4,857 research outputs found
Coca-cola generation: ideas of the past, present and future in protonarrativas of the song written by young brazilian students
Anais do XVII Congresso Internacional das Jornadas de Educaão História - teoria, pesquisa e prática - I Encontro da AIPEDH - Associação Iber-Americana de Pesquisadores em Educação História, realizado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana, entre 02, 03 e 04 de agosto de 2017.Nas perspectivas do campo da educação histórica, da experiência da cognição histórica situada e da
disciplina da didática da história, a intenção do trabalho é compartilhar parte dos resultados da tese de
doutorado em educação, intitulada Jovens alunos e aprendizagem histórica: perspectivas a partir da
canção popular (AZAMBUJA, 2013), que consistiu na investigação das protonarrativas escritas por
jovens alunos brasileiros e portugueses a partir das primeiras leituras e escutas de uma canção popular
advinda dos seus gostos musicais e da subjacente constituição da consciência histórica tradicional.
Mais especificamente, no que diz respeito à pergunta do quarto, último e principal instrumento de
investigação do estudo nomeado Protonarrativas da Canção, aplicada a jovens alunos brasileiros do
segundo ano do ensino médio de uma escola pública da cidade de Florianópolis, a partir da canção de
trabalho selecionada, Geração Coca-Cola (1985), de autoria de Renato Russo da banda Legião
Urbana: que ideias de passado, presente e futuro são expressas na canção?Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC
NOVOS ARRANJOS INSTITUCIONAIS E A CRISE DO SUBPRIME: OS BRICS
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Sócio-Econômico. Economia.A crise financeira do subprime americano iniciada em 2007 globalizou-se afetando toda a economia mundial. A falta de crédito, a queda dos investimentos e a perda da atividade econômica, sentidas inicialmente nos Estados Unidos, comprometeram a economia de todas as nações desenvolvidas e, consequentemente, abalaram a dos demais países. A evolução dessa crise financeira, que pôs em questionamento a hegemonia dos Estados Unidos e da União Europeia como condutores dos avanços políticos e estimuladores do crescimento econômico, abriu os olhos para um consolidado grupo de países emergentes com economias em forte crescimento e grandes mercados internos que, aproando para novos rumos, soube melhor driblar a crise e, assim, sentir menos o impacto das incertezas econômicas e políticas, e cujo desempenho gerou credibilidades como impulsionadores de um novo desenvolvimento. A análise econômica dos países que compõe esse grupo, denominado BRICS, Brasil, Rússia, China e Índia, e, posteriormente, África do Sul, demonstra o quanto eles vêm se destacando no cenário mundial, tanto econômica como politicamente
As perspectivas dos pais de crianças à espera de operações eletivas nos Hospital Infantil Joana de Gusmão.
Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal de Santa Catarina. Curso de Medicina. Departamento de Pediatria
Sistematização das artérias da base do encéfalo e suas fontes de suprimento sangüineo em nutria (Myocastor coypus)
Neste trabalho estudou-se as artérias da base do encéfalo e suas fontes de suprimento sangüíneo em nutria ( Myocastor coypus). Foram utilizados 32 espécimes. Em 30 animais, o sistema arterial foi preenchido com látex 603 corado em vermelho através da artéria aorta. Duas fêmeas foram utilizadas na confecção de moldes acrílicos. Sistematizou-se a origem das fontes de suprimento sangüíneo para o encéfalo e as artérias (Aa) da face ventral do cérebro, à direita (D) e à esquerda (E), com suas respectivas percentagens de aparecimento. O arco aórtico emitiu o tronco braquiocefálico e a artéria (A.) subclávia E (60%) ou tronco braquiocefálico, A. carótida comum E e A. subclávia E (40%). O tronco braquiocefálico lançou A. carótida comum D e E e A. subclávia D (60%) ou A. carótida comum D e A. subclávia D (40%). A A. carótida comum D e E dividiu-se em A. carótida externa e A. occipital. A A. carótida interna foi ramo da A. occipital (100%), à D e E, e não cooperou na irrigação encefálica. Ramos terminais das Aa. Vertebrais D e E presentes (100%) formaram a A. basilar (100%). A. espinhal ventral presente (100%). A. cerebelar caudal à D foi simples (60%), dupla (36,7%) e tripla (3,3%), e à E foi simples (60%) e dupla (40%). A. cerebelar média como ramo da A. cerebelar caudal à D (70%) e à E (73,3%). A. trigeminal D e E ímpar (100%). A. cerebelar rostral D, simples (73,3%) e dupla (26,7%), à E, simples (70%) e dupla (30%). A. cerebral caudal D, simples (66,7%) e dupla (33,3%), à E, simples (73,3%) e dupla (26,7%). A. hipofisária D e E ímpar presente (100%). A. cerebral média D e E ímpar presente (100%). A. cerebral rostral D, desenvolvida e ímpar (86,7%), dupla (10%) e ausente (3,3%), à E desenvolvida e ímpar (100%). Ramo medial da A. cerebral rostral D, ímpar e desenvolvido (66,7%), vestigial (23,3%) ou ausente (10%), à E, ímpar e desenvolvido (73,3%), vestigial (23,3%) e ausente (3,3%). A. inter-hemisférica rostral presente (100%), formada pela anastomose do ramo medial da A. cerebral rostral D e E (40%), formada apenas pelo ramo medial da A. cerebral rostral E (33,3%) e formada apenas pelo ramo medial da A. cerebral rostral D (26,7%). A. lateral do bulbo olfatório D e E presente e ímpar (100%). A. medial do bulbo olfatório D e E ímpar (100%). A. etmoidal interna D simples (96,7%) e dupla (3,3%), à E, simples (100%). Observou-se que o círculo arterial cerebral da nutria foi fechado caudalmente (100%) e rostralmente aberto (60%) ou fechado (40%). O encéfalo foi suprido exclusivamente pelo sistema vértebro-basilar
In vitro antifungal activity of dihydropyrimidinones/thiones against Candida albicans and Cryptococcus neoformans
Since the Monastrol discovery in 1999 as the first inhibitor of Eg5, functionalized dihydropyrimidinones/thiones (DHPMs) have emerged as prototypes for drug design in different targets. The present work aimed to evaluate the antifungal activity of a chemical library of DHPMs which were obtained employing the Biginelli reaction. Their antifungal activities were assessed against C. neoformans and C. albicans. The compounds 1-i and 1-k inhibited moderately the fungal growth of C. neoformans, with compound 2-k presenting MIC80 values of 62.5-125 μg∙mL-1. Considering activity against C. albicans, the compounds 1-i and 1-n present a MIC50 value of 125-250 μg∙mL-1. The changes performed in DHPM scaffold appear to be valuable for generating compounds with potential antifungal effect
An EU closed loop waste management system for rare earths: tackling criticality with a disruptive circular economy policy
The EU has recently upped its efforts to ensure a stable access to raw materials and mostly
finite ones, many of which are not explored domestically. The Raw Materials Initiative launched
in 2008 opened the door to a European industrial policy agenda focused on sustainable access
and management of raw materials. Shortly after, the EU began publishing its list of Critical Raw
Materials (CRM) every 3 years.
Among the most critical of materials are rare earths (REE), which are indispensable to the EU
energy transition and a carbon neutral society. The EU challenge of ensuring both a stable
access and a circular management of rare earths is an enduring conundrum. Despite the policy
efforts to push for more circularity and recycling of the rare earths, the situation has not
improved since 2011 - reliance on Chinese supply is about 100% and recycling has no
expression for most rare earths.
The focus of this project is to provide a policy contribution to tackling this conundrum. The rare
earths situation in the EU is studied carefully by considering EU’s strategic interest, the
demand from EU sectors and the state of global supply. Public policies targeted at CRM are
critically assessed and its limitations are discussed. An alternative policy path is presented in
which the EU would commit to co-creating a recycling system aimed at recovering rare earths
from waste of electric and electronic equipment.Recentemente, a UE redobrou os seus esforços no sentido de assegurar um acesso estável,
principalmente a recursos finitos, para os quais não há extração doméstica. A "Iniciativa
matérias-primas" lançada em 2008, deu início a uma agenda europeia de política industrial
centrada no acesso e na gestão sustentáveis de matérias-primas. De seguida, a EU dá
início à publicação trienal da sua lista de matérias-primas críticas (MPC).
Entre as mais essenciais destas MPC estão as terras raras (TR) que são indispensáveis
para transição energética e para a neutralidade carbónica da UE. O desafio da União de
garantir um acesso estável e uma gestão sustentável das TR é um dilema que se arrasta no
tempo. Apesar das políticas públicas para aumentar a circularidade e reciclagem de TR, a
situação não melhorou desde 2011 - a dependência do fornecimento Chinês ronda os 100%
e a reciclagem não tem praticamente expressão para a maioria das terras raras.
Este projeto centra-se numa contribuição de política pública para enfrentar este dilema. A
situação das TR na UE é cautelosamente estudada, tendo em conta o interesse estratégico
da UE nestes materiais, a procura setorial da EU bem como o estado da oferta mundial.
