98 research outputs found

    Ocorrência de diabetes melito em mulheres com hiperglicemia em gestação prévia

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    OBJECTIVE: To estimate the prevalence of glucose intolerance (diabetes mellitus and impaired glucose tolerance) in women who had their glucose tolerance evaluated and followed up during pregnancy. METHODS: Over the last 12 years since the index pregnancy, from a total of 3,113 pregnant women seen in an obstetrics clinic, 551 were randomly selected and proportionally to the number of women in each group. Of these, 529 could be evaluated and had been classified as follows: 250 in group IA (normal glucose tolerance); 120 in group IB (daily hyperglycemia); 72 in group IIA (abnormal oral glucose tolerance test); and 87 in group IIB (abnormal oral glucose tolerance test and daily hyperglycemia). The evaluation consisted of measuring fasting plasma glucose and when the results ranged between 6.1 and 6.9 mmol/L, patients were submitted to oral glucose tolerance test. RESULTS: Prevalence of diabetes mellitus was: IA, 1.6%; IB, 16.7%; IIA, 23.6%; and IIB, 44.8% (IA < [IB=IIA]OBJETIVO: Verificar a freqüência com que ocorria intolerância à glicose (diabetes melito e tolerância à glicose diminuída) em mulheres cuja gestação foi acompanhada e avaliada quanto à tolerância à glicose. MÉTODOS: Num período de até 12 anos da gestação-alvo, de um total de 3.113 gestantes acompanhadas em um serviço de obstetrícia, 551 foram selecionadas por meio de um processo randômico, proporcional à representação dos grupos. Foram avaliadas 529, assim constituídas: 250 normotolerantes à glicose, grupo IA; 120 com hiperglicemia diária, grupo IB; 72 com o teste oral de tolerância à glicose alterado, grupo IIA; e 87 com o teste oral de tolerância à glicose alterado e hiperglicemia diária, grupo IIB. A avaliação constava da medida da glicemia de jejum, que entre 110 e 125 mg/dL, era seguida pelo teste oral de tolerância à glicose. RESULTADOS: A freqüência de ocorrência de diabetes foi 1,6, 16,7, 23,6 e 44,8% nos grupos IA, IB, IIA e IIB, respectivamente (I

    Análise da espessura da coroide na gestação utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral

