Biomarcadores de sepse: uma revisão do valor diagnóstico da presepsina

A sepse é uma síndrome prevalente e com alta morbimortalidade, sendo necessário um método diagnóstico precoce e eficaz. Estudos recentes sugerem que a presepsina pode ser um potencial biomarcador para o diagnóstico de sepse e que tem um desempenho melhor do que outros biomarcadores mais consolidados, como procalcitonina e PCR. Esta revisão sistemática tem como objetivo avaliar a acurácia da presepsina para o diagnóstico de sepse e comparar com a procalcitonina e a proteína-C-reativa. Uma pesquisa sistemática abrangente foi conduzida no PubMed e na Biblioteca Virtual em Saúde para coletar estudos publicados nos últimos dois anos com foco na precisão diagnóstica da presepsina para sepse. Oito estudos foram selecionados. Todos eles sugeriram que a presepsina tem algum valor diagnóstico para sepse. Em quatro estudos, a presepsina teve um desempenho melhor do que a procalcitonina e em dois a presepsina teve um desempenho melhor do que a PCR. Dois estudos não mostraram diferenças significativas entre a presepsina e os outros biomarcadores. Esta revisão indica que a presepsina pode ter valor significativo para o diagnóstico precoce da sepse, corroborando para aumentar a eficiência de ferramentas existentes, como a PCR e a procalcitonina. No entanto, mais estudos são necessários para confirmar sua eficácia como um único marcador de diagnóstico.Sepsis is a prevalent syndrome with high morbimortality, so an efficient early diagnostic method is needed. Recent studies suggest that presepsin could be a potential biomarker to sepsis diagnosis and has a better performance than other more consolidated biomarkers, such as procalcitonin and CRP. This systematic review aims to develop assess the accuracy to sepsis diagnosis of the presepsin and compare with procalcitonin and C-reactive protein. A comprehensive systematic research was conducted in the PubMed and Virtual Health Library to collect studies published in the last two years that focused on presepsin diagnostic accuracy for sepsis. Eight studies were selected. All of them suggested that presepsin has some diagnostic value for sepsis. In four studies presepsin had a better performance than procalcitonin and in two studies presepsin performed better than CRP. Two studies did not show significant differences between presepsin and the other biomarkers. This review indicates that presepsin may have significant value for the early diagnosis of sepsis, corroborating to increase the efficiency of existing tools, such as CRP and procalcitonin. However, more studies are needed to confirm its efficiency as a single diagnosis’s marker

O uso do divã em uma clínica-escola

O presente artigo se propõe, a partir de uma revisão bibliográfica, fomentar discussões e reflexões acerca das possibilidades de fazer uso de um divã em uma clínica-escola, considerando seus benefícios, a partir da teoria Freudiana, iniciando um debate sobre as possibilidades e dificuldades de seu emprego. O interesse partiu de análises dos casos clínicos relatados em supervisão, onde se indagou se a existência do divã facilitaria o processo de transferência e o aparecimento do inconsciente, pois estaria livre de olhares de julgamento. Além de apontar as possíveis vantagens de sua aplicabilidade, o presente estudo também busca analisar as dificuldades encontradas e pontos relevantes que poderiam tornar inviável seu uso, iniciando um debate sobre o assunto. Por fim, este artigo não pretende concluir o assunto e encerrar a discussão nele mesmo, mas sim proporcionar novos debates e estudos sobre o lugar do divã em espaços institucionais, organizações e nos mais diversos espaços terapêuticos

Chronic kidney disease intervention in primary health care: integrative review

To analyze the knowledge and safety of primary health care professionals in the management of chronic kidney disease in its early stages. Integrative literature review carried out in four steps. The search took place in the following databases: MEDLINE via PubMed, Web of Science, Scopus and BVS. The descriptors used were “Primary Health Care” AND “Kidney Diseases” AND “Health Knowledge, Attitudes, Practice” and the quality of the analysis was checked by means of the Hierarchy of Evidence for Intervention Studies”. Fifteen articles were found, with a predominance of qualitative and descriptive method; the results showed insufficient knowledge of health professionals and interest in the best approach in the initial stage of the disease. Thus, it is inferred that the knowledge and security of primary health care professionals depend on individual factors and institutional initiative for the adoption of clinical guidelines and training. Therefore, prepared professionals and organized care, using protocols, would bring benefits both to patients as to the evolution and outcome of the disease and  savings to health services

Projeto CTE Jr.: criação de uma empresa júnior multidisciplinar / CTE Jr. Project: creation of a multidisciplinary junior company

