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INFLUÊNCIA DAS ESPÉCIES EXÓTICAS ÁRBOREAS URBANAS NA ÁREA DE COBERTURA DA CIDADE DE SERRA TALHADA – PE
O censo arborístico das ruas da cidade de Serra Talhada – PE foi realizado entre os anos de 2011 e 2012. Foram coletadas a localização geográfica pelo GPS, espécie, altura, diâmetro da copa, número do prédio e distância entre as árvores. A população foi subdividida em nativas da Caatinga e exóticas. Os grupos foram comparados quanto ao número de indivíduos, o número de espécies e áreas de cobertura. Noventa e um por cento (91%) das árvores correspondem a três espécies, Ficus benjamina L. (Moraceae), Azadirachta indica A. Juss (Meliaceae) e Acacia podalyraefolia A. Cunn (Fabaceae), todas exóticas. As nativas em relação a área de cobertura tiveram média, moda, mediana, primeiro e terceiro quartis e máximo maiores que as exóticas, indicando que as nativas possuem copa maior, e para o número de indivíduos e espécies valores menores, indicando pouca variabilidade de espécies e pouca quantidade de indivíduos. A variância e desvio padrão da área de cobertura das espécies nativas foram menores que a das exóticas, indicando que as copas das nativas são mais homogêneas quanto a suas dimensões do que as das exóticas
Relações empíricas entre características dendrométricas da Caatinga brasileira e dados TM Landsat 5
The objective of this work was to adjust models to estimate dendrometric characteristics of the Brazilian dry tropical forest (Caatinga) from Landsat 5 TM sensor data. Measures for tree diameter and height were taken in 60 inventory plots (400 m2), in two municipalities of the state of Sergipe, Brazil. Basal area and wood volume were estimated using an allometric equation and form factor (f = 0.9). Explanatory variables were taken from the TM sensor, after radiometric and geometric correction, having considered, in the analysis, six spectral bands, with 30 m spatial resolution, besides the indexes of simple ratio (SR), of normalized difference vegetation (NDVI), and of soil‑adjusted vegetation (Savi). To choose the best explanatory variables, the coefficient of determination (R2), the root mean square error (RMSE), and the Bayesian information criterion (BIC) were considered. The basal area per hectare did not show a significant correlation with any of the explanatory variables used. The best models were adjusted to tree mean height per plot (R2 = 0.4; RMSE = 13%) and to wood volume per hectare (R2 = 0.6; RMSE = 42%). The metrics derived from the Landsat 5 TM sensor have great potential to explain variation in the mean height of trees and in the wood volume per hectare, in remaining areas of the tropical dry forest in the Brazilian Northeast.O objetivo deste trabalho foi ajustar modelos para estimar características dendrométricas da Caatinga brasileira a partir de dados do sensor TM do Landsat 5. Medidas de diâmetro e altura das árvores foram obtidas de 60 parcelas de inventário (400 m2), em dois municípios do Estado de Sergipe. A área basal e o volume de madeira foram estimados com uso de equação alométrica e de fator de forma (f = 0,9). As variáveis explicativas foram obtidas do sensor TM, após correção radiométrica e geométrica, tendo-se considerado, na análise, seis bandas espectrais, com resolução espacial de 30 m, além dos índices de razão simples (SR), de vegetação por diferença normalizada (NDVI) e de vegetação ajustado ao solo (Savi). Na escolha das melhores variáveis explicativas, foram considerados coeficiente de determinação (R2), raiz do erro quadrático médio (RMSE) e critério bayesiano de informação (CBI). A área basal por hectare não apresentou correlação significativa com nenhuma das variáveis explicativas utilizadas. Os melhores modelos foram ajustados à altura média das árvores por parcela (R2 = 0,4; RMSE = 13%) e ao volume de madeira por hectare (R2 = 0,6; RMSE = 42%). As métricas derivadas do sensor TM do Landsat 5 têm grande potencial para explicar variações de altura média das árvores e do volume de madeira por hectare, em remanescentes de Caatinga situados no Nordeste brasileiro
Land use and land cover changes in the Sergipe semiarid region
