. O conceito
de participação tem sido considerado útil neste contexto enquanto contributo e
reforço da governação institucional e para o discurso da EDS na promoção de uma
cidadania democrática. As abordagens participativas têm ganho crescente atenção
nestes esforços, mas permanecem muitas vezes vagas e não sendo consideradas nos
procedimentos de avaliação da sustentabilidade. Existe uma escassez de estudos sobre
as dimensões da participação no âmbito da implementação da sustentabilidade no
ensino superior, e uma incompreensão desses processos, tanto na prática da
realização de um processo participativo, bem como na avaliação da sustentabilidade.
Para a implementação da sustentabilidade as abordagens participativas podem e
devem ser vistas como cruciais na mudança de paradigma para a sustentabilidade e
contribuir para a integração do conceito de sustentabilidade na cultura universitária.
Mesmo que a participação seja, em parte, considerada nas práticas de avaliação
existentes, ainda não está claro o que medir, e como medir os processos participativos.
Abordagens holísticas são muitas vezes anunciadas, mas os métodos de avaliação
reducionistas são os mais frequentemente seguidos. O foco parece estar colocado no
desempenho e benchmarking, levantando preocupações de que as práticas de
avaliação da sustentabilidade possam atender mais às necessidades de mercado do
que às necessidades da sociedade e da sua transformação. Apesar de em alguns casos
de aplicação, apenas um número reduzido de instituições seguir uma abordagem
integradora da sustentabilidade na sua organização, a designada ‘whole-institution
approach’. Há tendências unilaterais de alguma forma enganadoras de "tornar-se
verde" (greenwashing), impulsionado por necessidades do mercado, pelas vantagens
de marketing, e pelos benefícios económicos, aumentando contudo os riscos do
designado greenwashing.
Partindo deste estado atual dos conhecimentos, foram delineados três objetivos
principais de investigação:
(i) Estudar os conceitos de ES/EDS, da ciência da sustentabilidade e da avaliação da
sustentabilidade, com foco em abordagens participativas dentro de iniciativas
de sustentabilidade em instituições de ensino superior;
(ii) Identificar os fatores críticos de sucesso e possíveis critérios de avaliação para
abordagens participativas na implementação da sustentabilidade do ensino
superior;
(iii) desenvolver um modelo conceptual de suporte à avaliação da qualidade de um
processo participativo em termos de eficácia e potencial de transformação da
comunidade académica, em iniciativas para a sustentabilidade.
Para responder a estes objectivos, foi analisado como as IES envolvem as suas
comunidades nas iniciativas de educação para a sustentabilidade e como essas
iniciativas são avaliadas. Em resposta à necessidade de abordagens mais holísticas,
propõe-se um novo modelo de avaliação, o modelo INDICARE.
O estudo segue um desenho de investigação com métodos mistos utilizando
entrevistas semi-estruturadas, grupos focais, workshops e apontamentos sobre
observações de campo como levantamentos qualitativos; e questionários como
método quantitativo, bem como contínuas revisões de literatura e triangulação de
dados. A pesquisa foi desenvolvida em fases de investigação sequenciais, inspirada no
método Delphi.
Como primeiro passo, foi realizada uma revisão da literatura e reflexão crítica sobre
a ciência para a sustentabilidade e a educação para o desenvolvimento sustentável,
como teorias de base e campos emergentes de investigação para uma transição a
universidades (mais) sustentáveis. A seguir, realizou-se uma sistematização das
ferramentas de avaliação de sustentabilidade aplicadas nas IES, para analisar em que
medida a participação da comunidade no campus é efetuada. Esta análise foi utilizada
para preparar entrevistas semi-estruturadas e grupos focais com profissionais da área
da sustentabilidade (n = 51), a trabalharem no ensino superior, de 22 países
diferentes, a fim de identificar os fatores críticos de sucesso e possíveis critérios de
avaliação para abordagens participativas. A análise foi realizada de acordo com a
análise qualitativa de conteúdo e suportada num software de análise de dados
qualitativos, o NVivo 10. Os resultados foram então utilizados para desenvolver o
modelo de avaliação, que foi discutido e ajustado ao longo de seis fases de feedback,
tendo sido apresentada a professores, investigadores, profissionais comunitários e
estudantes de doutoramento (n = 98) durante conferências, workshops e encontros
universitários, em cinco países diferentes.