Promover novas competências ao aproximar os alunos do ensino superior da realidade social, mercadológica, econômica e ambiental da comunidade é finalidade de uma Empresa Junior (EJ). Este trabalho é um relato de experiência do projeto de criação de uma EJ multidisciplinar, denominada “Ciência, Tecnologia e Engenharia Júnior (CTE Jr.)”, na Universidade Federal do Maranhão/Campus Balsas. Objetiva atender aos cursos de graduação desta unidade acadêmica a partir de uma experiência empreendedora, visando contribuir no processo formativo dos alunos. A operacionalização do trabalho envolveu atividades como aquisição de estrutura física, seleção de alunos, treinamentos, pesquisas no ambiente interno e externo, constituição jurídica da empresa e ações colaborativas. Como resultado, o planejamento do negócio foi feito, o regimento e o estatuto foram aprovados e o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica realizado. Além disso, o grupo de alunos se engajou na organização de eventos durante as semanas de meio ambiente e de ciência e tecnologia. Com essas atividades, os alunos enfrentaram situações que exigiram métodos de organização interna, atitudes empreendedoras e aplicação de conhecimentos adquiridos no curso

RELAÇÃO ENTRE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E O TEMPO DE INTERNAÇÃO DE IDOSOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Objective: To verify the relationship between Chronic Non-Communicable Diseases (CNCD) and the length of stay of elderly people in Intensive Care Units (ICU). Methodology: This is a broad literature review in which the research is based on the question "What is the relationship between chronic non-communicable diseases (NCDs) and the length of stay of the elderly in intensive care units (ICUs)?". The research was conducted in 2023, by consulting the databases Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), and Nursing Database (BDENF), accessed through the Virtual Health Library, as well as the Scientific Electronic Library Online (SciELO). Results: Five articles show that the relationship between chronic non-communicable diseases (NCDs) and length of stay in ICUs is complex, depending on various factors such as the severity of the conditions, age and quality of care. The majority of hospitalizations are linked to CNCDs, such as cardiovascular and respiratory diseases, affecting the elderly, who often already face fragile health conditions. The presence of multiple NCDs can increase the length of hospitalization, especially in private health systems. The complexity of the clinical condition also influences length of stay, with patients with more chronic diseases having longer stays. The studies showed variations in the average length of stay, but emphasize that hospitalization of the elderly can lead to reduced functionality, resulting in dependence on caregivers. Conclusion: This study provided insights into the profile of older people in ICUs, identifying the presence or absence of CNCDs and their impact on the average length of stay in intensive care for older people.Objetivo: Verificar la relación entre las enfermedades crónicas no transmisibles (ECNT) y la duración de la estancia de los ancianos en las unidades de cuidados intensivos (UCI). Metodología: Se trata de una amplia revisión bibliográfica en la que la investigación se basa en la pregunta "¿Cuál es la relación entre las enfermedades crónicas no transmisibles (ECNT) y la duración de la estancia de los ancianos en las unidades de cuidados intensivos (UCI)?". La investigación fue realizada en el año 2023, consultando las bases de datos Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), y Nursing Database (BDENF), accedidas a través de la Biblioteca Virtual en Salud, así como la Scientific Electronic Library Online (SciELO). Resultados: Cinco artículos presentan que la relación entre las enfermedades crónicas no transmisibles (ECNT) y la duración de la estancia en las UCI es compleja y depende de diversos factores, como la gravedad de las afecciones, la edad y la calidad de la asistencia. La mayoría de las hospitalizaciones están relacionadas con ENT, como las enfermedades cardiovasculares y respiratorias, que afectan a las personas mayores, que a menudo ya se enfrentan a condiciones de salud frágiles. La presencia de múltiples ENT puede aumentar la duración de la hospitalización, especialmente en los sistemas sanitarios privados. La complejidad del cuadro clínico también influye en la duración de la hospitalización, ya que los pacientes con más enfermedades crónicas tienen estancias más largas. Los estudios mostraron variaciones en la duración media de la estancia, pero destacan que la hospitalización de los ancianos puede conducir a una reducción de la funcionalidad, lo que se traduce en una dependencia de los cuidadores. Conclusión: Este estudio proporcionó información sobre el perfil de las personas mayores en las UCI, identificando la presencia o ausencia de ENT y su impacto en la duración media de la estancia en cuidados intensivos para personas mayores.Objetivo: Verificar a relação entre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e o tempo de internação de idosos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Metodologia: Trata-se de uma ampla revisão da literatura em que a construção da pesquisa está amparada na questão "Qual a relação entre doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e o tempo de internação do idoso em unidade de terapia intensiva (UTI)?" A pesquisa foi conduzida em 2023, por meio da consulta às bases de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), e Base de Dados em Enfermagem (BDENF), acessadas através da Biblioteca Virtual em Saúde, bem como a Scientific Electronic Library Online (SciELO). Resultados: Cinco artigos apresentam que a relação entre doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e o tempo de internação em UTIs é complexa, dependendo de vários fatores, como gravidade das condições, idade e qualidade do cuidado. A maioria das internações está ligada a DCNT, como doenças cardiovasculares e respiratórias, afetando idosos, que muitas vezes já enfrentam fragilidades de saúde. A presença de múltiplas DCNT pode aumentar o tempo de internação, principalmente em sistemas de saúde privados. A complexidade do quadro clínico também influencia o tempo de internação, com pacientes com mais doenças crônicas tendo estadias mais longas. Os estudos apresentaram variações no tempo médio de internação, mas ressaltam que a hospitalização de idosos pode levar à redução da funcionalidade, resultando na dependência de cuidadores. Conclusão: Este estudo forneceu insights sobre o perfil dos idosos internados em UTIs, identificando a presença ou ausência de DCNTs e seu impacto no tempo médio de internação em tratamento intensivo para pessoas idosas

