35 research outputs found

    Feminism, Psychology and Social Justice: A possible meeting? An Interview with Michelle Fine

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    Michelle Fine is a Feminist Psychologist Researcher and has contributed strongly in the past two decades to the Qualitative and Participatory Methodologies field, with special attention to Critical-Participatory-Action-Research (CPAR). Her research in Social Psychology and Education puts into question the positions of power and privilege, concepts such as social justice/injustice, the intersectional reading of gender, class, race, generation, and the notion of solidarity

    Encontros do feminismo: uma análise do campo feminista brasileiro a partir das esferas do movimento, do governo e da academia

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências HumanasEste trabalho analisa as tensões, impasses e desafios teórico-políticos no feminismo brasileiro contemporâneo. Sob diversas perspectivas a bibliografia disponível sobre os vários feminismos que estiveram presentes no Brasil a partir de 1975 nos encaminham para compreender o mesmo como sinônimo do movimento, atribuindo-lhe um caráter generalizante (ZUCCO, 2006, SOIHET, 2006). Para tratar do feminismo brasileiro de uma perspectiva distinta, utilizo-me da noção de campo, em diálogo com Lia Zanotta Machado (1994 e 1998) e Marlise Matos (2005) que a discutem a partir da idéia de campo bourdiano. Para efeitos analíticos, compreendi o campo feminista a partir da construção de três categorias, que denominei de esferas feministas# da academia, do movimento e do governo, consciente de que as mesmas se interligam e imbricam. Ao considerar que o campo feminista possuía claramente estes três âmbitos, pude percorrê-los com mais clareza, e buscar em cada um deles suas especificidades, tensões internas e interfaces com os outros dois. Para analisá-los focalizei importantes espaços de debate e construção de idéias e ações do campo. Dentre estes, elegi, a partir de uma perspectiva etnográfica, os grandes encontros nacionais acadêmico, governamental e do movimento feminista, entre os anos de 2004 e 2006, enquanto eventos paradigmáticos, com ênfase nas falas e outras manifestações narrativas (PEIRANO, 2001). Cada um dos encontros foi analisado em três capítulos distintos, divididos a partir das categorias arbitrárias do movimento, do governo e da academia, orientando as análises sobre cada uma destas esferas, de forma a expressar tanto as suas particularidades quanto suas imbricações. Algumas das questões feministas que enumerei circulavam em torno de conceitos como igualdade, direitos, autonomia, democracia e constituição de sujeitos políticos. Dentre as tensões mais aparentes estavam a disputa por legitimidade dos sujeitos políticos, por pautas específicas dos distintos segmentos, e a questão da militância na academia, desvelando o debate sobre fazer (ou não) ciência engajada. Se por um lado, há uma disputa por hegemonia no campo (LACLAU E MOUFFE, 1985), os caminhos e argumentos utilizados são contingenciais (BUTLER, 1998). O estatuto do sujeito, discutido de maneira ampla, e fonte de disputas teóricas # pós-modernas, pós-estruturalistas e modernas # reverbera no debate feminista, nas três esferas, de formas específicas e inter-relacionais. Além disso, o paradoxo da diferença sexual continua sendo utilizado nas argumentações em prol de cidadania para as mulheres (SCOTT, 2002). This paper examines the tensions, impasses and political-theoretical challenges in the Brazilian contemporary feminism. Under various perspectives the literature available on the various feminisms that have been present in Brazil since 1975 leads us to understand it as a synonym of the movement, giving it a generalizing character (ZUCCO, 2006, SOIHET, 2006). To deal wit h the brazilian feminism in a distinct way, I use the concept of field, in dialogue with Lia Zanotta Machado (1994 and 1998) and Marlise Matos (2005) which discuss this from the idea of a #Bourdieu# field. For analytical purposes, Iunderstood the feminist scope from the construction of three categories, which I named "feminist spheres" of the academy, the movement and the government, aware that they imbricate and interconnect. When considering that the feminist field had clearly these three areas, I could see them with more clarity, and seek in each one their specificities, internal tensions and interfaces with the other two. To analyse them I focused important space for debate and construction of ideas and actions of the field. Among these, elected from an ethnographic perspective, the major national meetings academic, government and the feminist movement, between the years of 2004 and 2006, while paradigmatic events, with emphasis on the conferences and other narrative events (PEIRANO, 2001). Each one of the meetings was discussed in three separate chapters, divided from arbitrary categories of the movement, the government and the academy, orienting the analyses on each of these spheres, in order to express both their peculiarities as their imbrications. Some of the feminist issues that I listed circulated around concepts such as equality, rights, autonomy, democracy and formation of political subjects. Among the most apparent tensions were the dispute on legitimacy of political subjects, for specific guidelines to distinct segments, and the issue of militancy in the academy, unveiling the debate on doing (or not doing) engaged science. If in one side, there is a dispute for hegemony in the field (LACLAU and MOUFFE, 1985), the paths and arguments used are contingencies (BUTLER, 1998). The status of the subject, discussed in ample ways and source of theoretical disputes # modern, post-modern and post-structuralism # reverberates on the feminist debate in the three spheres, by specific and inter-relational forms. Moreover, the paradox of sexual difference is still used in arguments in favor of citizenship for women (SCOTT, 2002)