Procede-se com uma revisão crítica das políticas que visam as MPC e as suas limitações
são discutidas. Apresenta-se de seguida uma política pública alternativa, na qual a UE se
compromete a co-criar um sistema de reciclagem visando a recuperação de terras raras a
partir do fluxo de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos
EVALUATION OF CROSS-LAMINATED TIMBER PANELS PRODUCED WITH YELLOW-POPLAR (Liriodendron tulipifera)
Cross-Laminated Timber (CLT) panels are engineered wood products breaking into the building sector. Currently, the range of raw materials used in CLT is still limited to softwoods, while some hardwood species such as yellow-poplar could potentially be used to produce this wood product. Therefore, the main goal of this research was to assess the feasibility of using Appalachian Hardwoods in the production of Cross-Laminated Timber panels. Specifically, the objectives of the research were to 1) Determine the amount of yellow-poplar structural lumber that can be obtained from a representative population of low-grade, yellow-poplar lumber graded for appearance; 2) Evaluate whether CLT panels produced using No. 2 and No. 3 structural grade yellow-poplar in parallel and perpendicular orientations, respectively, meet the bending and bond line requirements prescribed in ANSI/APA PRG 320-2019 (2020); 3) Determine if improvements in CLT panel properties can be achieved by laying up panels based on non-destructively assessed static bending modulus of elasticity (MOEs) instead of visual structural grades; and 4) Evaluate whether or not placing lumber with high bending MOEs and visual structural grades in outside layers improves CLT properties.
The material selected for this research was low-grade yellow-poplar (Liriodendron tulipifera) that was selected for its availability. First, an initial assessment of yellow-poplar mechanical properties was required to determine feasibility. Therefore, 8,000 board feet (18.9 m3) of yellow-poplar lumber graded as No. 2 Common and No. 3 Common, according to National Hardwood Association of Lumber (NHLA) grading rules, were evaluated. The yellow-poplar lumber was regraded according to a structural visual grade outlined by the Northeastern Lumber Manufacturers Association (NELMA) rules and by non-destructive test to obtain the board’s static modulus of elasticity (MOEs) to determine their potential to meet grade requirements for CLT panels. The percentage of boards that achieved a minimum structural visual grade (No. 3 or better) was 54.6%, and 96.6% of the boards showed MOEs above the minimum 1.2 x106 psi (8,274 MPa) as specified in ANSI/APA PRG 320-2019 (2020).
Once the structural grades of the yellow-poplar boards were assigned, the material was then used to produce different sets of CLT panels. In each case, 5-layer CLT panels with dimensions of 3.7 inches thick x 18 inches wide x 120 inches long (95 mm x 457 mm x 3,040 mm) were produced using an Emulsion Polymer Isocyanates (EPI) adhesive. Three different panel configurations were produced to assess the feasibility of different layups patterns of low-grade yellow-poplar. The first layup (YP1) was based on NELMA visual structural grade selection where No. 2 lumber was used in parallel layers, while No. 3 lumber was used in perpendicular layers. The second layup (YP2) utilized boards that did not achieve a minimum visual grade according to NELMA rules (i.e., graded as Below Grade). In this section, boards were instead sorted by their MOEs,and the lumber falling within the top 40% of MOEs values was used in the panels’ two outer layers. The last layup (YP3) consisted of boards that represented the top 10% of the MOEs population that were placed in the two outer layers. In addition to this configuration, the panels were separated into two groups of five specimens that had different visual grades in the outer layers. Specifically, one group had outer layers with the two highest NELMA grades (Select Structural and No. 1), while the other group had outer layers with the three lowest NELMA grades (No. 2, No. 3, and Below Grade). All 30 CLT panels produced were evaluated in third-point flatwise bending and bond quality according to ANSI/APA PRG 320-2019 (2020).
The panel’s shear block testing resulted in values above standard requirements. However, the cyclic delamination results showed an inconsistency within the panel production, as delamination above 5% was found in the outer areas of the panel. The average bending strength of the CLT panels was found to be 5,687 psi (39.2 MPa), 6,682 psi (46.1 MPa), and 7,266 psi (50.1 MPa) for YP1, YP2, and YP3, respectively. The average MOE of the CLT panels were: 1.39 x106 psi (9584 MPa), 1.56 x106 psi (10,756 MPa), 1.68 x106 psi (11,583 MPa) for YP1, YP2, and YP3, respectively. These results indicated that a significant amount (about 96% of the NDE tested population) of low-grade yellow-poplar lumber could still be used in producing CLT panels if they met a higher level of MOEs as determined by non-destructive evaluation (NDE) proof loading. CLT panels with higher and lower NELMA grades did not present statistical differences when sorted by MOEs, indicating that the NDE is a more effective way to evaluate the material. The placement of higher MOEs boards in the two outer layers improved the panel’s bending properties. These results and the comparison to ANSI/APA PRG 320-2019 (2020) layups strongly indicate the potential of yellow-poplar to be used as raw material in the production of CLT panels.
