33 research outputs found

    A função social da escola: dimensões a considerar no trabalho para a convivência ética

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    Este artigo apresenta o recorte de um estudo quanti-quali, caracterizado como uma pesquisa-ação desenvolvida em uma Escola Pública Municipal, do interior de São Paulo, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa/Unicamp (CEP) CAAE:32973114.2.0000.5404, que teve como objetivo implementar e avaliar o programa de formação de professores; e identificar quais transformações ocorreram, indicando os principais avanços e dificuldades da escola, na área da convivência. A recolha de dados incluiu diferentes procedimentos: sessões de observação na escola; questionários para avaliar as diferentes etapas da intervenção; questionários de avaliação do clima escolar (antes e depois de um ano de intervenção) com professores, alunos (a partir do 7º ano) e gestores; questionários para avaliar a incidência e os tipos de bullying presentes entre alunos do Ensino Fundamental II (bullying); entrevistas com professores, gestores e alunos; e relatórios e testemunhos durante as reuniões de treinamento. A análise de conteúdo foi a metodologia adotada para tratamento dos dados. Foram elaboradas quatro categorias de análise: relações sociais e conflitos na escola; regras escolares, sanções e segurança; situações de bullying entre estudantes; transformações pessoais: habilidades sociais no processo de mudança. Os resultados apontam avanços significativos no que diz respeito à visão crítica e consciente de alunos, professores e gestores sobre a qualidade das interações estabelecidas na escola. As normas da instituição foram revistas pela comunidade e o novo documento enfatiza os valores eleitos e defendidos pela escola. As transformações pessoais geradas pelos novos conhecimentos, tanto nos adultos como nos alunos da escola, refletiram em habilidades sociais que permitiram uma convivência mais harmoniosa. O trabalho desenvolvido permitiu identificar quais dos aspectos do universo escolar devem ser considerados necessários, no planejamento da convivência ética.Este artigo apresenta o corte de um estúdio cuanti-cuali, caracterizado como uma investigação-ação desenvolvida em uma Escola Pública Municipal, no interior de São Paulo, aprovada pelo Comitê de Ética em Investigação/Unicamp (CEP) CAAE:32973114.2.0000.5404 , que você tem como objetivo implementar e avaliar o programa de formação docente; e identificar quais transformações ocorreram, diminuindo os principais avanços e dificuldades da escola, no âmbito da convivência. A coleta de dados incluiu diferentes procedimentos: sessões de observação na escola; questionários para avaliar as diferentes etapas da intervenção; questionários para avaliar o clima escolar (antes e depois de um ano de intervenção) com docentes, estudantes (a partir do 7º grau) e diretrizes; questionários para avaliar a incidência e tipos de escolaridade presentes em ex-alunos do Ensino Fundamental II (acoso escolar); entrevistas com docentes, diretores e estudantes; e relatórios e depoimentos durante as reuniões de capacitação. A análise do conteúdo foi a metodologia adotada para o tratamento dos dados. Elaborar quatro categorias de análise: relações sociais e conflitos na escola; regras escolares, sanções e segurança; situações de bullying entre estudantes; transformações pessoais: habilidades sociais no processo de mudança. Os resultados apontam para avanços significativos no que diz respeito à visão crítica e consciente de estudantes, professores e diretrizes sobre a qualidade das interações que se estabelecem na escola. As regras da instituição foram revisadas pela comunidade e o novo documento enfatizam os valores eleitos e defendidos pela escola. As transformações pessoais geradas pelos novos conhecimentos, tanto em adultos como em escolares, se refletem em habilidades sociais que permitem uma convivência mais armônica. O trabalho desenvolvido permitiu identificar detalhes dos aspectos do universo escolar que devem ser considerados como necessários, no planejamento para a convivência ética.O presente artigo traz o recorte de um estudo quanti-quali, caracterizado como uma pesquisa-ação desenvolvida em uma Escola Pública Municipal, do interior de São Paulo, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa/Unicamp (CEP ) CAAE:32973114.2.0000.5404, que teve como objetivos implantar e avaliar o programa de formação de professores; e identificar quais transformações ocorreram, trazendo os principais avanços e dificuldades da escola, na área de convivência. A coleta de dados envolve diferentes procedimentos: sessões de observações na escola; questionários para avaliação das diferentes etapas da intervenção; questionários para avaliação do clima da escola (antes e depois de um ano de intervenção) em professores, alunos (a partir do 7º ano) e gestores; questionários para avaliação da incidência e tipos de intimidação presentes entre os alunos do Fundamental II (bullying); entrevistas com professores, gestores e alunos; e relatos e depoimentos durante os encontros de formação. A análise de conteúdo foi a metodologia adotada para o tratamento dos dados. Foram elaboradas quatro categorias de análise: as relações sociais e os conflitos na escola; regras, avaliações e segurança na escola; como situações de intimidação entre alunos; transformações pessoais: as habilidades sociais em processo de mudança. Os resultados apontam avanços expressivos no que se refere à visão crítica e consciente de alunos, professores e gestores, sobre a qualidade das interações na escola. As regras da instituição foram revistas pela comunidade e o novo documento dá ênfase aos valores eleitos e defendidos pela escola. As transformações pessoais geradas pelos novos conhecimentos, tanto nos adultos quanto nos alunos da escola, refletiram em habilidades sociais que possibilitaram uma convivência mais harmoniosa. O trabalho desenvolvido quais aspectos do universo escolar devem ser considerados como necessários, no planejamento para a convivência ética