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    Objetivo: Avaliar a espessura da coroide no terceiro trimestre de gestação em pacientes sem comorbidades, com pré-eclâmpsia (PE) e com diabetes melito (DM) utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral (SD-OCT). Métodos: Estudo transversal que incluiu 306 olhos de 153 mulheres divididas em 6 grupos: 34 mulheres não grávidas saudáveis, 27 gestantes saudáveis, 47 gestantes com PE e 45 gestantes com DM, sendo 15 com diabetes melito gestacional (DMG), 16 com DM tipo 2 (DM2) e 14 com DM tipo 1 (DM1). Todas as gestantes estavam no terceiro trimestre de gestação. As medidas de espessura da coroide foram realizadas utilizando SD-OCT em 10 localizações: subfoveal e a cada 500μm até 2000μm nasal à fovea e 2500μm temporal à fóvea. Resultados: Não houve diferença nas medidas de espessura da coroide entre o grupo de mulheres não grávidas e o grupo de gestantes saudáveis. Ao comparar a espessura da coroide entre gestantes saudáveis e gestantes com DMG, DM2, DM1, pacientes com DM1 apresentaram coroides mais finas em todas as localizações, com significância estatística nas medidas subfoveal e temporais. Gestantes com DMG e DM2 não apresentaram diferença nas medidas de espessura da coroide em comparação com gestantes saudáveis. Ao comparar o grupo de gestantes saudáveis com o grupo de gestantes com PE, as medidas de espessura da coroide foram maiores no grupo de gestantes com PE, com significância estatística nas medidas nasais. Ao dividir as gestantes com PE conforme critérios de gravidade, pacientes com PE grave apresentaram uma tendência a terem coroides mais espessas em comparação com pacientes com PE leve e gestantes saudáveis. Pacientes com PE e descolamento seroso de retina (SRD) apresentaram coroides significativamente mais espessas em todas as localizações em comparação com pacientes com PE sem SRD. Conclusões: Por ser um exame rápido, seguro e não invasivo, a OCT é ideal para a análise da coroide durante o período gestacional. A gestação sem x intercorrências não modificou a espessura da coroide em pacientes no terceiro trimestre, em comparação com mulheres não grávidas. Gestantes com DM1, por outro lado, apresentaram coroides mais finas em comparação com gestantes saudáveis, provavelmente pelas alterações decorrentes da coroidopatia diabética. Gestantes com PE apresentaram coroides mais espessas em comparação com gestantes saudáveis, com significância estatística nas medidas nasais. Já pacientes com SRD apresentaram coroides marcadamente mais espessas em todas as localizações. Podemos concluir, a partir destes achados, que a PE cursa com um espessamento da coróide, que se inicia na região peripapilar. Com a progressão do desbalanço, toda a coróide torna-se espessada.Objective: To analyze choroidal thickness of healthy pregnant women and pregnant women with preeclampsia (PE) and diabetes mellitus (DM) in the third trimester using spectral domain optical coherence tomography (SD-OCT). Methods: This cross-sectional study included 306 eyes of 153 women divided into 6 groups: 34 healthy non-pregnant women, 27 healthy pregnant women, 47 pregnant women with PE and 45 pregnant women with DM, 15 of them with gestational diabetes mellitus (GDM), 16 with type 2 DM and 14 with type 1 DM. All pregnant women were in the third trimester of pregnancy. Choroidal thickness was measured using SD-OCT at ten different locations: at the fovea and every 500μm from the fovea up to 2500μm temporally and up to 2000μm nasally. Results: There were no significant differences in choroidal thickness between healthy non-pregnant women and healthy pregnant women in the third trimester. Choroid tended to be thicker in subjects with preeclampsia in comparison with healthy pregnant women, with statistical significance in nasal measures. Dividing PE group accordingly disease severity, women with severe preeclampsia tended to have thicker choroids in comparison with mild preeclamptic and healthy pregnant women. Choroid was also significantly thicker in preeclamptic patients with serous retinal detachment (SRD) in comparison with preeclamptic patients without SRD. The choroidal thickness comparison between healthy pregnant women and pregnant women with GDM, type 2 DM and type 1 DM showed a thinner choroid in patients with type 1 DM in all locations, with statistical significance in subfoveal and temporal measurements. No differences were found in choroidal thickness between healthy pregnant women and pregnant women with GDM and type 2 DM. Conclusions: EDI-OCT is a fast, noninvasive and safe method for choroid analysis during pregnancy. Pregnancy did not change choroidal thickness in third trimester patients compared to nonpregnant women. Pregnant women with type 1 DM had significantly thinner choroidal thickness measurements on subfoveal xii and temporal locations, probably due to diabetic choroidopathy modifications. Choroid tends to be thicker in patients with preeclampsia, with statistical significance only in nasal measures. In patients with SRD, however, choroid is markedly thicker at all points analyzed. From these findings we can hypothesize that preeclampsia can cause a choroidal thickening, which begins in the peripapillary area. As the imbalance increases, the entire choroid becomes thickened

    Avaliação da adesão ao rastreamento para disglicemia após o parto em pacientes com história de diabetes gestacional