Os resultados das entrevistas e grupos focais sugerem que o sucesso das
abordagens participativas é dependente das condições estruturais das instituições e
dos indivíduos envolvidas, destacando a importância de aptidões específicas e
competências para os processos participativos. A EDS no ensino superior está
associada à capacitação e “empoderamento” (empowerment), e tem evoluído de uma
abordagem mais restrita da sustentabilidade ambiental para aspetos da
sustentabilidade social. Além disso, os participantes desta investigação deram
evidências empíricas relacionadas, por um lado com algumas das dificuldades
associadas ao envolvimento dos atores-chave, destacando por exemplo, a falta de
recursos, a reduzida credibilidade e a frustração. Por outro lado realçaram aspetos
positivos, como o aumento da aceitação, a confiança, o maior diálogo e o otimismo.
No que diz respeito a possíveis critérios de avaliação, os resultados mostram que os
processos participativos podem ser melhor avaliados a partir de uma perspectiva de
aprendizagem social e aprendizagem organizacional enfatizando critérios não-lineares
para a qualidade do processo em termos de profundidade e significado, bem como
critérios em termos de produção de conhecimento e inovação. As respostas
apontaram também embora implicitamente para a necessidade de considerar a
aprendizagem transformadora no âmbito do double and triple - loop learning, se for de
facto incorporada uma cultura de participação para a sustentabilidade, e sublinham o
impacto forte na governação institucional.
Com base nesses resultados, e inspirados na teoria de sistemas, bem como nos
princípios da biofilia e das abordagens ecocêntricas, o modelo de avaliação INDICARE
aqui proposto centra-se na avaliação da qualidade e no caráter transformador do
processo participativo. O modelo fornece um conjunto preliminar de trinta e dois
indicadores e práticas, agrupados em três categorias de i) contexto, ii) processo e iii)
transformação. Estas categorias seguem uma perspectiva integradora, reconhecendo
as interligações e conexões entre o contexto no qual o processo participativo acontece,
o desenho do processo e a sua execução, bem como as transformações que podem
acontecer durante e a posteriori de uma iniciativa participativa. No seu conjunto visam
capturar as características não-lineares de processos participativos. O processo de
avaliação em si é considerado como um exercício estimulador e não como uma
ferramenta de controlo, e enfatiza a ligação entre a reflexão pessoal e as atividades
comunitárias. Os indicadores e práticas sugeridos neste modelo pretendem não só
ajudar a avaliar a participação no processo de transição para uma universidade (mais)
sustentável, mas também para contribuir positivamente para o debate em curso em
torno da sustentabilidade no ensino superior, e para incentivar especialmente novas
perspectivas sobre as dimensões de participação. Para que processos participativos se
tornem transformadores, o modelo INDICARE sugere a mudança da avaliação
orientada para o desempenho no sentido de uma avaliação orientada para o
“empoderamento” (empowerment) que ligue o crescimento individual ao coletivo.
De acordo com as conclusões deste estudo as IES devem refletir mais
profundamente sobre o que pode significar a adoção de uma perspectiva sistémica no
âmbito da implementação da sustentabilidade e na procura da contribuição para a
justiça sócio-ecológica. É essencial abrir espaços para práticas mais transformadoras
para lidar com a complexidade da sustentabilidade. Muitas vezes, ainda se notam
percepções reducionistas, expressas em estruturas organizacionais fragmentadas,
tornando a inter- e transdisciplinaridade mais difícil. A terminologia em torno de
abordagens integradoras organizacionais (whole-institution approach) baseia-se em
novas formas de colaboração, contrariamente às atuais estruturas hierárquicas e
modelos de gestão mais tradicionais. Entendendo as universidades como laboratórios
vivos, estas instituições podem proporcionar excelentes oportunidades para envolver
toda a comunidade (interna e externa) num discurso significativo para a
sustentabilidade e servindo de exemplo para outro tipo de organizações.