Prospective observational cohort study on grading the severity of postoperative complications in global surgery research

Background The Clavien–Dindo classification is perhaps the most widely used approach for reporting postoperative complications in clinical trials. This system classifies complication severity by the treatment provided. However, it is unclear whether the Clavien–Dindo system can be used internationally in studies across differing healthcare systems in high- (HICs) and low- and middle-income countries (LMICs). Methods This was a secondary analysis of the International Surgical Outcomes Study (ISOS), a prospective observational cohort study of elective surgery in adults. Data collection occurred over a 7-day period. Severity of complications was graded using Clavien–Dindo and the simpler ISOS grading (mild, moderate or severe, based on guided investigator judgement). Severity grading was compared using the intraclass correlation coefficient (ICC). Data are presented as frequencies and ICC values (with 95 per cent c.i.). The analysis was stratified by income status of the country, comparing HICs with LMICs. Results A total of 44 814 patients were recruited from 474 hospitals in 27 countries (19 HICs and 8 LMICs). Some 7508 patients (16·8 per cent) experienced at least one postoperative complication, equivalent to 11 664 complications in total. Using the ISOS classification, 5504 of 11 664 complications (47·2 per cent) were graded as mild, 4244 (36·4 per cent) as moderate and 1916 (16·4 per cent) as severe. Using Clavien–Dindo, 6781 of 11 664 complications (58·1 per cent) were graded as I or II, 1740 (14·9 per cent) as III, 2408 (20·6 per cent) as IV and 735 (6·3 per cent) as V. Agreement between classification systems was poor overall (ICC 0·41, 95 per cent c.i. 0·20 to 0·55), and in LMICs (ICC 0·23, 0·05 to 0·38) and HICs (ICC 0·46, 0·25 to 0·59). Conclusion Caution is recommended when using a treatment approach to grade complications in global surgery studies, as this may introduce bias unintentionally

The surgical safety checklist and patient outcomes after surgery: a prospective observational cohort study, systematic review and meta-analysis

© 2017 British Journal of Anaesthesia Background: The surgical safety checklist is widely used to improve the quality of perioperative care. However, clinicians continue to debate the clinical effectiveness of this tool. Methods: Prospective analysis of data from the International Surgical Outcomes Study (ISOS), an international observational study of elective in-patient surgery, accompanied by a systematic review and meta-analysis of published literature. The exposure was surgical safety checklist use. The primary outcome was in-hospital mortality and the secondary outcome was postoperative complications. In the ISOS cohort, a multivariable multi-level generalized linear model was used to test associations. To further contextualise these findings, we included the results from the ISOS cohort in a meta-analysis. Results are reported as odds ratios (OR) with 95% confidence intervals. Results: We included 44 814 patients from 497 hospitals in 27 countries in the ISOS analysis. There were 40 245 (89.8%) patients exposed to the checklist, whilst 7508 (16.8%) sustained ≥1 postoperative complications and 207 (0.5%) died before hospital discharge. Checklist exposure was associated with reduced mortality [odds ratio (OR) 0.49 (0.32–0.77); P\u3c0.01], but no difference in complication rates [OR 1.02 (0.88–1.19); P=0.75]. In a systematic review, we screened 3732 records and identified 11 eligible studies of 453 292 patients including the ISOS cohort. Checklist exposure was associated with both reduced postoperative mortality [OR 0.75 (0.62–0.92); P\u3c0.01; I2=87%] and reduced complication rates [OR 0.73 (0.61–0.88); P\u3c0.01; I2=89%). Conclusions: Patients exposed to a surgical safety checklist experience better postoperative outcomes, but this could simply reflect wider quality of care in hospitals where checklist use is routine

Critical care admission following elective surgery was not associated with survival benefit: prospective analysis of data from 27 countries

This was an investigator initiated study funded by Nestle Health Sciences through an unrestricted research grant, and by a National Institute for Health Research (UK) Professorship held by RP. The study was sponsored by Queen Mary University of London