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    Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2021.Introdução: O diabetes melito gestacional (DMG) tem prevalência de 3 a 25%. Mulheres com DMG têm risco ao menos 7 vezes maior de desenvolver DM2 ao longo dos anos. As principais diretrizes recomendam rastreamento para DM2 entre 6-12 semanas pós- parto nas mulheres com história de DMG. A proporção de mulheres avaliadas é baixa em todo o mundo e diversos estudos trazem propostas para melhorar o desempenho do rastreamento. Essas propostas, por sua vez, devem estar fundamentadas na compreensão dos fatores relacionados à baixa adesão e desempenho do rastreamento após o parto Objetivos: Avaliar a adesão ao rastreamento para DM2 em mulheres com história de DMG acompanhadas no Hospital Regional de Taguatinga e comparar o desempenho da glicemia de jejum (GJ) e do teste oral de tolerância à glicose (TOTG) em relação à adesão ao rastreamento pós-parto. Métodos: Estudo randomizado, prospectivo, dividido em 2 etapas. Durante a gestação, foi aplicado questionário e realizada a randomização para o teste a ser realizado no pós-parto (GJ ou TOTG). Na consulta de pós-parto, foram colhidas informações sobre as mulheres que retornaram. Resultados: foram incluídas 110 mulheres e 33 (30%) realizaram o teste após o parto e retornaram para avaliação. Não houve diferença significativa da frequência de retorno de acordo com o teste realizado (GJ: 32% vs TOTG: 28,3%). A presença DMG prévio associou-se a maior chance de retorno para avaliação de disglicemia após o parto (razão de chances de 5,344 IC95% 1,403 – 20,408 p < 0,05). Em modelo de regressão logística, DMG prévio, valor da GJ e preferir realizar o TOTG foram associados significativamente a chance de retorno para avaliação de disglicemia após o parto. Entre as mulheres randomizadas para avaliação de disglicemia após o parto com TOTG, a utilização de carro como meio de transporte foi associada significativamente à chance de retorno (p = 0,006). Na avaliação glicêmica, em 12,1% das participantes foi definido pré-DM e em 3,0%, DM2. A GJ perdeu 5,88% dos diagnósticos quando comparada com o TOTG. O peso da mulher na consulta de retorno associou-se significativamente à ocorrência de disglicemia pós-parto, com aumento da chance de pré-DM2 ou DM2 em 1,097 para cada 1 kg de peso. Conclusão: a escolha de GJ como teste de rastreamento não influenciou frequência de retorno para avaliação de disglicemia pós-parto entre mulheres com DMG. São necessários estudos adicionais para esclarecer o impacto do tipo de teste glicêmico sobre a adesão ao rastreamento pós-parto e sobre o desempenho diagnóstico.Introduction: Gestational diabetes (GD) has a prevalence of 3 to 25%. Women with GDM are at least 7 times more likely to develop type 2 diabetes (T2D) over the years. The main guidelines recommend screening for T2D between 6-12 weeks postpartum in women with a history of GD. The frequency of screening is low worldwide and several studies have proposed tools to improve its performance. The latter should ideally be preceded by increasing the understanding of the factors associated with poor screening results. Objectives: To assess adherence to screening for T2D in women with a history of GD followed at the Regional Hospital of Taguatinga, in addition to compare the performance of fasting glucose (FG) and the oral glucose tolerance test (OGTT) in relation to adherence to screening postpartum. Methods: Randomized, prospective study, divided into 2 phases. During pregnancy, a questionnaire was applied, and the participants were randomized to receive FG or OGTT. At the time of testing information was collected the women who returned. Results: A total of 110 women were included and 33 (30%) returned after delivery for glucose testing and evaluation. There was no significant difference in the frequency of return according to the test performed (FG: 32% vs OGTT: 28.3%). Previous GD was associated with a greater chance of returning for dysglycemia screening after delivery (odds ratio of 5.344 95% CI 1.403 - 20.408 p <0.05). Logistic regression analisys indicated that previous GD, FG, and OGTT preference were significantly associated with the chance of returning. Among women randomized to assess dysglycemia after delivery with TOTG, the use of a car as a means of transportation was significantly associated with the chance of returning (p 0.006), when compared with public transportation. A total of 12.1% of the participants were classified as having prediabetes and 3.0% as having T2D. FG lost only 5.88% of disglycemia diagnoses when compared to OGTT. Higher weight at the return visit was significantly associated with the occurrence of postpartum dysglycemia, with an increase in the chance of prediabetes or T2D by 1.097 for each increase of 1 kg in body weight. Conclusion: the choice of FG as a screening test did not influence the frequency of returning for the assessment of postpartum dysglycemia among women with GD. Additional studies are needed to clarify the impact of the type of glycemic test on adherence to postpartum screening and on diagnostic performanc