    “Menina, fecha as pernas” e outras questões de gênero

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    Este artigo se propõe a discutir questões referentes ao controle do corpo feminino e os entraves provocados no (não) exercício da autonomia[i] das mulheres (sobre seu corpo e sua sexualidade), atentando para os discursos que dão sustentação para esse tipo de opressão[ii] tão entranhada em nosso cotidiano. Parte da análise de duas oficinas sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos com mulheres e homens jovens que fazem parte do Clube de Mães de uma Comunidade na Periferia do Recife – PE, cujo nome fictício é Alto do Paraíso. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com análise temática dos diálogos produzidos nas oficinas, a partir de um referencial feminista pós-estruturalista (Butler, 2003; Haraway,1995). Pretende-se com este artigo debater sobre questões em torno do saber psi no campo da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos, questionando as regulações de gênero que controlam e normatizam o exercício da sexualidade por parte de mulheres e homens jovens.

    Artivismos em movimentos coletivos de dissidências sexuais e de gênero: entre dissensos e a insurgência das (cri)ações de resistência a heteronormatividade de Recife para o novo mundo

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    Este artigo trata de alguns dos resultados da minha pesquisa de mestrado (MEIRA, 2019), acontecida de 2017 a 2019, sobre organização coletiva sexodissidente e ações artivistas construídas por cinco coletivos recifenses que estavam (e ainda estão) movimentando o campo das dissidências sexuais e de gênero na cidade do Recife, sendo estes: “monstruosas”, “distro dysca”, “infecciosxs”, “ocupe sapatão” e “hypnos”; buscando analisar dissensos e tensões presentificadas em tais ações e coletivos, e focando em características e especificidades como: articulações coletivas autogeridas, a perspectiva anticapitalista e a não-institucionalização. Desse modo, a pesquisa caminhou em torno das relações indissociáveis entre o campo da sexualidade e processos micro e macro políticos

    Estudos de gênero na Psicologia Brasileira - perspectivas e atuações da terceira geração