    Pesquisas empíricas em práticas morais nas escolas brasileiras: o estado do conhecimento

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    Se presenta un tipo de investigación biográfica sobre el Estado del Conocimiento, que persigue identificar los artículos científicos nacionales publicados en revistas desde 2002 hasta 2012, y que describen las investigaciones empíricas en psicología y educación sobre prácticas de moral escolar así como analizar, a la luz de la teoría constructiva, si tales prácticas son favorables para el desarrollo de la autonomía moral de los estudiantes. Las bases de datos consultadas fueron Scielo y BVS. De acuerdo con los descriptores, en primer lugar se encontraron 341 artículos de los cuales, después de leer sus resúmenes, se seleccionaron 68. Siguiendo los criterios seleccionamos solamente los estudios empíricos en Psicología y Educación que pudiesen contener las prácticas escolares orientadas al aprendizaje de valores, apenas se encontraron 17 artículos. Los artículos se agruparon en 3 categorías: “educación moral, valores y aprendizaje, conceptos y relación con la praxis docente", "intervención formativa” e “intervención en la escuela”. Apenas siete artículos relatan prácticas escolares consideradas como favorables a la construcción de autonomía, enfocado principalmente el trabajo como autoconocimiento o conocimiento del otro y la participación activa en la organización del proceso de aprendizaje. Sin embargo, en su mayoría los beneficios ofrecidos por las prácticas analizadas fueron de corta duración, por tratarse de actividades puntuales, destinados sólo para los estudiantes, que rara vez involucran a la escuela en su conjunto y tienen poca influencia en el entorno socio-moral de la escuela. Parece que, a pesar de que numerosas escuelas trabajan con prácticas morales, hay una gran cantidad de investigaciones llevadas a cabo tanto en el campo de la psicología y la educación identificados en tesis y disertaciones, son pocos los estudios brasileños que se publican en revistas indexadas y también son pocos los que propician favorecer el desarrollo de la autonomía, siendo continuos, tratándose de métodos activos, implicando a la comunidad escolar e influyendo en la formación del personal de la escuela.It is a biographical research type of State of Knowledge, which pursues to identify the national scientific articles in journals published from 2002 to 2012, describing empirical researches in Psychology and Education on school moral’s practices and analyze, in the light of the constructive theory, if such practices are favorable to the development of moral autonomy of students. The databases searched were Scielo and BVS. According to the descriptors, firstly it was found 341 articles of which, by Reading the summaries, 68 remained. Of these, using the criteria of selecting only those referred to an empirical research that could contain the explicit or implicit idea of school practices favorable to autonomy, lasting for the final analysis, 17 items. The finalists were divided into 3 categories for bringing different perspectives about the object of study: “ moral education, values" and learning: concepts and relation with the teacher praxis”, “training intervention” and “intervention in school.” Only seven articles reported school practices regarded as favorable to the construction of autonomy according to the cons- tructivist perspective mainly focusing on working with self-knowledge , knowledge of others and active participation in the organization of the learning process. However, the benefits offered by some of the practices analyzed are short because they are specific activities, are intended only for students, rarely involve the school as a whole and have little influence in sociomoral school environment. Appears that despite numerous schools work with moral practices and there is a lot of research carried out both in the field of psychology and education identified in theses and dissertations, there are few studies that are published in indexed journals and yet few address acti- ve methods are continuous, involving the school community and also include the training of school personnel.Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo Estado do Conhecimento, que teve como objetivo identificar os artigos científicos brasileiros publicados em periódicos, entre 2002 a 2012, que descrevem pesquisas empíricas em Psicologia e Educação sobre as práticas morais escolares e analisar, à luz da teoria construtivista, se tais práticas são favoráveis ao desenvolvimento da autonomia moral dos alunos. As bases de dados pesquisadas foram Scielo e BVS. Usando os critérios de selecionarmos somente os estudos empíricos em Psicologia e Educação que pudessem conter as práticas escolares direcionadas a aprendizagem de valores, foram encontrados apenas 17 artigos. Tais artigos foram agrupados em 3 categorias: “educação moral, valores e aprendizagem: concepções e relação com a práxis docente”, “intervenção formativa”, e “intervenção na escola”. Apenas sete artigos relataram práticas escolares consideradas como favoráveis à construção da autonomia enfocando principalmente, o trabalho com o autoconhecimento, o conhecimento do outro e a participação ativa na organização do processo de aprendizagem. Contudo, em sua maioria, os benefícios oferecidos pelas práticas analisadas foram de curta duração por se tratarem de atividades pontuais; eram direcionados principalmente aos alunos, raramente envolvendo a escola como um todo e, portanto, pouco influenciaram na transformação do ambiente sociomoral da instituição. Constatou-se que, apesar de inúmeras escolas trabalharem com práticas morais e que há muitas pesquisas realizadas tanto na área da psicologia quanto da educação identificadas em teses e dissertações, são escassos os estudos brasileiros que são publicados em periódicos indexados e também são poucos os que propiciam maiores condições de favorecer o desenvolvimento da autonomia, sendo contínuos, tratando de métodos ativos, envolvendo a comunidade escolar e incluindo a formação dos profissionais da escola.peerReviewe

    Quando a violência virtual nos atinge: os programas de educação para a superação do cyberbullying e outras agressões virtuais