    Macrossomia fetal como consequência da diabetes mellitus gestacional

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    Diabetes mellitus gestacional (DMG) é qualquer grau de intolerância à glicose, que é reconhecido inicialmente na gestação e que pode continuar ou não após o parto. O DMG está associado a hiperglicemia fetal, condição que leva a alguns distúrbios como prematuridade, hipertrofia das células beta pancreáticas, hiperinsulinismo e risco de desenvolver diabetes e obesidade no concepto. O diabetes mellitus quando surge na gravidez aumenta o risco de complicações clínicas tanto para a mãe quanto para o feto. O diagnóstico apresenta duas fases: o rastreamento e a confirmação. As gestantes diabéticas quando não fazem o tratamento correto, apresentam vários riscos, principalmente feto macrossômico. A macrossomia fetal é definida por peso ao nascimento igual ou superior a 4.000g. Representa um risco elevado de morbimortalidade materna e perinatal. Orientações nutricionais devem ser fornecidas as gestantes, junto com outras estratégias de controle do diabetes gestacional, evitando nascimento de macrossômicos e também reduzindo intercorrências consequentes

    A gravidez complicada pelo diabetes mellitus - análise dos resultados maternos e perinatais

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    Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal de Santa Catarina. Curso de Medicina. Departamento de Tocoginecologia

    Efetividade da prática do Reiki em gestantes diabéticas: protocolo de ensaio clínico randomizado

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    The aim was to outline the protocol of a randomized clinical trial (RCT) with the objective of identifying the effectiveness of the practice of Reiki in diabetic pregnant women. 150 pregnant women with diabetes were included and randomized into three groups: control/placebo group (mimicking of Reiki therapy), intervention (with face-to-face Reiki therapy technique) and remote intervention (with remote Reiki therapy) in the period of March from 2016 to December 2018. The intervention comprised seven Reiki sessions compared to the simulation of laying on of hands, in person or at a distance. Quality of life and anxiety will be measured, in addition to perinatal outcomes such as: gestational age at birth, Apgar score, birth weight, classification of gestational age at birth (term or preterm), classification of newborn weight by gestational age, type of care (joint accommodation, nursery and NICU) and perinatal death. Statistics will comprise a descriptive analysis with the calculation of mean and standard deviation for quantitative variables and frequencies and percentages for categorized variables. The literature has few works on Reiki in the area of ​​obstetrics, highlighting the need to carry out studies that introduce integrative and complementary therapies in Brazilian public health.Objetivou-se delinear o protocolo de um ensaio clínico randomizado (ECR) com o objetivo de identificar a efetividade da prática do Reiki em gestantes diabéticas. Foram incluídas 150 gestantes diabéticas que foram randomizadas em três grupos, sendo: grupo controle/placebo (mimetização da terapêutica Reiki), intervenção (com a técnica terapêutica Reiki presencial) e intervenção à distância (com a terapêutica Reiki à distância) no período de março de 2016 a dezembro de 2018. A intervenção compreendeu em sete sessões de Reiki em comparação a simulação de imposição das mãos, de forma presencial ou à distância. Serão mensurados a qualidade de vida e ansiedade, além de desfechos perinatais como: idade gestacional ao nascimento, índice de Apgar, peso ao nascer, classificação da idade gestacional ao nascimento (termo ou pré-termo), classificação do peso do recém-nascido por idade gestacional, tipo de atendimento (alojamento conjunto, berçário e UTI Neonatal) e morte perinatal. A estatística compreenderá uma análise descritiva com o cálculo de média e desvio padrão para variáveis quantitativas e frequências e percentuais para as variáveis categorizadas. A literatura dispõe de poucos trabalhos sobre Reiki na área de obstetrícia, evidenciado a necessidade da realização de estudos que introduzam as terapias integrativas e complementares na saúde pública brasileira

    Avaliação das complicações materno-fetais do diabetes mellitus em gestantes acompanhadas no hospital regional de Sobradinho (HRS-DF)