Este estudo pretende dinamizar o debate global sobre a sustentabilidade no ensino
superior, nomeadamente propondo uma abordagem inovadora e mais holística na
avaliação, que visa experienciar a interligação das relações homem-natureza,
combinando com exercícios de reflexão, que possam assim responder melhor ao
desafio para uma transformação ao nível individual e institucional, sem a qual os
princípios da sustentabilidade serão dificilmente postos em prática. Esta investigação
abre novos debates e conduzirá certamente a futuros estudos que serão necessário
para melhor entender a implementação da sustentabilidade. Futuros estudos podem
centrar-se, por exemplo, nos processos de aprendizagem transformadora e
aproximações holísticas no seu impacte e potencial para o crescimento pessoal bem
como para a transformação institucional, verificando também a eficácia deste tipo de
processos. Mais investigação é necessária para entender as motivações nas quais se
baseiam os esforços para a sustentabilidade, nomeadamente ao nível institucional,
para poder responder melhor aos desafios de transformação e servir o bem comum.
Neste âmbito, podem explorar-se novos métodos de colaboração, como a Teoria U ou
o Dragon Dreaming, para perceber a sua capacidade de adaptação ao contexto
universitário e melhorar processos colaborativos. Em geral, tal investigação poderia
incidir sobre as interfaces da ciência-sociedade e sobre o seu potencial para a
mudança em direção a um paradigma mais sustentável, colocando a investigação ao
serviço dos sistemas sócio-ecológicos.Universities have been attributed a key role in contributing to a paradigm change
towards sustainability, and an increasing number of higher education institutions
(HEIs) have started to respond with diverse strategies for sustainability
implementation and institutional transformation. The concept of participation - one
requirement for sustainability and part of the Education for Sustainable Development
(ESD) discourse - represents an underexplored research field at university level, and a
more differentiated understanding of these processes is still missing, both in the
practice of conducting a participatory process and in the sustainability assessment.
This study analyses how HEIs engage their communities in sustainability related efforts
and how these efforts are assessed. In response to the need for more holistic
approaches, an assessment model, INDICARE, is proposed that can assist in designing
and assessing participatory processes within higher education’s sustainability
initiatives. Following a mixed-methods research design, literature reviews and desktop
research about sustainability assessment in universities were first used to prepare
semi-structured interviews and focus groups with sustainability practitioners (n=51) in
order to identify critical success factors and possible assessment criteria for
participatory approaches. The analysis was conducted according to qualitative content
analysis and supported with qualitative data analysis software NVivo 10. The findings
were then used in combination with six feedback loops (diverse sample (n=98)), data
triangulation and critical reflection to develop the assessment model. The model is
based on indicators and practices, divided into three categories of context, process
and transformation. This study shows that participatory processes can be better
assessed from a social- and organisational learning perspective, proposing an
empowerment-oriented assessment that would link the individual and collective
growth with transformation. Perceiving universities as living laboratories, these
institutions can provide excellent opportunities for engaging the whole community
(internal and external) meaningfully in sustainability. By providing an innovative
assessment tool, the study invites HEIs to engage in a broader discourse about the
human-nature relationships and the interconnectedness of societal- and ecosystems,
exploring ecocentric and biophilic ideas together with transformative learning
theories. This study can initiate further research on transformative processes,
exploring new collaborative methods that foster trans- and interdisciplinarity and that
focus on science-society interfaces, embedding the research in the service of socioecological
systems
Sustainability at the campus : environmental management systems (EMS) implementation processes and practices at European Higher Education Institutions : top-down versus participatory approaches
Dissertação de Mestrado em Cidadania Ambiental e Participação apresentada à Universidade AbertaDados os complexos desafios com os quais o nosso mundo de hoje está confrontado, as universidades são solicitadas a responder à necessidade de criar um futuro sustentável, que ambiciona uma vida digna para as gerações actuais sem comprometer a das gerações futuras.