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    This bibliographical research, as Art State, which had as main point to describe and analyze educational programs, which try to prevent and reduce cyber aggression. To begin, we would use data basis as Scielo Bvs, Eric, Apa Phyc Net and Bireme, to look for scientific articles published from 2000 to 2015; otherwise, selecting empiric studies, which contain enough information about the programs, we decided to stay with them, and we had not found enough studies only about what we wanted in the data basis. We also got about our researches in books, thesis, essays and websites. Finally, it is composed by 19 fonts, used to describe five educational programs: PRIRES, CYBERTRAINING, KIVA, CONRED AND BEATBULLYING. The programs were described from categories: objectives, theoretical references, characteristics, contain, activities and tests; and analyzed in the point of view of moral psychology from Piaget, looking to identify if the practical are positive to students’ development and moral self-regulation. The results indicate that the PRIRES program corresponding to our analysis criteria. We believe the importance of the present investigation, because we presented the characteristics from many faces of virtual aggression, also, we analyzed educational interventions presented in literature to prevent and decrease these kinds of problem, by bringing implications that could base future actions to Brazilian schools. La presente investigación bibliográfica, del tipo Estado del Arte, tuvo como objetivo describir y analizar programas educativos que apunte a la prevención y reducción de la ciber agresión. Al principio utilizamos las bases de datos Scielo, Bvs, Eric, Apa Pshyc Net y Bireme, para buscar artículos científicos publicados en periódicos, en el período de 2000 a 2015; Sin embargo, a partir del criterio de seleccionar solamente los estudios empíricos que contenían informaciones suficientes sobre los programas, se encontraron un número reducido de artículos. Ampliamos nuestras búsquedas y seleccionamos 19 fuentes, que fueron utilizadas para describir 5 programas educativos: PRIRES, CYBERTRAINIG, KIVA, CONRED Y BEATBULLYING. Los programas se describieron a partir de las categorías: objetivo, referencias teóricas, características, contenidos, actividades y evaluación; Y analizados a la luz de la perspectiva constructivista, buscando identificar si las prácticas son favorables al desarrollo de la autorregulación moral de los alumnos. Los resultados obtenidos indican que el programa PRIRES fue el que más a nuestros criterios de análisis. Creemos en la relevancia de la presente investigación, ya que presentamos las características de las diversas facetas de la agresión virtual, así como analizamos las intervenciones educativas presentes en la literatura para prevenir y reducir la incidencia de estos problemas, trayendo implicaciones que pueden basar acciones futuras en las escuelas brasileñas.A presente pesquisa bibliográfica, do tipo Estado da Arte, teve como objetivo descrever e analisar programas educativos que visam a prevenção e redução da cyber agressão. A princípio utilizamos as bases de dados Scielo, Bvs, Eric, Apa Pshyc Net e Bireme, para buscar artigos científicos publicados em periódicos, no período de 2000 a 2015; contudo, a partir do critério de selecionarmos somente os estudos empíricos que continham informações suficientes sobre os programas, foi encontrado um número reduzido de artigos. Ampliamos nossas buscas e selecionamos 19 fontes, que foram utilizadas para descrever 5 programas educativos: PRIRES, CYBERTRAINIG, KIVA, CONRED E BEATBULLYING. Os programas foram descritos a partir das categorias: objetivo, referenciais teóricos, características, conteúdos, atividades e avaliação; e analisados à luz da perspectiva construtivista, visando identificar se as práticas são favoráveis ao desenvolvimento da autorregulação moral dos alunos. Os resultados obtidos indicam que o programa PRIRES foi o que mais atendeu aos nossos critérios de análise. Acreditamos na relevância da presente investigação, uma vez que apresentamos as características das diversas facetas da agressão virtual, bem como analisamos as intervenções educativas presentes na literatura para prevenir e reduzir a incidência destes problemas, trazendo implicações que podem embasar ações futuras nas escolas brasileiras.