Finally, this research results showed the potential of low-grade yellow-poplar to be used in the production of CLT panels. The prospect of using a production surplus in a promising engineered wood product should provide financial incentives for the industry to seek the development of these novelty panels
Museus de arte e seu caráter de espaço educativo
SIAM. Series Iberoamericanas de Museología. Año 3, Vol.
Clinical decisions in breast cancer, a heterogenous disease
RESUMO: Introdução: Tratamento do carcinoma da mama
Este trabalho inicia-se com a história do tratamento do carcinoma da mama, desde os primeiros
documentos que descrevem doentes com carcinoma da mama até 1950. Desde 1950 até 2000 o
diagnóstico, risco e as modalidades terapêuticas usadas no tratamento das doentes são mais detalhadas
com ênfase nas terapêuticas locais, regionais e sistémicas.
Parte 1:Quem tratar com terapêutica sistémica adjuvante
Capítulo 1: A classificação TNM não está morta no carcinoma da mama
Tem sido dito que a classificação TNM não é adequada para usar como ferramenta de prognóstico e
decisão terapêutica no carcinoma da mama, especialmente em doentes com carcinoma detectado através
de rastreio, que tem geralmente menores dimensões. A razão desta classificação não ser adequada prendese
com o facto de não estarem incluidos parâmetros biológicos na classificação TNM atual. Pusemos a
hipótese de que numa população com alta percentagem de carcinoma da mama não detectado em exames
de rastreio, com uma mediana de idade baixa e com alta percentagem de estadios II e III, o estadiamento
clássico, pela classificação TNM, é mais descriminatório que as características biológicas na determinação
do prognóstico.
Para isto analisámos uma população de doentes com carcinoma da mama tratados consecutivamente na
mesma instituição, durante 10 anos. Caracterizámos os fatores de prognóstico do estadiamento clássico
incluídos na classificação TNM e as variantes biológicas, presentemente não incluídas na classificação
TNM. Quantificámos a capacidade de cada um dos factores de prognóstico para para prever a
sobrevivência. A população é de 1699 doentes com carcinoma da mama que foram tratádos com
terapêutica sistémica adjuvante. Individualmente, cada um dos fatores de prognostico, clássicos ou
biológicos, diferem significativamente entre doentes que sobrevivem e que não sobrevivem. Explicitamente,
como previsto, doentes com tumores maiores, envolvimento dos gânglios axilares, estadios TNM mais
avançados, que não expressam recetor de esrogéneo, com amplificação do gene Her2, triplos negativos ou
de menor diferenciação têm menor sobrevida. Na análise multivariada, só os fatores de prognostico da
classificação TNM, o grau histológico e a amplificação do gene Her2, esta última com menos significância
estatistica são preditores independentes de sobrevivência.
Capítulo 2: Em busca de novos factores de prognostico: Poder preditivo e mecanismo das
alterações de centrossomas em carcinoma da mama
Compilámos inúmeros grupos de experiências de genómica feitas em tumores primários de doentes com
carcinoma da mama para as quais existe informação prognóstica. Estas experiências são feitas com o
objectivo de descobrir novos factores de prognóstico. Reanalisámos os dados, repetindo a mesma
pergunta: Quais são os genes com expressão diferencial estatisticamente significativa entre doentes que
recaíram e doentes que não recaíram. Identificámos 65 genes nestas condições e o MKI67, o gene que
codifica a proteina Ki67, estava nesse grupo. Identificámos vários genes que se sabe estarem envolvidos no
processo de agregação de centrossomas. O gene que considerámos mais promissor foi a kinesina KiFC1,
que já tinha sido identificada como regulador da agregação de centrossomas. Anomalias cetrossomais
numéricas e estruturais têm sido observadas em neoplasias. Há dados correlacionando anolmalias
centrossomais estruturais e e numéricas com o grau de malignidade e os eventos precoces da
carcinogénese. Mas estas anomalias centrossomais têm um peso para a célula que deve adapatar-se ou
entrará em apoptose. Os nossos resultados sugerem que existe um mecanismo adaptativo, a agregação de
centrossomas, com impacto prognóstico negativo. O nosso objetivo foi quantificar o valor prognóstico das
anomalias centrossomais no carcinoma da mama. Para isto usámos material de doentes dos quais
sabemos a história natural. Avaliámos os genes de agregação de centrossomas, KIFC1 e TACC3, nas
amostras tumorais arquivadas em parafina: primeiro com PCR (polymerase chain reaction) quantitativa e
depois com imunohistoquímica (IHQ). Apenas a proteína KIFC1 foi discriminatória em IHQ, não se tendo
conseguido otimizar o anticorpo da TACC3. Os níveis proteicos de KIFC1 correlacionam-se com mau
prognóstico. Nas doentes que recaíram observámos, no tumor primário, maior abundância desta proteína
com localização nuclear. Em seguida, demonstrámos que a agregação de centrossomas é um fenómeno
que ocorre in vivo. Identificámos centrossomas agregados em amostras de tumores primários de doentes
que recaíram. Tecnicamente usámos microscopia de fluorescência e IHQ contra proteínas centrossomais
que avaliámos nos tumores primários arquivados em blocos de parafina. Observámos agregação de
centrossomas num pequeno número de doentes que recaíram, não validámos, ainda, este fenótipo celular
em larga escala.