No presente estudo, foi realizada uma análise temporal do uso e da cobertura da terra na região semiárida de Sergipe. Para tanto, foram utilizadas imagens dos satélites Landsat-5 TM e Landsat-8 OLI, adquiridas nos anos de 1992, 2003 e 2013. Utilizou-se o algoritmo da máxima verossimilhança, que possibilitou a classificação de seis classes de uso e de cobertura da terra. Para validação dos dados, foi usada uma imagem Spot-5, de alta resolução espacial, como referência de dados para as classes de uso e de cobertura escolhidas. Os resultados indicam um aumento de mais de 26% do desmatamento da vegetação nativa na área de estudo. A vegetação da Caatinga foi a mais impactada, a maioria convertida em novas pastagens. Além disso, observou-se que o aumento do desmatamento na área de estudo ocasionou também uma redução da Caatinga preservada e da regeneração florestal.This study performed a temporal analysis of the land use and coverage in the semiarid region of Sergipe. We used Landsat-5 TM and Landsat-8 OLI satellite images acquired in 1992, 2003 and 2013. The maximum likelihood algorithm was used to detect six classes of land use and land coverage. We used a high spatial resolution Spot-5 scene as reference data to validate the assigned land use and coverage classification. Our results indicate that deforestation of native vegetation increased approximately 26% in the study area. The Caatinga vegetation was the most impacted, mostly converted to pastureland. In addition, it was observed that the deforestation increase in the study area negatively affected the preserved Caatinga secondary regrowth
Assessment of digital elevation models to obtain morphometric characteristics in relief transition region
The purpose of this study was to evaluate the performance of Digital Elevation Models (DEMs) in the morphometric characterization of a basin located in a transitional region between the São Francisco Plateau, São Francisco Depression and Espinhaço Range reliefs. For the study, four DEMs were generated by interpolation of the SRTM data and topographic maps, using the Topo To Raster interpolator with and without mapped hydrography support, available in ArcGIS® 9.3 software. Another DEM was obtained from the SRTM original data. From the generated DEMs, the morphometric characteristics of the basin were determined and compared to those obtained from topographic maps, denominated reference (REF), by means of percentage errors. The evaluation was also performed in a qualitative way, comparing the drainage and the basin delineations. In general, the DEMs obtained with the support of the mapped hydrography (SRTM-TRH and CT-TRH) provided the best results, with small errors, mainly for the main morphometric characteristics of the basin, drainage area and main river length, which ranged from 0.38 to 1.12% and 5.28 to 7.07%, respectively. On the other hand, the DEMs generated without the support of the mapped hydrography (SRTM-O, SRTM-TR and CT-TR) presented major errors mainly in determining the drainage area and length of the main river, which varied from 18.1 to 26.6% and 26.7 to 34.4%, respectively. These occurred due to a deviation of the main river in the São Franciscana Depression region, which allows us to conclude on the necessity and importance of evaluating DEMs before their use.Objetivou-se com este estudo, avaliar o desempenho de MDEs na caracterização morfométrica de uma bacia hidrográfica situada em região de transição entre os relevos Planalto São Franciscana, Depressão São Franciscana e Serra do Espinhaço. Para o estudo, foram gerados quatro MDEs por interpolação dos dados do SRTM e de cartas topográficas, utilizando o interpolador Topo To Raster com e sem suporte da hidrografia mapeada, disponível no software ArcGIS® 9.3. Outro MDE foi obtido a partir dos dados originais do SRTM. A partir dos MDEs gerados, determinaram-se as características morfométricas da bacia e comparou-as àquelas obtidas de cartas topográficas, denominadas de referência (REF), por meio da determinação de erros percentuais. A avaliação também foi realizada de maneira qualitativa comparando as drenagens e as delimitações da bacia. De um modo geral, os MDEs obtidos com o suporte da hidrografia mapeada (SRTM-TRH e CT-TRH) proporcionaram os melhores resultados, com pequenos erros, principalmente, para as principais características morfométricas da bacia, área de drenagem e comprimento do rio principal, os quais variaram de 0,38 a 1,12% e 5,28 a 7,07%, respectivamente. Por outro lado, os MDEs gerados sem o suporte da hidrografia mapeada (SRTM-O, SRTM-TR e CT-TR) apresentaram grandes erros, principalmente, na determinação da área de drenagem e comprimento do rio principal, os quais variaram de 18,1 a 26,6% e 26,7 a 34,4%, respectivamente. Esses ocorreram em razão de um desvio do rio principal na região da Depressão São Fransciscana, o que nos permite concluir sobre a necessidade e importância de se avaliar MDEs antes de sua utilização
Avaliação de modelos de afilamento não-segmentados na estimação da altura e volume comercial de Eucalyptus sp.