    Considerações sobre as regras existentes nas classes democráticas e autocráticas

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    This article, which is based on the constructivist theory, is a study about the process of construction and validation of rules in classes of public elementary schools. It is a result of a doctoral research that investigated whether the school environment influences the way how students relate to each other and solve their interpersonal conflicts. Two school teachers were selected for this case study. Both of them assured that they wanted to foster the development of autonomous individuals, but they offered completely different socio-moral classroom environments, rules of different qualities and different strategies to make the students comply with them. Coercive relations were observed in one of the classroom environments, while democratic or cooperative ties were noticed in the other one. Considering that the process applied for constructing and validating norms interferes with the students’ interaction and their socio-affective development by sending messages regarding morality, this article discusses some situations that were observed in the classrooms. They concern both the construction of rules and the procedures used to make the children follow them. It analyzes their consequences on the students’ moral development. The results that were found and qualitatively analyzed indicate that although the teachers have a common purpose, the process used in autocratic classes favored the maintenance of high levels of heteronomy in students, while the procedures in democratic classes contributed more effectively to the development of autonomy. Key words: rules, moral development, constructivism (education), teachers and students – relations.Elaborado a partir de uma pesquisa de doutorado, que investigou se o ambiente escolar influencia a maneira como os alunos se relacionam e resolvem seus conflitos interpessoais, este artigo apresenta um estudo fundamentado na teoria construtivista sobre o processo de elaboração e legitimação das regras em classes de ensino fundamental pertencentes a escolas públicas. Consistindo em um estudo de caso, foram selecionados dois professores que, apesar de afirmarem que pretendiam favorecer a formação de pessoas autônomas, ofereciam em suas classes ambientes sociomorais que possuíam características bem diferentes, assim como eram distintos a qualidade das regras e os processos empregados para que fossem obedecidas. Um tipo de ambiente era caracterizado por relações autocráticas ou coercitivas, enquanto o outro se pautava por relações mais democráticas ou cooperativas. Considerando que o processo empregado na construção e na legitimação das normas interfere nas interações entre os alunos e no desenvolvimento socioafetivo dos mesmos, transmitindo mensagens que dizem respeito à moralidade, são apresentadas neste artigo algumas das situações observadas com relação à elaboração das regras nas classes e aos procedimentos utilizados para que as crianças as cumprissem, analisando as conseqüências dos mesmos na formação moral dos alunos. Os resultados encontrados, analisados qualitativamente, indicam que, apesar de os professores terem objetivos comuns, o processo utilizado nas classes autocráticas favorecia a manutenção de altos níveis de heteronomia em seus alunos; já no democrático, constatou-se que tais procedimentos contribuíram mais efetivamente para o desenvolvimento da autonomia. Palavras-chave: regras, desenvolvimento moral, construtivismo (Educação), professores e alunos – relações

