13 research outputs found

    Remembering Darrell Posey´s Contribution to Ethnobiology and Ethnoecology

    Get PDF
    The main purpose of this article is to provide an account of Darrell Posey’s academic life, from a north-American undergraduate student interested in entomology into one of the main figures and builders of Ethnobiology and major advocate of Indigenous Peoples ‘rights around the world. This short biography highlights his relations with the Kayapó indigenous people and his role in coordinating a decade-long interdisciplinary ethnobiology research project named “The Kayapó Project”. It was mostly through the development of this team effort that he contributed fundamental and long-lasting theoretical, methodological and practical advancements to the field of ethnobiology.

    Plantas Associadas às Fornadas de Quitandas na Comunidade de Santo Antônio do Rio Grande, Sul de Minas Gerais, Brasil

    Get PDF
    “Quitanda” is an African term from quibumbo – kitanda, that means market, cookies, cakes, candy’s board or any other candy made in oven. In the study area, Santo Antônio do Rio Grande, Bocaina de Minas’s district, MG, this term is usually called from various types of cookies and cakes from oral tradition recipes prepared in firewood oven. The data were obtained from survey approach/participant observation and semi- structured interview methods. The firewood to burn in oven is the native wood from the area such as araucaria (Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze) and tarumã (Vitex montevidensis Cham.). The oven brush is made from alecrim-do-campo (Baccharis calvescens D.C.) and mané-josé (Croton migrans Casar.). The plants used as ingredients are cultivated by the community, like the inhame (Colocasia esculenta (L.) Schott.), cará-do-alto (Dioscorea bulbifera L.), and milho (Zea mays L.). The “fornada” tradition to prepare “quitandas” in this area has other implications beyond the food, like social relations and the means of local identity.O termo quitanda tem origem africana, quibumbo – kitanda, que significa mercado ou doces, biscoitos, doces de tabuleiros ou qualquer doce de forno. Na região estudada, Santo Antônio do Rio Grande, distrito de Bocaina de Minas, Minas Gerais, o termo é utilizado para designar os diversos tipos de biscoitos e broas com receitas de tradição oral, preparados nos fornos a lenha. Os dados sobre as plantas associadas à prática das fornadas foram obtidos através de observação participativa e de entrevistas semi-estruturadas. A lenha combustível para aquecer o forno é “a lenha do mato”, isto é, árvores nativas da região como a araucária (Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze), ou o tarumã (Vitex montevidensis Cham.), por exemplo. A vassoura do forno é feita com alecrim-do-campo (Baccharis calvescens D.C.) e mané-josé (Croton migrans Casar.). As plantas utilizadas como ingredientes são cultivadas pela comunidade, como o inhame (Colocasia esculenta (L.) Schott.), o cará-do-alto (Dioscorea bulbifera L.) e o milho (Zea mays L.). A tradição das fornadas para o preparo das quitandas nesta região tem outras implicações além da alimentação, como as relações sociais e o sentido de identidade local

    A INTERDISCIPLINARIDADE NA PESQUISA DE PLANTAS MEDICINAIS DE USO TRADICIONAL

    No full text
    Ethnobotany, ethnopharmacology and other discipline s with ethno (ethnos) are interdisciplinary sciences. Despite the seeming acc eptance of the interdisciplinary concept in theory, in practice some academics seem to have trouble analyzing and incorporating data coming from anthropological observation. Ethnomethodological research involves the observation and registration of folk wisdom regarding the propertie s and use of medicinal plants. This body of traditional knowledge is tied to a community worldv iew. If these are separated (the knowledge and the communal weltanschauung), we run the risk of reductionism. Nevertheless, it is not uncommon that these factors are not taken into consideration when developing a new herbal medication or treatment.A etnobotânica, assim como a etnofarmacologia e ou tras disciplinas que são nomeadas com o prefixo etno do grego ethnos, que significa nação ou povo, estão situadas no ca mpo da interdisciplinaridade. Apesar de diversos autores e vocarem o conceito interdisciplinar da etnociência, na prática verifica-se algumas dificuldades por parte de alguns segmentos acadêmicos para incorporar e tratar dados aparentemente subjetivos, provenientes da observação antropológica. Na pesquisa de plantas medicinais de uso tradicional, através da etnometodologia, informações como usos, manejos e virtudes das plantas estão con textualizadas na cosmovisão da comunidade. Se estes dados forem desvinculados desta realidade, corre-se o risco de uma abordagem reducionista sobre o tema. No entanto, não é raro q ue estas informações sejam desconsideradas quando do desenvolvimento de uma nova droga vegetal ou medicamento fitoterápico

    A resistência à cloroquina e a busca de antimalariais entre as décadas de 1960 e 1980 Chloroquine resistance and the search for antimalarial drugs from the 1960s to 1980s

