23 research outputs found

    Reflexões sobre o estatuto da linguística aplicada: novos rumos para velhos temas

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    Por que certas questões são retomadas ainda hoje quando o assunto é Linguística Aplicada? Qual a lógica e a política que guiam esses debates? A Linguística Aplicada é uma disciplina, uma área de concentração ou uma ciência? Qual a relação da Linguística Aplicada com a Linguística Teórica? E por fim, por que ainda é importante retomar essas questões? Com base em alguns linguistas aplicados (Moita Lopes, 1998, 2006; Rajagopalan, 2006; Cavalcanti, 2004; dentre outros), nossa intenção neste trabalho foi tentar responder a essas questões e levantar outras sobre o estatuto da LA. O resultado destas reflexões pode evidenciar que as discussões sobre o estatuto da Linguística Aplicada não se pautam apenas em questões teóricas e/ou ideológicas

    Silenciamento, alteridade e autoria n'O alienista em quadrinhos

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    Fábio Moon e Gabriel Bá são autores de O alienista em quadrinhos, tradução intersemiótica do conto de Machado de Assis. O alienista de Moon e Bá é uma obra autoral. Posto isso, partindo de pressupostos de Maingueneau (1997) e Mello (2002a), o objetivo deste trabalho é analisar a heterogeneidade enunciativa na história em quadrinhos de Moon e Bá como forma de buscar uma identidade discursiva para O alienista em quadrinhos. Escolhemos uma das muitas formas de investigar a heterogeneidade enunciativa no discurso quadrinístico d’O alienista: o silêncio. Por meio dos quadros silenciosos, buscamos mostrar como os quadrinistas operam o texto machadiano a fim de instituírem sua própria marca autoral, distinguindo-se e distanciando-se de Machado através de uma tentativa de silenciamento

    ESPAÇOS DE SUBJETIVAÇÃO DO CAMPO QUADRINÍSTICO E A ELABORAÇÃO DA IMAGEM DE AUTOR

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    Este trabalho objetiva discutir como a imagem de Autor quadrinístico é formulada no campo discursivo como resultado de práticas de diversos agentes, que contribuem para circulação de enunciados sobre ele e sua Obra. Inicialmente, apresentar-se-ão os conceitos de espaço canônico e espaço associado, propostos por Dominique Maingueneau (2006). Em seguida, buscar-se-á ampliar esses conceitos com foco no discurso quadrinístico, a partir dos conceitos de espaço de sustentação e espaço de recepção (DELORMAS, 2014; COSTA, 2016). Por fim, mostrar-se-á como o conceito de espaço de sustentação contribui para compreender as práticas discursivas responsáveis pelos posicionamentos dos autores no campo quadrinístico

    Uma caracterização-tradução semiolinguística da personagem Simão Bacamarte

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    Este trabalho pretende caracterizar a personagem Simão Bacamarte, d’O Alienista (2007), de Fábio Moon e Gabriel Bá, versão em quadrinhos da obra homônima de Machado de Assis. A abordagem partirá de pressupostos da Semiolinguística, associando ao Modo de Organização Descritivo, de Charaudeau (2008), autores como McCloud (1995), Bremond (1979), Eco (1979) e Joly (2007) para conjugar os estratos visual e verbal da descrição da personagem. Proposta inicialmente para uma abordagem de textos predominantemente verbais, a teoria aqui utilizada é ampliada para análise do texto em quadrinhos, que não é tomado, neste trabalho, como produto da mera junção de imagens e palavras, mas sim de uma linguagem própria

    Uma escrita pela sarjeta: O lugar de autoria em uma tradução intersemiótica

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    O objetivo deste artigo é discutir sobre a autoria na tradução intersemiótica em quadrinhos da obra O Alienista, de Machado de Assis, por Fábio Moon e Gabriel Bá. Publicado em 2007, O Alienista de Moon e Bá explora a linguagem das histórias em quadrinhos, rompendo os limites da linguagem verbal e criando uma obra outra. A natureza do sistema semiótico das histórias em quadrinhos possibilita inovar a narrativa machadiana. A impressão de unidade da obra é construída pela interseção de fatores que apontam para a sua materialidade, tais como: (a) um sistema semiótico, (b) um campo social no qual essa materialidade surge e da qual ela é parte constitutiva, (c) os posicionamentos de sujeitos instituídos por esse campo. No caso da tradução intersemiótica analisada, cada um desses fatores é representado de maneira própria, tornando visíveis as diferenças entre Literatura e Quadrinhos. A discussão aborda as noções de autor e autoria, de obra, de linguagem quadrinística, dentre outras.    The purpose of this article is to discuss authorship in the Comics intersemiotic translation of the O Alienista from Machado de Assis by Fábio Moon and Gabriel Bá. Published in 2007, O Alienista by Moon and Bá explores the language of Comics, breaking the boundaries of verbal language and creating another work. The nature of the Comics semiotic system makes it possible to innovate the Machadian narrative. The unit impression of this new work is constructed by the intersection of factors that point to its materiality, such as: (a) a semiotic system, (b) a social field in which this materiality emerges and of which it is a constitutive part, (c) the positions of subjects instituted by this field. In the case of the intersemiotic translation analyzed, each factor is represented in their own way, making the differences between Literature and Comics visible. The discussion approaches the notions of authorship and author, of authorial work, of comic’s language, among others