    Considerações sobre as regras existentes nas classes democráticas e autocráticas

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    This article, which is based on the constructivist theory, is a study about the process of construction and validation of rules in classes of public elementary schools. It is a result of a doctoral research that investigated whether the school environment influences the way how students relate to each other and solve their interpersonal conflicts. Two school teachers were selected for this case study. Both of them assured that they wanted to foster the development of autonomous individuals, but they offered completely different socio-moral classroom environments, rules of different qualities and different strategies to make the students comply with them. Coercive relations were observed in one of the classroom environments, while democratic or cooperative ties were noticed in the other one. Considering that the process applied for constructing and validating norms interferes with the students’ interaction and their socio-affective development by sending messages regarding morality, this article discusses some situations that were observed in the classrooms. They concern both the construction of rules and the procedures used to make the children follow them. It analyzes their consequences on the students’ moral development. The results that were found and qualitatively analyzed indicate that although the teachers have a common purpose, the process used in autocratic classes favored the maintenance of high levels of heteronomy in students, while the procedures in democratic classes contributed more effectively to the development of autonomy. Key words: rules, moral development, constructivism (education), teachers and students – relations.Elaborado a partir de uma pesquisa de doutorado, que investigou se o ambiente escolar influencia a maneira como os alunos se relacionam e resolvem seus conflitos interpessoais, este artigo apresenta um estudo fundamentado na teoria construtivista sobre o processo de elaboração e legitimação das regras em classes de ensino fundamental pertencentes a escolas públicas. Consistindo em um estudo de caso, foram selecionados dois professores que, apesar de afirmarem que pretendiam favorecer a formação de pessoas autônomas, ofereciam em suas classes ambientes sociomorais que possuíam características bem diferentes, assim como eram distintos a qualidade das regras e os processos empregados para que fossem obedecidas. Um tipo de ambiente era caracterizado por relações autocráticas ou coercitivas, enquanto o outro se pautava por relações mais democráticas ou cooperativas. Considerando que o processo empregado na construção e na legitimação das normas interfere nas interações entre os alunos e no desenvolvimento socioafetivo dos mesmos, transmitindo mensagens que dizem respeito à moralidade, são apresentadas neste artigo algumas das situações observadas com relação à elaboração das regras nas classes e aos procedimentos utilizados para que as crianças as cumprissem, analisando as conseqüências dos mesmos na formação moral dos alunos. Os resultados encontrados, analisados qualitativamente, indicam que, apesar de os professores terem objetivos comuns, o processo utilizado nas classes autocráticas favorecia a manutenção de altos níveis de heteronomia em seus alunos; já no democrático, constatou-se que tais procedimentos contribuíram mais efetivamente para o desenvolvimento da autonomia. Palavras-chave: regras, desenvolvimento moral, construtivismo (Educação), professores e alunos – relações