Parte 2: Como tratar com terapêutica sistémica os vários subtipos de carcinoma da mama
Capítulo 3: Quantas doenças estão englobadas na definição carcinoma da mama triplo negativo?
(revisão)
O carcinoma da mama triplo negativo é um tumor que não expressa três proteínas: recetor de estrogénio,
recetor de progesterona e o recetor do fator de crescimento epidermico tipo 2 (Her2). As doentes com estes
tumores não são ainda tratadas com terapêutica dirigida, possivelmente porque esta definição negativa não
tem ajudado. Sabemos apenas as alterações genéticas que estes tumores não têm, não as que eles têm.
Talvez por esta razão, estes tumores são o subtipo mais agressivo de carcinoma da mama. No entanto, na
prática clínica observamos que estas doentes não têm sempre mau prognóstico, além de que dados de
histopatologia e epidemiologia sugerem que esta definição negativa não está a capturar um único subtipo
de carcinoma da mama, mas vários. Avaliámos criticamente esta evidência, clínica, histopatológica,
epidemiológica e molecular. Há evidência de heterogeneidade, mas não é claro quantos subtipos estão
englobados nesta definição de carcinoma da mama triplo negativo. A resposta a esta pergunta, e a
identificação do fundamento molecular desta heterogeneidade vai ajudar a melhor definir o prognóstico e
eventualmente a definir novos alvos terapêuticos nesta população difícil.
Capítulo 4: Terapêuica sistémica em carcinoma da mama triplo negativo (revisão)
A quimioterapia é a única terapêutica sistémica disponível para as doentes com carcinoma da mama triplo
negativo, ao contrário dos outros dois subtipo de carcinoma da mama que têm com a terapêutica
antiestrogénica e anti Her2, importantes benefícios. Apesar de terem surgido várias opções terapêuticas
para estes doentes nennhuma terapêutica dirigida foi validada pelos ensaios clínicos conduzidos,
possivelmente porque a biologia deste carcinoma ainda não foi elucidada. Muitos ensaios demonstram que
os tumores triplos negativos beneficiam com quimioterapia e que as mais altas taxas de resposta patológica
completa à terapêutica neoadjuvante são observadas precisamente nestes tumors. A resposta patológica
completa correlaciona-se com a sobrevivência. Estamos a estudar regimes adjuvantes específicos para
doentes com estes tumors, mas, neste momento, regimes de terceira geração com taxanos e antraciclinas
são os mais promissores. O papel de subgrupos de fármacos específicos, como os sais de platina, mantémse
mal definido. Quanto às antraciclinas e taxanos, estes grupos não mostraram beneficio específico em
carcinoma da mama triplo negativo quando comparado com os outros subtipos. Os próprios carcinomas da
mama triplos negativos são heterogéneos e carcinomas da mama basais triplos negativos com elevada taxa
de proliferação e carcinomas da mama triplos negativos surgidos em doentes com mutação germinal
BRCA1 poderão ser mais sensíveis a sais de platino e menos sensíveis a taxanos. Como a definição
molecular ainda não foi explicada a busca de terapêutica dirigida vai continuar.
Capítulo 5: Ensaio randomizado de fase II do anticorpo monoclonal contra o recetor do fator de
crescimento epidérmico tipo 1 combinado com cisplatino versus cisplatino em monoterapia em
doentes com carcinoma da mama triplo negativo metastizado
O recetor do fator de crescimento epidérmico tipo 1 está sobre expresso nos tumores das doentes com
carcinoma da mama triplo negativo metastizado, um subtipo agressivo de carcinoma da mama. Este ensaio
investigou a combinação de cetuximab e cisplatino versus cisplatino isolado em doentes deste tipo.
Doentes em primeira ou segunda linha de terapêutica para doença metastizada foram randomizadas, num
sistema de 2 para 1, para receber até 6 ciclos da combinação de cisplatino e cetuximab ou cisplatino
isolado. Às doentes randomizadas para o braço de monoterapia podiamos, após progressão, acrescentar
cetuximab ou tratá-las com cetuximab isolado. O objetivo primário foi a taxa de resposta global. Os objetivos
secundários foram a sobrevivência livre de doença, a sobrevivência global e o perfil de segurança dos
fármacos.