This work aimed to evaluate different taper models in the estimate of the merchantable height and volume and along the bole volumes of Eucalyptus sp., to the obtention of multiproducts. Considering the data of rigorous scaling of trees of Eucalyptus sp. with 16 years-old, it was appraised the models of taper of Demaerschalk (1972), Ormerod (1973), Schöepfer (1966), Hradetzky (1976), Garay (1979) and Biging (1984). Based on graphical analysis of the residues and on the statistics bias (B), average of the differences (MD) and deviation pattern of the differences (DPD), it could be verified that, in the estimate of the merchantable height and volume of the models, Biging, Schöepfer and Hradetzky presented the best results, followed by the models of Garay, which have also shown good results. In general, considering the treatment of the volumes of the logs, the Biging model presented the best resuts.Este trabalho teve como objetivo avaliar diferentes modelos de afilamento na estimativa da altura comercial, volume comercial e volumes ao longo do fuste de Eucalyptus sp. para a obtenção de multiprodutos. Com base em dados de cubagem rigorosa de árvores-amostras com idade de 16 anos, foram avaliados os modelos de afilamento de Demaerschalk (1972), Ormerod (1973), Schöepfer (1966), Hradetzky (1976), Garay (1979) e Biging (1984). Baseado na análise gráfica dos resíduos e nas estatísticas bias (B), média das diferenças (MD) e desvio-padrão das diferenças (DPD), verificou-se que, para estimativa da altura comercial e do volume comercial os modelos de Biging, Schöepfer e Hradetzky apresentaram os melhores resultados, acompanhados do modelo de Garay que apresentou melhora considerável para o volume comercial. De forma geral, nas condições estudadas, o modelo de Biging apresentou maior estabilidade na estimativa dos volumes ao longo do fuste
Variabilidade espacial da sazonalidade da chuva no semiárido brasileiro
A chuva é um dos principais reguladores dos processos biogeoquímicos de uma região e o entendimento da sua variabilidade espacial e da sua sazonalidade ao longo ano, é fundamental para o gerenciamento dos recursos hídricos e planejamento agrícola do Semiárido brasileiro. Foi avaliada a variabilidade sazonal da chuva no Semiárido brasileiro sob três condições: i) a média mensal das séries temporais, ii) ano considerado mais chuvoso (2009) e o ano considerado mais seco (2012). Informações diárias de chuva foram obtidos da base de dados da Agência Nacional de Águas (ANA) e a partir deles, foram calculadas os valores totais precipitados nos meses e no ano, a entropia relativa (Dk), o índice de sazonalidade (Sk), o tempo característico da chuva (Ck) e a duração da estação chuvosa (Zk). Essas variáveis foram espacializadas para toda a região semiárida de modo à possibilitar a interpretação da variabilidade espacial a partir de técnicas de geoestatística. A magnitude do coeficiente de variação das variáveis foram semelhantes entre a média das séries temporais, o ano mais chuvoso e o ano mais seco, exceto para o Ck e a Zk no ano mais seco. O modelo de semivariograma esférico foi quem melhor representou a variabilidade espacial da maioria das variáveis estudadas. Na parte central do semiárido, mesmo no ano mais chuvoso, ocorreram os menores valores anuais de chuva. As medidas estatísticas de sazonalidade e variabilidade interanual da chuva utilizadas neste estudo mostraram um desempenho satisfatório na caracterização do comportamento das chuvas na região semiárida do Brasil
PRECIPITAÇÃO ESTIMADA POR SENSORIAMENTO REMOTO NO ESTADO DE SERGIPE