Este trabalho está inserido no debate sobre o desenvolvimento sustentável e sobre o papel das universidades em contribuírem para a construção de sociedades sustentáveis. Incide sobre as oportunidades que sistemas de gestão ambiental (SGA) oferecem para melhorar a sustentabilidade do campus, para envolver a comunidade institucional e para aumentar a sensibilização para práticas sustentáveis na vida académica, profissional e pessoal. O trabalho está baseado numa combinação de métodos qualitativos e quantitativos, utilizando-se uma extensiva revisão de literatura, um questionário online com um desenho de tipo transversal e uma análise de estatística descritiva e bivariada. Os processos de implementação top-down foram comparados com abordagens participativas, e as últimas têm sido utilizadas para desenvolver um grau de desempenho participativo.
Fornece-se uma visão geral de 47 instituições de ensino superior na Europa com um SGA no campus, e apresenta-se, com base nos resultados do questionário respondido por 35 universidades, uma análise detalhada dos processos de implementação do SGA nos campi europeus. Entre vários reconhecimentos e aspectos práticos para o envolvimento dos estudantes e colaboradores, os resultados mostram que um SGA pode ser um instrumento fundamental no processo global do reforço da sustentabilidade no campus. Relativamente à abordagem da implementação de um SGA, consideramos como mais eficaz uma abordagem participativa ou uma que combine elementos top-down e participativos, para realizar a dupla missão de uma universidade: (1) Reduzir o impacto ambiental da instituição (2) Executar investigação e ensino, que oferecem oportunidades para aumentar a sensibilização para coerências complexas e desenvolver competências que conduzam a práticas mais sustentáveis.Os resultados podem contribuir para o debate em curso sobre a sustentabilidade do campus e ser de utilidade para as universidades que têm implementado um SGA, ou que desejam obter inspirações das actividades de outras instituições nesta área. Oferece-se sugestões para a prática profissional. In the light of the complex challenges our world of today is confronted with, universities are requested to respond to the need of creating a sustainable future that envisions a dignified life for the current generations without compromising those of next generations.
This research is embedded within the debate about sustainable development and about the role universities play in contributing to build sustainable societies. It focuses on the opportunities environmental management systems (EMS) can offer to enhance campus sustainability, student and staff engagement and awareness raising for sustainable practices in the academic, professional and personal life. The research is based on a combination of qualitative and quantitative methods, using an extensive literature review, an internet-mediated questionnaire of a cross-sectional survey design and a descriptive statistical data analysis, including in some cases a bivariate analysis. Top-down implementation processes were compared to participatory approaches and the latter have been used to develop a degree of participatory performance.
We provide an overview about 47 higher education institutions in Europe with an EMS at the campus and present, based on the results of the survey answered by 35 universities, a detailed analysis of EMS implementation processes and practices in European campuses. Among a number of insights and practical aspects for student and staff involvement, the results show that an EMS can be a key tool in the overall process to enhance campus sustainability. With respect to the implementation approach of an EMS, we regard a participatory approach or a mix of top-down and participatory elements as most effective to accomplish the twofold mission of a university: (1) To reduce the institutional environmental impact and (2) to carry out research and teaching, offering opportunities to increase awareness for complex coherences and to develop competencies that lead to more sustainable practices.
The results shall contribute to the ongoing discussion about campus sustainability and be of use for universities that have implemented an EMS or that wish
to get inspirations from other institutions‘ activities in this field. Implications for the professional practice are provided
Potentials of online constellation exercises about sustainability transitions
Funding Information: The first author received funding for this research by Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Portugal, grant number SFRH/BPD/115192/2016. The APC were funded by the University of Bremen, Germany. Publisher Copyright: © 2021 by the authors. Licensee MDPI, Basel, Switzerland.Sustainability transitions are shaped by specific dynamics, dependencies, and influences among the actors and elements that are part of the system. Systemic constellations as a social science research method can offer tangible visualizations of such system dynamics and thereby extract valuable, often hidden knowledge for research. This article builds on two online exploratory system constellation exercises about sustainability transitions, with two major objectives: (i) to introduce and disseminate (exploratory) systemic constellations as a method for (sustainability) research, and (ii) to extract their potential for (online) collaborative and transdisciplinary research, with a focus on sustainability transitions. Our exploratory research design includes participatory action research that took place during the virtual International Sustainability Transitions Conference 2020, Vienna, Austria. Data were analyzed following an interpretative-hermeneutic approach. The main findings consist of visualizations about sustainability transition dynamics between selected actors in Germany and Portugal that are discussed in light of the literature on constellation work and sustainability transitions, triggering new assumptions: (i) a strong sustainability narrative does not (necessarily) lead to action and transformation and (ii) transformation requires integrating narratives beyond weak and strong sustainability. We conclude with a list of potentials of exploratory constellations for sustainability research and online formats that offer novelties such as a constant bird-eye perspective on the system while simultaneously engaging with the system.publishersversionpublishe
Participatory processes in sustainable universities: what to assess?
