Carga de trabalho de enfermagem: preditor de infecção relacionada à assistência à saúde na terapia intensiva?

RESUMO Objetivo Analisar a influência da carga de trabalho de enfermagem na ocorrência de infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo o tipo de tratamento. Método Estudo de coorte retrospectivo desenvolvido em nove UTI em São Paulo, Brasil, de setembro a dezembro de 2012. A carga de trabalho de enfermagem foi mensurada pelo Nursing Activities Score (NAS). Os testes T-Student, Exato de Fisher e regressões logísticas foram utilizados nas análises. Resultados A casuística foi composta por 835 pacientes (54,3±17,3 anos; 57,5% do sexo masculino), dentre os quais 12,5% adquiriram IRAS na UTI. O NAS dos pacientes admitidos para tratamento clínico foi de 71,3±10,9 e para cirúrgico, 71,6±9,2. O tempo de permanência na unidade e a gravidade foram fatores preditivos para ocorrência de IRAS em pacientes admitidos nas UTI para tratamento clínico ou cirúrgico e o sexo masculino apenas para pacientes cirúrgicos. Ao considerar as admissões independentes do tipo de tratamento, além das variáveis citadas, o índice de comorbidades também permaneceu no modelo de regressão. O NAS não foi fator preditivo de IRAS. Conclusão A carga de trabalho de enfermagem não exerceu influência na ocorrência de IRAS nos pacientes deste estudo

The governance games of citizens and stakeholders’ engagement: longitudinal narratives

This paper focuses on a process of citizens and stakeholders’ engagement promoted by a local authority to co-design the city vision with multiple actors (politicians, public managers, consultants, citizens and other external stakeholders). The setting for this research is provided by a municipality in Sweden and our theoretical perspective is the decentred theory of governance. A multi-actor, longitudinal and qualitative analysis has been carried out by triangulating interviews with key stakeholders, non-participant observations, and documental analysis, and by collecting the empirical material at two points of time (2014–2018). Our findings present several narratives and show that four main governance games were played (political; reputational and professional; spectacle; and social games). We discuss how these games interplay may change the perception of actors about the process of citizens and stakeholders’ engagement