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    Sabe-se que o diabetes mellitus durante a gestação está relacionado ao aumento de complicações materno-fetais e que apesar de ter tido uma redução significativa da sua morbimortalidade materno-infantil nos últimos tempos, ainda há muitas dificuldades com relação à assistência prestada para este público. Este estudo tem como objetivo avaliar o perfil das gestantes com diabetes mellitus gestacional e com diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2, que tiveram o parto realizado em 2018 no Hospital Regional de Sobradinho-DF (HRS-DF), e correlacioná-lo com as complicações materno-fetais ocorridas. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva e transversal de caráter descritivo. Foram analisados 2142 prontuários de gestantes que fizeram o parto no HRS-DF durante o ano de 2018, sendo selecionados 93 gestantes que tinham diabetes mellitus prévio ou tiveram diagnóstico de diabetes mellitus gestacional. Também foram avaliados os prontuários do recém-nascidos das 93 gestantes respectivamente. As complicações maternas aconteceram em 72,4% das gestantes, com maior prevalência nas com diabetes mellitus tipo 1, destacando-se infecção do trato urinário (26,9%) e doença hipertensiva específica da gravidez (25,8%). As complicações fetais e perinatais acometeram 74,7% das gestações, principalmente nas pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e naquelas que necessitaram de insulina, sendo as principais complicações: macrossomia (6,8%), prematuridade (20,4%), recém-nascido grande para a idade gestacional (26,9%), icterícia (17,8%), hipoglicemia (11,6%) e sepse (11,6%). Os achados do estudo estão em consonância com a literatura, visto a alta morbidade materna, fetal e perinatal ligadas ao diabetes mellitus durante a gestação, mostrando-se ser de extrema importância o rastreamento precoce e o seguimento adequado das gestantes e dos recém-nascidos para a redução da morbimortalidade materna-infantil

    Avaliação das complicações materno-fetais do diabetes mellitus em gestantes acompanhadas no Hospital Regional de Sobradinho (HRS-DF)

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    Sabe-se que o diabetes mellitus durante a gestação está relacionado ao aumento decomplicações materno-fetais e que apesar de ter tido uma redução significativa da suamorbimortalidade materno-infantil nos últimos tempos, ainda há muitas dificuldades comrelação à assistência prestada para este público. Este estudo tem como objetivo avaliar o perfildas gestantes com diabetes mellitus gestacional e com diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2, quetiveram o parto realizado em 2018 no Hospital Regional de Sobradinho-DF (HRS-DF), ecorrelacioná-lo com as complicações materno-fetais ocorridas. Trata-se de uma pesquisaretrospectiva e transversal de caráter descritivo. Foram analisados 2142 prontuários degestantes que fizeram o parto no HRS-DF durante o ano de 2018, sendo selecionados 93gestantes que tinham diabetes mellitus prévio ou tiveram diagnóstico de diabetes mellitusgestacional. Também foram avaliados os prontuários do recém-nascidos das 93 gestantesrespectivamente. As complicações maternas aconteceram em 72,4% das gestantes, commaior prevalência nas com diabetes mellitus tipo 1, destacando-se infecção do trato urinário(26,9%) e doença hipertensiva específica da gravidez (25,8%). As complicações fetais eperinatais acometeram 74,7% das gestações, principalmente nas pacientes com diabetesmellitus tipo 1 e naquelas que necessitaram de insulina, sendo as principais complicações:macrossomia (6,8%), prematuridade (20,4%), recém-nascido grande para a idade gestacional(26,9%), icterícia (17,8%), hipoglicemia (11,6%) e sepse (11,6%). Os achados do estudo estão em consonância com a literatura, visto a alta morbidade materna, fetal e perinatal ligadas ao diabetes mellitus durante a gestação, mostrando-se ser de extrema importância orastreamento precoce e o seguimento adequado das gestantes e dos recém-nascidos para aredução da morbimortalidade materna-infantil