Atualmente, dados de sensoriamento remoto, como os do Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM), vem sendo utilizados para monitorar a distribuição da chuva no tempo e no espaço. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade dos dados da precipitação pluvial estimada pelo produto 3B43-TRMM no estado de Sergipe, nas escalas mensal e anual, entre 1998 e 2013. Os valores pontuais estimados pelo TRMM foram comparados com os dados de precipitação obtidos em 13 postos pluviométricos da Agência Nacional de Águas (ANA). Os indicativos estatísticos considerados foram o coeficiente de determinação (R²), erro médio absoluto (EMA), raiz do erro quadrado médio (REQM) e índice de concordância de Willmott (d). Os valores de R² foram de 0,49 e 0,16 nas escalas mensal e anual, respectivamente. Para a escala de tempo mensal as melhores estimativas do produto TRMM foram encontradas na região Semiárida do estado de Sergipe, com valores de R², EMA, REQM e d iguais a 0,54, 27,18 mm e 38,71 mm e 0,83, respectivamente.Palavras-chave: 3B43-TRMM; climatologia; hidrologia; chuva. ANALYSIS OF ESTIMATED PRECIPITATION DATA BY REMOTE SENSING IN THE SERGIPE STATE ABSTRACT: Currently, remote sensing data, such as that of the Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM), has been used to monitor the distribution of rain over time and space. The objective of this work was to evaluate the quality of the rainfall data estimated by the product 3B43-TRMM in the state of Sergipe, on the monthly and annual scales, between 1998 and 2013. The point values estimated by the TRMM were compared with the precipitation data obtained in 13 pluviometric stations of the National Water Agency (ANA). The statistical indications considered were the coefficient of determination (R²), mean absolute error (EMA), root of the mean square error (REQM) and Willmott's agreement index (d). The R² values were 0.49 and 0.16 on the monthly and annual scales, respectively. For the monthly time scale, the best estimates of the TRMM product were found in the semi-arid region of the state of Sergipe, with values of R², EMA, REQM and d equal to 0.54, 27.18 mm and 38.71 mm and 0.83, respectively.Keywords: 3B43-TRMM, climatology; hydrology; rain
Estimativa de Profundidade do Estuário do Rio Poxim – SE com Dados do Sensor TM Landsat 05
A batimetria de um corpo d’água normalmente é estimada através de levantamentos batimétricos. Apesar de ser um método muito utilizado, os levantamentos batimétricos demandam tempo e diversos equipamentos, tornando-o oneroso e passível de erros. O objetivo principal deste estudo foi estimar a batimetria do estuário do rio Poxim a partir de técnicas de Sensoriamento Remoto e análises estatísticas de regressão. O trabalho foi realizado no estuário do rio Poxim, localizado na bacia hidrográfica do Rio Sergipe, na cidade de Aracaju - SE. Foram ajustados modelos de regressão entre os valores batimétricos e as bandas espectrais do satélite Landsat5 TM e o índice da diferença normalizada da água. A avaliação dos modelos ajustados foi realizada pela análise de significância dos coeficientes, do coeficiente de determinação (r²), da raiz do erro quadrado médio (REQM) e da validação cruzada. A melhor correlação foi observada entre os valores de batimetria e a banda espectral do comprimento de onda do infra-vermelho próximo, com valor de 0,71. O melhor ajuste foi encontrado com a utilização do modelo linear, com r² igual a 0,6 e REQM de 33% (0,46 metros) na etapa de calibração e r² igual 0,53 e REQM de 0,51 metros (37%) na validação. Pode-se concluir que o modelo de batimetria, ajustado a partir de dados de Sensoriamento Remoto, pode ser utilizado para estimar de forma satisfatória os valores de batimetria do estuário do rio Poxim
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