    Cyberbullying, cyber agressão e riscos on-line

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    Os problemas de convivência no meio on-line estão cada vez mais presentes na vida das nossas crianças e adolescentes, de modo que usar essa tecnologia de forma ética, consciente e positiva passou a ser uma demanda da área da educação. Muitas escolas enfrentam situações relacionadas ao uso indevido e desrespeitoso de celulares e redes sociais, envolvendo principalmente alunos, mas também educadores e familiares. Diante desse desafio, propomos o programa educativo “A Convivência Ética On-line”, para ser desenvolvido com estudantes, que pode inspirar e nortear ações educativas e preventivas das escolas que desejam trabalhar com essa temática. Neste artigo, apresentamos os problemas de convivência que atingem nossos estudantes, tais como cyberbullying, cyber agressão, riscos virtuais; e as principais características do programa para educadores que buscam estudar e desenvolver ações em busca da (ciber)convivência ética

    Um programa para a promoção da convivência saudável e prevenção da violência virtual

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    Irá ser apresentada uma pesquisa-ação do tipo pesquisa-formação, fundamentada na teoria construtivista piagetiana, com o propósito de compreender como uma intervenção educativa pode promover a convivência ética em ambientes on-line. Para alcançar esse objetivo, foi desenvolvido, implementado e avaliado o programa “A Convivência Ética On-line”, o qual foi aplicado a estudantes do 8º e 9º anos de uma escola pública da Rede Municipal de Campinas, São Paulo. Os dados foram coletados por meio de avaliações formativas, questionários e grupos focais, e foram posteriormente analisados tanto quantitativamente quanto qualitativamente. Os resultados obtidos refletiram em transformações significativas identificadas nos participantes, representados por meio de três estudos de caso neste artigo, no que diz respeito ao envolvimento dos estudantes em situações de agressões virtuais, bem como em relação aos avanços nas dimensões abordadas durante a intervenção: comportamentos online e riscos virtuais. Esta pesquisa se justifica devido à carência de programas brasileiros avaliados de forma científica que visem à promoção da convivência ética online, especialmente no que se refere à prevenção da violência virtual e à promoção de valores morais universalmente desejáveis, fundamentais para a convivência tanto no ambiente virtual quanto fora dele

    Bullying e intervenção no Brasil : Um problema ainda sem solução

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    info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    As agressões do aluno ao professor: cenários e possibilidades de intervenção na escola

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    Atualmente, têm gerado consternação as frequentes notícias na mídia e redes sociais de situações em que os professores são vítimas da violência causada por estudantes. O presente ensaio tem como objetivo analisar pesquisas sobre a violência do aluno contra o professor e apresentar possibilidades de intervenções na escola, com propostas coordenadas para minimizar e prevenir esse tipo de violência. Serão abordados estudos sobre esse fenômeno, no Brasil e na rede estadual de São Paulo, defendendo a tese de que a maneira como são elaborados e a forma como a mídia os tem apresentado promovem a percepção de um problema de dimensão mais ampla do que realmente ocorre. Com isso, agravam os sentimentos de insegurança e medo, acarretando pressão social por soluções imediatistas e medidas repressivas na escola. Serão também focalizados procedimentos pedagógicos que atuam de maneira preventiva e promotora de habilidades necessárias para que o jovem consiga lidar com os conflitos de modo mais construtivo

