15 research outputs found
Uruguai: revolução passiva e dinâmica histórico-territorial
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2013.Constitui esta pesquisa uma contribuição ao estudo da transição ao capitalismo no Uruguai, em sua dimensão territorial. Do ponto de vista metodológico, a categoria marxista de formação social (equivalente à ?formação sócio-espacial? dos geógrafos) constitui o eixo de uma análise deste tipo, ao adotar a própria unidade do movimento histórico como premissa para o estudo da sociedade. No caso da formação social uruguaia, procurou-se realizar uma análise de suas transformações histórico-territoriais a partir da categoria de revolução passiva, consagrada por Antonio Gramsci em seus estudos sobre o processo de unificação nacional italiano, mas pertinente a todos os casos nacionais em que a transição à ordem burguesa não se faz preceder de uma ruptura revolucionária, mas antes implica em lenta evolução, marcada por soluções de pacto e compromisso com o velho regime. Concebido em 1828, como solução diplomática diante dos conflitos que opunham os interesses do Brasil, da Argentina e das grandes potências imperialistas pelo controle estratégico do estuário do rio da Prata, o Estado uruguaio forjou sua existência no decorrer de um lento e contraditório processo de consolidação institucional. Essencialmente este processo consistiu no desenvolvimento de formas capitalistas modernas de produção, que evoluíram fortemente combinadas a formas sociais pré-capitalistas, notadamente o latifúndio pastoril. Relações sociais marcadas pelo autoritarismo, uma profunda desigualdade na produção da renda, a formação de um bloco agrário conservador através da mediação de intelectuais de tipo tradicional, imobilismo econômico e rigidez das formas políticas, são as marcas distintivas do predomínio do latifúndio em uma formação social: tais marcas constituem igualmente os elementos da tese, na dialética da revolução passiva uruguaia. Em nível territorial, estes elementos se traduziam em uma relação cidade-campo desequilibrada, desigualdade que o desenvolvimento da produção capitalista não fará senão aprofundar. À medida, contudo, em que as relações burguesas de produção encontram na sociedade uruguaia o caminho de seu desenvolvimento inexorável (na forma de síntese dialética com as formas pré-capitalistas, acordo e compromisso político com a velha ordem) elas geram os seus próprios elementos de antítese. No Uruguai, este segundo momento encontra sua fase aguda quando, na virada do século XX, uma nova composição demográfica e o esgotamento do modelo exclusivamente agroexportador dão forma a um novo bloco de forças sociais, representado pela pequena produção mercantil de origem europeia, a industrialização, a formação de uma classe média urbana e a emergência da classe operária e do sindicalismo: elementos da antítese ao latifúndio pastoril. Através de uma periodização destas etapas, acredita-se que esta pesquisa tenha contribuído para demonstrar a pertinência e a viabilidade de se compreender a dialética da transição ao capitalismo no Uruguai à luz da reflexão gramsciana. <br
Pervasive gaps in Amazonian ecological research
Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4
While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge
of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In
the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of
Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus
crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced
environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian
Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by
2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status,
much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
Evidence confirms an anthropic origin of Amazonian Dark Earths.
Arising from: Silva et al. Nature Communications https://doi.org/10.1038/s41467-020-20184-2 (2021
Pervasive gaps in Amazonian ecological research
Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost
Pervasive gaps in Amazonian ecological research
Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost
Les droites latino-américaines pendant la guerre froide (1959-1990)
Les représentations culturelles et les débats historiographiques sur la décennie 1960 en Amérique latine font essentiellement référence aux mouvements révolutionnaires de gauche. À la droite de l’échiquier politique, les acteurs sociaux, économiques, culturels et politiques restent encore très largement méconnus et sont souvent vus comme des agents de l’impérialisme étasunien et des partisans du grand capital international et des régimes autoritaires. Le dossier du numéro 79 des Cahiers des Amériques latines propose une lecture comparative des droites latino-américaines pendant la guerre froide. De la révolution cubaine de 1959 à la fin de la dictature du général Pinochet au Chili en 1990, voici l’émergence d’une génération consciente d’être un nouvel acteur social. Ce sont les organisations mexicaines et argentines de jeunes anticommunistes et antisémites, rassemblés autour de l’idée d’une menace contre l’Occident et de la nécessité de la contrer. Ce sont aussi l’offensive anticommuniste lancée en Uruguay par différents acteurs sociaux, l’idée d’une citoyenneté supranationale latino-américaine prônée par un réseau d’intellectuels fascistes espagnols et argentins, les activités de publication des groupes de la droite catholique et hispaniste argentine, ou encore la lutte de l’intégraliste brésilien Plínio Salgado en faveur du nationalisme et de la défense du colonialisme portugais. Aujourd’hui, l’anticommunisme a disparu du discours des droites pour être remplacé par une idéologie du développement économique. Mais les droites latino-américaines contemporaines ne peuvent se comprendre que dans un régime d’historicité inscrit dans la guerre froide, période qui joue un rôle fondamental dans l’évolution et la redéfinition de cette famille politique