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Semeando e Cultivando Relações. Transformações nas Redes de Suporte Social de Migrantes ao longo do Tempo e do Espaço
Usualmente, os estudos sobre redes sociais e o processo migratório se debruçam essencialmente sobre duas vertentes: a) o direcionamento do fluxo migratório e b) e a relevância das redes no processo de integração do migrante as áreas de destino. Desse modo, o presente estudo propõe uma inversão desta perspectiva predominante, qual seja; compreender os impactos da migração sobre a rede de suporte social dos indivíduos e famílias, tanto em termos quantitativos, como em termos qualitativos. Todavia, os câmbios na rede de suporte social não estão associados tão somente a uma única variável, neste caso, à migração. Tão fundamental quanto ela são os próprios eventos do curso de vida, tais como: a) formação de um novo domicílio, b) casamento e/ou estabilidade conjugal e c) nascimento dos filhos. Para tanto, foi realizada uma série de entrevistas qualitativas, a fim de captar e mapear a rede de suporte social do migrante ao longo de cada um desses pontos de inflexão. Ademais, há uma complementação quantitativa das primeiras análises aqui feitas a partir dos dados de uma pesquisa amostral realizada em 2007 na Região Metropolitana de Campinas com o objetivo de retratar as condições de vulnerabilidade social de seus habitantes. O principal pressuposto aqui assumido é que a migração, assim como, determinados eventos/marcadores do curso de vida de um indivíduo foram responsáveis por "abrir novas portas e oportunidades" para aqueles que a realizaram ou os vivenciaram, sendo que suas condições de vulnerabilidade social foram severamente transformadas seja pelo incremento de contatos, quanto pela diversificação dos mesmos
DISSONÂNCIAS ENTRE PLANOS DIRETORES MUNICIPAIS E PLANEJAMENTO TERRITORIAL
A Lei Federal 10.257/2001 configura-se como importante instrumento de gestão territorial municipal, sobretudo, ao priorizar o Plano Diretor Municipal como ferramenta de regulamentação do espaço. Todavia, nem todos os municípios são obrigados a realizá-lo. Este desamparo legal gera, por vezes, assimetrias na gestão do território. Nesse sentido, um dos principais objetivos do presente artigo é discutir a reprodução de desequilíbrios regionais oriundos da falta de regulamentação municipal específica. Para tanto são manejados e analisados os dados oriundos da pesquisa “Perfil dos Municípios Brasileiros” (MUNIC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As análises são complementadas segundo as Informações dos Municípios Paulistas (IMP) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE). Os dados sugerem que parte considerável do território paulista não é regulada, fato que se reflete, inclusive, em seus índices de infraestrutura urbana, reafirmando desigualdades regionais persistentes
Semeando e Cultivando Relações : transformações nas Redes de Suporte Social de Migrantes ao longo do Tempo e do Espaço
Usualmente, os estudos sobre redes sociais e o processo migratório se debruçam essencialmente sobre duas vertentes: a) o direcionamento do fluxo migratório e b) e a relevância das redes no processo de integração do migrante as áreas de destino. Desse modo, o presente estudo propõe uma inversão desta perspectiva predominante, qual seja; compreender os impactos da migração sobre a rede de suporte social dos indivíduos e famílias, tanto em termos quantitativos, como em termos qualitativos. Todavia, os câmbios na rede de suporte social não estão associados tão somente a uma única variável, neste caso, à migração. Tão fundamental quanto ela são os próprios eventos do curso de vida, tais como: a) formação de um novo domicílio, b) casamento e/ou estabilidade conjugal e c) nascimento dos filhos. Para tanto, foi realizada uma série de entrevistas qualitativas, a fim de captar e mapear a rede de suporte social do migrante ao longo de cada um desses pontos de inflexão. Ademais, há uma complementação quantitativa das primeiras análises aqui feitas a partir dos dados de uma pesquisa amostral realizada em 2007 na Região Metropolitana de Campinas com o objetivo de retratar as condições de vulnerabilidade social de seus habitantes. O principal pressuposto aqui assumido é que a migração, assim como, determinados eventos/marcadores do curso de vida de um indivíduo foram responsáveis por "abrir novas portas e oportunidades" para aqueles que a realizaram ou os vivenciaram, sendo que suas condições de vulnerabilidade social foram severamente transformadas seja pelo incremento de contatos, quanto pela diversificação dos mesmos
MAPEANDO FLUXOS METROPOLITANOS CONSIDERAÇÕES ACERCA DA DINÂMICA MIGRATÓRIA INTRAMETROPOLITANA DA RM DE CAMPINAS E A UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA ESPACIALIZAÇÃO DE SEUS FLUXOS POPULACIONAIS