Purpose – This paper aims to connect participatory sustainability implementation with sustainability
assessment, exploring learning theories, the principles of Higher Education for Sustainable
Development (HESD) and respective indicators applied in the university context. Even though
participation is partly considered in existing assessment practices, it is still unclear what and how to
measure participatory processes that envision implementing sustainability principles in higher
education institutions. Holistic approaches are often proclaimed, but reductionist assessment methods
are frequently followed.
Design/methodology/approach – The study followed a qualitative approach, inspired by the
Delphi method, and includes semi-structured expert interviews (N 15) and two focus group
discussions (N 23), with participants coming from a total of 17 different countries. Data were analysed
and compared according to qualitative content analysis and systemized according to the underlying
theoretical strands.
Findings – The findings suggest that participatory processes can be better assessed from a social
learning and organisational learning perspective, emphasizing non-linear criteria for the quality of the
process in terms of depth and meaningfulness as well as criteria for the quality of the outcome in terms of knowledge generation and innovation. The findings also point implicitly to the need of considering
double- and triple-loop learning, if a culture of participation towards sustainability is to be pursued, and
underline the high impact of institutional governance.
Originality/value – Although a great volume of literature about sustainability implementation in
higher education exists, studies focusing on participatory processes in this context are rather scarce.
This research pays attention to sustainability experts working in universities rarely heard in a more
systemic manner and also applies a reflective participatory approach itself by using qualitative
methods.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Environmental Management Systems (EMS) implementation processes and practices in european higher education institutions: top-down versus participatory approaches
Environmental Management Systems (EMS) have been implemented on a large scale to improve
companies’ environmental performance and to certify their achievements. More recently, universities are
following this trend, which has been brought forward by the debate about campus sustainability. This
empirical international research investigates EMS development and implementation processes in
universities around Europe, providing an overview about European higher education institutions with
EMS implemented at their campuses, and focuses on a comparison of top-down versus participatory
implementation approaches. In addition to regional differences, this article discusses in which aspects an
EMS at the campus can be seen as a tool that goes beyond operational aspects to tackle campus
sustainability. Furthermore, it provides implications for the professional practice.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Sustainable universities – a study of critical success factors for participatory approaches
Participatory approaches can be seen as a requirement, but also as a benefit to the overall paradigm change towards sustainable development and contribute towards the integration of sustainability concept into the university culture. So far, there have been comparatively few research studies on participation within sustainability implementation at university level, and a more differentiated understanding of these processes is still missing, both in the practice of conducting a participatory process and in the sustainability assessment. This paper addresses some of the failures and successes experienced within participatory approaches in campus sustainability initiatives, and deduces a set of critical success factors and emergent clusters that can help to integrate the dimensions of participation more inclusively into sustainability assessment. Following a qualitative approach and inspired by the Delphi-method, semi-structured expert interviews (N = 15) and four focus group discussions (N = 36), with participants coming from twenty different countries in total, were conducted and compared according to qualitative content analysis. Findings give empirical evidence to some of the characteristics related to stakeholder engagement, and associate higher education for sustainable development to empowerment and capacity building, shifting away from a previous focus on environmental sustainability. The success of participatory approaches is interdependent with structural institutional conditions and the persons engaged, highlighting the importance of specific skills and participatory competencies. A better integration of the dimensions of participation into sustainability assessment practices can help in defining and establishing participatory approaches on institutional level and fostering a culture of participation in the transition to sustainable universities
Rethinking sustainability: Questioning old perspectives and developing new ones