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    Buscamos neste texto mapear e refletir sobre a terceira geração de pesquisadores na área de gênero na psicologia brasileira, articulando estes à inserção dos estudos de masculinidades e estudo queers em seus núcleos de pesquisa. Esta geração, da qual os autores e autora deste artigo participam é constituída por pesquisadoras(es) alocados em um campo já organizado, o qual já vem utilizando a categoria gênero, há alguns anos reconhecida nas ciências sociais e humanas. Faz-se importante observar que um dos principais papéis desta geração tem sido divulgar e aprofundar as conquistas tanto teóricas quanto metodológicas geradas pelas primeiras gerações. De um modo geral podemos apontar que a terceira geração reflete a atual valorização da pluralidade, da valorização de novos sujeitos do campo feminista no Brasil trazendo temáticas para investigação que são foco da busca da legitimidade nas novas configurações dos movimentos feministas brasileiros.The aim of this text is mapping and reflecting on the third generation of Brazilian researchers in gender psychology, doing an articulation with the integration of masculinities studies and queer studies on these groups of research. This generation, to which the authors of this paper belong, consists of groups of researchers already enrolled in an organized field, in which they use the gender category, concept recognized in the social sciences and humanities a long time ago. It is important to take into account that one of the main roles of this generation has been spreading and deepening the achievements, both theoretical and methodological, attained by earlier generations. In general, we can state that the third generation reflects the current value of plurality, the appreciation of new subjects on the feminism field on Brazil, bringing topics for research focused on the search for legitimacy in the new configurations of the Brazilian feminist movement

    GRAVIDEZ E MATERNIDADE NA ADOLESCÊNCIA E SUAS REPERCUSSÕES NO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO

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    Este trabalho tem como objetivo geral compreender os significados da gravidez para jovens grávidas ou mães em contexto de escolas públicas e particulares, considerando, assim, diferentes níveis socioeconômicos. De modo específico, a pesquisa busca conhecer as mudanças ocorridas na vida das jovens grávidas e-ou mães e identificar os desafios que elas enfrentam no processo de escolarização. A metodologia inspira-se no campo de pesquisa qualitativa, que preza pelos significados construídos acerca das vivências. Adota-se o procedimento de entrevistas semiestruturadas, com sete jovens, sendo três grávidas e quatro mães. A análise das entrevistas permitiu chegar aos seguintes pontos de reflexão: a família e a escola atuam como rede de apoio social para a efetivação da continuidade da escolarização dessas jovens; a desigualdade de gênero e de classe incide como enredamento na vida da jovem pobre; as jovens de camada média conseguem se manter por mais tempo na escola, pois a família se encontra em melhores condições para sustentar um projeto de vida para a jovem centrado na escolarização e relativiza a obrigatoriedade do casamento. As jovens pobres retardam seu projeto de retornar à escola, pois elas terão de arcar com os cuidados com a casa e as crianças, tarefas que se tornam prioritárias e difíceis de dividir com o esposo. Palavras-chave: Gravidez na adolescência. Escolarização. Educação Sexual

    GRAVIDEZ E MATERNIDADE NA ADOLESCÊNCIA E SUAS REPERCUSSÕES NO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO

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    Este trabalho tem como objetivo geral compreender os significados da gravidez para jovens grávidas ou mães em contexto de escolas públicas e particulares, considerando, assim, diferentes níveis socioeconômicos. De modo específico, a pesquisa busca conhecer as mudanças ocorridas na vida das jovens grávidas e-ou mães e identificar os desafios que elas enfrentam no processo de escolarização. A metodologia inspira-se no campo de pesquisa qualitativa, que preza pelos significados construídos acerca das vivências. Adota-se o procedimento de entrevistas semiestruturadas, com sete jovens, sendo três grávidas e quatro mães. A análise das entrevistas permitiu chegar aos seguintes pontos de reflexão: a família e a escola atuam como rede de apoio social para a efetivação da continuidade da escolarização dessas jovens; a desigualdade de gênero e de classe incide como enredamento na vida da jovem pobre; as jovens de camada média conseguem se manter por mais tempo na escola, pois a família se encontra em melhores condições para sustentar um projeto de vida para a jovem centrado na escolarização e relativiza a obrigatoriedade do casamento. As jovens pobres retardam seu projeto de retornar à escola, pois elas terão de arcar com os cuidados com a casa e as crianças, tarefas que se tornam prioritárias e difíceis de dividir com o esposo. Palavras-chave: Gravidez na adolescência. Escolarização. Educação Sexual

    'Saias justas' de pesquisadoras em formação ensinam sobre o 'fazer etnográfico'

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