É mais do que reconhecida a importância dos softwares de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na espacialização de diversos tipos de dados, gerando análises mais correlacionadas a esta dimensão. Nos estudos com um viés mais populacional/demográfico, tais como os migratórios, a situação não é diferente. Todavia, a ferramenta SIG ainda é pouco utilizada na elaboração e descrição de redes migratórias, principalmente aquelas mais localizadas, compostas, por exemplo, por fluxos migratórios intrametropolitanos. A metrópole configura-se, dessa forma, como importante recorde/delimitação territorial, haja vista o expressivo incremento no grau de urbanização das cidades brasileiras ao longo do tempo; processo este de modo algum cristalizado. Ela [metrópole] passa a ser não somente destino de diversos fluxos, como também origem de uma série de outros tantos. Nesse sentido, fluxos R-U (rurais-urbanos) perdem parte significativa de sua relevância para movimentos mais localizados essencialmente entre áreas urbanas (movimentos U-U) mais próximas ou até mesmo contíguas. O principal objetivo do presente artigo é esboçar um panorama da migração intrametropolitana da Região Metropolitana de Campinas (RMC), utilizando um específico instrumento para tanto, ou seja, softwares SIG (no caso, o software público TerraView), sem deixar de lado um ferramental mais demográfico – proporção de imigrantes e emigrantes em relação ao total da rede, saldo migratório e índice de eficácia migratória – também completam uma visão geral das transformações populacionais ocorridas entre os Censos Demográficos de 1991e 2000, ao menos indicando possíveis correlações entre movimentos migratórios e transformações espaciais da região
Social networks, social capital and intra-metropolitan residential mobility : the case of the Baixada Santista Metropolitan Area
Orientador: Jose Marcos Pinto da CunhaDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias HumanasResumo: Diversos estudos reconhecem a importância dos movimentos migratórios nos processos de redistribuição espacial da população e expansão socioespacial das grandes aglomerações urbanas, em especial aquelas de caráter metropolitano. No caso brasileiro, a mobilidade espacial da população tem sido analisada, sobretudo a partir da consideração dos elementos estruturais que a condicionam e das principais motivações que levam a tais deslocamentos. No entanto, ainda muito pouco foi dito sobre as relações entre a migração de mais curta distância e as redes sociais, ou a aquisição ou perda de capital social. A noção de redes sociais tem sido utilizada desde o início da década de 60, enquanto que a noção de capital social é comparativamente mais recente, tendo sido utilizada e desenvolvida muito mais a partir da década de 80. No entanto, em
ambos os casos, a utilização é muito mais freqüente em estudos sobre migração internacional, deixando, portanto, uma importante lacuna no caso dos movimentos migratórios internos, principalmente aqueles de curta distância, como são os intrametropolitanos. O objetivo deste trabalho é contribuir para o preenchimento dessa lacuna. Para tanto, é realizado um estudo para a Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) com base nos dados provenientes de uma pesquisa domiciliar realizada em 2007 que, além de grande detalhamento da mobilidade da população na região, também levanta informações interessantes para se analisar vários elementos relativos à atuação das redes sociais no processo migratório, assim como algumas formas de capital social de que dispõe as pessoas e famílias na metrópole. Os resultados não apenas reforçam a importância da migração no crescimento demográfico e expansão territorial da RMBS, mas também a importância das redes sociais no comportamento do fenômeno. Também fica claro que os movimentos migratórios, particularmente os intrametropolitanos impactam não apenas a quantidade como a qualidade do capital social dos indivíduos e famíliasAbstract: Several studies recognize the importance of migration in the processes of spatial redistribution of population and socio-spatial expansion of major cities, especially those with metropolitan character. In Brazil, the geographical mobility of the population has been analyzed both from the consideration of the structural elements and main motivations that lead to such movements. However, very little has been said about the relationship between the short distance migration and social networks and social capital. The concept of social networks has been used since the early 60's, while the notion of social capital is comparatively recent, having been used and developed more from the 80's. However, in both cases, the use is more common in studies on international migration, and therefore leaves an important gap in the case of internal migration, especially those of short-distance, as intrametropolitan migration. The objective of this work is to contribute to filling this gap. In order to do that, we conducted a study for the Metropolitan Area of Baixada Santista (MABS), based on data from a survey conducted in 2007. This data base give us fine detail on population mobility in the region and raises some interesting information to analyze elements relating to the impact of social networks in the migration process, as well as some forms of social capital available to individuals and families. The results not only reinforced the importance of migration in the demographic growth and territorial expansion of RMBS, but also the impact of social networks on the phenomenon. It was also clear that migration, particularly the intrametropolitan migration, impacts the quantity and quality of social capital available for individuals and familiesMestradoMestre em Demografi