    As relações interpessoais em classes “difíceis” e “não difíceis” do ensino fundamental II

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    This is a descriptive, exploratory study based on constructivist theory, in order to characterize classes considered “difficult” and “not difficult”, identifying common and / or divergent in organizing these factors and investigate the sociomoral environment, as regards to work with the knowledge, interpersonal relationships, rules and social conflicts. The sample was composed of two “difficult” classes and two “not difficult” two schools of Secondary School. Participants were students and their teaching teams. The data were collected in three ways: interviews with students and staff members; weekly observations and collecting materials Qualitative analysis indicated that in all classes surveyed had an excessive appreciation of the conventional rules, many meaningless, with no spaces for discussion or establishment of standards, which were usually imposed by authority aiming to prevent conflicts occur, and noncompliance was associated with expiatory penalties. Conflicts were seen as negative, and avoided being contained. Classes were meaningless, always held equal, favoring situations of indiscipline. In the “difficult” classes dialogue was disrespectful and hostile by both parties: both teachers and students maintained a relationship of constant confrontation, there were numerous situations incivilities. Teachers recognized the difficulty in dealing with the classes. Students resisted more to obey the rules and guidance of teachers, and also more questioning. In the “not difficult” classes had greater obedience and submission, the dialogue was less disrespectful, students were undergoing more rules imposed, trying to meet the expectations of the teachers. The relationship between peers also influenced the type of each class room as well as the academic performance of students. Expected to trigger questions that can serve as a challenge to a change in the thinking of educators, seeking a more cooperative and critical sociomoral environment.Trata-se de um estudo descritivo, de caráter exploratório, fundamentado na teoria construtivista, objetivando caracterizar classes consideradas “difíceis” e “não difíceis”, identificando fatores comuns e/ou divergentes na organização destas e investigar o ambiente sociomoral, no que se refere ao trabalho com o conhecimento, as relações interpessoais, as regras e os conflitos sociais. A amostra foi composta por duas classes “difíceis” e duas “não difíceis” de duas escolas do Ensino Fundamental II. Os participantes foram estudantes e respectivas equipes pedagógicas. Os dados foram coletados de três formas: entrevistas com alunos e integrantes da equipe; observações semanais e coleta de materiais A análise qualitativa indicou que em todas as classes investigadas havia uma valorização excessiva das regras convencionais, muitas sem significado, não havendo espaços para a discussão ou criação das normas, que normalmente eram impostas pela autoridade objetivando impedir que os conflitos ocorressem, sendo que seu descumprimento estava associado às sanções expiatórias. Os conflitos eram vistos como negativos, sendo evitados e contidos. As aulas eram desprovidas de significado, organizadas sempre iguais, favorecendo situações de indisciplina. Nas classes “difíceis” o diálogo era desrespeitoso e hostil por ambas as partes: tanto professores como os alunos mantinham uma relação de enfrentamento constante, havia inúmeras situações de incivilidades. Os professores reconheciam a dificuldade em lidar com as turmas. Os alunos resistiam mais à obedecer as regras e às orientações dos professores, sendo também mais questionadores. Nas classes “não difíceis” havia maior obediência e submissão, o diálogo era menos desrespeitoso, os alunos se submetiam mais às regras impostas, tentando corresponder às expectativas dos docentes. A relação entre pares também influenciou no ambiente de cada tipo de classe, assim como o desempenho acadêmico dos alunos. Espera-se desencadear questionamentos que possam servir de desafio, para uma mudança no pensamento dos educadores, visando um ambiente sociomoral mais cooperativo e crítico
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