The concept of sustainability is still progressing, being complex and contested, and is therefore under continuous discussion and research. This special volume comprises 29 articles exploring recent developments of sustainability concepts, approaches, strategies, policies, and practices, as well as their roles and applicability in different geographic, socio-cultural and economic contexts. The majority of the articles were presented at the 22nd conference of the International Sustainable Development Research Society (ISDRS), held in Lisbon, Portugal, in July 2016. The articles address six overarching themes: i) global perspectives on sustainability challenges, policies and models; ii) the next frontiers of sustainability for corporations, iii) integration of non-traditional aspects and new forms of knowledge in sustainability research, iv) planning for sustainable development and sustainable cities, v) (higher) education for sustainable development and vi) human resources and sustainability. A summary of each article is given in this editorial, showing the diversity of themes, from theoretical and practical perspectives, and the broad range of different methods and research formats. The research presented in the articles was carried out in more than 17 countries on five continents. Notwithstanding the many efforts around rethinking sustainability research and practices, there are still many challenges to face and further opportunities for research on the topic
The INDICARE-model - Measuring and caring about participation in higher education's sustainability assessment
© 2015 Elsevier Ltd. All rights reserved.The implementation of sustainability in higher education has been advanced over at least the last two decades and brought sustainability assessment on the research agenda of Education for Sustainable Development (ESD) and sustainability science. Participatory approaches have gained increasing attention in these endeavours, but remain often vague and less addressed in sustainability assessment procedures. To fill in this gap, an indicator-based model, INDICARE, was developed that can assist in assessing participatory processes within higher education's sustainability initiatives. The objective of this paper is to introduce and discuss the model's theoretical background, its structure, applicability, and how it can broaden the perspectives on participation and sustainability assessment in the university context. Embedded in a cross-sectional qualitative research design, the model was developed in iterative stages and was presented and adjusted along six feedback loops, having been presented to 98 persons during conferences, workshops and university meetings. Inspired by biophilic ideas, transformative learning theories and participatory evaluation, INDICARE follows an ecocentric and integrative perspective that places the earth and its community at the centre of attention. A preliminary set of thirty indicators and practices, grouped in three categories of context, process, and transformation, is proposed. The assessment process itself is considered as a thought-provoking exercise rather than as a control tool and emphasizes the interplay of personal reflection and action-oriented outreach. INDICARE intends to invigorate the sustainability debate in higher education, in particular by proposing a more holistic approach to assessment that underlines experiencing the interconnectedness of human-nature relationships, combined with reflective exercises that can respond better to the call for transformation on individual and institutional level
Sustainability in universities: DEA-Greenmetric
[EN] Many universities are currently doing important work not only on environmental issues, but also on social and economic matters, thereby covering the three dimensions of sustainability. This paper uses Data Envelopment Analysis to construct a synthetic indicator based on the variables that make up the UI GreenMetric. The aim is to quantify universities' contribution to sustainability, rank all the campuses accordingly, and evaluate specific aspects of their related institutional policies. First, cluster analysis is applied, yielding four homogeneous groups of universities. DEA is then applied to these clusters in order to construct the synthetic indicator. The proposed indicator, DEA-GreenMetric, reveals that the US and the UK are the countries that are home to the greatest number of universities actively involved in all aspects of sustainability. In addition, this new index provides a complete ranking of universities, circumventing the issue of the duplicate scores assigned by UI GreenMetric. Lastly, it can be seen that greater efforts are required for universities to improve their performance relating to environmental variables (energy, water use and waste treatment) than to make improvements in infrastructure, transport or education.Puertas Medina, RM.; Martí Selva, ML. (2019). Sustainability in universities: DEA-Greenmetric. Sustainability. 11(14):1-17. https://doi.org/10.3390/su11143766S1171114Kuhlman, T., & Farrington, J. (2010). What is Sustainability? Sustainability, 2(11), 3436-3448. doi:10.3390/su2113436Castellani, V., & Sala, S. (2010). Sustainable performance index for tourism policy development. Tourism Management, 31(6), 871-880. doi:10.1016/j.tourman.2009.10.001Togtokh, C. (2011). Time to stop celebrating the polluters. Nature, 479(7373), 269-269. doi:10.1038/479269aSharp, L. (2002). 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