    No full text
    Em 1961, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a resistência de cepas de Plasmodium à cloroquina, o que estimulou programas de pesquisa e desenvolvimento de novas drogas sintéticas que pudessem substituí-la no combate à malária. Analiso o processo de pesquisa científica relativo à produção de antimalariais nos contextos nacional e internacional, em especial nos EUA e na China, entre as décadas de 1960 e 1980. Pontos de convergência e distanciamento são marcados pelas dinâmicas próprias de cada país e pelos interesses envolvidos nas relações internacionais, em relação aos quais fica evidente o papel central da OMS.In 1961, the World Health Organization (WHO) recognized that strains of Plasmodium are resistant to chloroquine, which consequently stimulated R&D programs aimed at finding new synthetic drugs to replace this substance in the fight against malaria. The article analyzes the process of scientific research into the production of antimalarial drugs from the 1960s to the 1980s in both the Brazilian and international contexts, especially the USA and China. The dynamics specific to each country and the interests tied to questions of international relations engendered points of agreement and of disagreement, with WHO playing a key role

    Changing the significance of the nature: R&D of antimalarial drugs from artemisia annua - 1960 to 2010

    No full text
    Submitted by Gilvan Almeida ([email protected]) on 2016-09-26T14:06:04Z No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 113.pdf: 21895751 bytes, checksum: 3b5ce99bf91f58b4abbde5a9f6bc14cf (MD5)Approved for entry into archive by Barata Manoel ([email protected]) on 2017-02-10T12:12:37Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 113.pdf: 21895751 bytes, checksum: 3b5ce99bf91f58b4abbde5a9f6bc14cf (MD5)Made available in DSpace on 2017-02-10T12:12:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 113.pdf: 21895751 bytes, checksum: 3b5ce99bf91f58b4abbde5a9f6bc14cf (MD5) Previous issue date: 2013Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Analisa a história da pesquisa e desenvolvimento (P&D) de medicamentos oriundos de plantas medicinais, utilizando como estudo de caso o desenvolvimento de antimaláricos a partir da planta Artemisia annua, no período de 1960 a 2010. Observo as resignificações da ideia de natureza produzidas pelos diferentes atores sociais envolvidos em todas as etapas do processo de pesquisa e desenvolvimento destes medicamentos. Como fontes documentais, utilizei artigos científicos, relatórios de pesquisa, livros, sites na internet elaborados por grupos envolvidos na pesquisa do novo medicamento, Treatment guidelines e boletins da Organização Mundial de Saúde (OMS), anais de congressos e arquivos de Far-Manguinhos (Artemisia, artemisininina e FACT). Narrativas extraídas de entrevistas com cientistas, cujas especialidades integram a P&D de medicamentos a partir de plantas medicinais, são levadas a dialogar com as fontes documentais apresentadas acima. Com base nestes materiais, analiso o modo como este evento o desenvolvimento de antimaláricos oriundos da planta Artemisia annua - se deu em distintos contextos - China, Estados Unidos e Brasil -, tendo a OMS um papel de destaque como mediadora de parcerias científicas e de divulgação de seus resultados. No Brasil as pesquisas sobre Artemisia annua e seus derivados tiveram início em 1987, coincidindo com a abertura da política externa chinesa, a busca de parcerias internacionais e a valorização de P&D a partir de conhecimentos tradicionais. A P&D de antimaláricos a partir da A. annua foi fortemente influenciada pela propriedade do parasito de desenvolver resistência a drogas antimaláricas, e por programas de atenção primária à saúde com foco no acesso a medicamentos. Organizações não governamentais juntaram-se às redes de pesquisa para viabilizar medicamentos eficientes em duas vertentes, ambas seguras e de fácil acesso aos pacientes: sintéticos e fitoterápicos, que remetem a paradigmas distintos na P&D de medicamentos e a controvérsias científicas analisadas também no presente trabalho.I analyze the history of research and development (R & D) of medicine from medicinal plants, using as a case study, the development of antimalarial drugs from the plant Artemisia annua from 1960 to 2010. Special attention is given to the developing and accumulating ideas of the many actors along the production chain. To conduct this research, my methodology centers on a documentary source analysis of materials facilitating scientific dissemination: articles of leading journals, research reports, books, websites developed by research groups, treatment guidelines and bulletins of the World Health Organization (WHO), and archives of Farmanguinhos (Artemisia, artemisinina and FACT). I also employ oral narratives to better contextualize discussion. These include interviews with scientists whose specialties were part of the production chain of herbal medicine. The arena of this research is international and includes China, United States and Brazil, with the WHO functioning as mediator in the dissemination of research and facilitator of scientific partnerships. As illustrated, research initiatives on Artemisia annua and its derivatives in Brazil began in 1987 against the backdrop of an open Chinese foreign policy, a desire to seek international partnerships, and new approaches to the incorporation of traditional knowledge into R & D. Necessity informed these actions: the inherent quality of the malarial parasite made it essential to combat increasing resistance to preexisting antimalarial drugs. Along the way, non-governmental organizations joined research networks seeking to develop efficient, safe and easily accessible antimalarial therapy consistent with primary health care. Inevitably issues arose pitting synthetic medicines against their herbal counterparts and with these, the competing paradigms of research and development
    corecore