A população em análise foram 115 doentes tratadas com a combinação e 58 doentes tratadas com
cisplatino em monoterapia, 31 destas em quem se documentou progressão passaram a ser tratadas com
um regime que incluía cetuximab, isolado ou em combinação. A taxa de resposta global foi de 20% no braço
da combinaçao e de 10% no braço da monoterapia (odds ratio, 2.13). A sobrevivência livre de doença foi de
3.7 meses no braço da combinação e de 1.5 meses no braço em monoterapia (hazard ratio, 0.67). A
sobrevivência global foi de 12.9 meses no braço da combinação versus 9.4 meses no braço de cisplatino.
Conclui-se que, apesar de não ter sido alcançado o objectivo primário, acrescentar cetuximab, duplica a
resposta e prolonga tanto a sobrevivência livre de doença como a sobrevivência global.
Capítulo 6: Bloquear a angiogénese para tratar o carcinoma da mama (revisão)
A angiogénese é uma característica que define a neoplasia, porque tumores com mais de 1mm precisam de
formar novos vasos para poderem crescer. Desde que se descobriram as moléculas que orquestram esta
transformação, que se têm procurado desenvolver e testar fármacos que interfiram com este processo. No carcinoma da mama o bevacizumab foi o primeiro fármaco aprovado pela FDA em primeira linha para tratar
doença metastática. Depois foram estudados um grupo de inibidores de tirosina cinase associados aos
recetores transmembranares envolvidos na angiogénese como o VEGFR, PDGFR, KIT, RET, BRAF e Flt3:
sunitinib, sorafenib, pazopanib e axitinib
Neste capítulo, analisaram-se e resumiram-se os dados dos ensaios clínicos das drogas anti-angiogénicas
no tratamaneto do carcinoma da mama. Os ensaios de fase III do bevacizumab em carcinoma da mama
mostraram uma redução na progressão de doença de 22 a 52% e aumento da sobrevivência livre de
doença de 1.2 a 5.5 meses mas nunca foi demonstrado prolongamento de sobrevivência. Os ensaios de
fase III em carcinoma da mama adjuvante com bevacizumab são dois e foram ambos negativos.
O ensaio de fase III com o inibidor da tirosina cinase, sunitinib foi negativo, enquanto que os ensaios de fase
II com os inibidores da tirosina cinase sorafenib e pazopanib melhoraram alguns indicadores de resposta e
sobrevivência. A endostatina foi testada no contexto neoadjuvante com antraciclinas e melhorou a taxa de
resposta, mas, mais ensaios são necessários para estabelecer este fármaco. A maioria dos ensaios clínicos
dos agentes antiangiogénicos em carcinoma da mama reportaram aumento da taxa de resposta e de
sobrevivência livre de doença mas nunca aumento da sobrevivência global quando comparado com
quimioterapia isolada o que levou ao cepticismo a que assistimos atualmente em relação ao bloqueio da
angiogénese.
Ensaios clínicos selecionados em doentes específicas com objetivos translacionais relacionados com
material biológico colhido, preferefencialmente em diferentes intervalos da terapêutica, serão cruciais para
o bloqueio da angiogénese sobreviver como estratégia terapêutica em carcinoma da mama.
Capítulo 7: A resposta à hipoxia medeia a resistência primária ao sunitinib em carcinoma da mama
localmente avançado
O sunitinib é um fármaco antiangiogénico que nunca foi avaliado isolado em doentes com carcinoma da
mama não tratadas. O nosso objetivo foi caracaterizar a atividade do sunitinib isolado e em combinação
com o docetaxel em carcinoma da mama não tratado, localmente avançado ou operável, mas de dimensão
superior a 2 cm, para compreender os mecanismos de resposta. Doze doentes foram tratadas com duas
semanas iniciais de sunitinib seguido de quatro ciclos de combinação de sunitinib e docetaxel. A resposta, a
reistência e a toxicidade foram avaliadas de acordo com parametros clínicos, ressonância magnética
nuclear, tomografia de emissão de positrões, histopatologia e perfis de expressão genómica.
Detetámos resistência primária ao sunitinib na janela inicial de duas semanas, evidenciada em quatro
doentes que não responderam. À data da cirurgia, cinco doentes tinham tumor viável na mama e axila,
quatro tinahm tumor viável na mama e três foram retiradas do ensaio. Não houve respostas patológicas
completas.
A comparação dos perfis de expressão genómica entre os respondedores e os não respondedores, aos
quinze dias iniciais, permitiu-nos identificar sobre expressão de VEGF e outras vias angiogénicas nos não
respondedores. Especificamente, em tumores resistentes ao sunitinib isolado detectámos uma resposta
transcricional à hipoxia caracterizada por sobre expressão de vários dos genes alvo do HIF1α. Neste ensaio
de sunitinib isolado em doentes não tratadas com carcinoma da mama localmente avançado, encontrámos
evidência molecular de resistência primária ao sunitinib possivelmente mediada por sobre expressão de
genes que respondem à hipoxia.
