Orientador: Jose Marcos Pinto da CunhaDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias HumanasResumo: Diversos estudos reconhecem a importância dos movimentos migratórios nos processos de redistribuição espacial da população e expansão socioespacial das grandes aglomerações urbanas, em especial aquelas de caráter metropolitano. No caso brasileiro, a mobilidade espacial da população tem sido analisada, sobretudo a partir da consideração dos elementos estruturais que a condicionam e das principais motivações que levam a tais deslocamentos. No entanto, ainda muito pouco foi dito sobre as relações entre a migração de mais curta distância e as redes sociais, ou a aquisição ou perda de capital social. A noção de redes sociais tem sido utilizada desde o início da década de 60, enquanto que a noção de capital social é comparativamente mais recente, tendo sido utilizada e desenvolvida muito mais a partir da década de 80. No entanto, em
ambos os casos, a utilização é muito mais freqüente em estudos sobre migração internacional, deixando, portanto, uma importante lacuna no caso dos movimentos migratórios internos, principalmente aqueles de curta distância, como são os intrametropolitanos. O objetivo deste trabalho é contribuir para o preenchimento dessa lacuna. Para tanto, é realizado um estudo para a Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) com base nos dados provenientes de uma pesquisa domiciliar realizada em 2007 que, além de grande detalhamento da mobilidade da população na região, também levanta informações interessantes para se analisar vários elementos relativos à atuação das redes sociais no processo migratório, assim como algumas formas de capital social de que dispõe as pessoas e famílias na metrópole. Os resultados não apenas reforçam a importância da migração no crescimento demográfico e expansão territorial da RMBS, mas também a importância das redes sociais no comportamento do fenômeno. Também fica claro que os movimentos migratórios, particularmente os intrametropolitanos impactam não apenas a quantidade como a qualidade do capital social dos indivíduos e famíliasAbstract: Several studies recognize the importance of migration in the processes of spatial redistribution of population and socio-spatial expansion of major cities, especially those with metropolitan character. In Brazil, the geographical mobility of the population has been analyzed both from the consideration of the structural elements and main motivations that lead to such movements. However, very little has been said about the relationship between the short distance migration and social networks and social capital. The concept of social networks has been used since the early 60's, while the notion of social capital is comparatively recent, having been used and developed more from the 80's. However, in both cases, the use is more common in studies on international migration, and therefore leaves an important gap in the case of internal migration, especially those of short-distance, as intrametropolitan migration. The objective of this work is to contribute to filling this gap. In order to do that, we conducted a study for the Metropolitan Area of Baixada Santista (MABS), based on data from a survey conducted in 2007. This data base give us fine detail on population mobility in the region and raises some interesting information to analyze elements relating to the impact of social networks in the migration process, as well as some forms of social capital available to individuals and families. The results not only reinforced the importance of migration in the demographic growth and territorial expansion of RMBS, but also the impact of social networks on the phenomenon. It was also clear that migration, particularly the intrametropolitan migration, impacts the quantity and quality of social capital available for individuals and familiesMestradoMestre em Demografi