Em Busca De Um Emprego... Mas Não Em Qualquer Lugar Oportunidades De Emprego Como Um Dos Condicionantes Dos Fluxos Migratórios Na RM De Campinas
In this paper, job opportunities in this labor market are seen as a “proxy” to the sprouting of centripetal forces (those that repel population and configure origin´s areas) as well as centrifuges forces (those that converge population flows to itself – destination´s areas). Thus, the main objective of this article is to map the intrametropolitan migration flows of the Metropolitan Area of Campinas (MAC) and correlate these same flows with its job opportunities, using for that some specific indicators: net migration, stock of employees, among others. These notions indicate the roles played by its 19 municipalities over time. The data sources used were the Demographic Censuses of 1991 and 2000 that provide an overview of the changes and transformations in the flows´s pattern during the intercensal period in question. Other data sources used were: RAIS (“Relação Anual de Informações Sociais” - Annual Social Information Report) and CAGED (“Cadastro Geral de Empregados e Desempregados” - General Register of Employed and Unemployed), both of them were developed by MTE (“Ministério do Trabalho e Emprego” - Ministry of Labor and Employment). Finally, all the maps were prepared with “TerraView”, a Brazilian public GIS (Geographic Information Systems) software. The data were tabulated with “SPSS”.No presente artigo maiores ou menores oportunidades de emprego frente ao mercado de trabalho são encaradas como “proxy” para o surgimento tanto de forças centrípetas (repelem população – áreas de origem) quanto centrífugas (convergem para si fluxos populacionais – áreas de destino). O principal objetivo deste artigo é mapear os fluxos migratórios intrametropolitanos na Região Metropolitana de Campinas (RMC), a partir da relação entre estes e a geração de empregos nos seus dezenove municípios. Para tanto, faz-se uso de indicadores como: saldo migratório, estoque de empregados e movimentação do emprego. Tais indicadores apontam para os papéis assumidos pelos municípios da região ao longo da década de 1990, delineando quais foram no passado e quais são no presente as principais localidades de origem e de destino dos fluxos migratórios. Para captar a dinâmica migratória, as fontes de dados utilizadas foram os Censos Demográficos de 1991 e 2000, que possibilitam uma visão geral das alterações e transformações nos fluxos migratórios intrametropolitanos para o período intercensitário em questão. Por sua vez, a base de dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) foram utilizadas para acompanhar a evolução do mercado de trabalho formal na RMC, ao longo da década de 1990. O mapeamento dos fluxos migratórios foi elaborado através do software público de Sistema de Informações Geográficas (SIG) “TerraView”, sendo a base de dados tabulada com o auxílio do pacote estatístico “SPSS”
description of the methodological approach
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Genomic history of coastal societies from eastern South America
Sambaqui (shellmound) societies are among the most intriguing archaeological phenomena in pre-colonial South America, extending from approximately 8,000 to 1,000 years before present (yr bp) across 3,000 km on the Atlantic coast. However, little is known about their connection to early Holocene hunter-gatherers, how this may have contributed to different historical pathways and the processes through which late Holocene ceramists came to rule the coast shortly before European contact. To contribute to our understanding of the population history of indigenous societies on the eastern coast of South America, we produced genome-wide data from 34 ancient individuals as early as 10,000 yr bp from four different regions in Brazil. Early Holocene hunter-gatherers were found to lack shared genetic drift among themselves and with later populations from eastern South America, suggesting that they derived from a common radiation and did not contribute substantially to later coastal groups. Our analyses show genetic heterogeneity among contemporaneous Sambaqui groups from the southeastern and southern Brazilian coast, contrary to the similarity expressed in the archaeological record. The complex history of intercultural contact between inland horticulturists and coastal populations becomes genetically evident during the final horizon of Sambaqui societies, from around 2,200 yr bp, corroborating evidence of cultural change
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