Parte 3: Quando parar a terapêutica sistémica às doentes com carcinoma da mama
Capítulo 8: Agressividade terapêutica ns últimos três meses de vida num estudo retrospetivo dum
centro único
Incluímos todos os adultos que morreram com tumores sólidos na instituição em 2003 e foram tratados com
quimioterapia para tratar neoplaias metastizadas. Colhemos dados detalhados relacionados com
quimioterapia e toxicidade nos últimos três meses de vida a partir do processo clínico. Trezentas e
dezanove doentes foram incluídos, a mediana de idade foi 61 anos. A mediana de sobrevivência de doença
metastática foi de 11 meses. 66% (211) dos doentes foram tratados com QT nos últimos 3 meses de vida,
37% foram tratados com QT no úlimo mês de vida e 21% nas últimas duas semanas. Nos doentes que
foram tratados com QT nos últimos três meses de vida, 50% começaram um novo regime terapêutico neste
período e 14% começaram um novo regime no último mês. Identificámos como determinantes de
tratamento com QT no fim de vida a idade jovem, o carcinoma da mama, do ovário e do pâncreas.
Concluímos que administrámos QT no fim de vida frequentemente e iniciámos novos regimes terapêuticos
no último mês de vida em 14% dos casos. Precisamos de aprofundar este trabalho para compreender se
esta atitude agressiva resulta em melhor paliação de sintomas e qualidade de vida no fim de vida dos
doentes com neoplasias disseminadas. Capítulo 9: O tratamento do carcinoma da mama no fim de vida está a mudar?
Quisémos caracterizar a modificação da tendência no uso de QT e de estratégias paliativas no fim de vida
das doentes com carcinoma da mama em diferentes instituições e em intervalos de tempo diferentes. Para
isto selecionámos doentes que morreram de carcinoma da mama durante 6 anos, entre 2007 e 2012, num
hospital geral e comparámos com as doentes que morreram de carcinoma da mama em 2003 num centro
oncológico. Avaliámos um total de 232 doentes. O grupo mais recente tem 114 doentes e o grupo anterior
tem 118 doentes. Usámos estatística descritiva para caracterizar QT no fim de vida e o uso de estratégias
paliativas. Ambas as coortes são comparáveis em termos das características do carcinoma da mama.
Observámos aumento do uso de estatégias paliativas: consulta da dor, consulta de cuidados paliativos e
radioterapia paliativa no cuidado das doentes com carcinoma da mama metastizado. Evidenciámos
aumento do número de mortes em serviços de cuidados paliativos. No entanto, a QT paliativa continua a ser
prolongada até aos últimos meses de vida, embora tenhamos mostrado uma diminuição desta prática.
Outros indicadores de agressividade como a admissão hospitalar também mostraram diminuição.
Confirmámos a nossa hipótese de que há maior integração da medicina paliativa multidisciplinar e menos
agressividade na terapêutica sistémica das doentes com carcinoma da mama nos últimos meses de vida.
Chapter 10: Porque é que os nossos doentes são tratados com quimioterapia até ao fim da vida?
(editorial)
Este capítulo começa por dar o exmeplo duma jovem de 22 anos que viveu três meses após começar QT
paliatva. Este caso epitomiza a futilidade terapêutica e é usado como ponto de partida para explorar as
razões pelas quais administramos QT no fim de vida aos doentes quando é inútil, tóxica, logisticamente
complexa e cara. Será que estamos a prescrever QT até tarde demais? Os oncologistas fazem previsões
excessivamente otimistas e têm uma atitude pró terapêutica excessiva e são criticados por outros
intervenientes nas instituições de saúde por isto. Crescentemente doentes, familiares, associações de
doentes, definidores de políticas de saúde, jornalistas e a sociedade em geral afloram este tema mas
tornam-se inconsistentes quando se trata dum doente próximo em que se modifica o discurso para que se
façam terapêuticas sitémicas agressivas. Há uma crescente cultura de preservação da qualidade de vida,
paliação, abordagem sintomática, referenciação a unidades de cuidados paliativos e outros temas do fim de
vida dos doentes oncológicos terminais. Infelizmente, este tema tem ganhado momentum não porque os
oncologistas estejam a refletir criticamente sobre a sua prática, mas porque os custos dos cuidados de
saúde são crescentes e incomportáveis. Seja qual fôr o motivo, as razões que levam os oncologistas a
administrar QT no fim de vida devem ser criticamente elucidadas. Mas há poucos dados para nos guiar
nesta fase delicada da vida dos doentes e os que existem são por vezes irreconciliáveis, é uma revisão
destes dados que foi feita neste capítulo.
Conclusão: A abordagem do carcinoma da mama no futuro?