    Diabete melito : diagnóstico, classificação e avaliação do controle glicêmico

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    Diabete e alterações da tolerância à glicose são freqüentes na população adulta e estão associados a um aumento da mortalidade por doença cardiovascular e complicações microvasculares. O diagnóstico destas situações deve ser feito precocemente, utilizando métodos sensíveis e acurados, já que mudanças no estilo de vida e a correção da hiperglicemia podem retardar o aparecimento do diabete ou de suas complicações. O teste oral de tolerância à glicose é o método de referência, considerando-se a presença de diabete ou tolerância à glicose diminuída quando a glicose plasmática de 2 h após a ingestão de 75 g de glicose for ≥ 200 mg/dl ou ≥ 140 e < 200 mg/dl, respectivamente. Quando este teste não puder ser realizado, utiliza-se a medida da glicose plasmática em jejum, considerando-se como diabete ou glicose alterada em jejum quando os valores forem ≥ 126 mg/dl ou ≥ 110 e < 126 mg/dl, respectivamente. A medida da glico-hemoglobina não deve ser utilizada para o diagnóstico, mas é o método de referência para avaliar o grau de controle glicêmico a longo prazo. A classificação etiológica proposta atualmente para o diabete melito inclui 4 categorias: diabete melito tipo 1, diabete melito tipo 2, outros tipos específicos de diabete e diabete gestacional. A classificação do paciente é usualmente feita em bases clínicas, mas a medida de autoanticorpos e do peptídeo C pode ser útil em alguns casos.Diabetes mellitus and other categories of impaired glucose tolerance are frequent in the adult population and are associated with an increased risk for cardiovascular disease and microvascular complications. The diagnosis of these entities should be performed early and using sensitive and accurate methods, since lifestyle changes and correction of hyperglycemia may delay the incidence of diabetes and its complications. Glucose tolerance test is the reference method and the diagnosis of diabetes and impaired glucose tolerance are established when the 2 h plasma glucose after the oral intake of 75 g of glucose is ≥ 200 mg/dl or ≥ 140 and < 200 mg/dl, respectively. When it is not possible to perform this test, fasting plasma glucose levels ≥ 126 mg/dl or ≥ 110 and < 126 mg/dl, respectively, are used to establish the diagnosis of diabetes and impaired fasting plasma glucose. Glycohemoglobin should not be used for the diagnosis but it is the reference method for evaluation of the long term glucose control. The etiological classification of diabetes mellitus includes 4 categories: type 1 diabetes, type 2 diabetes, other specific types of diabetes and gestational diabetes. The assignment of the patient in each category usually is made on clinical grounds, however in some case could be necessary the measurement of C-peptide and auto antibodies

    DIABETE MELITO: DIAGNÓSTICO, CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DO CONTROLE GLICÊMICO

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    Diabetes mellitus and other categories of impaired glucose tolerance are frequent in the adult population and are associated with an increased risk for cardiovascular disease and microvascular complications. The diagnosis of these entities should be performed early and using sensitive and accurate methods, since lifestyle changes and correction of hyperglycemia may delay the incidence of diabetes and its complications. Glucose tolerance test is the reference method and the diagnosis of diabetes and impaired glucose tolerance are established when the 2 h plasma glucose after the oral intake of 75 g of glucose is ≥ 200 mg/dl or ≥ 140and &lt; 200 mg/dl, respectively. When it is not possible to perform this test, fasting plasma glucose levels ≥ 126 mg/dl or ≥ 110 and &lt; 126 mg/dl, respectively, are used to establish the diagnosis of diabetes and impaired fasting plasma glucose. Glycohemoglobin should not be used for the diagnosis but it is the reference method for evaluation of the long term glucose control. The etiological classification of diabetes mellitus includes 4 categories: type 1 diabetes, type 2 diabetes, other specific types of diabetes and gestational diabetes. The assignment of the patient in each category usually is made on clinical grounds, however in some case could be necessary the measurement of C-peptide and auto antibodies.&nbsp;Diabete e alterações da tolerância à glicose são freqüentes na população adulta e estão associados a um aumento da mortalidade por doença cardiovascular e complicações microvasculares. O diagnóstico destas situações deve ser feito precocemente, utilizando métodos sensíveis e acurados, já que mudanças no estilo de vida e a correção da hiperglicemia podem retardar o aparecimento do diabete ou de suas complicações. O teste oral de tolerância à glicose é o método de referência, considerando-se a presença de diabete ou tolerância à glicose diminuída quando a glicose plasmática de 2 h após a ingestão de 75 g de glicose for≥ 200 mg/dl ou ≥ 140 e &lt; 200 mg/dl, respectivamente. Quando este teste não puder ser realizado, utiliza-se a medida da glicose plasmática em jejum, considerando-se como diabete ou glicose alterada em jejum quando os valores forem ≥ 126 mg/dl ou ≥ 110 e &lt; 126 mg/dl, respectivamente. A medida da glico-hemoglobina não deve ser utilizada para o diagnóstico, mas é o método de referência para avaliar o grau de controle glicêmico a longo prazo. A classificação etiológica proposta atualmente para o diabete melito inclui 4 categorias: diabete melito tipo 1, diabete melito tipo 2, outros tipos específicos de diabete e diabete gestacional. A classificação do paciente é usualmente feita em bases clínicas, mas a medida de autoanticorpos e do peptídeo C pode ser útil em alguns casos
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