    Os quadrinhos como instituição e o campo discursivo quadrinístico

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    As pesquisas sobre as histórias em quadrinhos ainda são recentes e escassas, sobretudo nas áreas da Linguística, e especialmente em Análise do Discurso (AD). No campo específico de uma quadrinhologia, diversos autores têm tentado definir os limites e as origens da nona arte. A literatura sobre o tema, longe de oferecer uma definição precisa, acaba por apresentar contradições e divergências, vindo a cair em um historicismo. Sem pretender traçar a história dos quadrinhos, este trabalho tem por objetivo apresentar algumas teorizações sobre os Quadrinhos enquanto instituição discursiva relativamente autônoma, passíveis de engendrar inúmeras relações interdiscursivas em sua constituição. A instituição quadrinística seria, assim, formada por diversos campos discursivos. Cada um desses campos tem sujeitos, práticas e materializações mais centrais em detrimento de outras mais periféricas. O campo quadrinístico seria, portanto, um conjunto de relações entre agentes com funções mais ou menos centralizadas em relação à instituição quadrinística.

    TEMPO FICCIONAL E NARRATIVA N'O ALIENISTA: algumas considerações em perspectiva comparada

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    Aware of the relation of the narrative time with the subject of enunciation, this study analyzes the mechanisms of fictional time a comparative analysis of Machado's work O Alienista with the adaptation in Graphic Novel, by Fabio Moon and Gabriel Bá. This approach to the fictional text portion of a bias of language studies in an attempt to build an argument on the multiple subjects in the narrative, and to be linked in the theories of Scott McCloud (1995) on aspects of time reading comics. This work integrates research Encontro de Gerações: O Tempo Narrativo n’O Alienista (PIBIC / CNPq, 2009-2010)Consciente da relação do tempo narrativo com os sujeitos da enunciação, este trabalho visa a examinar os mecanismos do tempo ficcional numa análise comparativa da obra machadiana O Alienista com a sua adaptação em quadrinhos, de Fábio Moon e Gabriel Bá. Esta abordagem do texto ficcional parte de um viés dos estudos da linguagem na tentativa de construir um raciocínio sobre os múltiplos sujeitos na narrativa, além de se embasar nas teorias de Scott McCloud (1995) sobre os aspectos de tempo na leitura de quadrinhos. Este artigo integra a pesquisa Encontro de Gerações: O Tempo Narrativo n'O Alienista (PIBIC/CNPq, 2009-2010)

    Reflexões sobre autoria e corporeidade em Laerte-se

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    A função-autor, como trazida por Foucault (2009), não necessita da pessoa física do autor; para funcionar no interior de uma sociedade produtora de textos, a função-autor ancora-se em um nome próprio de autor. No entanto, sobretudo com o advento das mídias audiovisuais, a figura do autor em carne e osso tem sido cada vez mais relevante para compor os efeitos de sentido do fenômeno da autoria. Tendo isso em vista, este trabalho objetiva discutir a relação entre autoria e corporeidade, tomando como ponto de partida os posicionamentos da cartunista Laerte no documentário Laerte-se, de 2017. Para isso, são mobilizados conceitos e pressupostos de Foucault (2009) sobre o fenômeno da autoria; de Maingueneau (2009, 2010) sobre a imagem de Autor; de Bourdieu (1989, 2008, 2011), Boltanski (1975) e Costa (2016) sobre o campo quadrinístico; de Bento (2006, 2012), Butler (2010), Bourdieu (2019), Foucault (1999, 2006) e Sartre (1987, 2015) sobre identidade transgenérica e corporeidade

    Sequências didáticas para ensino e avaliação de leitura de quadrinhos

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          It aims to propose a didactic sequence for the teaching and evaluation of critical reading of comics, considering some skills foreseen in the BNCC. The methodology is based on Semiolinguistic Discourse Analysis (Charandeau, 2008), with theoretical appropriations from Ramos (2009), Groensteen (2015), Joly (2007), Kleiman (2002), Dell'Isola (1996), Dolz, Noverraz, Schneuwly (2004). The material used for the didactic sequence are a cartoon by Mau. We defend that the course of reading aims not only at understanding, but at giving meaning to the world. The results suggest that reading comics in schools is still a challenge, due to the lack of familiarity with the semiotic system of these genres.Busca propor uma sequência didática para o ensino e avaliação de leitura crítica de quadrinhos, atendendo a algumas habilidades previstas na BNCC. A metodologia tem por base a Análise do Discurso Semiolinguística (Charandeau, 2008), com apropriações teóricas de Ramos (2009), Groensteen (2015), Joly (2007), Kleiman (2002), Dell’Isola (1996), Dolz, Noverraz, Schneuwly (2004). O material usado para a sequência didática é uma charge de autoria de Mau. Defendemos que o percurso de leitura tem como fim não apenas a compreensão, mas a significação do mundo. Os resultados sugerem que trabalhar leitura de quadrinhos nas escolas ainda é um desafio, devido à falta de familiaridade com o sistema semiótico desses gêneros

    Sentenças existenciais à luz da Semântica de Frames

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    Este trabalho analisa o sentido existencial, acomodado em sentenças existências com verbos Haver, Ter e Existir recorrentes no português brasileiro. Para tanto, a análise pauta-se na Semântica de Frames, nos termos de Fillmore (1982, 1985) Fillmore e Atkins (1992), Salomão (2009) e Ferrari (2014), pois consideram o sentido o resultado de um conjunto de conhecimentos de mundo calcados na experiência sensório-motor do ser humano no meio ambiente. Utiliza-se dados da língua portuguesa contemporânea depreendidos de textos que circulam na grande mídia brasileira. Constata-se que a sentença existencial é um perfilhamento de um frame base, uma cena conceptual-perceptiva, independente do verbo instanciado
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