Na conclusão, tenta-se olhar para o futuro e prever como será a tomada a cargo dum doente com carcioma
da mama amanhã. Faz-se uma avaliação das várias àreas desde prevenção, rastreio, suscetibilidade
genética e comportamental e terapêutica. Na terapêutica separa-se a terapêutica locoregional, sistémica
adjuvante e da doença metastizada. Nos três últimos parágrafos a história duma mulher com um carcinoma
localmente avançado que sobre expressa o recetor Her2, serve como ilustração de como devemos estar
preparados para incorporar evolução, heterogeneidade e dinamismo no cuidado de doentes com carcinoma
da mama. -------------------------------------------------------------------------------------------------- ABSTRACT: Introduction: Breast cancer care in the past
This work starts with an overview of the treatment of breast cancer (BC). From the first reports of patients ill
with BC until 1950. From 1950 until 2000, there is a more detailed account on how BC patients were treated
with emphasis on the different modalities, local, regional and systemic treatments and their evolution.
Part 1: Who to treat with adjuvant systemic therapy?
Chapter 1: TNM is not dead in breast cancer
It has been said that the current TNM staging system might not be suitable for predicting breast cancer (BC)
outcomes and for making therapeutic decisions, especially for patients with screen detected BC which is
smaller. The reason for this is also due to the non inclusion of tumor biology parameters in the current TNM
system. We hypothesize that in a population where there is still a large abundance of non screen detected
BC, with a low median age of incidence and abundance of high TNM staged lesions, biology is still second to
classical staging in predicting prognosis.
We analyzed a population of consecutive BC patients from a single institution during ten years. We
characterized current established prognostic factors, classical staging variables included in the current TNM
staging system and biological variables, currently not included in the TNM system. We quantified the
capacity of individual prognostic factors to predict survival. We analyzed a population of 1699 consecutive
BC patients. We found that individually both the TNM system prognostic factors and the biological prognostic
factors are differing among BC survivors and dead patients in a statistically significant distribution. Explicitly,
patients with larger tumors, positive nodes, higher stage lesions, ER negative, HER2 positive, TN or lower
differentiation tumors show decreased survival.
In the multivariate analysis we can conclude that in a population such as ours classical TNM staging
variables, irrespective of tumor biological features, are still the most powerful outcome predictors.
Chapter 2: Defining breast cancer prognosis: The predictive power and mechanism of centrosome
alterations in breast cancer
We performed a systematic analysis of the literature and compiled an extensive data set of gene expression
data originated in primary tumours of BC patients with prognostic information. We analysed this data seeking
for genes consistently up or down regulated in
Políticas de Atenção à Saúde da Mulher: Desafios e Realidades
Informe d'un Taller sobre Seminari de Polítiques de Salut de la Dona celebrada al III Rutes opinió: situacions extremes derivades de la violència de gènere. Els participants eren dones, 10 en total, tres estudiants de l'àrea de salut, quatre professionals de la salut (tècnic d'infermeria, psicòleg, infermera i treballadora social), un educador i un advocat. La metodologia utilitzada va ser debatre des de la presentació oral sobre les polítiques de salut pública per a les dones i l'escolta de música: Mariana era la mar al final del debat es va concloure que, per comprendre i tenir en compte les necessitats de salut de les dones que pateixen la violència cal revisar no només la política de salut per a les dones, sinó també l'educació per a la salut i els processos de treball dins de la seguretat pública. Les polítiques de salut; Violència, Salut de la Dona.Report of a workshop on Women's Health Policy held in the third Critical Paths Seminar: extreme situations resulting from gender violence. The participants were ten women, three health students, four health professionals (nursing technician, psychologist, nurse and social worker), an educator and a lawyer. The methodology used was a debate about Women Public Policy and listening of music: Mariana Went to the Sea. By the end of the debate, we concluded that to understand and cope with the health needs of women who suffer violence is necessary to review not only the women health policy, but also health education and the work processes within the public safety sector.Relato de uma Oficina sobre Políticas de Saúde da Mulher realizada no III Seminário Rotas Criticas: situações limite decorrentes de violências de gênero. Os participantes foram mulheres, dez no total, três estudantes da área da saúde, quatro profissionais da saúde (técnica de enfermagem, psicóloga, enfermeira e assistente social), uma pedagoga e uma advogada. A metodologia utilizada foi a de debate a partir da exposição oral sobre Políticas Públicas de Saúde para mulheres e da audição da música: Mariana foi ao Mar. Ao final do debate concluiu-se que, para compreender e dar conta das necessidades de saúde das mulheres que sofrem violência é preciso revisar, não só, as Políticas de Saúde para as mulheres, mas, também, o ensino da saúde e os processos de trabalho no âmbito da segurança pública. Políticas de saúde; Violência, Saúde da Mulher
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